Eliza No País Das Maravilhas escrita por Avril_Gomez_108


Capítulo 10
As chamas Negras de um Di Ângelo irritado


Notas iniciais do capítulo

Oi, desculpe a demora imensa, mas é dificil escrever um capitulo com ação e ao mesmo tempo fazer um trabalho de escola, além de ter de estudar para a prova.
Espero que gostem



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Eu e Loki estávamos em uma sala vermelha que ia até onde minha vista alcançava, com dobras estranhas nas paredes exatamente como deve ser dentro de um cérebro, o chão parecia feito de borracha e mexeu feito gelatina quando tentei andar. Monstruosamente nojenta seria a definição perfeita, pois todas as coisas juntas mais o liquido verde que escorria pelo lados faziam minha barriga borbulhar e implorar por um sal de frutas.

Loki sorria amarelo para o lugar, olhando tudo em volta como se tivesse registrando o lindo momento, quer dizer, nem tão lindo assim. Achei estranho esse comportamento afinal em um instante ele diz que vai entrar na minha mente, no outro está rindo para uma sala igualzinha a um cérebro e... “Sou a pessoa mais burra do planeta” pensei. Ficou obvio que estávamos dentro de minha mente, eu olhava pra mim do lado de dentro, aposto que se chutasse a parede sentiria uma dor de cabeça insuportável.

-Por favor, me diga que isso é um restaurante e você vai me servir bife a parmediana- implorei, pois me recusava a acreditar que essa coisa nojenta ficava dentro de mim

-Não, isso é sua mente mesmo- Loki disse- Agora tenho de entrar na sua sala das memórias e procurar a informação nos registros de seus sonhos.

-Onde essa sala está?- perguntei já que não via nada

-Atrás de você- respondeu e eu me virei atordoada

Havia uma porta branca com maçaneta de ouro e um emblema dourado escrito: Sala das memórias. Loki me empurrou e a abriu bruscamente, depois me puxou para dentro e a fechou.

-Caramba, isso aqui é demais- falei surpresa

Parecia com o salão principal de um palácio, mas era do tamanho da sala dos tronos, menos por uma coisa, estava entulhado de objetos de minha infância. Minha antiga caixinha de música azul com peixinhos que minha mãe deixava tocando de noite pra eu dormir, um armário gigante onde tinham todas as roupas que já vesti em minha vida (seria trilhões de vezes maior se eu fosse filha de Afrodite), um balanço prata que eu costumava brincar nas tardes de verão na chácara de nossa família e vários outros no qual jamais me esqueceria.

Um lindo lustre de diamantes pendia no teto branco, igualzinho ao de minha avó Kity, o que me lembrou de quando tinha apenas três anos e ia uma vez a cada seis meses para sua casa em Londres, nós costumávamos sentar no jardim entre as roseiras e as violetas para vovó contar suas histórias como única mulher na Marinha Inglesa, lá ela se apaixonou pelo general que só aparecia para dar as ordens e assistir as batalhas sem mexer um único dedo, percebi a semelhança entre este homem e Ares, o deus da guerra com a pior fama de todo o Olimpo.

 Um mesa velha de madeira chamou minha atenção graças ao brilho das xícaras de porcelana que estavam por sobre ela, eram como uma das famosas relíquias da família Crazier que ficavam guardadas no mesmo banco da coca cola a sete chaves, ninguém além de um Crazier de sangue sabia o que era trancado lá dentro e checado pelo mais velho da linhagem todo natal.

Todos devem estar pensando por que diabos minha família tinha uma relíquia guardada em um cofre, bem a explicação é meio complicada, mas vou tentar. Tanto os Crazier como os Letter eram famílias muito ricas e respeitadas na época, mas em lindo e glorioso dia o panaca do prefeito Joshuan apostou a dignidade de ambas, ele venceu e tirou metade das ações e terrenos, viraram praticamente da noite para o dia pessoas normais da sociedade comunista. Grande parte dos objetos de real valor ficaram livres da tal aposta e depois de os Letter se juntarem aos Crazier todos guardaram essas relíquias como o único símbolo de orgulho que restara.

 Minha mãe tem um advogado importante a seu lado e este descobriu que Joshuan trapaceou pra ganhar de minha família, ela estava entrando com um processo e tinha certeza que no mínimo metade do que é nosso por direito seria devolvido em março. Mas talvez eu não vivesse o bastante para ver isso, pois naquele instante estava em minha própria mente com o deus que quer me matar e transformar toda a dimensão com uma simples arma.

-Tenho que procurar os arquivos- sussurrou Loki pra si mesmo

Uma coisa roçou em minha perna e quando olhei vi um gato, mas não um gato qualquer e sim Harry (sim, eu dei este nome para homenagear Harry Potter), o gato que encontrei no ano novo de 2005 e morreu três meses depois, peguei-o no colo e afaguei sua barriga com uma mão já que ele adorava e com a outra toquei sua orelha pequenina, como de costume ela tremeu em um reflexo involuntário e este simples gesto me deu uma sensação de nostalgia enorme.

Olhei para Loki, que me observava silenciosamente.

-Que fofinho você encontrando seu gatinho- disse ele com voz de falsete- Agora vá para um canto enquanto remexo nos seus sonhos, estou cansado de você menininha chata- seu olhar terrível entrou em ação, assustando até Harry

-Procura logo essa droga seu idiota- falei para provocá-lo, mas não deu certo

Loki andou até um daqueles armários antigos de escritório com quatro gavetas, nelas haviam etiquetas coladas, na primeira tinha escrito “Futuro”, na segunda “Passado”, na terceira “Sentimentos” e na última “Sonhos”, Loki a abriu e para minha surpresa, por dentro era tão grande que chegou a bater na parede, igual aos desenhos exagerados do Pica Pau. Dentro em vez de pastas amarelas dos filmes policias tinham milhares de Tablets da Apple, cada um com um fichinha do lado indicando o número de um sonho.

O deus começou a murmurar “Sonho 1493” enquanto procurava um Tablet com esse número, depois parou por alguns minutos, mas chegando até metade da extensão da gaveta começou a cantarolar:

-Meu inimigo, o meu inimigo migo, meu inimigo, o meu inimigo migo - ele se calou, levantou os olhos e riu para minha cara de atordoada- Gosto de ficar planejando maldades, mas tem alguém que contraria minhas vontades, alguém na minha vida que quer me fazer desistir (meu inimigo, o meu inimigo migo). Eu me sinto bem por ter um inimigo assim, meu inimigo, o meu inimigo migo, meu inimigo, o meu inimigo migo, nosso ódio tem reciprocidade e fantástica animosidade, vestido apenas de chapéu me enfrentar é seu papel! Eu tenho um inimigo pra mim, meu inimigo, o meu inimigo migo, meu inimigo, o meu inimigo migo.

-Está cantando isso pra mim?-perguntei chocada

-Não, só para todas as pessoas que odeio, mas fica traquila você está entre elas- respondeu

Ele finalmente achou o tal sonho 1493 e pegou o Tablet correspondente, pensei que assistiria ou algo do tipo, mas Loki passou o dedo e a cena ficou em plano real saindo do aparelho como uma miragem, era difícil não ficar com raiva por ninguém inventar uma coisa dessas, pois é o sonho de qualquer viciado (não que eu seja e mesmo se fosse nunca mais poderia usar um computador, pois isso é proibido a um meio sangue). Percebi que aquele era o sonho que tive antes de Nico me acordar no dia em que fomos ao Olimpo, era o sonho que descobri tudo! Sempre soube que ele tinha algo de especial.

-Tem uma coisa estranha, eu não me lembro de estar em uma floresta- falei á Loki

-Claro, porque sua mente estupidamente mortal e fazia não prestou atenção em tudo, só na cena e não no cenário que é claramente mais importante nesse caso- disse ele me irritando profundamente

Vi eu mesma sendo jogada no buraco por letras dançantes, tal cena que seria hilariante em outras circunstâncias, mas agora era como um grande feixe de luz como sinal, o sonho não queria me dizer apenas aonde esse cara queria entrar, mas também em que local se encontrava mesmo eu nem sabendo a localização exata, ao contrario de Loki.

-Olhe a espessura e a cor destas árvores- prestei atenção nisso, elas eram diferentes de árvores normais, na verdade tinham um tom negro assustador- Já sei onde fica, Transilvânia obvio- falou Loki

Imaginar a entrada para o País das Maravilhas na Transilvânia era macabro demais, ainda por cima sendo no meio de uma floresta que serve provavelmente como cenário para filmes de terror, por mim só mandavam Laís e Nico que convivem com essas coisas no mundo inferior, não faria a mínima diferença pra eles e eu ficaria deitadinha na minha caminha obrigando alguém a me servir chocolate quente (provavelmente Julie).

-Só resta saber que árvore é e já poderei partir para lá, que emocionante- disse Loki repassando o sonho umas trinta vezes só para tentar achar algo na árvore- Aqui! Ela tem uma listra branca e está a exatos quinhentos metros da entrada da floresta, perfeito!

-Por que está me deixando saber disso? Você sabe que uma hora vou te impedir, não é?- perguntei afinal meu querido inimigo migo merecia saber deste pequeno detalhe

-Não, você não irá me impedir porque vou matá-la agora- falou ele sorrindo angelicalmente- Estou na sua sala da memória, se eu destruir isso aqui estarei na verdade destruindo você de dentro para fora.

Tentei correr assim que Loki terminou sua frase, mas ele fez outra trapaça e eu caí com tudo no chão, então encarei o deus e ele a mim. Seus olhos me prendiam como um animal acorrentado, mas nunca o deixaria saber o quanto isso me afetava, já que graças aos deuses ele não lê mentes, se não eu já estaria jogando Uno com Hades e todos nós sabemos que depois de eu ganhar ele me empurraria para o tártaro.

-Não pode fugir de mim enquanto estou aqui, mas não se preocupe, eu só vou destruir a sala e... Bem... Sua alma- falou bem baixinho num segredo mudo- Sabe de uma coisa muitíssimo interessante? Um objeto daqui simboliza sua alma, é uma coisa que você ama mais do que tudo, então... Pode me dar a lista do que você mais ama? Só por inocência, pode confiar em mim.

Virei o rosto, não podia deixá-lo saber do que mais gostava, mesmo sem eu própria ter certeza. Eu não podia desistir, mesmo sem esperança alguma, pois estava sozinha na minha mente sendo controlada por um deus horrível sem ajuda, talvez se soubesse um mês antes que tudo terminaria ali jamais teria escolhido me arriscar, talvez a outra alternativa tivesse dado mais certo, mas eu nunca saberia o que um dia poderia ter sido.

 -Ótimo, se não me diz eu vou destruir TUDO! E começarei pelo gato- ele pegou Harry e fez uma faca surgir no meio do ar, comecei a gritar para impedi-lo e bem quando daria o golpe...

Voltei a sala escura, com duas cadeiras e Nico amarrado na minha frente, havia saído de dentro de minha cabeça e minha felicidade em perceber isso foi exatamente o contrário do que Loki deve ter sentido, ele urrou de frustração e um ódio que nunca imaginei ser possível. Só segundos depois de termos voltado a realidade vi os treze olimpianos.

Todos eles presentes nessa sala com cara de satisfação por ter impedido Loki, mas não se canta vitória perto de um trapaceiro, pois o mesmo começou a rir e olhou os olimpianos como se assistisse ao show do patati patata.

-É isso que vocês acham que vai me impedir? Uma magiquinha qualquer?-perguntou ainda rindo- Sou muito mais poderoso do que pensam- ele esticou as mãos e nada aconteceu

Os deuses riram se divertindo com a palhaçada de Loki, todos zombaram dele e com seus egos inflados ao maximo nem se sujeitaram a luta, mas o estranho disso tudo era que o deus nórdico nada fez para contradizê-los, só os encarou com grande prazer e orgulho de “trabalho bem feito”, suspeitei e muito, mas não havia como avisar os olimpianos do que Loki tinha capacidade, uma vez que percebi que era tarde demais.

-Vamos acabar logo com isso- disse Atena, a única que não ria, provavelmente suspeitando como eu

A deusa da sabedoria lançou um raio prata da grossura de minha cabeça na direção do inimigo, mas um campo de força mais potente do que qualquer coisa que qualquer um ali presente já havia visto surgiu, uma enorme barreira transparente e sólida como rocha.

-Todos juntos- gritou Atena e os treze o fizeram se concentrando no mesmo ponto, para afetar mais o escudo e por mais incrível que possa parecer não funcionou

O raio da grossura da massa de um prédio se dissolveu no campo de força, fazendo-o parecer a plataforma indestrutível da NASA, em alguns segundos os deuses começaram a mudar de cor, ficaram tão brancos a ponto de serem confundidos com névoa, então Atena ficou desesperada e gritou para todos não lançarem mais o raio, pois estavam estranhamente cansados em menos de três minutos.

-Ateninha, Ateninha... Pensei que entenderia logo de cara a armadilha, que decepção- falou Loki

-Por que estamos tão cansados?- perguntou Ares claramente explodindo de raiva por ter sido vencido

-Este campo de força suga a energia- respondeu a deusa da sabedoria antes de Loki

-É só isso que você concluiu? E a decepção continua- disse o deus trapaceiro- Eu sou nórdico, vocês gregos, nossa magia embora interligada não se mistura. Em outras palavras seus poderes não conseguem anular os meus e vice versa. Mas quanto mais tentarem mais força virá para mim, então... Continuem eu não quero atrapalhar em nada.

Até a inteligente ficou surpresa com a revelação, pois era tão lógico e estava tão na cara que ninguém viu, minha teoria é que todos são burros e ponto final. O único que continuou jogando o raio foi Zeus, como nas lendas ele não gostava de ceder aos adversários, mas era burro o bastante de doar mais e mais de sua força e em um momento sacar o raio mestre, como eu disse anteriormente, burro.

-Zeus, seu velho gordo babaca!- gritei

Mas ele não parou, chegou uma hora que suas forças eram tão poucas que não agüentou seu peso, o deus dos deuses caiu no chão já desacordado. E se os deuses não podiam destruir o escudo nem passá-lo como salvariam Nico e eu? Simples a resposta, não salvariam, pelo menos não á mim.

Loki se virou e me encarou sorrindo, com a mesma faca em mãos que usaria para matar Harry.

- Acabou pra você- ele disse e enfiou a arma em meu estômago

O triste disso era que a última coisa que vi antes de perder o foco da visão foi Nico.

POV Nico

Eu, o idiota da história, só assisti a cena sem fazer merda nenhuma, quando repenso nisso tenho vontade de me jogar no tártaro berrando “Me matem seus monstros sujos e remelentos!”. Os olhos de Lia perderam o foco quase instantaneamente depois de levar a facada, parecia que a dor a cegava por completo, senti tanto ódio como um filho de Hades jamais chegaria a ter, tinha que pensar em um plano para me libertar.

-Atena- sussurrei e ela olhou em resposta- Invoque uma faca- foi tudo que precisei dizer para ela entender a estratégia e realizá-la com perfeição

Um faca que se mexia sozinha apareceu em minha frente e foi flutuando até minhas costas cortando a corda das mãos, eu mesmo arranquei a dos pés e me levantei já abrindo Stygian enquanto corria para me vingar de Loki, mas quem atrapalhou? Dou cinqüenta dracmas a quem adivinhar. Bem já que ninguém se manifesta, foi Zeus.

Aquele bostinha disse bem fraco:

-Isso, acerte Loki por trás.

O ódio em mim cresceu e minha vontade era de dar as costas a Loki para chutar Zeus, mas não deu tempo de parar e o trapaceiro me impediu de acertá-lo, a única coisa que me encorajou foi perceber enquanto caía pelo golpe de Loki que Poseidon cuspiu no irmão, fiquei feliz e fiz uma nota mental “Agradecer mil vezes a meu sogro quando a luta acabasse”, bem se eu conseguisse não morrer.

Levantei e ataquei o adversário, mas ele desviou para o lado fazendo um corte feio em minha coxa, mas ao mesmo tempo soquei sua barriga. Sua espada de ouro rasgou meu rosto enquanto eu me aproximava de seu peito para acertá-lo, consegui e Loki uivou (N/A: Como é? Ele tipo faz parte dos quieutes?), percebi que era só para me distrair tarde mais, então ele me acertou no tornozelo fazendo eu me desequilibrar, mas encravei Stygian na sua perna enquanto ia em direção ao chão.

Nós dois caímos, mas Nico Di Ângelo não desiste tão fácil. Subi no deus e cortei sua cabeça, que rolou pelo chão dando-me a sensação de que não terminara ainda, estava certo já que o corpo criou outra no lugar daquela e está já sorria maldosamente.

-Estou trapaceando, não é?- perguntou me lançando na parede

Chutei seu rosto e ele agarrou meu pé me virando-o deixando-me imobilizado, começou a bater minha cara no chão causando muita dor e me fazendo perder os sentidos. Teria desistido nesse momento se Lia não tivesse surgido em meu pensamento, ela estava provavelmente sofrendo muito e Loki devia pagar pelo que fez, pagaria pelas mãos de um filho de Hades.

Usei toda a força que consegui reunir e o empurrei de cima de mim, nós dois nos encaramos enquanto nos levantávamos e invoquei o poder mais forte que meu pai me ensinou, as chamas negras. Elas são formadas pela alma dos guerreiros mais capazes que já existiram na terra e quando em contato com qualquer corpo sólido, fulminavam este aos poucos, Loki não tinha chance.

Joguei as chamas negras nele quando ele jogou umas verdes em mim, cada um ficou colado na parede de um lado da sala como se houvesse um íma ali. As chamas que lancei em Loki pareceram surgir efeito e o mesmo se recontorcia tentando em vão livrar-se, mas as que o deus usou também funcionaram sobre mim, embora eu não soubesse que tipo era aquele, mesmo assim eram infinitamente fortes e causavam sérias queimaduras no meu corpo.

-A meus deuses, são as chamas da loucura- disse Atena pasma olhando pra mim- Se seu filho não as tirar em alguns segundos elas nunca mais saíram, vão colar nele para sempre- ela disse a meu pai

Entrei em pânico, comecei a chutar, socar, me debater e até certo ponto morder aquela coisa, mas quanto mais fazia isso mais elas se apertavam em efeito contrário ao que eu queria, era frustrante. Até que tive uma ideia, parei de me mexer e elas pararam de apertar, o que me deu mais forças para invocar um morto, eu não tinha energia suficiente para um exército, pois já havia feito isso e os deixara no Acampamento, então essa única alma quebrou as chamas na primeira tentativa.

Depois de libertado olhei pra Loki, ainda nas chamas negras, ele me fulminava com os olhos e eu sorria pela vitória, mas de repente a porta se abriu e um mordomo apareceu, de inicio pensei que era mortal até dizer:

-Estamos prontos para partir para o País das Maravilhas senhor.

-Obrigada Flavio- agradeceu Loki, Flavio estalou os dedos e minhas chamas sumiram. O deus trapaceiro andou elegantemente pela sala até seu servo sem ser impedido, pois todos ali presentes estavam chocados por tudo acontecer tão rápido- Se não se importam, vou achar o Ás e mudar esta dimensão chata. Ah! Ia me esquecendo, digam a Lia que a esperarei.

Depois os dois sumiram em fumaça, deixando para trás os treze olimpianos mal acabados e um Di Ângelo irritado, quase explodindo. Mas eu me virei e toda a raiva sumiu, corri até Lia como se dependesse de minha vida, na verdade da sua, pois a poça de sangue que se formara á seus pés estava tão grande que me perguntei se ainda respirava, mas vi que sim e me tranqüilizei um pouco.

Apolo, Poseidon, Atena e Afrodite se aproximaram preocupados com seus estado, agradeci aos céus que o deus da medicina estivesse presente, este pôs a mão na faca ainda encravada que tive medo de retirar para não causar mais dor, ele a fez sumir e curou tudo em alguns minutos.

-Deve voltar ao acampamento com ela e deixá-la na enfermaria, Lia precisa de muito repouso e grandes doses a cada 9 horas de ambrosia e néctar- disse Apolo

-Tudo bem, posso fazer isso- eu falei tentando acalmar a mim mesmo

-Recomendo que deixe meus filhos tomaram conta dela e... – ele ia começando

-Não- dissemos eu e Poseidon juntos- Eu cuido dela com o maior prazer- eu disse, pois é lógico que NUNCA deixaria os filhos bonitões de Apolo ficarem a menos de 500 metros dela

Preparei-me para uma viagem nas sombras, estava em condições horríveis e tinha de usar o último respingo de energia pra isso, mas sem pensar muito nas consequências peguei Lia no colo, olhei os deuses que mostravam cada um uma expreção diferente (a que deu mais medo foi a de Poseidon, que parecia saber de meu relacionamento com sua filha), ignorei completamente Zeus e mergulhei na parte mais escura da sala.

Teve toda a emoção e rapidez que já me acostumei, mas continuava sendo divertido, quando vi de novo a luz do sol (já havia amanhecido) não agüentei por muito tempo, só gritei por ajuda e ouvi alguns galopes vindo em minha direção, soube que era Quíron, depois desabei no chão desacordado.


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Notas finais do capítulo

Já sei que me odeiam por esses finais, então nem precisam me lembrar.