Engaiolada escrita por Cherryuki


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Hi people! Quanto tempo! Então né...! Mas eu vim e trouxe um capítulo maiorzinho. Êêêêêêêê!!!! (-sqñ)
Mas agora é sério, o capítulo é maiorzinho mesmo, escrevi, escrevi e quando fui ver já estava assim, maior que os outros. Espero que apreciem.
Fiquei suuuuper feliz com os cometários recebidos no capítulo anterior! meu, vocês fazem essa história, cada comentário de vocês me ajuda a querer escrever mais!
Sem mais enrolações, estou deixando mais um capítulo! ( Ai que pessoa boa eu sou!)
Boa leitura!



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–Lucy! Vire-se! – falou brava Camille

Lucy estava perdida em pensamentos naquele dia. Aquela frase do garoto mascarado realmente a havia marcado de forma tão surpreendente que ela não conseguia deixar de querer vê-lo novamente. Sentir-se querida daquele jeito foi aconchegante, mas logo a dama se lembra de Friedrich e sente uma pontada de tristeza em seu peito. Aquilo tudo era tão errado, mas ao mesmo tempo tão confuso. Ela se perguntava o que sentia por seu noivo. Pergunta tola, mas impossível de não se fazer, estava tão dividida que se sentia horrível.

Terminada a última prova do vestido para a festa a dama sai, acompanhada de sua mãe, elas entram na carruagem de volta a mansão. Todo o percurso como sempre, foi feito em silêncio.

A jovem dama sobe as escadas de volta ao seu quarto, entra e fecha a porta, se sentando em uma poltrona que lá havia ao lado da janela, ficando a sentir a brisa que entrava calmamente.

Na manhã do mesmo dia, sua mãe apenas a levou para provar um belo vestido. Não sabia o porque, então atreveu-se a perguntar.

Camille parecia irritada esta manhã, mais irritada que todos os outro dias, não avisara a filha que sairiam durante a manhã, o que pegou a dama desprevenida.Saíram as pressas e durante o percurso até a cidade, Lucy resolveu perguntar a mãe o que fariam.

–Mãe, diga-me, o que tanto irrita a senhora? – pergunta a jovem

–Aquele Rei mesquinho! Quer fazer tudo de última hora!

–Fazer o que, mãe? - insistiu a moça

–Oras Lucy! Fazer o que? – falou a mãe cínica – Um baile! Não percebe? Estamos indo provar os vestidos. Por sorte, sempre mando fazer vestidos antecipadamente! – bufa a mãe.

–Entendo... Mas...Quando seria?

–Quando seria o que , Lucy? – falou a duquesa mais irritada

–O-o baile...

–Hoje! Quando mais seria?! Acabei de falar que esse Rei é mesquinho! Dá festas quando quer, e se não formos, é horrível para nossa reputação.

–Você foi às anteriores...? – falou baixinho a garota.

A mãe olha para a filha de forma hostil.

–Você me viu indo a algum baile durante esses anos, Lucy?! – quase gritou a duquesa.

–N-não...

–Que bom que se lembra. – terminou secamente.

E durante o restante do percurso, ficaram num silêncio mortal costumeiro.

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Já estavam se dirigindo ao baile, Lucy parecia conformada e a mãe aparentava estar apreensiva. A duquesa mexia constantemente o leque e de poucos em poucos minutos o abria e o abanava, fechando-o em seguida.

A moça não entendia o porquê daquilo. Mas pensava que talvez a mãe estivesse ansiosa por tal festa. Ela desvia o olhar para suas mãos enluvadas, também as segurava com força sem saber. Depois de minutos, a carruagem para e o cocheiro abre a porta. Lucy desce e se vê maravilhada.

Sua casa era deslumbrante, mas a visão daquele jardim fez os olhos da morena brilharem. Camille desceu e arrumou o vestido, não parecia nada encantada, apenas, nervosa.

–Vamos, Lucy.

A duquesa caminhou pelo tapete vermelho que descia pela enorme escadaria, e elegantemente começou a subi-las, Lucy, foi logo atrás, ajeitou levemente seu vestido, respirou fundo e seguiu a mãe de forma deslumbrante. Chegou ao topo da escadaria tranquilamente, enquanto outra garota de mesma idade reclamava loucamente daqueles degraus. A menina avistou Lucy e fechou ainda mais a cara, mas parara de reclamar ao pobre servente, que se encontrava desesperado, a garota apenas sorriu para os dois e continuou sua caminhada elegante, a garota não mexeu um único músculo da face, enquanto o serviçal ficou encantado.

As portas do grande salão de festa foram abertas para as duas damas da família Knightmare, e em seguida, foram anunciadas. O salão de repente tornou-se silencioso, e todos olhavam a duquesa e sua filha. Mães diziam as filhas para serem como Lucy, enquanto outras damas apenas invejavam a compostura de Camille. Eram damas invejáveis da sociedade. Desceram as escadas com a mesma aura de elegância com a qual subiram, chegando ao grande salão, onde as pessoas abriram passagem para que as damas se locomovessem.

O rei e a rainha logo as viram andando pelo salão, algo impossível de não se notar, elas passaram por todos os convidados e chegaram até os soberanos, curvando-se de forma respeitosa.

–Agradecemos ao convite que nos enviou Vossa Majestade. – falou a duquesa ainda curvada – Sentimo-nos lisonjeadas com a vossa consideração.

O rei se levantou e andou chegando perto de Camille.

–Pode se levantar, duquesa de Knightmare. – falou o rei – Sou grato por sua presença e a de sua filha, que jamais estivera aqui antes. Sintam-se a vontade.

Lucy e Camille levantaram-se e agradeceram. Lucy estava ainda mais atordoada do que na primeira festa que estivera. O salão do castelo era mil vezes mais luxuoso do que a da casa do duque. O lustre enorme no centro do salão, aquele piso que refletia a imagem dos convidados, as belas paredes de mármore e adornos de ouro. Lucy se atreveu a dar uma pequena olhadela ao rei e a rainha a sua frente, também belíssimos. O rei, moreno de olhos azuis, e a rainha tinha os cabelos loiros belíssimos e olhos azuis, assim como os do rei, só que mais claros.

As duas damas voltaram-se de volta ao salão que agora tocava uma música suave e animada, a mesa de comidas se encontrava em um dos cantos do salão, extremamente farto, enquanto garçons circulavam por todo o salão oferecendo bebida. A garota apenas se dirigiu a um canto do salão, ficando a observar a movimentação, até que ela avista pessoas conhecidas que terminavam de cumprimentar o rei e a rainha e se dirigiam a duquesa sua mãe. Minutos depois, o rei chama a atenção de todos.

–Hoje é uma festa especial. Foi um tanto repentina, mas espero que não os tenha desagradado! – o rei ri e todos os presentes fazem o mesmo – Hoje é aniversário de meu primogênito, Alexiel, então aproveitem a festa! E que volte a música!– dito isso, o rei voltou ao seu lugar, e ao lado do trono da rainha, um garoto loiro de olhos azuis surge. A rainha o abraça e dá sua benção, e em seguida, o rei faz o mesmo. Por um instante, o olhar do príncipe cruza com o de Lucy, o que a faz paralisar. Aquela feição era muito familiar para ela, mas de imediato, não conseguia se lembrar. Antes que realizasse tal façanha, algumas vos masculinas lhe chamam a atenção.

–Belíssima dama, me daria a honra de uma dança? – Lucy se vira rapidamente e avista Friedrich ao seu lado sorrindo, junto com Henry e Klaus.

–Boa noite. – diz a dama sorrindo para os rapazes – Seria adorável. – diz Lucy e em seguida segura a mão do duque.

Os dois dançam lindamente pelo salão, chamando a atenção de todos os presentes. Apenas por um instante, enquanto dançava com seu noivo, notou um olhar profundo do príncipe em si, o que a fez se envergonhar levemente.

–O que tanto observa? – pergunta Friedrich

–Nada em especial. – fala a dama, baixinho – Apenas... O palácio. É tudo tão lindo aqui.

–Devo concordar com a senhorita. – falou o duque sorrindo.

E continuaram a dançar, dançaram três músicas, até que na quarta, um loiro os interrompe.

–Com licença. – fala ele – Poderia me dar a honra desta dança, senhorita?

Lucy olha para o duque. Friedrich, apesar de não concordar muito, entrega a garota a ele, afinal, era o príncipe. A morena segura a mão do rapaz levemente e ele corresponde com um aperto firme.

–Achei que não conseguiria dançar com a senhorita esta noite. – falou o príncipe sorrindo – Minha mãe insistiu que eu a tirasse para dançar. Sinto muito a falta de cordialidade.

–Não se preocupe vossa alteza. – fala Lucy educadamente – É um prazer dançar com o senhor.

O príncipe ri.

–Oh, por favor, não me chame de senhor. Pelo menos quando está comigo, nem de vossa alteza. Chame-me apenas de Alexiel. – falou ele com um sorriso

–Certo... Alexiel. – fala Lucy um pouco encabulada.

–Posso chamá-la de Lucy? – pergunta ele ainda com o mesmo sorriso

–Claro. – diz a moça.

O príncipe não desfez seu sorriso por um único segundo enquanto dançava com Lucy. Todos no salão os olhavam admirados. A dama mais bela da festa e o príncipe chamaria a atenção de todos, até mesmo, do rei e da rainha, que admiravam a dança dos dois. Sem perceberem, todos aos poucos foram se retirando do meio do salão, deixando apenas os dois dançar, algo que provavelmente a dama não notara já o príncipe, apesar do sorriso, estava atento aos acontecimentos e se sentira satisfeito.

Friedrich e Henry, olhavam aquilo um pouco incomodados. Henry tentava não demonstrar por causa do amigo, mas Friedrich havia fechado o sorriso há algum tempo, apenas observando aquela cena peculiar. O que faria se o príncipe realmente se interessasse pela moça? Seria extremamente incômodo e desleal, afinal ele era o príncipe Alexiel, famoso por sua bondade, gentileza, valentia e tantos outros atributos.

Os músicos não interromperam, apenas mudaram a música para algo mais especial, fazendo com que os convidados enxergassem brilho ao olharem para o casal dançante. Camille, por outro lado, estava em um canto, tomando vinho e observando, quando foi abordada por um guarda. Klaus a observava ao longe e a seguiu quando o guarda levou-a até outro local, escondeu-se entre os pilares, mas conseguia observar a duquesa sozinha. Então, de repente, surge o rei. Aquilo chocou o rapaz. Um encontro a sós com o rei? Suspeito demais...

O rapaz aguçou os ouvidos.

–Camille... Não esperava que viesse aqui esta noite. – disse o rei um tanto sarcástico

–É mesmo meu senhor? Mas o que o levou a ter tais pensamentos sobre esta duquesa?- falou Camille indiferente

–Não se faça de tola, Camille.Sabe muito bem do que estou falando. Não finja que esqueceu seu passado, ou melhor, nosso passado. Fez um bom trabalho criando a filha de Lysandre.- o rei de um sorriso mínimo.

–Ela é minha filha!

–Claro. – falou o rei – Sua e de Lysandre, não é? – o rei rio com escárnio – Achas que não sei o que fizeste a Valentine e a Lysandre?

–Como pode me acusar de alguma coisa se nem ao menos tem provas? – fala desafiadoramente a mulher

–Não tenho é...? – o rei ri mais uma vez – Quem acha que sou, Camille? Sou seu rei, Lucian V. Ou se esqueceu? Cumprimentou-me esta noite ainda.

–Deixe de tolices. – fala brava a dama – Não me acuse sem certeza. Todos sabem que sou inocente.

–A menos que eu, Lucian V, prove o contrário. – o rei falou autoritário – Hoje você se safará de mim, pois acredito que não seja a hora, mas nãofuja Camille, seu destino já está traçado há muito tempo por mim.

–É mesmo? Então veremos... – falou Camille de forma desafiadora – Sabe que ainda tenho uma carta em minhas mãos, não? Ou se esqueceu de quem falo? Ainda posso usá-la como quiser. Não se casou ainda.

–Por pouco tempo, Camille. Pouco tempo. Se não reparou, Alexiel demonstrou interesse na garota.

–O impedirei. – respondeu de prontidão.

–Não fará isso. Não com o filho do rei. – Lucian riu e saiu pelo mesmo lugar que entrou.

Camille ficou parada, estática durante alguns minutos. Acabado aquele diálogo intrigante, Klaus sorrateiramente começa sua saída do local, mas é barrado por um guarda, que imediatamente o leva dali de forma discreta.

A duquesa retorna ao salão com a mesma expressão de quando saiu. Olhou para onde se encontrava a rainha. O rei ainda não retornara e Lucy ainda dançava com o príncipe. Calculadamente, a duquesa se aproximou de Friedrich.

–Deveria tomá-la de volta, não acha? – fala Camille baixinho para que somente o duque ouvisse.

Henry olhava com desconfiança para a duquesa, mas se conformava, logo que o amigo era noivo da moça. Ele olha para os lados e procura por Klaus, não o encontrando. Então, resolve dar uma volta. Do lado de fora, nos jardins, meio que escondido pelos arbustos, estava Klaus, e ele conversava, mas com quem? Henry tentou se aproximar para ver a pessoa, mas foi em vão. A pessoa que estava com Klaus interrompe a conversa, provavelmente o havia notado, e some. Klaus se dirige ao amigo e volta ao salão em silêncio.


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Notas finais do capítulo

Gente, deixar comentários é bem legal, ok?
Incentiva a autora aqui a escrever mais para vocês! Aceito críticas, sugestões, correções e elogios, claro! Contato? Me mandem um MP, não vejo problema algum!
Hugs and kisses.
Cherryuki.

See ya darlings~



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