Engaiolada escrita por Cherryuki


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Bem, sinto muito pelo tempo que a fic ficou parada, mas muitas coisas acontecem...
Fiquei muito feliz pela recomendação da Yuukinha Knight ! Muito obrigada, apesar do tempo, agradeço do fundo do coração! ele me deixou muito feliz! E muito obrigada também a todos que comentaram nos capítulos anteriores, os comentários de vocês realmente me deixam feliz! Não irei enrolar mais, sei que pelo tempo que passou o capítulo está curto, mas farei o meu melhor! Obrigada mesmo!
Bem, sem mais enrolação, boa leitura!



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Friedrich e Klaus mais tarde buscaram Henry na casa de Lucy e se dirigiram a casa do duque, onde lhe explicaram a situação. Era possível ver o espanto na face de Henry, ele não tinha palavras. Pensar na nobre duquesa Knightmare saindo de um lugar daqueles não era possível, mas confiava no amigo.

–Então – pronunciou-se Henry – Qual é o plano?

Klaus que estava sentando no sofá da biblioteca apenas suspirou.

–Tem muita coisa envolvida nisso... – disse Friedrich

–E Lucy? – perguntou Klaus

– O que tem ela? –Henry levantou o olhar

–Sim, Klaus, explique-se.

–Será que ela não sabe de nada?

– Não podemos fazer isso. – disse Friedrich – Estaríamos invadindo a privacidade dela.

–Você que dizer perguntar a ela? Não acho que perguntar algo seja invadir a privacidade.

–Concordo com Henry, Friedrich. Se quiser saber sobre a duquesa, precisa perguntar primeiramente a Lucy.

–Não farei isso. Investigarei por mim mesmo. Acham mesmo que Lucy sabe de algo? – disse Friedrich levemente irritado – Ela nem ao menos sabia sorrir antes. A duquesa lhe é muito... Protetora, para que não diga outra coisa. Lucy é a vítima da história.

–Ou talvez você a esteja fazendo de vítima, meu caro. – Klaus respondeu seco – Mulheres tem facilidade de atuar. Não digo com todas as palavras que ela é a vítima.

–Você está sendo grotesco agora, Klaus. – Henry se irritou – Lucy realmente não sabe de nada, conversamos esta tarde, e pude ver que ela realmente foi privada de muitas coisas. Principalmente uma família. Não a julgue dessa forma.

–Nossa... Para alguém que nem ao menos é ligado a ela, até que você a conhece bem... Pelo menos a defende bem. Não estou julgado ela. Vocês dois estão me entendendo errado, para saber o que realmente está acontecendo, vocês deveriam tentar tirar informações de Lucy, ou pelo menos fazer com que ela nos ajude.

–Já disse Klaus. Não quero que Lucy sofra mais. Deixe-a fora disso, façamos do nosso jeito, mas sem envolvê-la. Falaremos com ela sobre isso caso for necessário. – Friedrich finalizou.

–Tudo bem, se é o que insistem, farei do meu jeito. Mas, ainda tem coisa errada nessa história... Vou subir, Friedrich, escreverei uma carta e preciso que você a mande assim que puder, quanto mais rápido melhor.

–Sim. Boa noite Klaus. – ele deu um aceno com a cabeça.

–Boa noite. – Klaus saiu da sala e fechou a porta.

Ainda no escritório, Henry e Friedrich se encontravam e silêncio, pensativos. Henry olhou para Friedrich e se prontificou a dizer algo, mas o duque foi mais rápido.

–Henry, somos amigo há muito tempo, mas o que Klaus disse é verdade, desde quando você defende tanto assim Lucy?

–Não a defendo. Posso dizer que pude conhecê-la melhor esta tarde. Não era como Klaus dizia, achei aquilo grosseiro. Lucy é muito educada e gentil, mas ainda vejo tristeza em seu olhar.

–Por acaso... Não está interessado nela, está? - Friedrich olhou o amigo firmemente.

–Não... Ela é sua noiva Fried. – Henry abaixou o olhar, estava hesitante, mas não podia demonstrar isso ao amigo, seria traição.

–Obrigado Henry. Desculpe-me por desconfiar de ti. – ele se aproximou do amigo e pôs-lhe a mão no ombro.

– Estou exausto, também vou me retirar se não me importa. – Henry sorriu – Não se sinta mal. – ele sorriu.

–Tudo bem. Boa noite.

–Boa noite.

.

.

.

“~Ah

Os anjos cantam por ti,

Pequena criança abençoada,

Você que nasceu em um belo lugar,

Você que vive uma bela vida,

Você será eternamente

Lembrada~ [...]”

– Lucy! Quantas vezes já não lhe disse para não cantar essa canção?! – interrompe Camille entrando bruscamente no quarto da garota.

–Sim, mãe...

–Vá dormir imediatamente, você tem um longo dia amanhã! Acordaremos cedo e iremos encomendar novos vestidos.

–Tudo bem. – respondeu a garota já se deitando na cama

Camille sai em seguida fechando a porta atrás de si. Lucy esperou alguns minutos e continuou a cantar baixinho.

“[...]Até que lugar seus tristes olhos vagam?

Até que canto deste reino estes olhos podem alcançar?

Você que nasceu nesta família,

Você que nasceu com uma obrigação,

Lute e proteja,

O seu povo,

O seu povo~”

Sua mente começou a vagar, começou a pensar em sua tarde com Henry e a forma como ele a tratava, era realmente gentil... Mas também não podia esquecer o que acontecera com Klaus, aquele abraço repentino... Ela começava a se sentir feliz e ao mesmo tempo culpada, gostava de Friedrich, mas seus pensamentos vagavam com os acontecimentos desde que fora apresentada a sociedade.

“A bela Flor de Lis,

Que feita de seu sangue,

Possui o brilho escarlate

Refletido nos céus,

Dançe pequena criança,

Para espantar os males,

E cante,

Para curar corações,

Sua gentileza e nobreza,

Não podem ser comparadas...

Aah~

Brilhe pequena Flor Azul,

Você possui os céus e a terra.

Alcance seu desejo...”

–É uma bela canção. – disse uma voz masculina

A garota se assusta e se levanta da cama indo para o outro lado, de modo a ficar mais distante daquele moço misterioso.

– O que queres de mim? Quem és tu?

–Aquele que sempre te admirou, não se lembra? Eu me lembro daquele doce beijo...

–Não seja tolo! Não houve beijo algum!

–Não sabia que ficaria tão chocada a ponto de se adoentar. Sinto muito. – disse o moço se curvando

Aquele gesto surpreendeu Lucy, não esperava que aquele homem se curvasse diante dela, e que muito menos pedisse perdão pelo que fizera. Mas ainda assim era um estranho.

–Diga, o que queres aqui? Dinheiro? Não o tenho. Apenas minha mãe. Se quiser posso pedir a ela. – ela se afastou mais um pouco

–Eu não quero dinheiro. Não preciso. – ele se aproximava lentamente com passos largos até a garota – Eu não sinto falta de dinheiro.

–Então o que quer? Não se aproxime. – ela dava mais alguns passos para trás – Não posso lhe oferecer nada.

–Eu não quero nada. Quero apenas... – antes que a menina pudesse fazer qualquer coisa, ele estava parado à sua frente segurando-a pela cintura – Apenas... Você.

–Solte-me! Eu vou gritar, seu perverso! – ela tentava se soltar em vão

–Você entendeu errado – ele ria – Não quero seu corpo. Não hoje.

Ela olhava os olhos daquele homem através de sua máscara, eram lindos olhos azuis como água cristalina, capazes de te prender, logo ela toma consciência e volta a si.

–Então o que quer?

–Apenas estar contigo. – ele a soltou e ela não fez nada, apenas voltou a se dirigir para a cama.

–Diga, qual seu nome?

–Não posso dizer meu nome ainda, mas pode me chamar de Luke. – ele sorriu

–Luke...? –ela pensou por alguns instantes – Tudo bem.

Lucy se sentou na cama, em seguida, Luke se senta ao lado dela e deita em seu colo.

–O-o que pensa que está fazendo? – ela cora

–Apenas... Deixe-me ficar assim por alguns minutos. – disse ele de olhos fechados

–Não seria melhor se tirasse a máscara...?

–Não faça isso. Ou melhor, nem tente. – ele a olhou ameaçadoramente.

–És muito autoritário. Saiba que está em meu quarto. – Lucy o encarava

–Não ligo. – respondeu Luke friamente – Faça um carinho em mim.

–Não é meu amante. Não farei isso. Aliás, tenho um noivo. – retrucou a dama

–Aquele duque? – ele riu – Não me importo.

–Pare de brincar comigo. – Lucy saiu de seu lugar indo para a outra ponta da cama – Não sou seu brinquedo.

– Eu sei. – ele respondeu sério.

– Então, é melhor que vá embora agora.

–Não irei. Não há ninguém que irei obedecer, apenas ao rei, é claro.

–Escreverei um pedido ao rei.

O moço riu e tirou o capuz que cobria seu belo cabelo loiro, passando a mão nele em seguida.

–Dirá o que? Que está traindo seu noivo? Que vê fantasmas? Que tem um cara chamado Luke no seu quarto? – ele riu de modo sarcástico – Acharão que és louca.

–E como sei que não estou louca? Até mesmo tu dizes que é um fantasma. Como poderia acreditar?

Ele se aproximou da jovem ficando à sua frente e a abraçando, fazendo-a cair deitada na cama.

–Acredita que sou real? Fantasmas não emitem calor. – ele segurou a mão da jovem a colocou em seu rosto.

Lucy o olhava fixamente, enquanto ele dizia aquelas palavras ele sorria de um modo infantil, cheio de ternura, mas também se sentia irritada com tudo aquilo, nunca viu alguém tão rude e ao mesmo tempo tão amável. Aquilo estava deixando-a triste, não queria estar com outro que não fosse seu noivo, era traição.

–Acredito, mas não quero mais vê-lo. – seu semblante era triste

–Não aceitarei. Ninguém diz isso com uma expressão dessas.

–Não tem que aceitar nada. É a minha decisão. Duque Jenswell é meu noivo e jamais o trairia.

–Então me permita estar ao seu lado apenas por esta noite. Não farei nada contigo.

Luke se levantou e a pegou no colo, a fim de deitá-la na cama. Depois de acomodá-la ele se deitou ao lado dela e ficou olhando-a.

–Não dormirei deste jeito. Não com esse olhar em mim.

–Deixe-me olhá-la. – ele sorriu novamente de forma doce – Será uma última vez, não?

A dama assentiu.

–Irei me distanciar novamente de ti, mas continuarei observando-a.

–Por que me observar? Fiz algo errado? - Lucy fazia cara de preocupação.

–Não. Mas eu preciso que esteja bem. Preciso que a pessoa que am... – ele parou por alguns instantes, respirou e soltou um suspiro – Preciso que esteja bem. Apenas.

Lucy estava vermelha, não podia evitar em pensar no restante da frase interrompida. Luke coloca a mão no rosto da jovem e a acaricia.

–Sinto muito tê-la deixada constrangida desta forma.

–T-tudo bem...

–Vamos, feche os olhos. Precisa descansar. – ele deposita um beijo na testa da dama e afaga seus cabelos.

Continuou afagando-a até que a jovem dormisse profundamente, levantou-se silenciosamente da cama e depositou mais um beijo na testa da mesma, fitou-a por mais alguns minutos, parecia tentar guardar cada traço de seu rosto, caindo na tentação, roubou-lhe um beijo.

–Não ficarei separado de você por mais tempo... Minha dama.

Dirigindo-se à janela abriu-a e saiu, desta vez não deixando bilhete algum.


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Notas finais do capítulo

Agradeço de coração a aqueles que leram, se puderem deixar um pequeno comentário, mesmo que for ruim, está valendo!
Mais uma vez sinto muitíssimo pela pausa que esta história ficou.
Mais uma vez obrigada!
Beijos.
Cherryuki.



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