“Branco... Uma cor puríssima... Vermelho... eram rosas... Lucy corria desesperadamente no campo de rosas.

 Queria ver alguém. Aquela pessoa não estava mais ali...

Corria...

Corria...

Mas aquela pessoa estava tão distante... Lágrimas...

Uma mulher se aproxima e lhe acaricia seus cabelos. Ela sorri. Um rosto desfocado... quem é ela..?

Gritos...

-Lucy!!! Nãaao!!! Nãoo!!!....”

-NÃO!!! – Lucy acorda afobada.

A garota levanta um pouco tonta e se dirige até a jarra d’água que havia em seu quarto, ela olha para a janela e se lembra do ocorrido. Sua mente ainda estava muito atordoada. Ela se aproxima da cama, no entanto nota algo em cima da cama. Lá havia um pequeno bilhete embaixo de um belo lírio. Lucy o pega,e lê:

“ Minha Lucy,

É realmente uma pena que não tenhamos tanto tempo juntos. Não se preocupe, nos veremos novamente em breve.”

                                           Ass. Seu admirador

-Não... Pode ser... Ele esteve aqui... – segurava o bilhete com força.

Marie entra no quarto e se assusta ao ver sua senhorita acordada tão cedo, de repente, Lucy desmaia.

A garota ficou adormecida durante toda a manhã. Chamaram o médico que disse apenas ser um cansaço, e a deixaram descansar.

Aquela era uma manhã ensolarada, na casa do duque Jenswell , o dia já havia começado. Henry desce a escadaria e avista Klaus sentado lendo um livro e tomando seu chá fumegante. Pretendia conversar com ele, mas preferiu deixá-lo em paz lendo, porém ao virar-se de costas Klaus lhe chama a atenção:
- Seria ótimo receber pelo menos um bom dia meu amigo. O que fez noite passada? Fora dormir tão tarde.

-Mesmo? Sabe que nem notei. E o que estava a fazer se me viu  a dormir tão tarde da madrugada?

- Absolutamente nada. Como sabe tenho a preferência por não fazer nada.

-Sim, claro. Nada. Eu entendo. – Henry sai andando e acena de costas. Alguma coisa não se encaixava.

Friedrich havia ido para uma reunião de negócios cedo e acabou deixando seus amigos sozinhos em sua casa. Em sua volta, resolve passar e ver Lucy, e acaba recebendo uma notícia desagradável.

- A senhoria está adormecida durante toda a manhã. O médico disse que ela ficaria bem se descansasse. –disse Marie que o atendeu.

-Entendo... Mas onde está a duquesa? Gostaria de conversar com ela.

- Ela não está. Saiu ontem à noite, disse que ia à negócios, que precisava resolver certos assuntos.

- Ela foi avisada sobre Lucy?

- Foi.

-E não retornou?

- Não... – Ela olha meio cabisbaixa. – quer deixar algum recado?

-Não nenhum obrigado. Eu vim aqui para ver Lucy, somente isso. Até breve. – Ele entra na carruagem e vai embora.

Ao chegar em sua casa encontra Henry adormecido e Klaus, como sempre pesquisando certas coisas na biblioteca.

-Olá.

-Olá. Como foram os negócios?

-Tudo bem.A fábrica de Viena finalmente poderá ser construída depois de tantos problemas.

- Que ótimo. Mas você não parece estar com uma expressão muito feliz no final de tudo.

- Passei na casa de Lucy.

-E?

- Ela não está bem. A empregada disse que ela desmaiou, e está adormecida a manhã toda.

- O que ela tem?

- O médico disse que era somente um cansaço.

- Então logo estará bem novamente.

- Eu espero. Vou tomar um banho e logo descerei novamente.

-Tudo bem. Estarei esperando.

Friedrich sai indo em direção à seu quarto, e deixa Klaus novamente sozinho. O homem tão preso aos livros, agora estava preso em seus pensamentos. Na garota que agora estava adormecida.

-Seria o choque de ontem...? – dizia ele para si mesmo em um sussurro. – Que garota ingênua.