A Coletora escrita por GillyM


Capítulo 42
De volta a vida


Notas iniciais do capítulo

Ola!!!!
Boa leitura!



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“Roxy”

A dor que suas presas me causavam desvaneceu qualquer outra dor que havia em meu corpo, ele me sugou vorazmente como um animal, me deixando incapaz de ensaiar qualquer reação. Gota a gota de sangue fui morrendo, morrendo de verdade, e com a morte eminente as lembranças de toda minha vida vieram a tona.

Não somente as lembranças de toda minha vida, mas as lembranças das quais eu não gostei, todo o sofrimento que causei as pessoas, todos os danos feitos pareciam me apunhalar como vingança. Enquanto eu sofria sozinha, Damon parecia se divertir ao máximo, sem desperdiçar uma gota, ele bebia incansavelmente e a cada segundo ficava ainda mais incontrolável.  

Este era meu plano, na verdade não exatamente este, as presas deveriam ser de Bill, eu deveria pertencer a ele. Presa na forma humana, a um passo da morte, sem o fardo de ser coletora, ele poderia me transformar e me livrar de um destino infeliz.

Ser vampira não era algo que sempre desejei, na verdade nunca desejei, mas meu destino já estava traçado, ser ceifadora ou vampira, das duas abominações não preferia nenhuma, mas a morte não era uma opção, ao mesmo sendo vampira, poderia ficar ao lado de Bill, e sem alma, os ceifadores não poderiam interferir novamente em minha vida.

Desta forma Bill seria poderoso, teria o poder suficiente por nós dois, eu não podia mensurar o quão poderoso ele seria, nem se isso lhe traria bons resultados, mas ao menos estaria livre e ao seu lado, algo que desejei muito ao chegar tão perto da morte.

Infelizmente as coisa não saíram como o planejado, Bill seria poderoso, eu seria vampira, mas ainda estaríamos separados, eu pertenceria a Salvatore, isso seria o maior troféu para ele, e regras são regras, ele jamais me libertaria para me unir a Bill.

Não demorou para que eu perdesse todos os sentidos.

“Bill Compton”

Ela me ouviu, sabia que estava por perto, mas algo a impediu de terminar a frase que salvaria nossas vidas, e certamente Salvatore estava por de trás de tudo aquilo.

- Suba, Dave! – A ceifadora gritou desesperadamente – Impeça-o.

O rapaz correu para a porta da frente, estava claro que o plano não estava dando certo para eles.

Ancorado a porta de entrada e consumido pela força de cura para meus ferimentos, tudo mudou. Nenhuma sensação se comparava com aquela, tal sensação me consumiu de uma forma estranha, eu estava mudando, mudando drasticamente.

O ar inflava ainda mais meus pulmões, o sangue corria mais rápido, e meu coração pulava no peito, uma energia estranha estava se apoderando de meu corpo ou o tomando de volta, retornando ao lugar que nunca deveria ter saído.

Segurei firmemente aos batentes da porta, tentando não sucumbir a força que me apoderava, eu não sabia o que aconteceria a seguir, nem se aquelas mudanças seriam boas, mas quando dei um passo a frente, sem nenhuma força me repelindo para fora da casa, eu soube que se tratava de algo inimaginável.

“Damon”

Quando a ultima gota de sangue tocou meus lábios eu soube que ela era minha, aquela era minha vitória, nem ceifadores, nem Bill Comptom poderia toma-la de mim, ela era minha cria e teria que viver comigo até eu liberá-la, coisa que jamais faria.

Me afastei e fiquei a observando, seus olhos sem vida ainda estavam abertos, fixados no teto. Sua boca entre aberta já não guardava a alma de Bill Compton, ela estava vazia, ao julgar pela presença do jovem rapaz que adentrou ofegantemente no sótão, e que ficou parado ali com uma expressão incrédula e confusa, algo parecia não estar certo.

A ceifadora apareceu repentinamente, olhou para mim e se aproximou da cama, olhou para o corpo e se manteve em silencio.

- Eu a matei, como pediu – Disse a ela – Você cumpriu com sua parte no plano?

- Aparentemente você cumpriu com sua parte – A ceifadora respondeu – Mas sinceramente, não sinto que a alma dela está liberta.

- Todos nós podemos ver que ela está morta. A questão é se você cumpriu com sua parte. Compton está morto?

Ela não precisou responder.

“Bill Compton”

- Não, não estou morto – Respondi ao entrar na sala.

Salvatore me olhou surpreso e irritado.

- Como conseguiu entrar? Quem lhe deu permissão? – Ele perguntou.

- Não preciso mais de permissão, Salvatore.

Olhei para o rapaz que estava no canto da parede próximo a janela, a força que me impedia de mata-lo, que me repelia, já não fazia mais efeito.

- Mate-o! – Ordenei ao rapaz – Mate Salvatore, agora! Ou matarei você.

- Ele não pode fazer isso – Salvatore riu.

Olhei para o rapaz e olhei para sua cintura, eu sabia que ele carregava uma arma com ele, e nesta arma havia balas de prata, uma invenção muito útil para os humanos, o melhor jeito de exterminar vampiros, e que ele a usaria contra mim, se não fosse por Damon interromper tudo.

- Você não pode contra ele, Bill Compton – A ceifadora se intrometeu – Ele está protegido por almas.

- Almas não me impedem mais de nada – Respondi num tom sarcástico.

Algo interrompeu o momento, algo que me deixou incrédulo, irritado e confuso. Entretanto, com exceção de Salvatore que apenas sorriu, todos ficaram surpresos.

Roxy não estava morte, não mais.


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Notas finais do capítulo

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