A Coletora escrita por GillyM


Capítulo 14
Consequências


Notas iniciais do capítulo

Olá gente, aqui está a continuação do ultimo capitulo. Logo tudo será esclarecido.
Boa leitura!!!



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“Roxy”

A dor era insuportável, não a dor física, mas a dor de como se algo fosse arrancado de mim, na verdade esse “algo” tinha um nome, um belo nome, e se chama ALMA, e que não pertencia a mim, e sim a ele. Eu desejei que ele parasse, mas não conseguia me mover ou simplesmente gritar, estava estática, lutando contra algo presente em mim mesmo, que me levava à morte. Não conseguia exteriorizar os gritos presos em minha garganta, não que Jason pudesse fazer algo contra aquilo, mas pelo menos não ficaria ali para morrer sozinha, numa forma intrigantemente consensual.

Coloquei minhas mãos em seu peito e percebi que algo estava ocorrendo, algo bizarro e inesperado, inexplicável também. Aquele fato assombroso não fora um fato isolado, com ele vieram outros, na mesma hora, ao mesmo tempo, juntos.

Ele parecia não notar, diferente do nosso ultimo encontro, onde uma força sobrenatural o fez parar, ele continuava bebendo de mim, e parecia gostar, a ponto de não querer desperdiçar nenhuma gota. Estava tão chocada com o que via que suas presas em meu seio não incomodavam mais, eu fiquei congelada olhando para ele, até que seus olhos cruzaram os meus e ele finalmente parou.

“Bill Compton”

O terror em seus olhos não foi nem de longe tão intenso quanto o meu, quando me dei conta dos fatos, não há palavras para descrever o que estava ocorrendo comigo, as lembranças tão puras de minha infância, que poderia jurar não serem minhas, pareciam tão reais quanto eu, ou quanto ela parada em minha frente.

Sempre senti que roubava a vida das pessoas quando me alimentava delas, mas com Roxy era totalmente diferente, cada gota de seu sangue parecia ser minha, me pertencer completamente, e depois daqueles eventos que ocorreram dentro daquele Box, eu tive certeza de que ela pertencia a mim.

A água quente que saia do chuveiro e tocava meu corpo, se mantivera quente, da mesma forma que saiu da ducha, meu corpo já não era capaz de tirar todo o seu calor. Eu estava quente, quente como um humano, como costumava ser, e eu pude sentir o toque dos dedos dela, como não sentia desde quando me tornei um vampiro. Minha pele já não estava pálida, estava corada e tinha um aspecto saudável, meus lábios se tornaram vermelhos e pude sentir seu sangue correr em minhas veias como se meu próprio coração o bombeasse.

“Roxy”

Naquele momento entrei num cego desespero, acreditei fielmente que ele havia descoberto meu segredo, e isso seria meu fim, ele pegaria sua alma de volta e eu veria Dea novamente, trajando capa preta e cajado, como ele mesmo me avisara que seria.

Eu não queria morrer, não mesmo, mas ele havia bebido muito de mim, mas do que havia imaginado, estava fraca. Havia um breu em minha mente ao tentar lembrar o que havia me ocorrido durante os cinco anos passados, mas eu sabia que não tinha me alimentado de V, desde que acordei naquela floresta me senti completamente sóbria e vulnerável. O único V que estava ali, naquele Box, era de Bill e eu não me atreveria a nem mesmo pensar nessa possibilidade.

Minhas pernas não agüentaram o peso de meu corpo, escorreguei lentamente pela a parede molhada do Box, mas antes que caísse definitivamente ele me segurou, mas seu corpo já não estava tão quente quanto antes, a frieza de sua pele começou a voltar, junto a isso veio palidez, e no mesmo instante algo em mim começou a mudar, como se o vazio que senti enquanto ele me sugava, se enchesse novamente. Eu sabia que era sua alma voltando para mim.

“Bill Compton”

A sensação de vida que tomou conta de mim por alguns segundo se fora tão rápido que nem pude entendê-la, nem mesmo apreciá-la, eu estava com Roxy em minhas mãos, eu não queria feri-lá, nem causar nenhum outro dano, mas algo me dizia para prová-la novamente. Para mim aqueles acontecimentos não faziam sentido, mas ficou claro, mesmo de uma forma obscura, que o sangue dela tinha tudo haver com aquilo, e que eu precisava de mais, e de tudo, todo o sangue que ela pudesse me oferecer.

O conflito foi grande, enquanto ela estava quase a desmaiar em meus braços, eu não sabia se dava a ela meu sangue, para que ela se recuperasse, ou se acabava com o sofrimento dela com a morte. Lutei a cada segundo, e meus pensamentos não pareciam seguir uma lógica, eu a queria, só não conseguia me decidir se a queria viva ou morta.

Jason se aproximou da porta, não que ele estivesse achando algo errado, suas intenções realmente eram outras. A presença dele me fez lembrar Sookie, e o que ela pensaria sobre isso, não que ela precisasse saber, mas uma garota morta no banheiro do seu irmão levaria  ela a fazer perguntas, não que o pior fosse as perguntas, ela saberia que eu seria o culpado, pois era o único vampiro a ter permissão para entrar a casa de Jason, não que eu devesse algum tipo de satisfação a ela, mas eu a amava e sabia que eu a perderia, definitivamente.

Rasguei a pele de meu pulso com minhas próprias presas, e o levei a boca dela, ela o agarrou com tanta força, e sugou meu sangue com uma enorme gula, logo ela foi se recompondo e quando ela abriu os olhos novamente, sai do banheiro tão depressa, que ela nem pode ver para onde fui.

“Roxy”

Não demorou que eu me recuperasse, logo minha mente passou a funcionar ao ritmo louco do V, eu nunca havia tomado um sangue como aquele, ele era diferente, e parecia se combinar a mim. Desliguei o chuveiro, saí do Box, enrolei a toalha em meu corpo, abri minha bolsa e tirei dela a única peça de roupa que tinha para trocar, o meu velho vestido.

Deite na cama e fechei meus olhos, mas minha mente se recusava a se desligar, as sensações que o sangue de Bill me proporcionava eram frenéticas e muito boas para que eu apenas dormisse. Eu queria ficar acordada, e aproveitar o que havia de melhor naquele momento, naquela nova sensação, por um instante deixei minha mente me levar para onde ela quisesse ir.

Num instante Jason apareceu em minha frente, ele ficou parado ao me observar ao lado da cama. Ele estava lindo, cabelo molhado e sem camisa, o perfume que exilava dele era hipnotizante, ele era um exemplo clássico de homem viril. Foi inevitável não abrir minhas pernas para que ele entrasse, ele era o tipo errado de cara inocente, ele me apertava afobadamente, o seu gemido era como musica.

Virei-me por cima dele, e me pus a balançar lentamente apreciando o momento, fechei os olhos e deixei as emoções me guiarem, senti as mãos de Jason tocar meus seios, suas mãos eram muito delicadas para um homem, e  frias também. Senti que estava próxima do clímax da relação, os gemidos dele me levavam direto ao topo, mas sua voz já não era a mesma, e ao puxar seu cabelo, percebi que estavam mais lisos que esperava, e longos também, era o efeito do V, que te fazia imaginar o inimaginável. Ele beijou minha boca como se quisesse a engolir, mas quando abri os olhos quase enfartei.

Selene era quem estava lá, eu estava sobre ela, roçando minha pele nua na dela, o grito que dei com o susto foi inevitável, e quando dei por mim havia acordado daquele sinistro sonho, que me fez arrepiar de aversão. Jason logo apareceu a porta do quarto, ele carregava um taco de madeira nas mãos, e perguntava o que havia acontecido, estava claro que não havia ocorrido nada. Sem duvidas aquela foi a alucinação mais profunda e real que V tinha me proporcionado, mas quando minha mente ficou sóbria novamente, se é que eu estava sóbria mesmo, algo se revelou a mim, olhei para a janela, e a luz do sol já entrava em meio as cortinas.


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Notas finais do capítulo

Ola!!!
Gente, me diz o q estão achando!!!
Espero que gostem a ponto d mandarem reviews.