Como O Sol e A Lua escrita por Rukia


Capítulo 21
Capítulo 20




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Gritos, assovios e palmas, era o que se ouvia por todo lado, depois de instantes nos separamos um pouco, nos olhamos, sorrindo por motivos desconhecidos e nos abraçamos carinhosamente, eu beijei a cabeça dela, a apertando em meus braços e um pouco relutante, deixei que ela se afastasse de mim, ela quase teve que me empurrar, mas enfim nos separamos e sob os aplausos de todos, saímos do palco pela parte de trás.
Resolvemos ir embora, Rukia preferiu assim, afinal, éramos a conversa do momento e seria melhor que todos voltassem a nos ver somente depois das férias, já que depois daquela noite não haveria mais aulas.
Saímos pela porta dos fundos do salão e demos a volta pela escola até chegar ao estacionamento, me surpreendi ao ver Byakuya e Unohana parados próximos ao meu carro, como ele sabia que iríamos embora agora?
- Dirija com cuidado. – Unohana falou gentilmente para mim –
- Não se preocupe. – eu sorri levemente – Não terei pressa alguma.
Rukia abraçou Byakuya, ele beijou-lhe a testa e murmurou algo para ela que riu divertida.
- Também não iremos demorar. – Byakuya falou agora alto – Em uma ou duas horas iremos embora.
Rukia concordou, Byakuya olhou para mim e dessa vez não havia ameaça alguma em sua expressão...eu acho.
- Estou confiando em você. Não me decepcione.... – ele falou seriamente, o que me surpreendeu –
Eu rapidamente confirmei com a cabeça.
- Pode deixar...Byakuya.
Ele ofereceu o braço a Unohana e após ela aceitá-lo, caminharam de volta ao salão de festa.

Minutos depois estávamos na estrada, estava pouco movimentada e silenciosa.
- Como Byakuya sabia que íamos embora? – perguntei curioso, sem tirar os olhos da estrada –
- Eu disse a ele. – ela respondeu calmamente –
- Disse a ele? Mas...como? Quando? – eu indaguei confuso –
- Quando você estava no palco, no momento em que eu comecei a conversar com ele.
Eu me lembrei do estranho comportamento dos que estavam em volta dos dois naquela hora.
- E como vocês estavam conversando? Ninguém parecia entender vocês.
- E nem podiam.
- Já sei, eram aquelas conversas cortadas, não?
- Exatamente.
- E o que...vocês falaram? – perguntei fingindo não ligar pra resposta –
- Nada de mais. – eu a ouvi rir – Qualquer hora eu te falo.
- E...o que Byakuya fala sempre que eu estou por perto pra você sorrir em seguida?
- Várias coisas. Mas a mais comum é: “Se ele fizer algo de errado, me fala e eu acabo com ele”. – ela riu novamente –
- Nossa, como ele gosta de mim. – eu falei rindo –
- E como.
Ficamos em silencio por instantes até eu voltar a falar.
- E então...? – comecei e parei de falar em seguida –
- Então o que? – ela indagou –
- É só uma maneira de começar um assunto. – expliquei –
- Ah. – ela murmurou em sinal de entendimento –
Ficamos novamente em silêncio.
- E então...? – falei – 
Nós dois rimos enquanto Rukia deu um leve empurrão em meu braço.
- Desculpe, não resisti. – falei ainda rindo –
- Eu tenho claustrofobia.
- Sério? – indaguei surpreso – 
- Sim.
- Bem...eu...tenho alergia á morango.
- Sério? – ela pareceu mais surpresa que eu – 
- É.
- Eu adoro altura.
- Interessante. Eu detesto roupas folgadas.
- Eu comecei a gostar de comidas apimentadas graças a nii-sama.
- Ele gosta?
- E muito.

- Quem poderia imaginar...eu não gosto de filmes de seriais killers.
- Por que?
- Acho...sem noção, sabe, somente matar e matar, prefiro um filme de suspense com uma história de verdade.
- Concordo. Eu detesto filmes de romance.
Eu me surpreendi.
- Sério?
- Sério.
- Nossa. – murmurei ainda perplexo –
- Que?
- Sei lá...pensei que...era um padrão para mulheres...sabe...filmes de romance.
- Achou uma exceção.
Depois de minutos chegamos, saímos do carro e ficamos em frente ao grande portão preto da casa dela. Automaticamente nos abraçamos, ela me abraçou pelo tórax enquanto eu a envolvia pela cintura, ela encostou a face direita em meu peito enquanto eu apoiava o queixo sobre sua cabeça. Eu perdi a noção de quanto tempo ficamos ali, imóveis, apenas sentindo a respiração um do outro, depois nos separamos, eu passei minhas mãos pelo rosto dela e a beijei em seguida, voltando a abraça-la pela cintura. Rukia passou os braços por meus ombros e eu a ergui do chão, a fazendo ficar mais junta a mim, novamente não sei quanto tempo ficamos daquela maneira, voltei a colocá-la no chão, enquanto nos olhávamos sorrindo ofegantes, eu beijei a testa dela e ela me abraçou novamente.
- É melhor entrar, está frio. – murmurei passando a mão pelos cabelos dela –
Na verdade eu não queria de forma alguma que ela entrasse.
- Tudo bem. – ela concordou relutante, sem se afastar de mim –
Ficamos em silencio, até que eu sorri.
- Você não disse que iria entrar?
Ela sorriu enquanto aos poucos me soltava.
- Você é chato.
- Valeu. – brinquei –
- Boa noite. – ela falou passando uma mão por meu rosto –
- Boa noite. – eu murmurei após lhe dar um último beijo –
Ela caminhou até o portão.
- Ei. – eu a chamei quando ela se preparava para entrar –
Ela se virou para mim.
- Te amo.

Ela sorriu de maneira encantadora e eu novamente travei meus lábios para não dizer outra idiotice: “Tem certeza de que quer passar a noite AQUI?”
Pára com esses pensamentos idiotas, seu idiota.
- Também te amo.
Trocamos mais um sorriso e ela em seguida atravessou o portão, eu fiquei parado por mais alguns segundos, entrei no carro e me conti, do contrario teria soltado um grito de felicidade.
Dirigi para casa com um enorme sorriso exposto, aquela fora a melhor noite da minha vida e nada poderia mudar aquilo. Eu quase não acreditava que agora eu poderia ficar perto dela sem me preocupar com nada, poderia abraçá-la, poderia beijá-la.
Cheguei em casa e fui direto para meu quarto, me joguei na minha cama e fiquei olhando desnorteado para o teto.
- Eu consegui dizer a ela. – eu murmurei sorrindo idiotamente – Eu consegui dizer que a amo. E ela também me ama.
Eu coloquei as mãos atrás da cabeça e aos poucos o sono veio, e eu tive certeza de que naquela noite, somente ela estaria presente em meus maravilhosos sonhos.


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