Anjo Negro escrita por GLFeehily


Capítulo 9
Desejos reprimidos


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo... espero q gostem... foi feito com muito carinho... ;D
Pra quem gosta do Ethan e do Daniel, vai amar esse capítulo...
Leitores fantasmas por favor se manifestem... deixem reviews com suas opiniões.
Boa leitura.



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Ethan


Fui para o vestiário me trocar e quando estava virando a esquina para chegar até a porta do vestiário, fui literalmente atropelado por alguém que vinha parecendo um raio de tão rápido. Meio que por reflexo eu a segurei pela cintura, pois ela ia cair de costa e acabar se machucando, por isso, eu rapidamente a circundei com os meus braços e caímos juntos, ela sobre mim, apenas quando estávamos deitados no chão que eu fui perceber que a garota que me atropelou era a Nina.


Ela usava apenas um pequeno biquíni da cintura pra cima e um short rosa bebê que eu só pude ver momentos depois da nossa queda, eu podia sentir o calor da sua pele praticamente nua e a sensação que me causou foi algo sobrenatural, parecia que a minha pele estava pegando fogo onde os nossos corpos se tocavam. Eu podia sentir a eletricidade correndo através das minhas veias, comecei a ofegar, sem conseguir respirar direito, meu coração se acelerou e parecia que ia sair do meu peito.


Quando a olhei nos olhos e vi que ela estava me olhando com aqueles intensos olhos verdes esmeraldas, eu achei que não fosse agüentar, o meu coração se acelerou ainda mais, ela parecia um anjo assustado, mas ao mesmo tempo ela parecia se sentir protegida nos meus braços.


Eu olhei por toda a extensão do seu rosto e quando olhei para a sua boca eu me imaginei beijando-a. Engoli em seco e continuei olhando para a sua boca, desejando-a como nunca desejei ninguém na vida. Quando voltei a olhá-la nos olhos, percebi que ela também olhava a minha boca com o mesmo desejo nos olhos. Isso só me deixou ainda mais louco de vontade de beijá-la.


Definitivamente eu estava perdido. Que Deus me ajude, pois a cada momento estava mais difícil não tocá-la, e eu queria tocá-la, como eu queria. Eu queria sentir o calor do seu corpo me incendiando, o sabor da sua boca, a eletricidade correndo pelas minhas veias me fazendo estremecer com o toque das suas mãos. Queria poder dizê-la o que eu estava sentindo, mas eu não podia, ela nunca poderia saber as sensações que causava em mim.


Parecia que o tempo havia parado, era como se não tivesse mais nada e nem ninguém a nossa volta, apenas eu e a Nina. Eu queria soltá-la, mas eu não conseguia, era mais forte do que eu a vontade de mantê-la em meus braços, de mantê-la com o corpo colado ao meu. Cedo demais ela voltou do transe em que nos encontrávamos e tentou se libertar dos meus braços, fazendo com que eu saísse do meu mundo paralelo.


Voltei a realidade e percebi que eu a segurava de maneira possessiva, ela tentou se libertar mais uma vez e dessa vez eu a soltei. Ela estava com o rosto ruborizado e alguma coisa me dizia que o meu também estava. Ela se levantou de maneira desajeitada e começou a pegar as suas coisas que estavam espalhadas pelo chão.


– Me desculpe Ethan. Eu juro que não vi você. Eu estava andando rápido e de cabeça baixa, não vi você na minha frente. – Ela me disse com o rosto ruborizado, totalmente linda e encantadora.

– Está tudo bem. Não tinha como você me ver por causa da parede. Além do mais você estava vindo realmente rápido. – Respondi, tentando parecer indiferente. – Você está bem? – Perguntei, sem conseguir me segurar.

– Sim. – respondeu a Nina. – Olha, eu realmente sinto muito. Tem certeza que você não se machucou?

– Estou ótimo. – Respondi, mais uma vez tentando ser indiferente.

– Ok! De qualquer forma me desculpe, mais uma vez. – ela disse, antes de sair praticamente correndo.


Entrei no vestiário e sentei em um dos bancos, tentando acalmar o meu coração e a minha respiração. Eu simplesmente não consigo entender como um ser tão pequeno e magro consegue me deixar assim. Isso não é normal.


Essa garota deve ter feito algum feitiço para me deixar assim, é a única explicação. Por mais que ela seja linda, inteligente, sexy e aparente ser uma pessoa doce e gentil, por mais que ela seja tudo isso, ela não deveria provocar essas reações em mim, pois os anjos nunca se apaixonam por humanos e muito menos por demônios, nós no máximo temos encontros com humanos e nunca, jamais com demônios, e ela era meio demônio, meio fada. O que tornava ainda mais impossível a possibilidade de eu me apaixonar por ela sem algum tipo de encanto. Eu tinha que descobrir o que ela fez pra mim e quebrar o encanto o quanto antes. Antes que as coisas se compliquem ainda mais para o meu lado.


Deitei no banco e fechei os olhos pra ver se eu conseguia voltar ao normal, mas foi inútil, no momento em que fechei os olhos a imagem daqueles olhos verdes esmeraldas – me olhando como se pudesse ver a minha alma – voltou a minha mente. A sensação do corpo quente da Nina colado ao meu voltou e o meu coração começou a bater freneticamente e mais uma vez eu voltei a ofegar. Isso não é bom, isso não é nada bom. Estava começando a me desesperar mais uma vez, quando ouvi a voz do Daniel me chamando.


– Ethan! Você está bem? – Ele me perguntou com uma cara realmente preocupada. Deixando de lado a ironia de sempre. – Você disse que só iria trocar de roupa e depois ia pra piscina, mas sumiu. Agora eu chego aqui e te encontro nesse estado, parecendo que viu um fantasma.

– Eu não sei Dan. Eu realmente não sei. – Respondi num sussurro. Estava me sentindo cansado e com falta de ar, minha cabeça girava, provavelmente por causa da hiperventilação.

– O que aconteceu pra te deixar nesse estado?

– Nina. – Foi tudo o que consegui dizer.

– O que foi que ela fez com você? – Ele perguntou. A raiva cresceu em seus olhos. – Ela finalmente resolveu mostrar as garras? – Olhei pra ele de maneira cansada. – Fala Ethan.

– Nada. Ela não fez nada. Eu acho.

– Se ela não te fez nada, então por que você está desse jeito? Parece que foi atacado por pelo menos uns vinte demônios.

– Ela não fez nada. Foi apenas um acidente.

– Um acidente? Como assim um acidente? O que foi que aconteceu? – O Daniel perguntou impaciente.

– Ela meio que me atropelou. – respondi e diante da sua expressão perdida, eu completei. – Eu estava vindo para o vestiário e ela estava voltando para a piscina praticamente correndo, foi quando nos encontramos e acabamos caindo um sobre o outro, ou melhor, ela caiu sobre mim.

– Ela caiu sobre você? – respondi que sim com um aceno de cabeça. – Só isso? Não aconteceu mais nada?

– Só isso. Ficamos no chão por alguns segundos, talvez minutos, eu não sei... Pareceu uma eternidade. Ela deitada sobre mim, olhando em meus olhos, parecia que ela podia ver através da minha alma.

– Você esta me dizendo que está nesse estado por que ficou alguns segundo com a Nina caída sobre você e ela olhou profundamente nos seus olhos?

– Não estou assim só por esse motivo.

– Não? E qual é o outro motivo que o deixou ofegante e desesperado desse jeito?

– Eu quase a beijei Dan. Faltou pouco para que isso acontecesse. Quando eu a vi me olhando daquele jeito e, principalmente, quando eu senti o calor do seu corpo colado ao meu, a minha pele ficou toda arrepiada e eu senti umas sensações que nunca havia sentido antes. Parecia que corria eletricidade através das minhas veias e a minha pele parecia estar pegando fogo. Onde as suas mãos tocavam o meu peito, ardia em chamas e, eu queria que ela continuasse me tocando. Eu queria que aquele momento durasse para sempre. – Respondi, envergonhado com a minha fraqueza.

– Ai-meu-Deus! – Foi tudo o que ele exclamou, lentamente. Como se não pudesse acreditar nos seus ouvidos.

– Eu sei que é errado me sentir assim. Eu sei que é pecado, que eu não deveria sentir nada disso. Mas eu não consigo evitar, é mais forte do que eu. O que eu faço Dan? Me ajuda. Por favor. Eu estou realmente começando a ficar desesperado. Isso não pode continuar. Esse sentimento tem que acabar.

– Eu... eu... eu não sei o que fazer com você Ethan. Juro que não sei. A única idéia que tive você reprovou.

– Você sabe que não devemos nos apaixonar por humanos Dan.

– Muito menos por demônios. No entanto você se apaixonou por um. – Rebateu o Daniel. – Além do mais, é muito melhor se apaixonar por uma humana do que por um demônio. – com esse raciocínio eu não podia discordar porque ele tinha toda razão.

– Eu não posso usar a Letícia Dan. Eu não posso.

– Nesse caso, só nos resta a Clara. – Eu quase engasguei com a minha própria saliva.

– Não. Não. Definitivamente, não.

– Porque não? Ela não é humana e nem um demônio. Ela é uma de nós e com toda certeza te ama.

– Justamente por isso. Nós sabemos muito bem o que ela sente por mim e eu não vou brincar com os sentimentos dela. Mesmo ela sendo um anjo totalmente sem noção.

– Você nunca deu uma chance a ela. Tenho certeza que existe uma grande possibilidade de você dois se entenderem. Mesmo sendo tão diferentes, já que você é do tipo todo certinho e ela é esnobe, metida, fria e calculista.

– Dan! Não fala assim, ela não é fria e calculista. – Ele me olhou com uma cara. A sobrancelha erguida. – Ok! Talvez ela seja um pouco esnobe e calculista, mas ela não é uma pessoa fria, é apenas pratica. É diferente.

– Prática? Você chama as atitudes dela de práticas, ao invés de frias? Já vi que além de certinho, paciente e até mesmo ingênuo às vezes, você também é pacifista demais, não que isso seja uma coisa ruim, pelo contrário. É uma qualidade extraordinária. Mas Ethan, nós dois sabemos que ela sabe como agir friamente em situações onde qualquer pessoa ou, no nosso caso, anjo, ficaríamos desesperados e acabaríamos fazendo um monte de burradas.

– Está vendo. Você mesmo acabou de defendê-la. Graças a esse jeito prático da Clara, ela consegue salvar muitas vidas. – fiz questão de dar ênfase a palavra prática.

– Que seja. Pra mim tanto faz. O que interessa é que ela pode ajudar você. Se tem uma coisa que devemos admitir, é que ela é linda e sexy.

– Fique a vontade Daniel. Ela é toda sua. Se quiser.

– HA-HA-HA... Muito engraçado. Você melhor que ninguém sabe que eu e a Clara não conseguimos ficar no mesmo ambiente por cinco minutos sem que um queira esganar o outro.

– Eu não vou pedir ajuda para a Clara. Ela definitivamente está fora de cogitação.

– Você que sabe. A vida é sua. Estou apenas tentando ajudar, uma vez que você me pediu ajuda e eu o considero como um irmão. Se bem que de certa forma você é meu irmão. Mas você entendeu o que eu quis dizer. Agora é melhor a gente ir pra piscina. Já estamos aqui a mais de trinta minutos e as pessoas vão começar a pensar besteiras, se é que você me entende.

– Deixa só eu trocar de roupa. – Eu disse enquanto pegava a minha bermuda na mochila e entrava em um dos boxes vazios.


Quando chegamos na piscina a Nina estava na água com os seus amigos. Ela parecia estar se divertindo e, o Pedro e o Lucas não saiam do seu lado, pareciam dois seguranças. Faltavam babar em cima dela. Confesso que ver aquela cena me deixou um pouco irritado. Ótimo! Agora eu estou com ciúmes dela. Era só o que me faltava.


– Ah! Ai está você. Pensei que estava se escondendo da gente. Privando-nos da sua beleza e desses olhos lindos.

– Oi Letícia! Tudo bem? – eu a cumprimentei tentando manter certa distância, distância essa que ela fez questão de diminuir, vindo em minha direção e me cumprimentando com dois beijos no rosto e um forte abraço. Como se não bastasse todos os meus problemas, ainda tenho que me livrar das insistentes investidas da Letícia.

– Anda. Vamos tomar um banho de piscina. – Ela me disse isso enquanto agarrava a minha mão e me arrastava para a piscina.


Eu olhei para o Daniel pedindo ajuda com os olhos e ele apenas riu. Ótimo. Valeu pela ajuda, amigo. Ela me arrastou pela borda da piscina até a escada, por onde entramos na piscina.


Quando eu olhei na direção onde a Nina estava, ela virou o rosto e nossos olhos se encontraram. Em seguida ela viu a mão da Letícia segurando a minha, os seus olhos que antes estavam brilhantes e felizes, se tornaram tristes e decepcionados. Eu desviei o olhar e quando voltei a observá-la, a Melissa estava falando alguma coisa no seu ouvido. Eu tentei ignorá-la durante todo o sábado, mas era impossível ignorá-la, parecia que a sua presença preenchia todo o clube. Eu podia senti-la em toda parte. O que está acontecendo comigo Deus?


Para piorar a situação, ela usava um biquíni minúsculo, que estava me deixando louco. Louco em todos os sentidos, eu sentia o meu corpo se animar, mesmo estando na água gelada. Era uma sensação que eu ja havia sentido antes, mas não sem ao menos ser tocado ou tocar na pessoa, mas com a Nina é diferente, ela deixa o meu corpo em ebulição só de olhar para mim, ou no caso atual, só de usar um biquíni que deixa o seu corpo ainda mais perfeito. O que eu estou dizendo? Estou parecendo o Daniel. Em que você está me transformando Nina?




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Notas finais do capítulo

Então??? Gostaram????????
No próximo capítulo vai ter personagem novo... acho q algumas pessoas vão amá-lo, outras talvez não... mas eu pretendo fazê-lo o mais divertido possível... rs
Se tiverem sugestões, é só dizer...
Beijos e obrigada por acompanharem a minha fic... espero q estejam gostando.
Até o próximo capítulo.



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