Anjo Negro escrita por GLFeehily


Capítulo 15
Conhecendo a família paterna.


Notas iniciais do capítulo

Oieee!
Desculpe a demora em postar capítulo novo... é q eu ando meio desanimada com essa fic... ninguém deixa reviews... a maioria me abandonou, mas por consideração a aqueles q seguem e deixam reviews, eu vou continuar postando, só peço um pouco de paciência pois as minhas aulas e o meu estágio vão começar, isso sem falar q ainda tenho o meu emprego... ç.ç
Espero que gostem do capítulo... dei o melhor que pude, embora eu não esteja muito inspirada esses dias... Ç.Ç
Queria muito agradecer aqueles que sempre deixam reviews... muito, muito, muito obrigada mesmo... vcs são uns amores.
Desculpe os erros ortográficos, não tive tempo de revisar.
Boa leitura.



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Nina



Eu simplesmente não podia acreditar no que eu estava vendo, o Ethan não poderia estar beijando a Letícia logo após me beijar daquela forma... Isso só pode ser um pesadelo.


Eu não podia ficar ali olhando os dois se beijando, eu simplesmente não iria agüentar... A minha visão estava embaçada por causa das lágrimas, mas mesmo assim eu continue correndo sem uma direção certa, esbarrando nas pessoas que encontrava pela frente... Ouvi alguém gritando o meu nome, mas eu não estava em condições de falar com ninguém, tudo que eu queria era ficar o mais longe possível do Ethan, da Letícia, daquela escola ou de qualquer pessoa que tivesse a intenção de aproximar-se de mim.


Continuei correndo sem olhar para trás uma vez sequer... Eu precisava me afastar de tudo e de todos, precisava tirar aquela imagem da minha cabeça, eu precisava tirar o Ethan da minha cabeça e do meu coração... É óbvio que aquele beijo foi apenas para me humilhar... Não acredito que eu fui tão idiota.


Eu iria continuar correndo, mas acabei parando por três motivos, primeiro porque eu estava cansada, segundo porque eu estava um pouco longe da escola e em uma rua que eu não conhecia, terceiro e mais importante, eu não estava sozinha... Eu podia sentir uma presença se aproximando muito rápido, rápido demais... Eu podia sentir um grande poder aproximando-se... Uma aura negra, poderosa e perigosa.


Tentei recuar, mas era tarde demais... Ele já estava parado a menos de dez metros de mim... Tinha um rosto bonito e um corpo escultural, era alto e moreno, cabelos pretos, lisos e curtos, olhos negros... Observava-me com um olhar malicioso e um sorriso sinistro... Senti um vento frio passar por mim causando arrepios até o último fio de cabelo.


–- Quem é você?

–- Não reconhece mais a sua família, maninha?!


Quando eu ouvi as palavras “família” e “maninha”, senti um frio na barriga, as minhas mãos começaram a suar frio... Hoje realmente não é o meu dia de sorte.


Dei dois passos para trás, enquanto que ele deu dois passos para frente.


–- O que você quer de mim? Eu não tenho nada para falar com você.

–- Então é assim que você costuma tratar a sua família... Aiai... Pelo jeito a sua mãe esqueceu-se de ensinar boas maneiras... Parece que eu vou ter que fazer isso por ela, já que ela está morta, não é mesmo?!


Ele disse isso com uma voz que cheia de maldade, enquanto aproximava-se ainda mais.


–- Não se aproxime. – Ele ignorou o que eu disse completamente e continuou se aproximando.


Eu me virei e tentei correr, mas ele foi mais rápido que eu e segurou o meu pulso, puxando-me contra o seu corpo... Logo depois eu senti a sua mão apertar o meu pescoço com força, me sufocando.


Senti o meu corpo ser erguido apenas com uma das mãos do demônio parado na minha frente, justamente a mão que apertava o meu pescoço... Comecei a me debater, pois já estava começando a ficar com falta de ar... Levei as duas mãos até a sua, na tentativa de retirá-la do meu pescoço, mas ele era muito mais forte que eu... Estava quase perdendo a consciência quando de repente senti o meu corpo ser arremessado com força contra a parede de uma construção da qual eu não consegui identificar.


Senti como se o meu corpo tivesse sido jogado de um prédio de dez andares... Tudo doía, a minha cabeça latejava e provavelmente eu estava com vários ossos quebrados... A dor era tão grande que eu tinha dificuldade até para respirar.


Tentei me levantar, mas eu simplesmente não conseguia... Foi então que eu senti uma mão me segurando, tentando me levantar.


–- Vamos Nina, levanta... Você consegue garota...

–- Melissa? O que... Hum... – Gemi de dor ao tentar levantar-me. – O que faz aqui?

–- Eu e a Laura vimos você sair da escola correndo, gritamos o seu nome, mas você continuou correndo, por isso achamos melhor seguir você para saber o que estava acontecendo.

–- Onde... Onde está a Laura? – Falei entre gemidos de dor.

–- Ela foi buscar ajuda quando vimos àquele cara abordando você.

–- Você precisa sair daqui Melissa... Agora...

–- Não, eu não vou deixar você sozinha.

–- Eu vou ficar bem, agora vá... Por favor...

–- Que cena mais tocante, uma humana ajudando um demônio e vice-versa... Eu até riria, se a cena não fosse tão repugnante.

–- Quem é ele Nina? E porque está te chamando de demônio?


Quando eu ia responder, senti um vento frio e a Melissa desapareceu ao mesmo tempo em que ouvi um grito estridente... Olhei na direção do grito e vi a Melissa caindo no chão, não muito longe de uma pequena igreja...


Igreja! É isso... A Igreja é a nossa salvação... Tenho que conseguir um jeito de chegar até ela, mas como? Eu mal consigo ficar ajoelhada, quanto mais caminhar até a igreja.


–- Eu vou te dizer quem eu sou garotinha... O meu nome é Luiz e eu sou o irmão mais velho da sua amiguinha... -- Dizia isso com um sorriso demoníaco no rosto.

–- Você não é meu irmão... Eu não tenho irmãos... A minha mãe não teve outros filhos. -- Eu nunca iria considerá-lo parte da minha família, nunca.

–- É claro que não, mas eu sou o seu meio-irmão por parte de pai, lembra? Maninha.

–- Pare de me chamar assim... – Cada vez que eu falava a dor me atingia com mais intensidade, mas naquele momento a raiva e o medo eram tão grande quanto à dor.

–- Eu te chamo como eu quiser... Quer saber, eu cansei desse joguinho, já perdeu a graça, você é fraca demais... Está na hora de acabar com você e essa sua amiguinha inútil e irritante.


Dizendo isso, ele me levantou novamente com apenas uma mão e me arremessou no outro lado da rua, perto da Melissa... Ela estava viva e acordada... Olhava-nos como se fôssemos um pesadelo.


Tentei me arrastar até a Melissa, mas eu estava com muita dor, não iria conseguir chegar até ela... Enquanto isso o demônio, cujo nome agora eu sei, chama-se Luiz... Ele caminhava lentamente em nossa direção... Eu podia ver o olhar sádico dele... A sua expressão ficou aterrorizante e os olhos, antes negros, agora estavam vermelhos sangue. A sua aura que antes era negra, agora parecia ainda mais densa e impenetrável. Era possível sentir o ódio que ele nutria a quilômetros de distância.


Eu precisava fazer alguma coisa, precisava salvar a Melissa... Ela não podia morrer aqui, desse jeito e por minha causa... Eu jamais iria me perdoar.


Durante toda a minha vida, eu ouvi a Clarisse e a minha mãe dizendo que eu era um dos seres mais poderosos desse mundo... Agora é a hora de testar a teria delas, colocá-la em prática.


Tentei me concentrar o máximo que pude, mesmo que o som dos sapatos dele contra o asfalto continuasse se aproximando cada vez mais. Fechei os olhos e tentei me concentrar o máximo que pude.


“Se concentre Nina, você consegue.” Era o que eu dizia para mim mesma.


Estava difícil me concentrar... Eu estava com muita dor... A minha cabeça latejava de dor e o meu corpo parecia ter sido atropelado por um trem... Isso sem falar no medo... Eu sabia que não devia sentir medo, pois o meu medo o deixava ainda mais forte. Por isso eu lutei com todas as minhas forças para espantar o medo... Eu precisava ser forte, precisava proteger a Melissa, precisava ganhar aquela luta...


Por algum motivo que eu desconheço, quando eu me lembrei que tinha que proteger a Melissa, nem que para isso eu tivesse de dar a minha vida em troca, quando esse pensamento passou pela minha cabeça, tudo ficou branco... Eu não era mais capaz de ouvir nada a minha volta, apenas as batidas do meu coração e o som da minha respiração...


Tentei me concentrar na igreja e no recipiente onde estava a água benta... Eu ainda não tinha certeza dos danos que a água benta poderia causar em mim, mas eu estava disposta a arriscar.

Comecei a sentir a conexão com a água que estava dentro da igreja... De uma maneira meio louca, eu sentia que ela parecia se sentir atraída por mim, parecia me entender... Parecia estar viva e disposta a me ajudar... Continuei com a conexão e ordenei que a mesma viesse até a mim, a Melissa e o demônio que queria nos matar.


Senti mãos ágeis e fortes agarrando o meu pescoço novamente, mas antes que ele pudesse fazer qualquer coisa comigo, eu senti uma espécie de corrente elétrica passar pelo meu corpo, fazendo com que o demônio me soltasse, deixando-me cair novamente... Abri os olhos com fúria nos mesmos... Eu me sentia diferente, na verdade eu me sentia muito esquisita, como se algo estivesse errado em mim, mas eu não sabia o que era...


Olhei o demônio a minha frente e o mesmo deu um passo para trás... Eu não entendi o porque, mas gostei daquilo, gostei de vê-lo recuar... Senti o meu corpo ficar molhado... Olhei em volta e percebi que eu estava envolta por uma fina camada de água... Água benta? Será possível? Mas eu não estava sentindo nada e ela deveria estar me ferindo... Eu olhei para o demônio parado a minha frente e percebi que ele me olhava com uma expressão de incredulidade nos olhos, então eu fiz a única coisa que poderia salvar a mim e a Melissa... Eu a cobri com um fina camada de água e depois direcionei todo o fluxo da água que sobrou para o ser que estava a minha frente.


O demônio começou a gritar... Um grito estridente que machucava os meus ouvidos e fazia a minha cabeça doer ainda mais... Eu ainda o olhava com fúria, fazendo com que a água continuasse tocando cada parte do seu corpo... Alguns segundos depois ele sumiu, desapareceu feito poeira.


Olhei para o lado e a Melissa me olhava assustada.


–- Como... Como você fez isso???

–- Eu... – Eu iria respondê-la, mas a minha visão ficou turva e em seguida eu pedi a consciência.


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Notas finais do capítulo

Então, o q acharam???
Por favor deixem reviews com a opinião de vcs...
Se alguém quiser indicar eu ficarei imensamente feliz.
Desde já muito obrigada.
bjo bjo bjo