Severo havia saído da sala de Dumbledore com sua mente a mil. Ele teria um desafio pela frente. Uma nova missão. E se não fosse bem sucedido, tudo poderia acabar mal. Ele chegara à enfermaria, e se deparara com a cena. Lilian estava adormecida, com sua cabeça encostada no ombro de James. Severo andou até eles e pegou Lilian em seus braços. Colocou-a em uma cama que havia ao lado da de James. É a segunda vez que faço isso, em dois dias Evans. Deveria parar de desmaiar por ai... Severo pensou e certo sorriso apareceu em seu rosto. Ele se virou para James e se aproximou. Retirou do bolso de suas vestes, um frasquinho transparente que continha um liquido esverdeado e despejou na boca de James. Espero não me arrepender mais tarde, Potter. Só estou fazendo isso pela Lilian.... Severo pegou o frasquinho vazio e voltou a guardá-lo em seu bolso. Olhou para Lilian e avançou até a porta da Enfermaria.
Já era dia e os alunos de Hogwarts começavam a acordar. Em uma das camas do dormitório do 6º ano da grifinoria, um garoto com cabelos desalinhados estava soando frio. Acabara de acordar de um pesadelo. Na cama do lado, um garoto ruivo o encarava.
- Outra vez sonhando com seus pais, Harry? ele perguntava preocupado.
- Sim. Dessa vez era meu pai... Mas igual as outras vezes, eu era quem o atacava...- Harry falava, se acalmando. Pegara seus óculos e se levantara da cama, indo em direção ao banheiro.
Já no salão principal, ele e Rony se encontraram com uma garota da idade deles, com cabelos meio cacheados cor marrom claro. Era Hermione Granger. Ela estava com um livro em suas mãos e terminava de tomar seu café.
- Bom dia Mione. disse Rony e Harry, um se sentando ao lado da mesma e o outro a sua frente.
- Bom dia, Ron, Harry. Ela respondeu com um sorriso. Mas logo percebeu que havia algo errado em Harry. Harry, sonhou outra vez com seus pais né?
- Sim, mione, com meu pai. Eu o atacava outra vez... Ele falou fitando a amiga.
- Você deveria procurar Dumbledore, Harry.
- Irei falar com ele na nossa próxima reunião, que será hoje a noite. ele falou dando atenção para a comida em seu prato.
Harry, Hermione e Rony seguiram para sua primeira aula, que seria DCAT, junto com os alunos da Sonserina. Os garotos já estavam acostumados com a nova aparência da sala. Estava mais sombria que os anos anteriores, as cortinas estavam fechadas e iluminadas com as velas. Havia quadros, mostrando pessoas agonizando. Isso geralmente assustava os alunos. Severo abrira a porta da sala, e mandou que todos os alunos entrassem. Logo cada um sentou em seu devido lugar. Snape estava diferente, estava mancando e ainda havia uma cicatriz em seu rosto, ele estava mais pálido, e provavelmente, mais mau humorado que nunca.
- Vocês irão praticar mais uma vez os feitiços não verbais hoje. E o primeiro que vier com qualquer gracinha ele encarou Harry ganhara um mês de detenção. Ele andava pela sala, e com um aceno de sua varinha, todas as cadeiras e mesas se afastaram para o canto da sala. Potter, você ficara com o Weasley, Granger pode fazer dupla com a senhorita Parkinson... e assim foi formando as duplas. Novamente, Rony mal conseguira atingir Harry. Ele murmurava feitiço. Hermione foi a primeira a conseguir algo. Mas como o professor era Snape, não lhe rendeu nenhum ponto para a Grifinoria.
Ao final da aula, todos estavam indo em direção a saída.
- Potter, você fica. Snape disse calmamente. Estava sentado em sua mesa, olhando fixamente para Harry. O mesmo se conteve a porta e voltou até onde Severo estava.
- Fiz alguma coisa, professor? Harry olhava impaciente para o mesmo. Severo se levantou e começou a andar pela sala.
- Potter, creio que em breve, terá uma surpresa aqui na escola. Não sei quando o diretor pretende lhe contar, e eu não tenho permissão de fazer tal ato, mas o mesmo pediu-me que lhe contasse uma coisa. Pessoas que realmente fazem importância para você iram retornar a sua vida em breve... Snape passeava pela sala, e mantinha sua voz fria, olhava para os seus quadros com indiferença.
- Que pessoas, Professor? Harry estava confuso, seguia Snape com o olhar.
- Já lhe disse que não tenho permissão de contar quem são. Mas creio que você talvez goste da novidade... Pode se retirar... Ah! O diretor quer que você vá mais cedo ao escritório dele hoje. Snape disse isso e abriu a porta da sala. Harry assentiu e saiu em direção a sua próxima aula.
Ao chegar a sua próxima aula, Harry foi logo para o lado de Rony e Hermione, e contou o que Snape havia falado.
- ... Mas então Harry, o que seria essa tal surpresa? Hermione perguntou baixinho para o mesmo.
- Você realmente acha que eu sei, mione ? Harry respondeu.
- Mas mudando o assunto só que continuando no Snape... Vocês dois repararam que ultimamente ele tem estado de bom humor? Rony perguntou, olhando para os dois amigos.
- Verdade... Ele tem estado.. Feliz. Isso é realmente estranho. Hermione comentava, anotando o que o professor dizia.
- Sim... Algo esta acontecendo nessa escola... Vocês viram que não estão mais podendo entrar na enfermaria, a menos que esteja mal? Tipo, não podem mais entrar visitantes... Tem algo ou alguém la ... Harry comentou. Hermione, você não precisa anotar nada disso ai. Você já sabe.
Eles passaram o resto das aulas comentando sobre os acontecimentos em Hogwarts.
Ao anoitecer, depois de jantarem, Hermione e Rony seguiram para o salão comunal, enquanto Harry correu para a sala do diretor. Falou a senha e quando ia batendo na porta, viu que havia alguém la, então esperou e acabou escutando a conversa.
- ... Alvo, tem certeza que ele vai reagir bem ao saber da noticia?- Era a voz da minerva, e tinha um tom preocupado.
- Certeza absoluta, Minerva. Harry com certeza vai adorar a noticia... Né Harry? Pode entrar... Dumbleodore falava olhando para a porta. Harry, ao ouvir o diretor mandando-lhe entrar, sentiu suas bochechas corarem, o diretor sabia que ele estava escutando atrás da porta. Harry entrou e seguiu até o meio da sala, ao lado da professora Mcgonagall.
- Mandou me chamar, Diretor?- ele perguntava olhando em volta da sala, e paralisando seu olhar em Dumbledore.
- Sim, Harry. Quero que veja uma pessoa que com certeza você sente falta... Achávamos que essa pessoa havia morrido a anos atrás... Mas para a surpresa de todos, ela sobreviveu. Assim como você... Dumbledore mantinha um sorriso em seu rosto. Esta em pé ao lado da janela de seu escritório. Harry não estava compreendendo o que o diretor falava. E logo uma pessoa veio em sua mente, seu padrinho, Sirius. Dumbledore veio até a escrivaninha e fitou Harry. Harry, espero que goste da visita... Lilian pode entrar. Dumbleodore chamou a moça e Harry logo olhou para a porta. La estava ela, Lilian Potter. Seus cabelos ruivos soltos, e seus olhos verdes esmeralda. Harry sentiu algo invadir seu peito, e um sorriso involuntário apareceu em seu rosto.
- Ma-mãe? ele gaguejava, sua maior vontade era correr para os braços da ruiva, que ele reconheceu por fotos.
- Oi, Harry... a mesma sorriu para ele e abriu seus braços, e Harry logo compreendeu. Correu ao seu encontro e a abraçou fortemente. Sentia lagrimas escorrerem em seu rosto. Lilian sorria, fechava seus olhos e sentia o perfume do filho. Ela sentia uma felicidade imensa. Após uns minutos, Harry a soltou e fez a primeira pergunta que veio em sua mente.
- meu pai também sobreviveu? esperava que a resposta fosse negativa, pois seria bom de mais pra ser verdade que os dois estivessem com ele. Mas para a sua felicidade, Lilian acenou com a cabeça afirmando.
-Seu pai esta na enfermaria Harry.. Depois eu lhe explico. ela lhe sorriu novamente e Harry olhou para o diretor, que estava lhe sorrindo também.
- Estou sonhando naão estou? ele perguntara para a mãe, que estava ao seu lado.
-Não esta querido... ela sorria mas logo o diretor chamou a atenção dos dois se levantando.
- Harry, como vê, Lilian e James fugiram da maldição.. Assim como você... E por isso, acho que já percebeu Voldemort com certa raiva da família Potter... Seu pai esta na enfermaria por causa do mesmo. Ele falava serio agora. Harry logo se lembrou dos sonhos que havia tendo.
- Diretor, esses dias tive um sonho, em que eu era a cobra de Voldemort, e que eu atacava meu pai... Isso tem alguma coisa haver? ele perguntou, ainda do lado de sua mãe, que a olhava curiosa.
- Sim, Harry. James foi atingido pela cobra de Voldemort ontem. A senhorita Lilian o trouxe pra Ca logo após... Depois tudo ira se explicar. Harry, seus pais vão ficar aqui no castelo, ou seja, você terá muito tempo para ficar com os dois. Mas agora é hora de dormir.. Por favor, va ate seu dormitório. Dumbleodore sorria para o mesmo.
- Diretor, tenho permissão para contar a Rony e Hermione sobre o retorno dos meus pais? Harry sorria para Lilian, que havia passado a Mao sobre o ombro do filho, puxando-o para si.
- Tem sim, Harry. Pode contar a eles. Boa noite.
- Boa noite diretor e professora Mcgonagall.. Boa noite... Mãe. Harry abraçou Lilian novamente e a mesma deu um beijo em sua testa.
- Boa noite, filho. a mesma falou e sorriu para ele. O soltou e foi em direção ao salão comunal da grifinoria. Chegando la encontrou Hermione e Rony juntos perto da lareira, e ficou com seu sorriso mais bobo. Rony e Hermione logo o virão e foram ate ele.
- E ai Harry, o que houve la? Hermione perguntava preocupada, enquanto Harry se sentava sorrindo em uma poltrona perto da lareira.
- Mione, Rony... Meus pais estão vivos. E estão em Hogwarts. Ao escutar tais palavras, Rony e Hermione ficaram encarando o amigo sem acreditar no que ouviram.