The best shit escrita por LadyChase


Capítulo 6
Você sabe que eu sou uma vadia louca


Notas iniciais do capítulo

Shake off bitches



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Bianca di Angelo

Eu sei.

Pisei na bola de novo.

Eu disse pra Annabeth que ia tentar me comportar, isso foi logo depois que ela ameaçou usar seu dinheiro pra me internar em uma clinica de reabilitação com tendências militares.

Sei que sou fraca demais para admitir o que esta acontecendo.

Eu posso parar. Eu sei que posso, eu só não quero.

Foi isso que me levou para aquele beco escuro de Nova York logo após o colégio.

Alguns rostos conhecidos me fitaram.

Nenhum deles saudável. Tenho que admitir.

Pude ver Frederico, Sara, Theo, Helo.

Todos diferentes de mim.

A única coisa que temos em comum é obviamente pular em um poço de merda que nos faz parecer loucos, idiotas e ladrões.

Sara já era mais conhecida, ela se aproximou.

–Veio buscar o combinado?

–Sim.

–E o que trouxe pra mim dessa vez?

–Isso. – disse estendendo pra ela dinheiro. – deve bastar pra você. – eu sabia que não ia bastar, Sara está nessa desde os 12 anos, ela sempre consegue as coisas pra mim.

–Basta por enquanto. Não vou facilitar pra sempre di Angelo. – ela colocou a mão no bolso e socou “você-sabe-o-que” na minha mão, colocou seu capuz surrado e as mãos nos bolsos e saiu do beco como se não tivesse acontecido nada. Ela tinha tendencias para saídas dramáticas.

O efeito “daquilo que eu prefiro não comentar” já tinha passado quando Theo caminhou quase caindo até mim.

–Hei, vem comigo Bia, quero te mostrar uma coisa...

Eu estava meio grogue ainda. Meus sentidos entorpecidos. Não sei o que Sara deu pra mim. Mas causou o efeito esperado.

Segui Theo pra dentro de um prédio abandonado que tinha do lado do beco.

Ele caminhava apertando minha cintura, e mordendo meu pescoço.

Não percebi quando chegamos a um quarto, com certeza não havia ninguém naquele prédio a anos, estava tudo em péssimas condições, muitas tabuas e pedaços de pau da parede estavam soltos, senti vontade de espirrar assim que entrei no saguão, o pó era infinitamente irritante.

Theo estava trancando a porta, e escondia a chave no...

Que merda ele pensava que estava fazendo?

Então, praticamente saltou sobre mim como um tigre, e começou a tentar arrancar a minha blusa.

E eu muito lesada só fui entender o por que depois que estava semi-nua.

–Me larga Theo!

–Não Bia, eu quero você agora! Quero te sentir. – disse mordendo fortemente minha orelha – dentro de mim.

–Me larga! Agora! Eu não vou fazer isso!

Olhe só, Theo não é um completo estranho, agente já se pegou algumas vezes, nada demais. Mas eu não sou uma puta.

Não vou pra cama com qualquer um.

Consegui me soltar dele por um minuto, mas ele me pegou por trás.

E notei que... Seu amiguinho estava animado.

Isso não é bom. Ah não é mesmo.

Então fiz o obvio, peguei um pedaço de pau solto e soquei em sua cabeça.

–Ai!

Procurei minhas roupas o mais rápido o possível.

Quando acabei de me vestir, fui pegar a chave.

Mas me lembrei de onde ela estava.

Muito obrigada mais eu não vou mexer ali!

–Ai como eu sou idiota! – gritei quando abri a janela.

Parece que o otário estava animadinho demais pra querer me levar pros outros andares então nos meteu no primeiro andar.

Passei cuidadosamente pelas beiradas do prédio, descendo depois pelos canos. Mas quando estava um pouco antes da metade do caminho.

Vi Theo metendo a cabeça pra fora da janela.

–Ah não foge não gata! Eu ainda não terminei com você!

Nesse momento, eu acelerei meus movimentos, descendo mais rápido.

Quando cheguei a rua, comecei a correr.

Theo estava na porta dos fundos do prédio que fica de frente pro beco.

Corri enquanto ele vinha atrás de mim.

–Você não foge de mim!

–Me deixe em paz!

Senti suas mãos me prenderem.

–Socorro! – comecei a gritar.

Ele colocou a mão sobre minha boca q começou a me arrastar de volta pro prédio.

Mordi seu dedo com força.

–Ai! – ouvi ele gritar.

Continuei correndo. Parece que Theo não desiste facilmente, mas dessa vez ele me puxou pelo cabelo, me deu uma tapa na cara, um soco na barriga, e um murro no nariz, a dor veio depois, primeiro eu afoguei de susto com meu sangue;

Já pensei que ele fosse meu amigo. Grande droga de vida.

Comecei a passar mal, muito mal.

Tudo doía.

Ele continuou a me agredir.

Reuni forças pra fugir dele novamente, mas ele estava preparado, não dei conta de correr mais 4 passos quando aconteceu.

Senti meu corpo bater contra alguma coisa (eu tava tão loca que bati num poste).

Virei o rosto. Ta. Não era um poste.

Era um garoto.

Se eu não estivesse fugindo de um maluco drogado que quer me obrigar a fazer algo que prefiro calar a boca antes que eu fale porra, eu até acharia ele bonito.

Mas a situação não era essa.

O garoto tinha cabelo loiro bem penteado, usava um sobretudo preto por cima do suéter cinza e calça jeans preta.

O seu sobretudo fazia ele parecer um cara que acabou de chegar da Russia.

Ele era o tipo de pessoa que dava pra se ver desde cara que: foi amado e mimado pela mãe e tem um pai severo que batia nele toda vez que fazia besteira. Ou ao contrario, tanto faz.

–Me ajuda. – pedi praticamente desmaiando em seus braços.

Não sou do tipo de gente que pedia ajuda pra estranhos vindos da Russia.

–O q...?

Então Theo apareceu, com um taco de beisebol.

Ai que ótimo. Agora ele vai me matar.

–Hei seu bosta. Larga ela. A garota é minha! – gritou Theo.

–Me deixe em paz. – choraminguei.

–A senhorita já pediu. Deixe-a em paz.

–Vixi, alem de um bosta é um bosta enjoado. – Theo debochou rindo.

–Theo vai embora... Vai embora me deixe em paz! – comecei a choramingar. O garoto de sobretudo me acolheu em seus braços... me protegendo... uma coisa que ninguém faz por mim a muito tempo.

–Deixe-a em paz agora! – gritou o garoto.

–Acho que não.

O garoto me colocou no canto, protegida atrás de um monte de tabuas.

–Eu tentei ser educado rapaz. Mas só um covarde bate em uma garota.

–Que dama que nada! Essa garota é uma puta!

Me encolhi no canto.

Então o garoto deu um soco bem no nariz dele, depois chutando sua barriga.

Não é que ele é bom de briga?

Os dois começaram a brigar.

Até que o garoto venceu. Fazendo Theo recuar.

O cara de sobretudo foi até onde eu estava encolhida e estendeu a mão.

–Você esta muito ferida. Venha, deixe-me ajudá-la. – disse ele me puxando pra cima.

–Obrigada.

–De nada.

Nos sentamos em um banco de pedra velho pra cacete.

Ele levava com ele uma mochila, e dentro dela tinha um quite de primeiros socorros, não era a coisa mais anormal que eu já tinha visto hoje.

–Posso te ajudar com seus machucados?

Assenti mecanicamente.

Ele limpou todos os ferimentos, e pôs um curativo em tudo, menos no nariz. Que ainda bem não precisava.

–Obrigada.

–De nada, mas você... tem tendência de se meter em encrencas?

–Sim. Todos os dias.

–Então vou tentar estar sempre lá pra curar seus machucados. – disse ele brincando.

Ele não estava tentando flertar comigo nesse momento estava¿

Sorri ficando vermelha.

–Eu sou Will.

–Bianca.

–Nome bonito, Bianca.

–Obrigada. - fiz um enorme esforço para evitar, mas eu já sentia o sangue correndo pelas minhas bochechas cor de tomate, não estava acostumado com meninos surpreendentemente educados.

Estávamos muito próximos, mais do que eu queria admitir na verdade. Senti ele chegando mais perto ainda... E...

Meu celular vibrou.

–Alo?

Bia?

–O que foi Annie?

–Ahn...

–Você não tem nada pra fala né?

–Uhn... Na verdade não... mas...

Desliguei o celular.

–Desculpa Will... mas minhas amigas estão me procurando.

–Agente se vê Bianca.

Me virei e continuei meu caminho.

Não me atrevi a olhar pra trás. Sabia que seria um mico.

Mas não pude conter o sorriso sonhador.

Feche a cara Bianca.

Você não tem o direito de pensar assim.
Ele só foi educado. Como se ele fosse dar bola para uma otária como você.

Você fez suas escolhas há muito tempo atrás. E uma delas foi que os meninos que viriam agora seriam todos idiotas, assim como Theo.

Por que diabos um garoto como Will olharia para você?


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