The best shit escrita por LadyChase


Capítulo 35
That old friens


Notas iniciais do capítulo

1 mês, alguém devia me estapear. Eu sei.
Mas eu tava com a ideia desse capitulo na cabeça, eu só não sabia como escrever.
E quando eu comecei a escrever saiu completamente diferente do que eu tinha planejado.
Eu quis tirar um pouco o peso do ombro do Percy, deixar ele feliz um pouco.
E eu queria criar essa amizade faz muito tempo, desde que eu comecei essa amizade tava destinada a acontecer. Bem, pra entender o que eu quero dizer só basta ler esse capitulo.


Uma parte desse capitulo é composta por mensagens de texto. Sim. Diálogos no celular.
Quem é fã de Sherlock, já deve ter passado por a finger slip, é a mesma ideia.




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–1 estação-

Na good High school eles tinham uma tradição que Percy simplesmente amava.

Depois de 3 semanas inteiras de provas, o colégio dava 2 semanas de folga para os alunos descansarem.

Todos os alunos eram completamente detonados durantes as semanas de provas, mas iam felizes, por que sabiam que logo depois poderiam ficar em casa ou viajando por 2 semanas, simplesmente perfeito. Que deus abençoasse a santa semana do saco cheio.

Percy não tinha absolutamente nenhum plano, boa parte dos seus amigos ia viajar.

Assim como Luke, Jason, Leo, Grover e os irmãos Stoll.

Grover ia passar os dias na Carolina do norte com a família, os Stoll iriam viajar pro México, já o restante dos amigos, Percy não fazia ideia, só sabia que iriam sair da cidade.

Estava apostando suas fichas na locadora perto de sua casa, alugaria dezenas de filmes para passar os primeiros dias, só relaxando.

Depois tentaria arranjar alguém pra sair, ir a alguma festa ou coisa assim.

Mas ele simplesmente não encontrava nenhuma festa que pudesse ir.

Nenhuma agradável pelo menos.

A festa da casa de Rachel estava fora de cogitação.

Ele não queria ficar simplesmente encalhado no sofá de casa. Ele claramente não ficaria estudando. Tinha melhorado na escola, mas não era um gênio ou algo assim.

Odiava estudar. Obviamente se esforçava, por que esse era o último ano do colegial. O ano que Percy prometeu melhorar suas notas, tirar as garotas da cabeça e se preparar pra faculdade.

Mas as notas de Percy não melhoraram tanto, a garota que amava era uma maluca que fugiu de casa.

E ele não fazia a mínima ideia de qual faculdade iria fazer.

Percy estava passando despercebido pela multidão de alunos na good, eram centenas de cabeças se esforçando para passar pelos portões.

Não dava pra distinguir uma palavra sequer em meio aos gritos e comentários altos de quem passava por ele. Estavam todos transpirando excitação pelas semanas de descanso.

Ele não estava sequer perto da porta, mas tudo bem. Não estava com pressa. Era primavera, mas o dia estava absurdamente gelado, ao contrario de todos os outros dias da semana. No jornal, eles afirmavam que faria calor nos próximos dois fins de semana.

E mesmo com o frio, o moletom azul de Percy o estava sufocando. O garoto não parava de levar a mão pro cabelo, na tentativa de tirar os irritantes fios negros da testa.

–Hei. Me deixem passar seus idiotas. – era uma voz feminina irritada que gritava. Percy reconhecia a voz, foi o único motivo de ter conseguido percebe-la no meio de tantas outras.

Quando se virou viu Thalia Grace aos tropeços a alguns metros dele, se esforçando ao máximo para passar entre a multidão.

–Com licença aqui. Ai meu cabelo, você tem algum problema mental? EU MANDEI SAIR. – já havia alguns meses que Percy não via Thalia gritar com os outros. Ela era assim antigamente, explosiva e incontrolável.

Mas claro que esses tempos tinham passado. Ela só estava irritada com o sufocamento de pessoas. Qualquer pessoa ficaria assim.

Então Thalia socou propositalmente sua mochila cheia de livros na cara de um garoto que se recusa a sair do lugar.

–Merda.

Ela está de volta.

Percy acelerou o passo, não queria ser a próxima vitima.

–Ah não. Paradinho ai meu querido. Estou tentando chegar a você há milênios.

Continue caminhando.

–Hei. Eu estou falando com você.

Olha só aquela mosca. “tchau moca!”

–Perseu Jackson. Sim. Estou falando com você. Agora vire este traseiro enorme demais pra um garoto e venha até aqui.

Puta que o pariu. É realmente comigo. Se eu conseguir fugir...

–Hei. Jackson. – Thalia tinha conseguido chegar até ele e o estava puxando para trás pela sua mochila. Se virou para encará-la e encontrou a menina suada e irritada. O moletom da gap cinza estava caindo de um ombro e seu cabelo estava bagunçado.

–Meu traseiro é realmente grande?

–O que...? Sua bunda? Ah. – um clarão de compreensão passou por seus olhos azuis. – Sim. Mas as garotas acham sexy. Comissão de frente e de trás.

–Você acabou de mencionar meu pênis?

–Cale a boca Jackson. Eu preciso falar com você sobre... – então ela olhou pra ele. Tipo, realmente olhou. – que merda você fez no seu cabelo?

–O que? Eu não fiz nada.

–Por que seu cabelo ta tão MTV? Topete estiloso e sensual.

–Você devia parar de flertar comigo. Você tem um namorado e eu sou amigo dele.

–E sobre calar a boca você já ouviu? Estou afirmando que seu cabelo está estranho. Ta estrelinha. Modinha. Ta escrotinho.

–Mas é sensual?

–Segundo o resto das meninas do mundo, sim. E o que você fez com ele?

Percy jogou o cabelo pra frente, deixando que caísse na testa. Automaticamente seu cabelo voltou a ser o que sempre foi, depois passou os dedos pelo cabelo e empurrou pra trás, do mesmo modo que estava fazendo para não começar a suar.

–Jesus seu cabelo é facilmente modelável. Será que eu podia fazer um moiacano estilo e...

–Thalia. O que você quer falar comigo?

–Ah é claro. Obrigada por lembrar. Você vai sair da cidade.

–Eu vou o que?

–Você é burro? Você vai sair da cidade.

–Eu ouvi Thalia. Só não entendi.

–É o seguinte; você já ouviu falar de Hill Wind?

Percy franziu a testa.

–Claro que não.

–É. Nem eu. Mas parece que é uma cidade minúscula. Um vilarejo, sei lá. Tanto faz, vai ter uma festa das boas lá no próximo final de semana.

–Onde fica isso?

–Não sei. Mas é longe.

–Você mora em Nova York. Tem festas em todas as esquinas. Vocês atravessariam o país só pra ir a uma festinha em um vilarejo no meio do nada?

–Sim. Desde que alguém tenha uma puta casa lá. – ela disse como se fosse a maior obviedade do mundo.

–Quem tem casa em Hell Wind?

–Hill. - corrigiu Thalia.

–Hill Wind.

–Sadie Kane.

Percy virou a cabeça.

–O que tem a Sadie Kane?

–Ela tem uma casa.

–Onde?

–Em Hell Wind.

–Hill. – corrigiu Percy.

–Meu deus. Fecha essa boca até eu terminar. Está me deixando confusa.

–Ok.

–Sadie Kane tem uma casa em Hill Wind. Na verdade é a família dela. É uma fazenda ou algo assim. Chama morada dos lobos, morada do sol, algo idiota do gênero. A gente alugou uma van. Sobrou um lugar então...

–Que gentileza a de vocês me convidarem.

–Na verdade o último lugar é pro Leo.

–Ah.

–Você ta incluído nos planos desde o começo.

–Olha que meigo vocês. Isso foi um plano pra me fazer aceitar a viagem?

–Muito bem Sherlock.

Percy suspirou.

–Quem vai, quanto dinheiro tem que levar?

–Vai gente pra caralho. Obviamente eu, Piper, Luke , Jason, Sadie, Hazel Grace e talvez o namorado, Bianca, Will e Leo. Algumas amigas da Sadie vão viajar e tal. Acho que uns 100 dólares ta de boa. A família da Sadie é rica, ela banca a gente em questão de comida e tequila. Tem mais 3 pessoas morando na casa. A gente vai sair daqui 2 dias. Você acha que consegue ir?

–Vai ter um adulto?

–Você já tem 18 anos não tem?

–Vai ter um adulto?

Thalia revirou os olhos.

–Sim. Vai ter um adulto. Alguém da família da Sadie. Talvez o irmão dela.

–Ele não é tão velho.

–Mas ele passou na faculdade de engenharia com bolsa integral e nunca colocou uma gota de vodka na boca. E claro, é uma das únicas pessoas no mundo que consegue parar Sadie Kane.

–Pra mim é o bastante.

–Isso é um sim?

–É um talvez.

–Tudo bem. Vou te colocar no grupo do whatsapp, aquela viadagem de aplicativo que todo mundo usa. Seu numero ainda é o mesmo?

–É sim.

–Então fique preparado, e fale com a Sally. Aproveite e mande um abraço pra ela.

–Sally? Desde quando você chama minha mãe pelo primeiro nome?

–Ela faz academia comigo.

–Ela... Minha mãe faz academia?

–Tchau Percy. Até o whatsapp. – e ela seguiu em frente, ajeitando o moletom cinza no ombro e finalmente saiu pelos portões da good.

(...)

Se acalme Jackson, o máximo que a mamãe vai dizer é não, então ela vai jogar um jarro na sua cabeça.

Vai doer. Mas é o máximo que ela pode fazer.

Ah, meu deus. Eu estou tão ferrado.

Esses pensamentos desagradáveis rondavam a cabeça de Percy pouco antes de falar com sua mãe.

Porém felizmente não foi assim. Nenhum vaso voou.

Depois de parecer realmente surpresa, Sally Jackson fez um interrogatório completo, extorquindo todas as palavras que Percy poderia dizer sobre onde estava indo.

Ela fez tantas perguntas, que Percy começava a pensar que estava seco, sua mãe estava drenando todas as suas palavras e cordas vocais.

–Mãe. Já te disse. É um vilarejo, não é tão longe. Eu procurei no google. Vai ter uma festa italiana lá, algo do gênero. Sadie diz que essa festa acontece há muito tempo e ela ia lá quando era pequena. Os pais dela têm uma casa lá. Está tudo certo.

–Um monte de adolescentes juntos em uma casa cheia de bebida? Não sei Percy.

–Mamãe. Eu estou prestes a fazer 18. – ele implorou, segurando a mão dela.

Os dois estavam sentados no sofá da sala de estar, Sally estava escrevendo algo do trabalho no notebook velho e cinza enquanto Percy estava argumentando com ela, os dois não prestavam atenção na TV ligada, passando um filme de comédia romântica qualquer.

O Calor tinha voltado para a cidade, mas a casa dos Jackson era fresca como o fim de tarde. Para Percy, não existia um lugar mais confortável no mundo, grandes janelas sempre abertas, deixando o cheiro de grama cortada e alfazema entrar.

Era o cheiro preferido de Percy. O que era estranho, ele sempre foi tão apaixonado pelo cheiro do mar, mas desde que chegou nessa cidade, o cheiro das coisas que vinham da terra o deixavam inebriado. Alfazema, alecrim, verbena. Simplesmente maravilho, o faziam se lembrar de algo. Algo bom, tipo sua mãe.

–Eu sei que você me chamou de mamãe pra me agradar, mas isso me faz pensar em como você ainda é meu bebê. Tiro errado Percy, tente outra vez.

–Mãe você sabe como eles são. Todos eles. Eu não podia ter amigos melhores, eles são calmos quando se trata de ficar de porre. São diferentes dos meus amigos da Carolina do Norte. Não vai ter drogas nem nada do tipo.

Sally colocou o notebook no sofá branco e encarou os grandes e moles olhos verdes do filho.

–Não me olhe com esses olhinhos Percy Jackson.

–O que? Não estou fazendo nada.

–Está sim. – ela riu apontando o dedo para o seu rosto. – tenho certeza que esse é o olhar que você manda pra todas as meninas ficarem caídas por você não é?

–Às vezes. – ele admitiu rindo. A hiperatividade de Percy era algo que não sumiu depois de sua infância, como todos os psicólogos diziam que um dia ia, ele batucava o sofá com impaciência e apertava os botões do controle com a ponta virada pra ele, para que o sinal nunca chegasse a TV, então ele poderia ficar apertando todos os botões sem mudar de canal ou causar um pane na televisão.

Sally olhava pra ele com mais atenção ultimamente. Seu menininho hiperativo, sempre gritando pela casa e quebrando as coisas. Era impossível fazê-lo parar. Os curativos pareciam fazer parte da pele dele, já que sempre estavam lá. Sempre se jogando de lugares altos pra sentir o vento, descendo pelo corrimão da escada e rasgando os joelhos na terra.

Esse era o tipo de criança que Percy foi. E mesmo conseguindo ver naquele rosto de homem que ele tinha agora, ela via seu filhinho hiperativo naqueles olhos inquietos.

Agora ele tinha uma barba rala, que Sally simplesmente não conseguia suportar. “desmanzelado. É isso o que é”.

“mas as meninas amam”, retrucava ele.

Seu garotinho pequeno demais para sua idade se tornou um homem alto e forte, ela não conseguia definir Percy, ela podia ser sua mãe e sempre vê-lo bonito, mas mesmo assim, ela sabia.

Ele era realmente bonito.

E uma criança aos seus olhos.

Uma criança que há tempos vinha definhando lentamente. Ela viu o coração do filho se despedaçar pela primeira vez. Ela notou.

Seu primeiro coração partido, uma garota havia pisoteado nele com saltos altos e ferira o coração extrovertido e livre de Percy.

–Mãe? Mãe eu estou falando com a senhora. – ele estalou os dedos na frente dos olhos castanhos de Sally, trazendo-a de volta a realidade.

–Oh, me desculpe querido. O que foi?

–Estava dizendo que ninguém vai se drogar ou se matar. Bem, com certeza vão ficar muito bêbados, mas não se tornarão completos babacas que me jogariam de um penhasco só por que acham muito divertido me ouvir gritar.

Ela suspirou.

Ele precisa sair Sally, precisa ver a luz do dia além dessas paredes. Ele está triste e seu coração estava estilhaçado. Talvez seja a hora de tirá-lo de Nova York. Do céu cinza e da poluição, talvez ele devesse ver o campo. Ver as estrelas da America de novo.

–Você pode ir.

–Sério? - ele abriu um grande sorriso, daqueles que você vê uma criança dando para um brinquedo novo.

–Sério.

–Mãe, você é a melhor pessoa do mundo. Eu amo a senhora. – Percy a abraçou e beijou sua bochecha.

–Percy não me esmague.

–Desculpe.

–Agora vá pedir dinheiro pro seu pai. Eu sei que não sobrou nada da sua mesada mesmo.

200 dólares na carteira, e sua mãe de bom humor.

Que dia perfeito não?

Percy correu até seu quarto e tirou a velha mala de viagens de baixo da cama, logo depois correu até o guarda roupa e tirou roupas aleatórias e limpas, jogando-as espalhadas pela cama e mala aberta.

Percy alcançou no celular na cômoda ao lado da cama e digitou apressadamente.

Qui (14:25)

Hell Wind ainda está de pé? :)

A mensagem de Thalia veio segundos depois, ela devia estar grudada naquele celular para responder tão rápido.

–-

Qui, (14:25)

O inferno está de portas abertas pra você,

Qui, (14:26)

Mas mesmo assim, é Hill. Hill Wind.

Qui (14:26)

Te deixo atualizado durante as próximas horas. Quando Sadie dizer que horas vamos sair daqui amanhã.

–-

Percy sorriu o jogou o celular na cama também.

Lá pelas cinco e meia, o celular voltou a vibrar, até essa hora as malas de Percy estavam prontas, com a santa ajuda de sua mãe ele conseguiu colocar todas as roupas de um jeito particularmente arrumado.

O visor do telefone dizia “Nova mensagem de Pesadelo punk”.

–Por favor Thalia, tenha boas noticias.

Qui (17:32)

Clarisse la Rue furou. Mais espaço pra bebida.

Percy riu e digitou de volta.

PERCY

Qui (17:33)

Sério que ela não vai? Graças a deus. Acho que aquela menina me odeia.

–-

THALIA

Qui (17:41)

Ela me assusta. Parece que sempre está pronta pra dar um socão na cara de alguém. Você sabe, se ela ficasse bêbada, era em você que ela ia quebrar a cara.

–-

PERCY

Quin (17:44)

Provas de como ela é agradável, mas diz ai, até que ela tem um corpinho legal ( º ͜ʖ͡º).
–-

THALIA

Qui (17:49)

Eu tenho cara de lésbica?

–-

PERCY

Qui (17:49)

tem

Qui (20:12)

Thalia?

Qui (20:58)

LalalalalalalalalLALALALALALALALALALLALALALA

Quin (21:00)

oi.

Qui (21:17)

Aquilo nem conta como um xingamento porra.

Qui (22:22)

Ta. Desculpa.

Você é super hetero.

–-

THALIA

Qui (22:22)

EEEeeeeee você pediu desculpa que meigo. Está perdoado sr. Jackson

–-

PERCY

Qui (22:23)

Você é terrível. Percy Jackson nunca pede desculpas.

–-

THALIA

Qui (22:24)

Então vou considerar que sou especial. Como... uma filha?

–-

PERCY

Qui (22:26)

Deus me livre ser seu pai

–-

THALIA

Qui (22:26)

Mas eu sou uma filha tão dedicada ):

–-

PERCY

Qui (22:27)

Irmãos? Nós podemos ser irmãos.

–-

THALIA

Qui (22:31)

Jason comeria seu cu. Melhor não.

–-

PERCY

Qui (22:32)

Amiguinhos? ;-;

–-

THALIA

Qui (22:32)

Percy você é tão gay

–-

PERCY

Qui (22:38)

;-;

Qui (22:38)

;-; ;-;

Qui (22:40)

;-; ;-; ;-; ;-; ;-; ;- ; ;-; ;-; ;-; ;-; ;-; ;- ; ;-; ;-; ;-; ;-; ;-; ;- ; ;-; ;-; ;-; ;-; ;-; ;- ; ;-; ;-; ;-; ;-; ;-; ;- ; ;-; ;-; ;-; ;-; ;-; ;- ; ;-; ;-; ;-; ;-; ;-; ;- ; ;-; ;-; ;-; ;-; ;-; ;- ; ;-; ;-; ;-; ;-; ;-; ;- ; ;-; ;-; ;-; ;-; ;-; ;- ; ;-; ;-; ;-; ;-; ;-; ;- ; ;-; ;-; ;-; ;-; ;-; ;- ; ;-; ;-; ;-; ;-; ;-; ;- ;

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–-

THALIA

Qui (22:40)

Ah meu deus. Eu consigo ver esses seus olhinhos verdes molengos cheios de lágrimas. Que visão lastimável! Tudo bem. Amiguinhos ♥

–-

PERCY

Qui (22:44)

Ah meu deus. Eu sou amiguinho da Thalia Grace. O que aconteceu com a razão do mundo?

–-

THALIA

Qui (22:45)

Mais do que isso. Agora somos parabatai.

–--------Leitores, para aqueles que não sabem que porra é essa, procurem parabatai no google, “instrumentos mortais, parabatai”----------------

PERCY

Qui (22:47)

Somos o que?

–-

THALIA

Qui (22:47)

Virus Chase na veia. Procura no google.

–-

PERCY

Qui (22:47)

ok

PERCY

Qui(22:56)

Meus deus Thalia. Isso é tão nerd. Somos guerreiros unidos pela clabe.

–-

THALIA

Qui (22:57)

*Clave.

–-

PERCY

Qui (22:59)

Eu me sinto tão gay. Ser seu amigo me torna gay?

–-

THALIA

Qui (23:00)

Não, te transforma no boy magia da nação.

Percy largou o celular por um segundo e encarou o teto do quarto, se contorcendo de rir. Já fazia muitos meses que não conversava com ela.

Antes eles faziam isso o tempo todo, na época que Thalia percebeu que tinha um clima entre Percy e Annabeth, ela deve ter percebido que ele era um cara legal. Então começou a conversar com Percy pra arranjar um jeito dele ficar logo com Annabeth.

Isso foi antes de Annabeth fugir, Thalia ficou puta com Percy. Não olhou na sua cara por meses. E qualquer amizade que pudesse ter entre os dois sumiu.

E agora aqui estavam eles, conversando como grandes amigos.

Quem olhasse para as mensagens que eles trocavam achariam que um tinha uma queda pelo outro.

Mas não era assim, Percy não parecia ver Thalia como uma garota e Thalia não via Percy como garoto.

Um não se interessava pelo outro.
Cada um amava uma pessoa.

Uma vez Annabeth disse a Thalia que Percy e a amiga eram extremamente parecidos. Então eles poderiam ser melhores amigos ou inimigos mortais.

A opção foi a amizade.

Thalia se pegava pensando que era esse o tipo de pessoa que Annabeth gostava. Thalia e Percy eram iguais. Thalia era o tipo perfeito de amiga, Percy o namorado.

Annabeth atraia pessoas assim. Pessoas que eram o contrario dela.

Percy e Thalia passaram aquela noite trocando mensagens idiotas, em certo ponto, Leo Valdez entrou no meio das mensagens, em um grupo fechado. E a conversa virou a madrugada, até que o sol surgiu pelas janelas da casa de Percy, e ele percebeu o quanto estava cansado. Seus olhos ardiam, e Thalia não respondia suas mensagens há alguns minutos, com certeza tinha caído no sono.

Leo pulou fora do barco lá pelas 5 da manhã.

Percy estava sozinho.

Ficou se revirando nos lençóis sem parar, estava cansado, mas não exatamente com sono, não ia conseguir dormir com a luz do sol entrando, e ele teria que viajar em algumas horas. Socou a cara no travesseiro, deitado com o peito voltado pra baixo. Ele não sabia como estava respirando.

Foi ai que seu celular tocou.

Um som de lamento e preguiça saiu da boca dele enquanto ele tateava cegamente os lençóis a procura do celular sem tirar o rosto do travesseiro.

“Parabatai, atender ou ignorar?”

Thalia tinha obrigado ele a tirar o “Pesadelo punk” do nome dela no celular de Percy na última noite. Ela sugeriu que ele colocasse “Thalia a gostosa”, mas ele negou no mesmo segundo, trocando o nome por “parabatai”.

–Thalia? - ele atendeu, sua voz praticamente não saiu, ele parecia rouco e com sono. – achei que estivesse dormindo.

Ela choramingou mal humorada e com sono do outro lado.

–Luke me abandonou. Ele não responde minhas mensagens há 3 horas.

–Ele provavelmente está dormindo, sabe.

–Eu também estou dormindo. Eu acho que estou dormindo. Meus olhos estão fechados.

–Vai dormir.

–Não.

–Por que me ligou?

–Luke não me atendeu. – ele praticamente viu ela fazendo biquinho do outro lado da linha.

–E Jason?

–Lá pelas quatro e meia ele me mandou calar a boca e ir dormir. “Nós moramos na mesma casa, meu quarto é do lado do seu. Se quiser conversar levante e venha aqui”. Foi o que ele disse. Você acredita nisso? Ele não entende a magia do sms.

–E Piper?

–Jason.

–Ela está falando com Jason?

–Ela está dormindo no quarto de Jason.

Percy riu, abafado pelo travesseiro, ele sentiu uma pequena faixa de baba escorrendo e riu ainda mais.

–Nós estamos com sono, não bêbados. Isso faz sentido?

–Sono é um porre. Que nem ressaca.

–Que horas são?

Percy ouviu o barulho de Thalia tentando se levantar e derrubando alguma coisa pesada.

–Puta que o pariu. Ai.

–Você morreu?

–Não.

–Ah.

–São 8 e meia. Pelo menos parece que é isso que ta escrito no relógio. Aquilo é um 8?

–Você é cega?

–Talvez. Talvez eu use óculos e ninguém saiba. Algum problema com isso?

Ele riu. Sem motivo.

–Thalia a ceguinha.

–Nossa como você é engraçado.

–Eu sei. Meninas amam meninos engraçados.

–Você é virgem.

–Claro que não.

–Eu estava afirmando que era.

Percy cochilou por 20 segundos, até acordar de repente com Thalia berrando do outro lado.

–Acorda filho da puta. Nós não vamos dormir hoje. Vamos viajar e até lá não vamos dormir.

–Por que eu faria isso?

–Por que é radical.

–Toddy.

–Pois é. Pera, não. É Nescau. Nescau que é radical.

–Não surte. É claro que é o Toddy, Toddy radical.

–Hotwheels é radical e não se fala mais nisso.

Thalia parou de falar, ele achou que ela tinha finalmente dormido, estava prestes a desligar quando ouviu o som dela se remexendo nos lençóis.

–Sabe. Você é meu amigo.

–Sim eu sou. – ele virou a cabeça, não estava respirando direito, cobriu a cabeça com os lençóis.

–Sabe, então eu devia te contar.

–O que?

–Eu realmente deveria te contar. Mas eu estou fazendo isso por que é o certo.

–O que você está fazendo?

–Percy?

–Hm? - ele sussurrou.

–Você ainda ama Annabeth?

–Quem?

–Percy.

–O que foi?

Thalia ficou em silencio.

–Não Thalia. Não vou me prender a isso. Não posso ficar esperando ela voltar. Você já me disse isso. Eu te entendi. Obrigada por dizer aquilo pra mim daquela vez. Não vou esperar por ela. Acho que vou viver, um dia a gente se encontra por ai. Provavelmente eu ainda estarei apaixonado por ela. Mas até lá, viver parece uma boa ideia.

–Esse é o meu garoto.

–Percy?

Suspiros pesados de sono, não tinha mais voz do outro lado da linha.

–Boa noite Percy.

E ela desligou o celular.


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Notas finais do capítulo

Pra quem ficou com preguiça de procurar o que é um parabatai: São 2 guerreiros (neflim) que lutam juntos e são mais que irmãos, por curiosidade, eles também são impedidos de se "amar", um parabatai nunca poderia ter relações com ser parceiro. É a mais pura das amizades.

Só pra vocês entenderam que NÃO está. e NUNCA vai rolar um clima romântico entre Percy e Thalia. Alguém ai já ouviu falar entre amizade entre homens e mulheres? Ela é real meus amigos.