Apenas uma semana havia se passado depois que eu e Tânia havíamos decidido dar uma chance a nós.
Com isso varias fotos surgiram na internet, paparazzis nos seguiam pra tudo quanto é lado, não me incomodava muito com isso. As duas piores partes sem duvida foram: primeira, contar a Bruno que eu estava namorando a mulher dos sonhos dele, isso com certeza não foi fácil. A segunda, depois que isso aconteceu não soube mais nada de Bella, e mesmo sem querer isso me incomodava muito.

Havia acabado de chegar ao estúdio em que faria a campanha de jeans junto com Tânia, não sou acostumado a fazer esse tipo de coisa.

- calma Edward. – Tânia falou calmamente.

- não sou acostumado a fazer esse tipo de coisa.- falei a olhando, ela estava com apenas com uma calça jeans e uma leve blusa.

- você se apresenta para milhares de pessoas e não fica nervoso, porque está assim pra tirar algumas fotos?- ela perguntou arqueando uma sobrancelha.

- não é você que está sem camisa.- falei como se isso fosse o motivo.

- não ficarei com essa blusa por muito tempo. E por falar em você sem camisa, não gosto disso.- ela falou.

- não gosta disso? Está dizendo que tenho um corpo feio?- não sou convencido, mas poxa eu me cuido pra escutar de minha namorada que não gosta de me ver sem camisa?

- obvio que não é isso Edward, não gosto de ver essas mulheres babando em cima de você, elas nem disfarçam. – ela falou irritada.

- estou com você não estou?- perguntei retoricamente.

- vamos fazer logo esse trabalho pessoal?- perguntou a fotografa.

Tânia e eu seguimos para o local, era simplesmente um fundo verde.

- bom a proposta dessa campanha vai ser, um pouco mais sexy. Então queremos um clima bem sensual entre vocês ok?- a fotografa falou novamente.- Tânia retire a blusa.

Quase engasguei ao ver que ela realmente tirou a blusa, evitei olhar para baixo, ela soltou um risinho malicioso, e encostou seu peito com o meu, virou o rosto para trás de modo que a câmera o pegasse.

- Edward passe as mãos na cintura dela.- a fotografa pediu. E eu fiz.

Passamos quase o dia inteiro fazendo poses e mais poses, mas tenho que admitir que o resultado foi muito bom.

Ao terminar tudo fomos pra casa de Tânia, não queríamos sair, então pedimos uma pizza e comemos enquanto comentávamos o ensaio. Já era tarde quando voltei para casa, só escovei os dentes tomei um banho e cai na cama.

Ao acordar fui diretamente ao banheiro fazer minha higiene matinal, em seguida fui para a cozinha preparar algo para meu café da manhã.

Ao terminar de comer, resolvi ir um pouco para o piano, fazia um tempo que eu não tentava uma nova canção, nova canção? Revirei os papeis em cima do piano procurando um em especial, finalmente o encontrando. Essa musica é perfeita, o único defeito é que ela foi feita pra ela inspirada nela tudo nessa musica me lembra dela.

Hoje teria uma apresentação, talvez eu toque essa musica, talvez eu a esqueça.
Nessa semana, tudo foi conturbado, quando fui perguntado se eu estava realmente com Tânia e eu respondi que sim, parecia que em todo lugar que eu ia tinha algum paparazzi, o mesmo acontecia com Tânia.
Minha maior surpresa foi quando fui até a varanda do meu apartamento e me deparei com um gigante outdoor com a campanha dos jeans, a foto estava muito bonita, eu abraçado com Tânia os dois apenas com uma calça jeans, ela de frente pra mim mas com seu rosto virado em direção a câmera, é ficou realmente bonito. 

Estava apenas tocando uma musica qualquer só que dessa vez no violão, quando a campainha tocou, me levantei a contra gosto de minha cama e segui em direção a porta, a abri dando de cara com o porteiro.

- como vai Richard?- cumprimentei o senhor baixinho e gorducho em minha frente.

- Bem, senhor Masen.- ele respondeu e eu revirei os olhos.

- Edward.- falei, odiava ser chamado de senhor.

- vim apenas entregar essa carta.- ele estendeu o envelopo branco, e eu o peguei.

- obrigado.- falei curioso vendo que não havia remetente no envelope.

- por nada. Até mais.- ele se virou e foi embora. Fechei  aporta e fui para meu quarto. Sentei em minha cama e abri o envelope. Logo reconheci a letra.

Edward, sei que você deve estar pensando o porque de eu te mandar essa carta. Vou te explicar. Sou covarde. Covarde ao ponto de não ter coragem e chegar até você e falar tudo o que eu quero. Falar o que sinto, falar tudo mesmo e de coração aberto.
 Você até pode achar que eu te procurei só por você estar rico e famoso, mas não é isso. Sabe você sempre aprende com a vida, aprende com os socos que ela te dá. Você disse que me perdoou, mas acredito que não, você sempre vai lembrar de mim como a garota que te deixou por dinheiro. Você poderia apenas por um minuto esquecer essa minha parte? Poderia tentar lembrar daquela garota por quem você se apaixonou? Aquela garota com quem você sonhava se casar?
Sabe essa garota ainda existe, ela ta presa dentro de mim. E você pode ter ela de volta.
 Eu tinha a esperança de que você chegaria em meu apartamento e diria “ eu quero você de volta!” mas isso não vai acontecer né?
Sabe eu gosto de tudo em você. Eu gosto do seu sorriso bobo e de suas brincadeiras bestas. Eu gosto de como você me olha e de como sorri para mim. Eu gosto da sua companhia. Do seu abraço. Do seu jeito. Eu sei que não existe perfeição, ma pra mim você é perfeito do jeito que você é.
 O real motivo dessa carta é que eu vou viajar, vou fugir dessa realidade por um tempo. Mas eu vou voltar, você não vai se livrar de mim.
Decidi isso hoje enquanto lia uma matéria sobre você e a modelo em uma revista e admirava um outdoor. Fique com ela, porque quando eu voltar você estará comigo.
 Eu decidi que não vou ficar falando pra você “ eu te amo” eu vou provar isso pra você, ainda não sei como mas vou provar.
E lembre: você não é uma fase de minha vida, é o meu pra sempre. Você não é uma opção, é a minha escolha.
com todo meu amor.

                                                        Isabella Swan.

Quase não acreditei no que li, ela foi embora? Ela havia me deixado?
pare com isso Edward- minha consciência gritou- você não estava com ela, como ela poderia deixar você?

Passei o restante do dia abraçado aquela carta, não tinha forças pra levantar agora. Porque afinal esa dor era diferente das outras? Porque só agora eu estava sofrendo assim? Eu havia passado uma semana sem vê-la, mas não fiquei desse jeito.
A resposta veio rápido em minha mente, eu poderia a qualquer momento encontrá-la, e agora não.