Finalmente pude sentir aquela macies que só os lábios dela tem. Sua boca se moldou na minha e não pude evitar um suspiro de satisfação.meus braços ganharam vida própria e minha mão deslizou por suas costas ficando firme em sua cintura, o outro braço foi diretamente até sua nuca. As mãos dela foram para meu cabelo onde seguraram firmemente. Nossos lábios se moviam em perfeita sincronia, a cada segundo o beijo ganhava um pouco mais de intensidade. Quando a falta de ar se fez presente meus lábios migraram pra seu pescoço, ela soltou um pequeno gemido rouco. Aos poucos os beijos que eu dava em seu pescoço foi diminuindo, levantei minha cabeça e encontrei seus olhos fechados, e um pequeno sorriso em sua face.

- obrigada- ela sussurrou. Seu hálito quente soprou em meu rosto.

- pelo quê? – perguntei também sussurrando.

- por essa chance.- ela falou e abriu os olhos, me afastei dela.

- como assim? – perguntei confuso.

- você não vai voltar pra mim?- ela perguntou, obviamente sem entender.

- isso foi apenas um beijo.- respondi, não queria dizer que havia sido apenas um beijo porque não foi.

- apenas... um... beijo?- ela perguntou, gaguejando um pouco.

- o que você esperava Bella? Que eu me jogasse em cima de você? Que eu perdoasse tudo o que você fez?- disparei as perguntas de uma vez.

- não só que... pensei que você me daria outra chance.- ela falou um pouco triste.

- Bella, eu quero muito acreditar em você, mas você não pode esperar que eu faça isso de uma hora pra outra.- falei sinceramente encarando seus olhos.

- o que faremos então? Vai fingir que não me quer?- ela perguntou com a voz embargada.

- podemos ser... amigos- sugeri sem a mínima animação. Não a queria como amiga, eu a desejo.

- amigos?- ela repetiu em um tom de pergunta.

- sim. Aos poucos vamos nos aproximando.- falei.

- Edward... não quero ser só sua amiga.- ela falou teimosamente.

- só posso te oferecer isso agora.- respondi. Ficamos alguns minutos em silencio.

- acho melhor eu ir embora agora. Poderia chamar um taxi pra mim?- ela perguntou.

- eu te levo.- falei, era apenas uma desculpa eu ficaria um tempo a mais com ela.

- não precisa eu...- a interrompi.

- espere um pouco, só vou trocar de roupa.-  falei.

Fui até meu quarto peguei uma calça jeans e uma camisa preta, troquei a roupa e voltei para a sala, Bella encarava um porta retrato e mesmo de longe eu sabia qual era. Na foto estávamos eu e Tânia abraçados na praia.

- ela é muito bonita.- ela falou sem me olhar. Poderia jurar que ela estava com ciúmes.

- sim. Vamos?- perguntei.

- claro.- ela caminhou em direção a porta.

Saímos do apartamento e eu o tranquei, caminhamos em silencio até o elevador, apertei o botão que levaria até o subsolo onde fica a garagem.
ao sairmos fui na rente para ela poder me seguir, chegando no carro abri a porta do passageiro pra ela, e fechei a porta, dei a volta em meu volvo e entrei ligando o carro e saindo dali.

- então onde você mora?- perguntei ao sair da garagem.

- isso é só para descobrir onde eu moro?- ela perguntou esperançosa.

- não. É apenas um favor a uma amiga.- respondi. Apesar de que realmente é ótimo saber onde ela mora.

- que pena.- ela falou tristonha.

Mas ela deu o endereço não era muito longe, no Maximo em quarenta minutos estaríamos lá. Quando chegamos ao endereço que ela tinha me informado, observei o lugar, o prédios eram simples, mas bem cuidados.

- Você está feliz Edward?- ela perguntou de repente.

- sim. Porque não estaria?- perguntei curioso.

- só curiosidade. Você acha que um dia vai me perdoar?- ela perguntou olhando para baixo e torcendo as mãos nervosamente em seu colo.

- eu já perdoei.- falei e ela olhou para mim no mesmo instante.

- e porque eu vejo um traço de tristeza em seu olhar?- perguntou analisando cada uma das minhas reações.

- porque ainda dói.- respondi sinceramente. Ficamos alguns instantes em um silencio completamente desagradável.

- você quer subir?- ela quebrou o silencio.

- acho melhor não.- respondi.

- tudo bem.- ela suspirou.

Dei a volta no carro, e abri a porta para ela sair. Nossos corpos ficaram muito próximos, ela ficou na ponta dos pés e beijou o canto de minha boca.

- espero que venha me visitar qualquer dia desses. – ela falou e andou em direção a entrada do prédio.