Premonição 1: Sem Saída escrita por Lerd


Capítulo 4
Às Cegas




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Jessica diz:

— Uau! Que história! Fico feliz que todos os seus amigos ainda estejam vivos, Bimbo.

É, teoricamente ele não mentira. Roxy e Eric não eram seus amigos.

Jessica diz:

Talvez você esteja interessado em uma coisa.

Bimbo diz:

Que tipo de coisa?

Jessica diz:

Um encontro. Eu e você não somos os únicos. Eu pesquisei em diversos sites sobre o assunto, quando aconteceu comigo. Nós não estamos sozinhos. Os outros pretendem se encontrar daqui a nove dias.

Bimbo diz:

Um evento de pessoas na lista da morte? O quão underground é isso?

Jessica diz:

O suficiente. Vamos nos encontrar no cemitério McKinley às três horas da tarde na lápide de Kevin Fischer.

Bimbo diz:

Ele não foi uma das vítimas que morreram após a saída da Devil’s Flight?

Jessica diz:

É. O corpo dele nunca foi encontrado, então não há nada a temer indo à sua lápide. Se Kevin aparecer é porque está vivo.

Bimbo diz:

Haha, tudo bem. Marcado, estarei lá. Vou usar uma camiseta do Bob Esponja, tudo bem?

Jessica diz:

Ok, Bimbo. Eu vou com um vestido verde. E ah! Tente não levar ninguém, tudo bem? No máximo outro amigo que também esteja na lista.

Bimbo diz:

Combinado. Nos vemos lá, Jess. Beijo.

Jessica diz:

Outro. Até mais, Bimbo.

E desligou-se. Uau! Ele acabara de marcar um encontro com uma desconhecida, num cemitério, numa tarde ensolarada? Era seguro. Afinal, o cemitério não era um local exatamente vazio. Além disso, o encontro seria à tarde e ele podia levar alguém consigo. Pensou em Matt. Não, ele já tinha problemas demais. Lubo? Talvez. Desistiu de pensar. Desligou o notebook e deitou, tentando pensar em coisas boas até cair no sono.

x-x-x-x-x

Já passava das duas da tarde de quinta-feira. Naomi estava no laboratório de ciências de seu colégio, dissecando um hamster. O trabalho tinha de ser meticuloso e cuidadoso, apesar de o animal já estar morto. A sala ampla e vazia conferia um ar de sobriedade assustadora, ecoando os mais sutis movimentos.

— Posso entrar?

Era Lubo. Naomi mexeu a cabeça afirmativamente, mas logo se arrependeu pela piada de mau gosto involuntária.

— Claro.

Lubo entrou.

— Olha, antes de mais nada...

Naomi o interrompeu:

— Tudo bem. É sobre o Bobby, não é?

O rapaz mexeu a cabeça afirmativamente.

— Ele acha que você é a próxima.

A garota sentiu um calafrio.

— Eu não acredito nessa besteira.

— Qual é, Naoms! Você não pode ser tão cética. O Bobby previu aquele acidente de trem e logo depois salvou a Lily de morrer esmagada por um lustre. Minutos depois dois amigos da Alice foram fatiados. O que mais é necessário pra você acreditar?

— Eu não sei! – Naomi gritou. — Eu não sei de nada, porra! O vidente aqui é aquele viado do Bobby, eu não sei... – A garota começou tremer, e então lágrimas caíram de seus olhos. — Eu não quero morrer. Minha vida está indo tão bem, eu... Eu estou começando a colher os frutos dos meus últimos cinco anos de estudo, tenho uma bolsa para a melhor universidade do país... Eu não posso morrer agora.

— Você não precisa morrer, Naoms. Ninguém precisa. O Bobby descobriu uma maneira de deter a lista.

— Como? – A garota disse, ainda tremendo.

— Nós precisamos ficar vivos pelos próximos oito meses, pelo menos. Depois disso tudo vai estar acabado.

— E que porra de lógica é essa? Como o Bobby sabe disso?

— Eu não sei. Mas ele é o cara das premonições, então eu achei melhor acreditar do que contestar.

Naomi suspirou:

— E como eu faço isso?

Lubo fez uma expressão de dúvida, sem saber direito o que dizer.

— Posso ficar sentado aqui enquanto você mexe nesse bicho?

Naomi confirmou com um “aham” e pegou Lubo pelo braço para lhe indicar uma cadeira. O rapaz subitamente deu um tapa na mão dela.

— Ainda orgulhoso? – Naomi perguntou.

— Não é orgulho, é apenas autoestima e respeito. Eu não sou um cachorro pra você ficar me puxando de um lado para o outro.

Estranhamente, a garota sorriu com aquela fala. Apesar dos pesares, gostava daquele menino. Do seu lado doce, sim, mas também do seu lado meio ranzinza. Amar as qualidades e amar os defeitos, não era o que diziam?

— Então me segura vai, como nos velhos tempos.

Lubo sorriu e segurou o braço de Naomi com força. A garota também sorriu, consciente de que esses sinal de fraqueza não seria notado.

— Você fica linda quando sorri. – Ele disse.

— Mas como você... Ah, deixa pra lá.

O rapaz sentou em cima de uma mesa, apesar de Naomi ter o levado até uma cadeira.

— Quanto tempo faz que a gente terminou, Naoms?

A garota deu com os ombros. Droga, maldita mania.

— Eu não sei. Quatro meses, talvez mais.

Naomi sabia exatamente quanto tempo fazia desde de que eles haviam se separado. Quatro meses, duas semanas e cinco dias.

— E porque foi que nós nos separamos? – Lubo disse.

— Você é cego, não sem memória.

Lubo sorriu.

— Eu nunca tive a oportunidade de te explicar direito o que aconteceu.

— E tem explicação?

— Claro. Sempre tem.

— Eu adoraria ouvir agora.

Naomi saiu da mesa onde cuidava do hamster e seguiu em direção a uma estante com diversos frascos com líquidos coloridos; eram apenas enfeites, todos eles continham apenas água. Os frascos com ácidos e outras coisas estavam na prateleira mais alta. Descuidou-se e derrubou um dos frascos coloridos de água.

— Acontece algo, Naoms? – Lubo perguntou.

— Nada, eu só derrubei um frasco d’água. Continua com a sua história.

Naomi abaixou-se e começou a limpar o chão com o próprio jaleco. Quando viu que não iria conseguir, abriu uma das gavetas do armário e retirou alguns papeis toalha.

— Sabe aquela noite em que fui até a sua casa pra gente conversar e você estava no quarto?

— E você não me esperou cinco minutos e foi embora?

— Então. Não foi exatamente assim que aconteceu.

A garota levantou-se e bateu a cabeça na gaveta ainda aberta, fazendo uma maquete do sistema solar feita de bolinhas de gude, cair.

— Seu pai saiu lá fora e pediu para conversar comigo.

Naomi ergueu sua cabeça e começou a arrumar a maquete, mas uma das bolinhas acabou caindo em sua boca, fazendo-a engasgar.

— Ele me disse que não queria que nós namorássemos. Que eu deveria terminar com você imediatamente, inventar que tinha te traído ou alguma coisa assim, pra que você aceitasse.

A garota tentou pedir ajuda, mas sua voz não saía. Bateu no armário de frascos e logo em seguida escorregou na água que havia derrubado anteriormente. Caiu.

— Ele disse que você merecia alguém melhor do que um cego desgraçado.

A prateleira começou a mexer-se vertiginosamente até cair. Os frascos ácidos quebraram-se no rosto de Naomi, corroendo a pele da garota. O barulho então chamou a atenção de Lubo.

— Naomi, o que está acontecendo?! Me diz! Naomi!

O ácido corroeu o rosto da garota até o músculo. Os frascos que haviam caído em sua roupa deixaram buracos em seus braços, peito e barriga. Podiam-se ver partes do interior do corpo de Naomi.

— Alguém ajuda! Socorro!

Lubo começou a tatear a procura da garota, gritando por socorro.

x-x-x-x-x

Alice fazia compras no shopping despreocupadamente quando recebeu uma ligação:

— Oi Lily, pode dizer.

Nós precisamos conversar com você, vem correndo pro colégio, na quadra de esportes.

— É tão urgente assim, criatura de Deus?

Mais urgente impossível. Rápido, Alice!

A garota então correu o mais rápido que pôde até seu carro no estacionamento, dando a partida sem olhar para trás.

x-x-x-x-x

O colégio estava um aglomerado infernal de pessoas. Uma viatura policial e uma ambulância estavam no local, assim como uma van de reportagem de uma emissora local, de onde uma jornalista chamada Heather Diamond acabava de sair, com um microfone em mãos. Pais e alunos cercavam o prédio de biologia que estava interditado. O ginásio estava vazio. Havia apenas quatro pessoas lá: Bobby, Matt, Lily e Pepper. Alice chegou rapidamente.

— Gente, o que diabos está acontecendo nesse colégio? Tem polícia, ambulância... Me falem!

— Foi a Naomi. Ela morreu.

A notícia foi como uma punhalada no peito de Alice. A garota sentou nos bancos da arquibancada, sem esboçar qualquer reação.

— Ela e o Lubo estavam conversando e a Naomi se distraiu e acabou derrubando uns frascos de ácido no rosto. As substâncias eram perigosíssimas, mas a Naomi era mais experiente do que a própria Sra. Carpenter, então ela tinha autorização pra ficar sozinha no laboratório... – Bobby contou a notícia com cuidado.

Alice parecia estar em estado de choque.

— Está mesmo acontecendo né cara? – Pepper disse. — Aquela maluquice de lista da morte e tudo mais. É pra valer isso né?

Bobby mexeu a cabeça afirmativamente.

— E como está o Lubo? – Alice disse, ainda chocada.

— Ele foi pra casa, está muito abalado. – Lily disse.

Não conseguiu dizer mais nada, pois Alice desmaiou no mesmo instante. Matt e Bobby correram e seguraram-na segundos antes de a garota cair.

x-x-x-x-x

Quando Alice abriu os olhos estava em seu quarto. Lily estava sentada na beirada de sua cama. Surpreendeu-se ao ver seu cachorro Mick lambendo seu rosto.

— Mick! – Gritou, alegre. — Quem trouxe você pra cá, rapaz?

Lily sorriu de maneira um pouco melancólica.

x-x-x-x-x

Uma semana depois.

Bobby estava sentado no banco da praça esperando seus amigos. Fazia um calor de sauna e o rapaz vestia apenas uma regata branca e um calção acinzentado. Ele estava bastante adiantado, já que ainda faltavam vinte minutos para o horário indicado. Mas ele não conseguia ficar em casa. Eles haviam esperado demais, estavam abusando da sorte. Mas a semana anterior fora bastante difícil e não conseguiram arranjar um horário em que pudessem se encontrar todos ao mesmo tempo.

Ele não fora ao velório de Naomi, assim como Lubo, que havia passado os dias trancado em seu quarto, segundo os recados que a mãe dele dava aos que ligavam. Bobby tinha muito trabalho na cafeteria e ainda vários exercícios e trabalhos da escola. Pepper tinha uma competição de skate dali a três dias, e Matt estava preocupado demais com a gravidez de Jamie. De qualquer forma, tudo isso era pequeno diante do que estava em jogo: suas vidas. Os dias que se seguiram a morte de Naomi foram agonizantes. Bobby sabia que a morte não iria parar e temia pelo próximo, Pepper.

— Chegou cedo.

O rapaz olhou para cima e viu a figura delicada de Lily. Ela usava uma camiseta quase igual a do rapaz, bem como um shorts jeans curtíssimo que deixava suas pernas nuas. Lily usava óculos escuros que escondiam seu doce olhar. Sorriu amarelo.

— Não consegui ficar em casa.

A garota acenou com a cabeça, como a dizer “eu também”, e sentou-se no banco ao lado de Bobby.

— Sinto sua falta. – A garota soltou repentinamente.

Bobby calou-se.

— Digo... Sinto falta de conversar com você. Nunca te disse isso, mas você é meu melhor amigo.

— Você também é minha melhor amiga.

O rapaz respondeu dando ênfase na palavra “amiga”. Sim, Lily era sua melhor amiga. Às vezes ele se perguntava se não havia confundido as coisas. Ele sempre amou Lily, desde que eram bem pequenos, na pré-escola. Mas será que o amor que ele tinha por ela não era apenas fraternal? Ele gostava de estar com ela, de conversarem, das risadas...

— Então porque você vem me evitando desde...

Lily não completou a frase.

— É só que eu tenho medo de confundirmos as coisas. Nós acabamos de terminar nosso relacionamento. Precisamos de um tempo para nós mesmos.

— Eu não preciso de tempo para mim. Eu estou de saco cheio de ter tempo para mim. Eu não gosto de estar sozinha comigo mesma. Eu preciso dos meus amigos. Eu preciso de você, Bobby.

O rapaz engoliu em seco. Segurou a mão de Lily.

— Que tal um sorvete enquanto os outros não chegam?

Lily sorriu de maneira resignada e concordou. Os dois seguiram até uma sorveteria há uns duzentos metros. Bobby segurou a mão de Lily forte e os dois seguiram de mãos dadas.

— O Matt me contou da gravidez da Jamie. – Lily disparou.

— Contou é? – Bobby estava surpreso.

— Nós estávamos conversando online e chegamos ao assunto dos “sete meses e meio” que precisamos pra estarmos fora da lista, que você mencionou vagamente naquele dia em que a Alice desmaiou.

— E...?

— Bom, eu perguntei, totalmente às cegas, qual seria o objetivo desse tempo específico e o Matt me disse: “o Bobby abriu a boca, não foi?”.

— Ah, qual é!

— Haha, calma, eu limpei a sua barra. Disse que você não tinha contado nada, e perguntei sobre o que ele estava falando.

— E ele contou na boa?

— Aham.

Os dois então chegaram até a sorveteria e fizeram o pedido. Bobby escolheu um sorvete de chocolate e antes mesmo de Lily dizer qual queria, ele arriscou:

— Um de chocolate e um de kiwi, por favor.

A garota sorriu. Ele ainda se lembrava de qual era seu sabor favorito de sorvete.

x-x-x-x-x

Alice foi a primeira a chegar. Usava óculos escuros e uma camiseta regata listrada de branco e azul. Tinha em sua cabeça um chapéu de sol extremamente chamativo.

— Oi galera.

Lily e Bobby cumprimentaram a amiga, dando-lhe abraços. Não demorou muito até que Lubo chegasse acompanhado de Pepper. Todos se cumprimentaram.

— Lubo, eu estava preocupadíssimo com você, cara! Não atende minhas ligações, não fica online... Fui à sua casa umas duas vezes, mas a sua mãe me disse que você não estava. — Bobby disse.

— Desculpa. É que eu só queria ficar sozinho por uns dias.

Bobby tocou de leve o ombro de Lubo e o rapaz segurou sua mão.

— Matt! – Alice exclamou ao ver o amigo.

Ele chegava acompanhado de Jamie, que estava visivelmente abatida. Não usava a maquiagem pesada que lhe era peculiar e possuía os cabelos amarrados, uma coisa também rara.

— Jamie.

Alice abraçou a amiga.

— Vamos sentar ali, galera.

Bobby indicou um gramado bastante confortável embaixo de uma árvore. Lá eles estariam longe dos raios de sol.

— Vocês receberam o meu e-mail né? – Bobby disse, quando todos estavam confortáveis.

O grupo acenou afirmativamente.

— Eu só não entendi a parada do tempo, cara. Porque diabos sete meses e meio? É algum número de sorte ou algo assim?

Bobby engoliu em seco.

— É o tempo que vai levar até o meu bebê nascer. – Jamie soltou, surpreendendo a todos.

Pelas reações, apenas Lubo e Pepper não sabiam da notícia. Bobby apertou os lábios e percebeu a reação nada amistosa de Matt. O primeiro rapaz, ao perceber que já tinham contado o real motivo, resolveu explicar:

— Um cara que entende muito sobre a lista da morte, me disse que “apenas nova vida pode deter a morte”. Ou seja, esse bebê que a Jamie está esperando, ele não estava previsto para vir ao mundo...

Bobby parou ao perceber o duplo sentido de sua frase. Ignorou a situação constrangedora e continuou:

— Jamie deveria ter morrido no desastre de trem, o que significa que ela nunca deveria ter engravidado. — Outro duplo sentido. Mas que merda, Bobby! — Então a criança que ela carrega, essa nova vida que está por vir, não estava nos desígnios da morte. Ela é algo inesperado, é quem vai nos salvar e quebrar a lista.

— E como você tem tanta certeza, Bobby? – Jamie perguntou.

— Eu não tenho.

Pepper pensou durante alguns segundos, e então disse:

— Cara, aquele dia na estação de trem você me disse que a morte tem uma lista, que ela mata as pessoas na ordem em que as pessoas deveriam ter morrido na sua visão. Nela a primeira era Lily, mas você a salvou. Depois eram Roxy, Eric e depois a Naomi. Me diz aí, quem é o próximo?

— Isso, Bobby, da a listagem completa. – Alice sugeriu.

Bobby engoliu em seco.

— Isso não importa, gente. O importante é nos mantermos vivos até...

— Sem essa, Bobby! Se eu sou o próximo eu quero saber. – Pepper insistiu.

— Ninguém tem que ser o próximo. – Bobby tentou acalmá-los.

— Fala, Bobby! – Matt deu um ultimato.

Bobby abaixou a cabeça.

— Vocês vão ficar paranoicos se souberem.

— Arrisca. – Lily disse.

— Tudo bem. — Bobby respirou fundo. — Na minha visão, depois da Naomi morria você, Pepper. — O rapaz engoliu em seco. — Depois era a vez da Jamie... — A garota arregalou os olhos. — E em seguida o Lubo. Matt e Alice morriam quase ao mesmo tempo, então eu não tenho certeza sobre quem vem antes e quem vem depois, mas eu acho que o primeiro era o Matt e depois a Alice. E por último eu mesmo.

Todos pareciam angustiados, especialmente Pepper.

— Bom, gente, o negócio é esse: nós devemos ficar juntos, todo o tempo. Pelo menos dois de nós. Se ficarmos sozinhos pode ser fatal. — Bobby disse.

— Plano B? – Alice perguntou.

— O plano B seria nos trancarmos em casa pelos próximos meses.

Essa não era uma opção.


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