- Hei... Hei... Hei... Hei... – A rosada estava cutucando freneticamente Arme, que decidira se infiltrar em um arbusto para ver de primeira mão o quê se passava na cabana do Lupus, afinal, era uma admiradora secreta dele. – Por que estamos aqui? – Murmurou enquanto tentava ver algo de interessante naquela cabana. – Aqui tem muita formiga, e elas adoram morder a minha pele! – Mostrou a língua, tirando algumas formigas dos braços.

- Fica quieta! Estou tentando pegar informações vitais sobre o nosso inimigo! - Arme murmura, dando uma cotovelada na rosada.

- Conseguiu alguma? – A rosada pergunta, arqueando as sobrancelhas.

- Consegui sim! Ele bebe água o tempo todo, e é natural. O resto do tempo... Bem... Dorme. – Murmurou, observando atentamente a cabana com um binóculo. – Tem uma loira lá dentro... – Murmura, entregando o binóculo para a rosada.

- É a Lire... – A rosada murmura, observando atentamente a cabana até ter o binóculo tomado pela Arme á força.

- Ela está massageando o Lupus... – Murmura, apertando com força o binóculo. – Desgraçada! Traidora de uma figa! Fura-olho! – Podia-se ver uma aura maligna saindo do pequeno corpo da Arme, e uma enorme interrogação se formando na mente da Amy.

                                               ***

- Quais são os dados do evento? – Uma voz feminina murmura por entre os arbustos, anotando algo em um papel. – Tenho que fazer isso mesmo? Vai ser difícil... – Ao terminar de falar, se pôs á correr arrastando algo consigo. Conseguia se movimentar com grande agilidade nas florestas, passando despercebida por todos.

                                               ***

- O quê veio fazer aqui?! – Azin fala, fitando uma garota pequena de olhos azuis e madeixas verdes.

- Eeeer... Eu vim ver os meus primos distantes... – Fala sem jeito, brincando com as mãos.

- Pirralha... Aqui não é lugar para crianças... – Pega a garota pela mão e sai arrastando ela para fora da área das cabanas.

- Mas—

- Sem mais nem menos. – Dá um sorriso, observando a garotinha inflar as bochechas e corar levemente de raiva. – Isso não dá certo comi-- - Nem conseguiu terminar de falar, pois a garotinha deu uma bela de uma martelada na cabeça dele.

                                               ***

- Só pode ser sacanagem... – A ruiva murmura, observando a recente mudança no campeonato. – Nós vamos ter que lutar agora. – Fala, observando o parceiro.

- Ok. – Se levanta meio bambo, segurando o gládio desleixadamente. – Contra quem agora? – Murmura se aproximando da ruiva.

- Lime e... Zero?! – Elesis indaga, observando atentamente a lista. – E quem é Lime?! – Arqueia uma sobrancelha, dando petelecos no relógio. – Isso deve estar com defeito. – Continua dando peteleco até quebrar a tela. – NÃAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAO! RELÓGIO VAGABUNDO CANADENSE! – Taca o pobre do relógio dentro de uma jarra d’água.

- Elesis... Elesis... Elesis... Elesis... – O azulado fica cutucando a ruiva, até ela virar com uma sinistra aura malignamente maligna. Aquela aura maligna era tão malignosamente maligna que as pobres mosquinhas de passagem batiam as botas que não tinham, flores gritavam de terror e se escondiam na terra e formigas saiam correndo feito loucas á procura do abrigo mais acessível possível. – Eeeeeeeeh... Acho que... Éee... Ah... – Fica nervoso com aquele olhar malignosamente tão maligno quanto a aura malignosamente maligna que a rondava de uma maneira maligna.

- Senhores... Está na hora do torneio-- - Um assistente entra na cabana bem á tempo de socorrer o azulado de um possível enforcamento. Observa o semblante terrivelmente maligno da ruiva, que encarava o azulado com sede de sangue. – TPM? – Pergunta, logo se arrependendo. A ruiva, para coroar o clima malignosamente maligno, se vira de maneira sinistra para o pobre homem, encarando-o como se fosse a maldita tesoura que cortara uma bela roupa, a maldita ferrugem que tinha atacado a lâmina de uma espada.

- A-acho melhor correr... – O azulado fala, saindo em disparada da cabana junto do assistente, com a Elesis no encalço quase soltando fumaça pelas narinas e fogo pela boca.

                                               ***

            Não sabia o quê diabos tinha acontecido consigo, só sabia que estava com uma dor de cabeça terrível. Tinha encontrado uma garotinha de cabelos verdes e olhos azuis, e tinha tentado tirar ela daquela área perigosa para garotinhas pequenas, mas fora isso, não lembrava do que havia feito.

- Que foi, Azin... – Azin adentra uma das cabanas, se deparando com um garoto ruivo de olhos dourados e porte físico de atleta. – Já disse que não quero participar dessa competição... Eu quero participar das lutas de verdade. – O ruivo suspira, lendo um mangá. A cabana era inteiramente enfeitada com figuras de ação, pôsters, mangás e mais pôsters, além do mais, aquela seria a moradia deles por um tempo indeterminado. – Eu queria saber o porquê de vocês quererem tanto vencer essa droga... – Se joga no sofá, ainda lendo.

- Jin... É uma questão de honra. – O albino fala, chegando perto de uma escrivaninha com várias figures. – Sabe que ano passado o Dio perdeu feio para aquela ruiva idiota, e eu tenho contas á acertar com a Mari. – Fala, pegando uma figure de, provavelmente, um herói e analisando.

- E quer se vingar pelo irmão? – O ruivo pergunta, em tom de deboche. – Acho que você está é apaixonado pelo Dio... – Murmura, recebendo um olhar mortal do albino. Se olhar matasse... O nosso querido Jin já estaria morto...

- Hm... Se não for participar... – Joga a figure ao ar. – O seu querido lorde do nofingo vai ter um novo inimigo pra enfrentar: o fogo.

- É Lord Nothing, idiota – Corrige o albino - QUÊEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE?! – Após notar a ameaça, pula do sofá e finalmente encara o albino. – NUNCA! NÃAAAAAAAAAAAAAAAO!

- Então trate de dar uma mãozinha. – Taca a figure para o Jin, que o agarra como se fosse um copo de vidro que não pode ser quebrado de maneira alguma.

- O quê quer que eu faça? – O ruivo pergunta, colocando a figure no lugar onde estava anteriormente.

                                                           ***

- Hei, Amy, me dá a câmera! – Arme murmura, pegando a câmera da mão da rosada.

- Pra quê? – A rosada fala, arqueando as sobrancelhas. Só vê o flash da câmera tirando fotos, que, aos olhos pervertidos, tinha muitos sentidos, menos o real.

                                                           ***

- Ah... Sieg... – Duas garotas estavam atentas ouvindo cada suspiro, e gemido, que vinha daquela cabana. E claro, estavam gravando tudo para terem provas concretas do que estava acontecendo lá dentro.

- Será que eles estão... – Uma das garotas, de olhos verde-musgo e cabelo loiro, pergunta para a outra, de olhos verdes e cabelo preto, que estava segurando um gravador. Quando a morena ia falar, as duas ouvem um “kyah!” da cabana.

- Claro que eles estão! – A morena murmura, se espremendo para entrar na tubulação da cabana. – Se eu fosse um pouquinho mais como a Arme... – Murmura, entrando.

- Nina... Aí você viraria uma tábua! – A outra murmura, quase com nojo.

- Eu seu Elisabeth. – Fala, rodando os olhos. Adentrou apenas o suficiente para gravar com mais qualidade o som e tirar uma foto comprometedora. Uma foto que mostrava a cena do provável crime.

A foto que criaria intrigas horrendas entre um casal.

A foto que traria problemas para uma certa garota e um certo moreno.

A foto que destruiria amizades.

A foto que apresentava o novo corno do pedaço: Lupus.