A Caçada escrita por Bia_C_Santos


Capítulo 16
Capítulo 16 - Nos transformamos em ladrões


Notas iniciais do capítulo

Hey, oi! Eu estou tão tão feliz hoje que eu só não posto dois capítulos porque senão vou ter que correr para passar o resto para o computador. Mas a min ha fic foi recomendada! Yeeeah!
Enfim, vai aí mais um capítulo. O nome original do capítulo é "Nos transformamos em ladrões experientes", mas não coube hehe.
Então, eu queria desejar um Feliz Natal para os que leem a minha fic. Muito obrigada por continuarem.
Espero que gostem desse capítulo e desculpem se houver erros. Narrado pelo James.



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Ninguém me respondeu, mas sabia que todos pensávamos o mesmo: como nós éramos burros!

            Eu não acreditava nisso. Nem suspeitava um pouquinho, sendo que a prova estava ali. Um lugar perfeito e uma mulher acolhedora.

            Temos que levar em consideração o nosso cansaço, fome, sede, entre outros fatores. Mesmo assim, isso não era motivo para entrar na primeira casa que vemos.

            Ou melhor, na primeira e única casa que vemos. Percebi o quanto Lâmia foi inteligente nisso. O local atraía pessoas sendo o único em um raio de quilômetros. Além disso, crianças sempre ficam curiosas ao verem casas tão lindas quanto aquela.

            Eu me sentia uma criança.

            Ao mesmo tempo, já que a casa era isolada, ninguém ia dar conta do sumiço de crianças ali. A criança poderia ter corrido para qualquer lado.

            Claro que ia ser meio suspeito, mas Lâmia daria um jeito de se livrar de tudo, se passando por uma mulher gentil.

            E foi assim que caímos em uma armadilha. Eu me sentia mesmo como se fosse uma criança.

            Suspeitava que aquela casa fosse mágica e por isso nos chamava a atenção. Sua magia nos levava para lá. Isso explicaria muita coisa.

            De qualquer forma, não era o suficiente para mim. Ou pelo menos era o que eu achava. Senão eu não teria feito o que fiz, não é mesmo?

            Queria verificar se elas ainda estavam no meu bolso, mas meus pulsos estavam presos.

            Movi-os. Ou pelo menos tentei. Estavam apertadas o suficiente para mobilizá-los totalmente, mas não tão apertados para prender a minha circulação sanguínea.

            Sem contar que a corda não era muito comprida e assim minhas mãos não alcançavam a sua ponta para puxá-la e tentar desfazer o nó.

            — Muito bem — Kate falou. — Precisamos fazer o quê? – Ela dizia, mas seu tom não era de dúvida, e sim, de quem estava sendo estratégica.

            — Precisamos sair dessa casa, descobrir onde estamos para sair daqui também e ir salvar as Caçadoras — Lana respondeu, com um sorriso falso.

            Nunca íamos conseguir, desse jeito. Talvez nem tivéssemos saído de New York ainda. Por mais que duvidasse. Pelas minhas contas, ficamos nos pégasos umas dez horas. Talvez agora estivéssemos na Pensilvânia.

            — Assim você faz parecer impossível, Lana — Oliver murmurou.

            — Claro que não é. — Kate tentou parecer otimista. — Vamos nos concentrar no agora. Nossa situação agora é...?

            — Mãos e pés atados, presos em uma espécie de cela e com um guarda nos vigiando — Phoebe respondeu.

            — Primeiro o mais importante — disse Kate, voltando os olhos para o guarda. Não estava muito perto, então podíamos planejar sem ele nos ouvir, ao mesmo tempo estava perto para nos ver de pé. — Desamarrar as cordas.

            Isso era um pouco difícil. Eu não alcançava a corda e o nó parecia bem elaborado, complicado de desamarrar, ainda pior sem olhar para ele.

            Lembrei da minha adaga. Estava presa no bolso da frente do jeans, escondida pela camiseta. Fiz um esforço e estiquei o braço o máximo que pude. Consegui pegar a adaga.

            Eu não ia conseguir cortar a corda nos meus pulsos, já que corria o risco que cortar os meus próprios pulsos, então falei:

            — Kate, senta de costas para mim.

            Kate se arrastou e ficou quieta. Ainda não tinha visto a adaga então estava confusa. Senti as suas mãos, tomando o cuidado para posicionar a adaga em um lugar onde não machucasse seus pulsos.

            — Tenta separar suas mãos o máximo possível — aconselhei. Kate entendeu o que eu ia fazer e separaram alguns milímetros as mãos.

            Segurei as cordas e livrei Kate delas. Ela desamarrou seus pés e minhas mãos. Cortei as cordas em voltar dos meus tornozelos e ajudei os outros a se livrar das cordas.

            — Primeiro passo já foi. — Lana falou. — E agora? Se livrar do guarda, certo?

            — Melhor — Mary concordou.

            — Você poderia pedir a chave para ele e depois dávamos um jeito nele, não é, Kate? — perguntei, lembrando da Caça à Bandeira no acampamento.

            — Acho que não — ela respondeu. — Estou toda desarrumada, suja e precisando de um anho, James. Não consigo.

            Eu não entendi o que ela queria dizer. Ela estava linda, como sempre. Mas achei melhor não comentar isso e aceitar sua resposta.

            — Armas? — Lana perguntou.

            — Não também — Kate respondeu. — Ele iria perceber e talvez chamasse os outros. — Ela pensou por um tempo.

            Era difícil. De novo. Eu não podia fazer nada com a adaga, nem Kate com a espada, muito menos Lana, Phoebe e Mary com o arco e flecha. E Oliver... Ele só tinha a flauta...

             Tive a ideia ao mesmo tempo em que Kate, porque falamos juntos:

            — Oliver!

            O sátiro olhou para nós dois, parecendo assustado por ser chamado, mas atento ao que iríamos pedir.

            — Você sabe alguma melodia que o faça dormir? — Dessa vez foi Kate que continuou.

            Oliver assentiu e tirou a flauta do bolso. Ia começar a tocar, mas se lembrou de algo antes e avisou:

            — Tampem os ouvidos.

            Nós cinco pusemos as mãos nos ouvidos, apertando o máximo que conseguíamos. Oliver levou a flauta aos lábios e começou a tocar, deduzi.

            Nós não ouvimos nada, mas com o tempo, o guarda foi fechando os olhos até que caiu, do lado da nossa cela, felizmente sem fazer muito barulho.

            Oliver parou de tocar. A música não parecia fazer efeito nele. Tiramos as mãos do ouvido.

            Kate correu para perto do guarda e, lentamente, sem fazer muito barulho para não acordá-lo, esticou o braço e pegou a chave. Abriu a cela e saímos, bem quietos.

            Porém, antes de ir em direção à escada, Kate se ajoelhou ao lado do guarda, pegou as cordas que tinha desamarrado de seus tornozelos e meus pulsos e amarrou os tornozelos e pulsos do guarda, fazendo um nós mais complicado do que o nosso. Só então entendi porque ela tinha desamarrado as cordas e não cortado como eu fiz.

            Se levantou e olhou para nós. Fiquei meio surpreso. Ela era muito inteligente. Nos livramos d e um guarda assim, se eles nos seguissem.

            — Tudo bem — Kate sussurrou. — Saímos da cela. Próximo passo... Sair da casa.

            Avançamos, mas Kate parou no pé da escada. Tinha dois guardas lá no alto. Vestiam-se normalmente, talvez para manter as aparências, se alguém aparecesse.

            — Deve ter outro lá em cima — Kate sussurrou. — Vamos ter que acertá-los com flechas. Mary e Phoebe, vocês acertam esses dois. Lana, fique preparada para cuidas do outro.

            Mary e Phoebe puseram as flechas nos arcos e se posicionaram. Miraram casa uma um guarda. Puxaram a corda e esperaram uns segundos. Depois soltaram as flechas.

            Não me surpreendi ao ver os dois guardas caindo. As duas tinham acertado certinho as flechas em seus alvos.

            Ouvimos passos de uma pessoa apenas andando. Antes que o guarda pusesse nos alcançar, Lana subiu e soltou sua flecha, acertando o terceiro guarda. Ou seria o quarto?

            Mas, segundos antes de a flecha o acertá-lo, ele soltou um pequeno grito. Não era muita coisa, mas o suficiente para chamar mais guardas.

            Droga! Precisávamos sair lodo de lá. Subimos o resto da escada e corremos pelo correr. Mary, Phoebe e Lana deixaram suas flechas preparadas, caso aparecessem mais guardas.

            Corremos até a porta, sem nenhuma interrupção. Mas ouvíamos agora passos lá em cima, indicando que o resto tinha ouvido o grito do quarto guarda. Estavam chegando mais.

            Cheguei primeiro à porta. Girei a maçaneta com apenas algumas gostas de esperança. Em vão. A porta estava trancada.

            Abaixei e analisei a fechadura da porta. Nem tão grande quanto a fechadura da cela. Talvez um grampo...

            Eu nunca tinha feito isso, mas, quem sabe? Eu era filho de Hermes, certo? Devia ser fácil para mim. Hermes não era o deus dos ladrões?

            — Kate, me dê o seu grampo.

            Kate levou as mãos ao cabelo e tirou o grampo, fazendo sua franja cair em seus olhos. Ela bufou, mas deu o grampo.

            Levei-o à fechadura e encaixei. Girei o grampo. Não deu certo. Olhei para trás, os guardas estavam descendo as escadas. Tentei de novo, pensando “por favor, abra!”

            A porta se abriu. Suspirando de alívio, escancarei a porta. Devolvi o grampo para Kate. Ela sorriu para mim e saiu. Esperei todos passarem e fechei a porta. Sabia que não ia adiantar nada, mas...

            Corremos para fora, como se fossemos ladrões fugitivos. Eu me sentia mais ou menos assim. Como um ladrão experiente.

            Lana, à nossa frente, praticamente tirou o portãozinho do pequeno muro, enquanto todo mundo saía. Corremos, sem olhar para trás. Continuamos até chegar à uma cidade, depois de muito tempo de viagem.

            Paramos, ofegantes. Finalmente, olhamos para trás. Sem sinal dos guardas. Mesmo assim, entramos mais na cidade até achar um beco sem saída.

            Antes de tudo, verificamos se não tinha nenhum monstro à vista. Nada. Depois, sentamos no chão, acabados.

            — Kate... — Lana disse, respirando fundo, muito mais rápido do que o normal. — Sua vaidade... nos salvou.

Ficamos descansando por um tempo depois de conferir se ninguém estava nos seguindo. Restavam ainda seis guardas, então era bom sermos cautelosos.

            — Estou acabado — Oliver murmurou, depois de algum tempo respirando e esperando o coração desacelerar. — E ainda estou com sede de novo.

            Eu sentia o mesmo. Toda aquela correria tinha deixado a minha boca seca. Nem tanto quanto antes, mas ainda assim precisando de água.

            — E aqueles cookies não mataram a minha fome — Lana reclamou. — Devíamos esperar a fome passar antes de ouvir a história de Lâmia.

            Também estava com fome. Ela tinha passado quando Lâmia revelou que comia criança, mas só por causa do nojo que eu senti. Agora a fome voltava, com bastante força.

            — Precisamos comer — Mary concordou. Ela tinha as mãos repousadas na barriga, onde devia ser o estômago.

            — Mas nós não temos dinheiro. — Kate parecia mais perdida do que antes. — Tudo bem, tudo bem. — Ela falou mais para ela mesma. — Vamos em partes. Primeiro. Precisamos conseguir dinheiro.

            Eu não tinha falado nada até agora. Precisava recuperar o fôlego. Tínhamos ficado pouco mais de meia hora correndo até a cidade e mais outros minutos até chegar ao beco.

            — Isso é fácil — me manifestei, mostrando que ainda estava vivo. — Quanto acha que vale isso?

            Pus a mão no bolso e tirei dele várias joias. Eram de ouro amarelo, e, pela aparência, suas gemas eram de diamantes, totalmente autênticos. Deviam valer muito, muito mesmo.

            Todos olharam boquiabertos para mim. Aquele conjunto de colar, pulseira, par de brincos e anel, todos de ouro e diamante, era talvez mais do que precisávamos.

            — James! — Kate se aproximou e sentou do meu lado. Inclinou-se para ver melhor as joias. Não acreditava que eram de verdade. Pegou o anel. — Como... Como você conseguiu isso?

            — Eu roubei — respondi, simplesmente, dando de ombros. Não foi algo muito difícil, sendo que as joias estavam desprotegidas, praticamente pedindo para serem roubadas.

            E chamou minha atenção. Aquele brilho no meio do escuro. Eu não era uma Mymerko, aquelas formigas gigantes que estudamos no acampamento, eu eram atraídas pelo brilho, mas...

            Resumidamente, eu estava indo para o banheiro, quando vi algo brilhando. Olhei para os lados, mas ninguém estava se aproximando. Andei até o quarto e acendei a luz.

            Me deparei com um cômodo anormal que, com toda certeza, não era todo mundo que tinha em casa. Era uma espécie de closet... de joias.

            Haviam diamantes, rubis, esmeraldas, e parecia que tudo era de ouro. Aquele conjunto estava ofuscado, em volta de tantas outras belezas.

            Lembrei do primeiro olhar de Lâmia, totalmente faminto. E se... E se ela fosse um monstro? Tinha pensado nisso antes. Se ela fosse mal, então ia aprender uma lição quando visse que tinha sido roubada.

            Mas e se ela fosse boa? Bom, um conjunto naquele lugar não faria diferença. E ela entenderia que éramos necessitados.

            — Roubou? — Kate parecia alarmada agora. — Roubou de Lâmia? Mas quando?

            — Quando ele foi ao banheiro — Lana arriscou e concordei. — bom que eu desconfiei que você estava demorando demais...

            Observei Kate, estupefata. Olhava ainda o anel, vendo o brilho, analisando o formato. Depois voltou-se para mim.

            — James! — gritou de novo. — Como... Eu não acredito que você roubou diamantes. Isso deve vales em média um 5 mil dólares!

            Sua expressão, por mais sendo difícil de ler, mostrava o que ela dizia. Estava surpresa, mas um pouco brava. Ao mesmo tempo, parecia não acreditar na nossa sorte.

            — Mas, Kate... Ela é um monstro mesmo, e tentou nos matar.

            — E você não sabia disso! E se ela fosse uma pessoa boa?

            — Não faz diferença. — Tentei acalmá-la. Não entendia porquê ela estava tão brava. Aquele era o único dinheiro que tínhamos. — Ela devia ter pelo menos um bilhão de dólares em joias.

            Kate ficou mais calma. Ainda olhava o anel e flagrei o momento em que ela pôs o anel em seu dedo indicador. Serviu certinho.

            Ela suspirou e olhou bem par o anel. Mesmo ele sendo de diamante, sua gema não era tão grande, era delicado e combinava totalmente com ela.

            — Precisamos achar uma joalheria — Kate disse, devolvendo o anel para mim.  — Não deve ser muito difícil. Vamos todos nós, certo?

            — Ah, não — Lana falou. — Vamos nos dividir. Três ficam e planejam tudo e outros três vão vender as joias.

            — Não podemos nos separar, Lana — Kate disse, parecendo cansada. — A profecia diz isso claramente.

            — Ah, Kate, não deve ser muito longe...

            — Mas e se os guardas aparecerem aqui no beco? Seria muito melhor se estivéssemos todos juntos.

            — Dois de cada, igual os ciclopes. Kate, é fácil.

            Kate estava prestes a contestar, mas parou. Não era legal discutir com a Lana, pelo jeito. Kate parecia estar quase explodindo. Mas respirou fundo e falou, carrancuda:

            — Tudo bem, então. Quem vai?

            — Hum... — me intrometi. Todos tinham ficado quietos enquanto Lana e Kate discutiam. — Acho que Lana e Kate deveriam ir vender as joias. Talvez elas consigam mais dinheiro.

            As irmãs se entreolharam. Analisaram-se e depois se voltaram para mim. Sacudiram a cabeça negativamente. Era até engraçado ver, sendo elas gêmeas.

            — As pessoas em melhores condições aqui são... — Lana disse e analisou cada um de nós. — Phoebe, Mary e Oliver. Se parecem menos com ladrões de joias e ainda estão mais limpos. Vocês vão?

            Os três concordaram. Dei para eles as joias, que ambos observaram. Pensei que Oliver iria morder as joias para ver se eram verdadeiras, mas felizmente isso não aconteceu.

            — São realmente autênticas. — Phoebe guardou as joias no bolso. — Agora devemos nos concentrar em convencer o joalheiro de que não roubamos isso e somos ricos.

            — Não necessariamente ricos — falei, já que convencer que os três eram ricos parecia ser impossível, pois, mesmo estando em melhores condições que Kate, Lana e eu, estavam ainda meio sujos.

            — Tem outra ideia? — Lana perguntou, sarcástica, como se alguém como eu não era capaz de pensar em outra coisa.

            Pensei por um tempo. Eram apenas os ricos e os criminosos que podiam ter joias? Não, claro que não... Quem mais?

            — Há um jeito mais fácil — respondi, finalmente. — Se o joalheiro começar a desconfiar de alguma coisa, finjam ser pobres. Vocês têm essas joias porque herdaram da família. Agora, essa é a sua única riqueza e fonte de comida.

            Phoebe, Mary e Lana pareceram surpresas por eu ter formulado um bom plano. Elas tinham muito coisa em comum: eram boas no arco e flechas e achavam que as pessoas do sexo masculino eram mais burras do que a do sexo feminino.

            Talvez isso fosse só em relação aos mais novos. De qualquer forma, eu não me surpreenderia se Lana virasse uma Caçadora de Ártemis, mesmo sendo filha de Afrodite e as duas deusas serem tão... contraditórias.

            Enquanto isso, Oliver e Kate pareciam estar pensando que aquele era um plano melhor. Todos assentiram como se aquele fosse o nosso novo plano.

            Phoebe, Mary e Oliver saíram, prometendo que voltariam o mais rápido possível, por mais que todos nós sabíamos que deveria ser difícil encontrar uma joalheria.

            — Então... — Kate começou. — O que vamos fazer agora?

            — E se procurássemos saber onde estamos? – sugeri.

            — Melhor não sairmos daqui — Kate discordou. — Nunca se sabe o quão rápido os três voltarão. E talvez eles descubram no caminho.

            — Podemos planejas o que fazer depois que os outros voltarem e como gastar o dinheiro — Lana disse.

            Concordamos, já que era a única coisa que podíamos fazer, além de esperar Phoebe, Mary e Oliver, ou então até um monstro ou os seis guardas.

            Decidimos que a primeira coisa que iríamos fazer era achar um lugar para comer e comprar água, em garrafa, assim podíamos pegar mais água em lugares públicos na nossa próxima parada.

            Kate calculou que aquelas joias deviam valer mais ou menos 5 mil dólares, o que deveria garantir seis passagens de ida para Wyoming.

            Então, assim que tivesse matado nossa fome e sede, procuraríamos um cyber para descobrir o aeroporto mais próximo e onde iríamos decolar no outro estado.

            — Vamos gastar pouco, tudo bem? — Kate perguntou. — Talvez conseguiremos menos do que 5 mil dólares e seis passagens de avião

            — Não sei porque se preocupar, Kate — Lana disse. — Apenas três vão voltar, o que diminui os gastos.

            Talvez Lana estivesse apenas brincando, mas aquilo fez com que Kate olhasse para ela de olhos arregalados. Depois disso, se arrastou para o muro, ficando encostada nele, sem dizer mais nada.

            Na verdade, até eu tinha ficado um pouco chocado com o que Lana disse. Sabíamos que uma hora “três se perderão”. Mas aquele não era um tema muito bom para brincadeiras.

            Quanto a reação de Kate, foi sim um pouco exagerada. Talvez ela já estivesse pensando sobre isso faz tempo e aquela brincadeira foi a gota d’água.

            Pelo menos ela não estava chorando.

            Lana percebeu que não tinha falado algo muito bom, já que ficou em silêncio. Não pediu desculpa. Pelo menos deixou Kate quieta e não falou mais nada.

            O tempo ia passando. Pelo o que eu contei, já tinha se passado mais o menos uma hora e quinze minutos e nada dos outros aparecerem.

            Eu não tinha certeza. Nenhum de nós tinha um relógio. Achei que ia ver útil comprar um para não se atrasar no nosso voo.

            Ia sugerir para Kate que comprássemos um relógio com o dinheiro, quando ouvimos algum barulho lá na frente.

            Ergui os olhos e o que vi me fez levantar imediatamente.

            Eram três guardas.


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Notas finais do capítulo

E aí? Legaaal?
Até semana que vem (:



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