Gêmeas De Battleon escrita por prettysemileek


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Postei esse capítulo logo pois não aguentei demorar tanto a postar outro, já que o anterior era para ter sido postado sexta feira e estou compensando isso. Espero que gostem e desculpe por ter ficado tão pequeno.



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-Como assim, curado-a? – Alex perguntou, aturdida. Muito do que estava acontecendo ali ela não estava compreendendo e parecia piorar a cada segundo. - Eu não fiz nada disso! Não é possível!

-Sim, você fez. Não totalmente, pelo que posso ver. Pelo fato de ter amenizado a dor que ela estava sentindo, isso já é um fato a ser considerado e valorizado– um dos Curandeiros que ela tinha visto mais cedo retrucou.Por fora ele parecia sério e responsável, mas por dentro ele sentia uma pontada de orgulho já que estava ciente de sua contribuição indireta para o que estava acontecendo. – Não sabemos como isso pode ser possível, mas ainda assim você o fez.

 -Não pode ser possível! – protestou outra Curandeira, esta estando ao lado do que falou antes. Ela é baixinha e tem o cabelo castanho escuro, mesma cor de seus olhos. – Mesmo que ela seja princesa, é impossível descobrir o seu tipo de habilidade. O máximo que pode acontecer são sinais que estão intrínsecos nas características do feiticeiro. E essa é uma regra sem exceção.

 -Nisso eu posso concordar com você. – Trinna emendou. – Mas creio que exista uma explicação plausível para isto. – ela lançou um olhar suspeito para a menina que reagiu se encolhendo ainda mais, se perguntando o que havia feito de errado. Curou Lilith,certo? Então o que poderia estar indo de errado? Ela não havia feito nada demais, mas ainda assim julgavam-na como se tivesse feito algo impróprio e indevido.

 -Eu não sei do que você está falando. – Alex disse, chorosa. – Só fiz e pronto. Foi um instinto.

-Nenhum de nós sabe, criança. – a Curandeira falou novamente. – Se bem que tenho algumas hipóteses que iremos discutir depois que levarmos os três para a enfermaria.

 -Os três? M..mas eu estou bem. – Alex disse.

-E eu também. – Kyle murmurou, mentindo. - Não precisam me levar; isto eu faço questão de dispensar.

-Nem pensar. – Trinna disse, com rispidez. – Alexandra, você transferiu parte de sua energia vital e precisa reparar ou irá ficar doente, e se isso acontecer será muito grave. Já você Kyle, é melhor ir com eles para a enfermaria ou passará o restante do dia na minha sala e é bom lhe advertir que eu estou muito tempo sem torturar alguém e não irei hesitar em fazer isso com você.

 -Para a enfermaria. – ele respondeu de imediato. Talvez ele estivesse precisando mesmo. Sua perna, que já não estava bem, doía mais que tudo e seus braços com queimaduras em várias partes, umas mais graves que outras. Sua testa também sangrava, mas era pouco comparado ao que acontecera com ela. Lilith estava ganhando facilmente dele, porém, ao serem interrompidos, ela recebeu todo o impacto do feitiço que não só veio dele, como também veio do homem chato e rabugento que interrompeu a briga.Se Kyle não soubesse que aquele é um homem importante, e ainda mais do exercito, teria dado um soco na cara dele com toda sua força. – Como veem ela está desmaiada e minha perna dói.

-Não é de esperar o por que. - Ramona murmurou, ficando feliz por terem ignorado seu comentário.

 - E isso é porque disse que estava bem. – Alex disse, também sendo ignorada.

- Hanesyd, Preston, Maylon vocês irão fazer alguma coisa ou ficarão ai parados igualmente a esses Curandeiros?

-Só trouxe o general para ver a senhorita Trinna e isto tem de ser feito em total segurança. – Hanesyd respondeu. –Sabem que todos dariam a vida para matar o General e ele tem manias de mais, e uma destas é de segurança própria exagerada. E as macas de vocês estão chegando.

- Nisso eu concordo com você. – Trinna complementou. – Falo sobre o que ela disse em relação ao General e não sobre as macas. E porque o General iria querer me ver? Sei que sou importante, mas a presença de certas pessoas eu faço questão de dispensar. – ao ver que ele a fulminava com o olhar, ela retorquiu, se sentindo inferior novamente, ainda insistindo em ignorar a presença dele. – Não que ele seja uma dessas pessoas, é claro.

 -Negócios. – ele respondeu, observando que as macas haviam chegado, trazidas por dois dos Curandeiros. – Leve-me até sua sala, temos de conversar.

Relutando, Kyle foi colocado em uma das macas (que não era nada confortável), Lilith e Alex logo em respectiva ordem. Ele olhava para Lilith, que ainda estava inconsciente, e arrependeu-se por ter iniciado toda a confusão. Se bem que ela iniciou, mas ainda assim. No fundo ele sabia que não era tão habilidoso assim. Ela, sim, é uma boa lutadora e bastante ágil. E enquanto ele...era o que? Nem isto o próprio sabia. E isso o incomodou como nunca antes. Eles dois, juntamente de Rowana, competiam entre si desde o primeiro dia em que se viram. As duas sempre inteligentes, poderosas e confiantes. Ele tinha um pouco de confiança própria, mas era nada comparado ao que elas sempre se mostraram capazes. Talvez ele devesse mesmo ter deixado seu orgulho de lado e se tornado um aluno normal desde sempre. Ser o melhor lhe traria alguma vantagem afinal? Algo além do orgulho e do sentimento de autorrealização? Se fosse com outra pessoa, ele concordaria. Mas com ele, tudo o que recebeu foi o medo das pessoas, com exceção de quando o procuravam para realizar algum trabalho da escola ou até mesmo para as competições que sempre aconteciam. Provavelmente este fosse o momento de recomeçar e ser uma pessoa nova, uma pessoa melhor.

- Ah,e Kyle,um recado para você. –Trinna comentou e ele deve de se virar para conseguir observá-la melhor. – Da próxima vez, tente não lutar feito uma garotinha. Lilith estava melhor que você e talvez tenha uma razão para isto ter acontecido.

 Ele corou, a medida que a maioria começou a rir dele. Já era humilhante nenhum dos dois ter vencido a briga, o que lhe traria a denominação de perdedor e agora a melhor e mais habilidosa guerreira de todos os tempos admitiu isso para quem for que estivesse em Beritiguere. Ignorou o som das risadas enquanto era conduzido para a enfermaria, preferindo se preocupar com o estado de Lilith do que com o próprio estado.


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