Viajem a eternidade escrita por sailorAmy


Capítulo 9
Capítulo 9




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7 parte 2

...

Algumas horas depois, eu acordei e percebi que estava muito tarde. Eu estava preo-cupada, mas não era por causa disso e sim pelo fato de eu perceber que estava abraçada nua a um travesseiro branco. “Onde ele foi. Eu tenho que ir para casa e onde esta aquele garoto que eu tanto amo” –eu pensei.

Eu me enrolei todo no lençol e me levantei da cama para procurá-lo e vi uma porta feita de ébano escondida naquela parede escura. Ela estava fecha e eu decidi abri-la de uma vez para ver se ele estava lá, mas quando eu a abri vi que não tinha nada alem de um banheiro pequeno e velho. Eu entrei nele para vê-lo melhor. Um banheiro com uma pia feita de porcelana, um espelho em cima; um pisos brancos; paredes brancas e um pouco mofadas; um vaso sanitário antigo e bem limpo; um chuveiro antigo e folheado a ouro.

–Esse foi o único canto da casa que eu pedi para que deixassem assim. –disse uma voz doce bem atrás de mim.

Eu olhei de fininho par trás e lá estava ele – com a mesma jaqueta que usara no primeiro dia de aulas, uma camisa azul clara, uma calça jeans escura – na entrada do banheiro olhando para mim com um sorriso no rosto.

Eu também poderia sorrir se não estivesse quase exposta para ele.

–Olhe já para o outro lado. –eu disse um pouco irritada mesmo sabendo que a única parte do meu corpo que o excitava era o pescoço.

–Calma. Eu não estou olhando para nenhuma dessas partes. –ele disse arregalando os olhos. –Mas só estou fazendo isso por gentileza. –alertou ele se aproximando. –Eu também vim aqui para dizer que peguei algumas roupas intimas para você e que nós não vamos mais para a praia amanhã com os seus amigos. –acrescentou ele.

Eu me virei para olhá-lo melhor e disse:

- Mas por que não podemos ir? –eu perguntei.

Ele respirou fundo e olhou fundo nós meus olhos.

–Eles, o resto dos meus familiares, descobriram tudo e agora querem te conhecer. –ele disse com uma voz um pouco fria enquanto sorriso sumia de seu rosto.

Eu arregalei os olhos e disse:

- Mas como eles me descobriram? –eu perguntei.

Ele bufou e disse:

- Edgar e John... –ele parou de falar por alguns segundos e suspirou. –Edgar namora a minha irmã Jaime, que já sabe de tudo o que estou fazendo, e o John trabalha para ele. –ele disse fechando os olhos por alguns segundos e respirando fundo. –Então quem lhe convida para viajar comigo até a frança sou eu. –acrescentou ele abrindo os olhos.

–Mas é lógico que eu vou. –eu disse quase deixando o lençol cair. –Eu nunca vou deixá-lo sozinho sabendo que eles não gostam de você e eu sei lá o que eles podem fazer. –acrescentei.

–Mas o pior não é o que eles podem fazer comigo e sim com você. –ele disse se aproximando mais ainda. –Meu pai e minha irmã gêmea, Jaime, são os únicos que não suportam humanos e que me odeiam, mas acho que os outros vão adorar ter uma huma-na na família. –acrescentou ele abrindo um sorriso no rosto.

Ele me abraçou com força e disse:

 - O meu maior medo é que eles te matem ou que te machuquem para sempre. –ele disse me soltando e olhando para mim. –Mas agora você precisa tomar o seu banho e pe-lo menos tentar retirar a mistura do seu cheiro com o meu de seu corpo. Embora eu saiba que ela nunca vai sair assim como a mistura do meu com o seu nunca mais vai sair de mim. –acrescentou ele.

Ele se virou e saio.

–Você não vem pegar as suas roupas? –ele perguntou.

Eu saí e vi que ele ainda estava me olhando.

–Dá para virar. Eu não me sinto muito bem com você me olhando. –eu disse um pouco furiosa.

Ele virou num instante e eu pude pegar as minhas roupas que ele avia colocado sob a cama. Eu peguei tudo e entrei de novo banheiro, tranquei a porta enquanto ele virava- se de volta e olhava para ela.

Eu coloquei a roupa em cima da tampa do vaso sanitário, liguei o chuveiro e entrei de cabeça. Eu usei o xampu e condicionador dele, pois era a única coisa que tinha para colocar no cabelo.

“Eu não gostei nem um pouquinho do que vocês acabaram de fazer. Não gostei mesmo. Mas eu não te colpo se você me disser com todas as palavras o que realmente sente por ele.” – disse Wil de algum lugar.

“Eu o amo. Se você quiser que eu repita, eu repito, eu repito quantas vezes você quiser. Eu...” – ela me interrompeu.

“Não. Uma vez só já basta para mim. Tchau. Agente se vê.” – ela disse finalizando a conversa.

“Será que ela vai falar comigo depois disso?” – eu pensei.

Alguns minutos depois, eu terminei de tomar o banho, peguei uma toalha branca que estava ali perto e enxuguei o meu corpo inteiro. Coloquei a minha roupa o mais rápi-do o possível e sai logo daquele banheiro.

Ao sair do banheiro senti um arrepio e um calor subirem enquanto ficava congelada ali como uma estatua. Decidi olhar de fininho par trás e vi que ele estava me fitando com aquele olhar que só ele tinha enquanto meu coração batia em disparada e me levava até ele sem mais nenhum motivo alem do amor e daquela atração.

Ele se aproximou um pouquinho e disse:

- Acho melhor te levar para casa agora. –ele disse abaixando o olhar e virando a cabeça para olha pro canto. –Melhor para lhe ajudar a esclarecer algumas coisas que aconteceram hoje. –acrescentou ele.

–Mas eu não quero ir para casa agora. Eu quero ficar mais um pouco. –eu disse.

Ele riu e disse:

- Eu sabia que você diria isso. –ele disse suspirando e levantando o olhar. Ele levantou uma sobrancelha. –Então que assim seja. – acrescentou ele aproximando-se maia.

Ele pegou o meu braço. Ele me colocou em suas costas o mais rápido que pode, nós corremos em direção á porta da varanda, fomos até a ponta, subimos na grade.

Ele estava pronto para saltar dali quando eu segurei bem firme em seus ombros en-quanto e transpirava, pois estava com um pouco de medo da altura em que estávamos. Nós saltamos enquanto eu fechava os olhos e ele ria.

Seu pouso foi estridente e ecoou por toda a floresta e isso foi o que me fez ficar com mais medo.

Ele sorriu e disse:

- Que medo em. –ele disse zoando um pouquinho.

–Nem comente sobre isso. –eu disse um pouco zangada.

–Tá certo. Não falo mais sobre isso. –ele disse me colocando no chão. –Então acho que já podemos ir andando. Afinal de contas esse lugar que irei te levar não fica tão longe daqui e da muito bem para irmos andando. –acrescentou ele pegando a minha mão e le-vando-me até um caminhozinho de terra bem pequeno.

Nós passamos por pequenos relevos até chegarmos num rio enorme com uma ca-choeira que quebrava ao bater nas pedras enormes no chão; um raio de luz enorme que refletia sob o lago e deixava aquele cenário lindo; um belo céu azul; aviam várias arvores enormes com troncos escuros e folhas verdes escuras que pareciam tocar o céu; aves que regionais que piavam e voavam por ali; uma terra úmida e bem escura com uma grama bem verde.

Ele foi até a frente e respirou fundo o ar puro do lugar.

–Eu adoro esse lugar. Ele é tão bonito. –disse ele virando-se e olhando diretamente para mim. –Você não acha? –ele perguntou.

Um vento bem frio e forte invadiu aquela cena por trás de mim e espalhou o meu cheiro por todo o lugar até encher as narinas dele com o meu perfume.

Ele olhou fundo nos meus olhos e veio até mim enquanto os seus olhos ficavam ver-melhos e o meu sangue começava a esquentar só um pouquinho. Eu estava paralisada ali enquanto ele ia por trás de mim.

Eu achava que agora e que a melhor das coisas que ele já tinha feito comigo, mas não. Ele se aproximou do meu pescoço e plantou um beijinho bem quente que doía um pouquinho por causa das presas que cresciam aos pouquinhos. Logo em seguida ele se afastou um pou-quinho e soprou de leve no mesmo lugar em que o beijara.

Ele se afastou um pouquinho de mim e olhou com um sorriso no rosto enquanto uma dor bem pequena e um desenho parecia se formar nele.

Eu estiquei o pescoço e fui até o lago para ver o que estava acontecendo com o meu pescoço e vi que um desenho bem estranho ia se formando do nada.

Um desenho vermelho de uma flor com algo muito parecido com galhos que corriam por dentro dela.

Eu olhei bem para aquela imagem, pois ela era bem interessante.

Ele se aproximou de mim e disse:

- Não se assuste. –ele disse se ajoelhando. –Isso só não passa do famoso beijo do vampiro. –ele acrescentou olhando para mim enquanto eu virava a cabeça para encontrar os olhos dele.

–Como assim o beijo do vampiro? –eu toquei na imagem. –O que isso pode fazer comigo? –perguntei um pouco assustada.

Ele riu e acariciou o meu rosto expondo aquela imagem para todos , se tivessem mais alguém por ali, que estavam ao nosso redor.

–Nada alem de mostrar a todos que você é minha. –ele disse encurvando-se para cima de mim, fechou os olhos e abriu a boca.

Eu fechei os olhos, abri a minha boca e me deitei no chão com as pernas estiradas enquanto ele jogava-se sob o meu corpo. Ele enfiou a língua na minha boca e me deu mais um beijo quente enquanto me afundava aos poucos no chão.

Eu respirei fundo e me aprofundei mais ainda aquele beijo enquanto o beijo do vampiro era coberto pelo meu cabelo.

Alguns segundos depois, alguma coisa se mexeu atrás das arvores e nós paramos de nos beijarmos e nos separamos no mesmo instante que o ouvíamos.

Nós olhamos para o lado e Wil saiu de trás das arvores de olhos fechados para não me ver junto a ele.

–Tudo bem. Eu vou superar o fato de vocês estarem namorando. Mas agora eu tenho uma coisa mais importante para falar com você, Rosy. –disse ela abrindo lentamen-te os olhos e me olhando.

Eryck saiu de cima de mim o mais rápido o possível e eu me levantei dali para segui-la. Ela pegou a minha mão e me arrastou até umas arvores bem do nosso lado.

Nós continuamos andando até nos afastarmos dele e, enfim, pararmos.

Ela olhou para mim com os olhos arregalados e respirou fundo.

–Rosy é a Nicole. –disse ela um pouco apavorada.

–Mas o que aconteceu com ela? –eu perguntei olhando nos olhos.

Ela fechou os olhos por alguns segundos e pensou bem no que devia dizer.

–Edgar. Ele a transformou para agudar a te perseguirem. –ela disse arregalou os o-lhos mais ainda. –Ele fez isso só para lhe amedrontar e lha focar a separa-se dele, mas a-cho, embora não goste disso, que isso devia continuar. Se não você daria a ele o que ele quer. –ela olhou imediatamente para o meu pescoço. –E alem do mais ele já lhe deu o beijo do vampiro. –ela respirou fundo. –Espero que saiba o que isso quer dizer? –ela per-guntou.

–Não sei muito sobre ele. –eu respondi tocando nele.

–Então você não sabe nada sobre ele. –disse ela retirando a minha mão de cima dele e o tocando. –Ele representa o verdadeiro amor de uma humana e um vampiro. Essa marca só poderá ser formada se ambos se amam de verdade. –ela retirou a mão do meu pescoço e olhou de fininho para trás. –Essa marca também se forma no pescoço dele só que bem mais clara. –ela olhou novamente para mim. –Mas o ruim dela é que agora eu não posso fazer nada se ele quiser beber o seu sangue se não irei sofrer o “IMPACTO DE LIGAÇÃO” de vocês dois. –acrescentou ela.

Eu arregalei os olhos e levantei uma sobrancelha.

–Mas o que é esse “IMPACTO DE LIGAÇÃO”? –eu perguntei.

–Não posso te explicar. Você terá que descobrir sozinha. –ela disse apontando para pelo mesmo caminho de onde aviamos saído. –Agora siga aquele caminho para voltar ao seu amado vampiro. –acrescentou ela abaixando a mão enquanto eu começava a andar em direção ao caminho.

Parei de andar e olhei de fininho para ela.

–Obrigada, Wil. –eu sussurrei voltando a o olhar para frente.

Eu continuei andando até chegar onde estava com ele.

Ele me olhava preocupadamente e respirava fundo.

–Rosy. Escutei toda a conversa e desculpe-me pelo por tudo. –ele disse enquanto eu me aproximava dele. Ele olhou levemente para o lado e suspirou bem baixinho. –Sinto muito pelo que aconteceu com a Nicole. Sinto-me responsável pelo que aconteceu com ela, pois foi a minha irmã que os mandou eles fazerem isso. –acrescentou ele.

Eu o abracei com toda a minha força e disse:

- Você não tem nada a ver com isso. –eu disse enquanto ele colocava a mão no meu cabelo e acariciava a minha nuca me fazendo relaxar e ficar toda a vontade em seus bra-ços.

Ele abaixou um pouco a cabeça para me olhar enquanto eu levantava a minha para encontrá-lo.

Ele me encarou com aquele olhar que me congelava ali enquanto um calor e um arrepio subiam por todo meu corpo.

Nossos lábios se encostaram e se abriram automaticamente enquanto os nossos olhos e as nossas línguas se esbarravam. Nós respiramos fundo e aprofundávamos o beijo mais ainda enquanto eu colocava a mão na cabeça dele e acariciava fazendo-o relaxar também.

Aquele beijo ficava cada vez mais quente e bem mais atrativo para nós dois.

Ele se encurvou sob o meu corpo enquanto eu o puxava para mais perto ainda, como se fosse possível.

Ele colocou a mão na minha cintura e aproximou mais ainda a sua barriga da minha.

Alguns minutos depois; nós abrimos os nossos olhos, nos separamos daquele beijo e nos separamos um pouquinho um do outro.

Nós retiramos as mãos da cabeça do outro.

Ele me olhou com os olhos brilhando e um pequeno sorriso em seu rosto.

–Que bom que você pensa isso de mim. Mas não poderá pensar assim de mim para sempre... –ele completou aproximando-se do meu ouvido e sussurrando. –querida Rosy. –ele se afastou de meu ouvido e olhou fundo nos meus olhos. –Pois não sou aquilo que pareço ser. Já fui tão ruim quanto a Jaime e fiz coisas bem piores que ela. –ele disse.

–Eu sei disso. Acredito em você Eryck e sei que só porque ela é da sua família não quer dizer que a culpa também é sua. –eu disse olhando fundo nos olhos dele enquanto um pequeno calor e um pequeno arrepio começaram a brotar da imagem. Eu coloquei a mão no pescoço por alguns instantes. –Você não tem nada a ver com ela querido. –acres-centei colocando a mão em seu peito.

O seu coração batia em disparada de acordo com o meu. Dava para ver que o nosso sentimento era mais do que retrógado.

As presas dele cresciam aos poucos e os seus olhos ficavam cada vez mais vermel-hos enquanto a maca do meu pescoço, de certa forma, o chamava para beber o meu san-gue. Eu queria que ele fizesse isso comigo por dois motivos; o primeiro era o simples fato de ficarmos eternamente juntos; o segundo era que iria enfim saciar sua sede que o ator-mentava durante todos esses anos.

Ele se aproximou do meu pescoço, o tocou e colocou uma mecha que cobria a ima-gem enquanto fechava os olhos e abria a boca expondo as presas, que me pareciam enor-mes e bem afiadas com as pontinhas brilhando por causa de um pequeno raio de luz que baita em seus dentes.

Aquilo não me dava nenhum pouquinho de medo e me fazia expor mais ainda para ele esticando o que ele tanto olhava em mim enquanto os seus dentes roçavam em sua pele a fim de perfurá-la com aquilo que parecia cortar como laminas de aço bem forte.

Ele suspirava bem alto enquanto seu hálito quente com um cheiro doce saia de sua boca e batia em meu pescoço. Dava para ver que ele estava implorando para beber-lo di-retamente de mim.

Dava para ver que as suas veias estavam secas e apitava para beber sangue o quanto antes do descontrole total.

Ele respirou fundo e se preparou para me morder enquanto eu fechava os olhos e me preparava para a dor que, talvez, iria sentir.

Ele se afastou de mim e olhou para o meu rosto só para não cair em tentação novamente enquanto eu voltava ao normal e olhava para ele.

Ele bufou e disse:

- Não posso fazer isso. –ele disse abaixando os olhos e olhando para as minhas pernas. –Tenho que me alimentar agora antes que alguma coisa ruim aconteça. –ele virou o rosto, se levantou e saio andado em direção a um pequeno caminho que passava por dentro da floresta. Ele parou bem em frente e virou o rosto para me olhar. –Vou voltarei logo, querida. –acrescentou ele voltando à cabeça para frente voltando a andar.

Ele entrou pela floresta e saio andando até onde eu não podia mais avistá-lo.

Alguns minutos depois, eu comecei a escutar passos de alguém correndo ao meu redor me rodeando e me deixando tonta ali. O som de asas enormes batendo bem de va-gar e bem fortes enquanto um vento forte soprava bem atrás de mim e os passos ainda continuavam me rodeando.

Eu fiquei assustada com aquilo e só vi uma solução. Não avia escolha. Estava com medo e precisava dele, pois perto dele não tinha medo de nada.

Sai correndo pelo caminho até me perder.

Os passos e o som das asas me seguiram até a árvore onde decidi parar para des-cansar um pouquinho enquanto Nicole saia de trás das arvores com as mãos e a boca me-ladas de sangue, suas presas estavam expostas e seus olhos estavam vermelhos.

Aquilo me deixou muito assustada.

Ela abriu um sorrisinho macabro e terrível.

–Oi Rosy. –ela disse se aproximando de mim.

Outros passos se aproximavam atrás de mim correndo numa velocidade impossível de ser definida.

Alguns segundos depois, um vão passou e Eryck a empurrou para bem longe de mim.

Ele não estava mais com a camisa e estava somente com a jaqueta cobrindo os seus belos músculos de seus braços, mas ela não cobria o seu peitoral. Um calor subiu pelo meu corpo acompanhado de um arrepio quando eu vi que ele estava lindo daquele jeito.

Ele parou na minha frente e ficou encarando-a enquanto um anjo, coberto por um casaco fecha e com um capuz cobrindo todo o rosto, saia trás das arvores com uma espada enorme.

Ele seguia em direção a Nicole com a espada. Ele a levantou e a enfiou nas costas dela enquanto ela se retraia toda e gritava de dor. Ele retirou a espada enquanto ela se transformou em pó em alguns segundos que voavam e se espalharam pelo ar.

Eryck e ele começavam a se encararem e rosnarem um para o outro até o anjo sair.

Eu queria perguntá-lo que ele era, mas não deu tempo. Ele foi embora muito rápido.

Eryck virou o rosto e olhou diretamente para mim.

–Eu sei o porquê veio até aqui. –ele parou de falar por alguns segundos e se aproxi-mou de mi. Ele estendeu a mão para mim. –Só não entendo o porquê você não quer ir pa-ra casa, já que tem certo medo de seres sobrenaturais. –ele disse enquanto eu segurava a sua mão e me levantava dali.

–Menos de você. –eu disse olhando para aqueles olhos azuis e, de certa forma, profundos. –E não tenho tanto medo assim. Foi porque ela me assustou com aquela atitude. –acrescentei suspirando lentamente.

–Mas ela só estava daquele jeito porque Edgar a transformou numa besta sanguínea. –ele disse colocando a mão na cabeça e assanhando o cabelo.

Eu levantei uma sobrancelha e arregalei os olhos.

–Como assim a besta sanguínea? –eu perguntei.

Ele bufou e disse:

- Uma besta sanguínea quer dizer que ela se descontrolou ou que o vampiro que a transformou estava faminto e acabou deixando pouco sangue em seu corpo. Por isso ela parecia louca. –ele disse suspirando. –Ela tentava repor, se fosse possível, o sangue que Edgar retirou dela. –acrescentou ele.

–Por quê? –eu perguntei.

–Porque ela nunca ia conseguir repor a quantidade de sangue. –ele respondeu.

Ele suspirou e ai eu percebi que as suas presas estavam um pouco meladas sangue, mas mesmo assim ele ainda era lindo e conseguia me deixar sem ar. As suas presas não tinham desaparecido totalmente e estava na metade de seu tamanho normal com as pontas bem afiadas; seus olhos não estavam totalmente azuis, ainda avia um pouquinho de vermelho neles.

Avia uma grande possibilidade de ele reverter, transforme-se ali e beber o meu san-gue, e passar aquela imortalidade para mim também.

Ele aproximou-se mais de mim e um pequeno raio de luz bateu em seu rosto. Seus olhos ficaram com uma estranha e bela mistura de violeta, azul claro e escuro, verde de vários tons, lilás, roxo, mel, castanho.

Ele parou bem no meio da luz e olhou fundo nos meus olhos. Sua pele estava bem pálida, suas feições e suas linhas faciais formavam um “V” em seu rosto que faziam os seus lábios fazerem maiores e mais carnudos; seus lábios estavam um pouco rosados; provavelmente as suas presas estavam grandes.

Eu me aproximei dele e acariciei suavemente o seu rosto frio.

Ele suspirou lentamente e segurou a minha mão enquanto eu tentava deslizá-la em seu rosto. Ele a levou até as narinas respirando fundo o meu cheiro e a soltou deixando a deslizar até o seu peitoral.

Ele colocou as mãos em minha cintura, me ergueu no ar me fazendo sentir livre e bem especial ao seu lado.

Era impressionante o como ele sabia o tamanho exato da minha cintura enquanto eu colocava as mãos para o ar e olhava para o céu azul. O vento soprava no meu rosto es-palhando o meu cabelo e meu cheiro pelo ambiente inteiro enquanto ele respirava fundo o ar daquele lugar.

Ao sentir meu cheiro no ambiente, ele ficou excitado e com muita vontade de beber meu sangue, isso dava para perceber (pois os seus olhos e seus lábios me mostravam que ele estava quase cedendo aos seus instintos). Mas ele não cedeu a eles e se controlou pa-ra não me morder ali.

Eu não gostava quando ele se controlava ao invés de ceder me transformar e se sa-ciar logo aquela sede que tentava dominá-lo. Eu queria que ele me transformasse para fi-carmos juntos.

Ele passou a língua nos dentes na tentativa de acalmar-se e reverter à situação de sua transformação avançada.

Ele colocou a mão o meu ombro enquanto nós nos virávamos e voltávamos para perto do rio onde tinha um vento que nos refrescava batendo em nossos rostos espa-lhando nossos cheiros pelo ar daquele lugar.

Dava para perceber que o meu cheiro era mais forte que o dele, pois ele estava se retraindo todo e tentando ignorar alguma coisa que estava no ar. Algo que o excitava e o transmitia aquela vontade de transforma-se na-quele instante, mas ele não cedeu nova-mente.

–Acho que você deveria ceder e me transformar. –eu, enfim, disse revelando o que pensava sobre o fato dele segurasse para não me morder.

Ele olhou fundo nos meus olhos, com os olhos quase vermelhos, e disse:

- Por que você acha isso? –perguntou ele com as presas quase grandes.

Eu suspirei. Aqueles olhos eram penetrantes.

–Porque eu percebo o como olha para mim quando o meu cheiro se espalha pelo ar. Você fica com esses olhos e as suas presas crescem imediatamente. –eu disse enquanto os olhos dele ficaram mais e mais profundos. –Você não consegue ter todo esse autocon-trole que diz que tem. –eu fui mergulhando cada vez mais. –Pelo menos não quando es-tou por perto... você não... vai tomar o controle. –acrescentei enquanto os olhos dele es-cureciam e ele acariciava o meu rosto.

–Por que você esta dizendo isso? –perguntou ele. Eu fiquei sem palavras. –Sabe muito bem que posso lhe proteger enquanto assumo o controle da situação. Sabe bem que eu consigo. –disse ele levantando uma sobrancelha. –Mas parece que você não con-fia em mim. –acrescentou ele enquanto eu me afundava mais nos seus olhos. 

–Não... não é isso. Eu confio em você, mas é o fato de você tentar se segurar para não me morder. –eu respondi gaguejando um pouco, pois comecei a tremer um pouqui-nho. –Por que não me transforma logo? –perguntei enquanto acariciava o rosto gelado dele. –Assim acabara logo com essa angustia de sugá-lo, saboreá-lo, tê-lo correndo em seu corpo. –eu disse virando o pescoço um pouquinho para o lado para tentar fazer com enlouquecesse e atacasse com tudo, mas ele virou o rosto imediatamente para não olhá-lo.

Ele suspirou e fechou os olhos por alguns segundos.

–Mas Rosy. Eu irei transformá-la somente na hora certa. –ele disse virando a cabeça de volta. –Por favor, espere. Eu lhe prometo que será logo. Em breve você será uma de nós. –ele se aproximou do meu ouvido e suspirou. –e ficará comigo do jeito que tanto de-seja. –acrescentou ele com aquela voz fria que me fazia estremecer e ficar com a boca a-berta.

Um arrepio brotou no meu pescoço e me congelou ali. Aquele logo dele parecia que nunca ia chegar, mas nunca para ele não existia e a única coisa que existia no mundo dele era o para sempre.

Ele retirou a mão do meu ombro e nós nos deitamos naquela grama molhada. O seu rosto sereno esta me olhando enquanto eu fechava os olhos, respirava fundo, sentia a-quela brisa fria bater no rosto, escutava os pássaros piando. O som dos galhos se mexen-do por causa do vento frio que passou bem rápido.

Ele acariciou o meu rosto enquanto eu abri os meus olhos lentamente e logo vi aqueles olhos azuis carregados com um brilho, embora ele estivesse com a escuridão ao seu redor, que me iluminava e esquentava o meu rosto como a luz do sol.

Tudo nele era eterno e parecia que nunca ia acabar. Aquela cena era eterna.

Seus olhos, eu estava me afundando em seus olhar. Estava perdida neles enquanto ele parecia procurar algo nos meus olhos, talvez alguma resposta em minha mente.

Provavelmente ele estava lendo a minha mente, pois o modo como ele me olhava era o mesmo que o de um leitor interessado no livro que esta lendo.

Alguns segundos depois, ouve uma reação. Seus olhos ficaram vermelhos enquanto as suas presas cresceram.

Ele logo virou o seu rosto para não olhar pro meu pescoço, para evitar que me mor-desse.

Eu não agüentei e segurei o rosto dele. O virei seu rosto e me aproximei dele en-quanto puxava a sua para perto da minha até os nossos lábios se encostarem.

Nós fechamos os nossos olhos, abrimos nossas bocas e eu mordi o seu lábio inferior o convidando para um beijo daqueles e ele aceitou. Aquilo o fez excita e ele logo tomou a situação levantando-se um pouquinho e colocando uma mão de um lado e a outra do ou-tro enquanto eu abria as penas e ele colocava uma perna entre as minhas.

Ele tentava me afundar naquela grama e eu tentava reagir levantando a cabeça, mas não consegui, pois já estava me afogando.

Ele parou de beijar a minha boca e os seus beijos começaram a escorrer pela bochecha até chegar ao pescoço então ele abre a boca e, como se ele fosse me morder. Uma luz azul bem fraca, que vinha de trás das arvores, o atingiu e o fez cair sob mim enquanto ela atingia algo que estava no lugar de onde vinha.

Provavelmente era a Wil. Então era isso o tal “IMPACTO DE LIGAÇÃO” e era isso o que ele fazia com quem a invadisse. Era isso o que ela fazia, como se fosse um campo de força que nos cercava, mas era somente a nós dois.

Eu segurei ele e o retirei de cima de mim imediatamente e o coloquei bem do meu lado, só para me levantar. Eu sai andando de volta para a floresta, pois tinha alguma coisa que me dizia para voltar pra lá.

Eu comecei a andar bem de vagar e com muito cuidado para que nada acontecesse até que passos começaram a correr atrás de mim. Eu entrei floresta à dentro para na ten-tativa de escapar, mas os passos aviam se desviado para outros lados.

Eu já estava perdida ali. Já faziam alguns minutos que eu tinha me afastado e não fazia a mínima idéia de onde tinha vindo.

Uma sombra enorme e escura passou voando por cima de mim. Eu olhei para cima enquanto a sombra pulsava num galho de um pinheiro.

Era apenas um belo corvo com as penas que tinham um brilho sombrio; de bico longo, escuro e um pouco curvo; sua cor era tão preta quanto à noite; os olhos eram azuis escuros; o seu olhar era muito familiar e me deixava congelada ali sem palavras.

Ele pausou num galho de um pinheiro e olhou diretamente para mim. Ele piou umas duas vezes abaixando a cabeça enquanto levantava as asas e as batia bem duas vezes e balançava a cabeça. Ele piou mais duas vezes e voou passando bem perto da minha cabe-ça com as garras prontas para agarrar o meu cabelo enquanto soltava um pio que ecoou por todo o espaço.

Eu desviei e me defendi com a mão.

–Cho. Sai daqui. –eu disse espantando a ave.

Ele pulsou no chão e uma fumaça escura cobriu toda a cena.

Eu cobri o meu rosto enquanto alguém, que surgiu do nada, começava a andar na minha direção.

–Desculpe-me por não ter avisado... –disse uma voz um pouco grossa enquanto a fumaça sumia aos poucos. –que estou lhe seguindo. –acrescentou a voz.

Era o Eryck. Mas como ele fez isso? Eu arregalei os olhos e levantei uma sobrance-lha. Eu coloquei a mão na cabeça e fechei os olhos por alguns segundos.

–Como você chegou aqui? –eu perguntei.

–Me transformei no corvo. –respondeu ele com naturalidade. –É natural em meu mundo eu me transforme em um rato, morcego ou um corvo para observar melhor aque-le que quiser. –disse ele com um brilho nos olhos.

Eu olhei bem nos os olhos dele. nunca o vi ficar tão serio quando falava de seu mundo. Normalmente ele tentava desviar de assunto, mas desta vez não. Ele estava tão relaxado por fora, mas talvez por dentro ele estivesse irritado e não queria me demons-trar.

Eu me aproximei dele e abracei com força e daí pude ver que estava certa sobre os sentimentos que ele tentou me esconder. Ele colocou uma mão na minha cabeça e a ou-tra nas minhas costas. Ele me abraçou mais forte e aquilo me fez perceber que me fez perceber que seus sentimentos eram mais fortes do que imaginei, na verdade eram mais fortes do que qualquer um poderia imaginar.

Ele acariciou a minha cabeça e apertou a minha nuca com muita força enquanto a deitava sob seu ombro. Ele apertou a minha camisa e á puxou um pouco enquanto ele se aproximava do meu pescoço do com suspiros bem lentos e se transformava aos poucos. Ele estirou o meu pescoço e logo abriu a boca, mas logo se afastou do meu pescoço para não cair na tentação que o meu sangue lhe transmitia.

Ele me soltou e se virou imediatamente.

–Tenho que ir. –ele disse enquanto começava a andar. –Preciso dar uma volta por ai.

Mas logo voltarei. –acrescentou ele.                                                                                                                                                                       

Ele entrou floresta à dentro e andou até onde os seus olhos podiam ver, até onde eu não podia ver.

Era muito interessante e muito misterioso o seu mundo assim como seu jeito de ser. Aquilo não me incomodava, na verdade era o que mais me atraia nele alem do jeito que me fitava de vez em quando.

Alguns segundos depois; comecei a ouvir passos se aproximando de mim numa ve-locidade inusitada que, de certa forma, não era humana. Eu não perdi tempo e comecei a correr o mais rápido que pude, mas os estavam quase me alcançando. Eu continuei cor-rendo até chegar num ponto onde não conseguia andar e cair no chão, mas não fiz isso e ao invés disso parei de correr e me virei para ver quem me seguia.

Risadas malignas ecoaram pelo espaço enquanto Edgar saia lentamente de trás das arvores com um sorrisinho fino, as presas estavam quase aparecendo, e um olhar som-brio que me aterrorizava. Ele sem aproximou de mim com uma nuvem negra que o acompanhava a todo lugar.

-Pelo visto você está só. –disse ele correndo e segurando aminha mão com força.

–Edgar o que você está fazendo? –eu perguntei com medo.

–Você verá. –ele disse me arrastando enquanto eu tentava puxar a minha mão.

Ele me arrastou de volta para perto do lago, bem perto da beirada. Pós uma mão no bolso e retirou umas algemas e um pano branco. Ele me algemou e amarrou um pano na minha boca.

Um corvo enorme sobrevoou as nossas cabeças e pousou a alguns metros de dis-tancia. Ele estava coberto de sangue. Ele encarou Edgar enquanto um vento frio e escuro o envolvia e dominava o ar local.

Era o Eryck novamente. Ele não estava mais usando mais a jaqueta e estava coberto de sangue e o seu rosto também tinha uma grande quantidade de sangue espirrado.

–Edgar solte-a agora. –disse Eryck com a voz bem alta, clara e grossa.

Ele sorriu e me jogou com força para dentro do lago. O splesh do eu corpo batendo na água ecoou por vários lados.

Bolas saiam do meu nariz enquanto eu caia e via Eryck mergulhando para me salvar. Vi que ele nadava com a toda velocidade, mas de alguma forma eu estava me afogando muito rápido.

Aquela era água azul escura e não dava para ver quase nada nem mesmo os poucos peixes que viviam nela, mas dava para ouvir o meu corpo decaindo aos poucos para che-gar ao chão.

Aquele azul me fez fechar os olhos e lembrar-me dos bons momentos de que passei com ele, com os meus amigos principalmente da Wil (do medo que ela tinha de vários se-res sobrenaturais quando era criança) e do Ronald com suas palhaçadas.

Alguns segundos depois – quando eu já pensava que morreria ali – alguém com bra-ços fortes me segurou e me levou até a margem lago, mas eu ainda estava desacordada. Alguém puxou o pano e começou a pressionar o meu coração para tentar me reanimar enquanto pingos caiam sob o meu rosto. Assim que o pouco de água que avia entrado no meu corpo foi cuspido para fora e tudo o meu corpo tinha voltado ao normal eu abri os meus olhos e lá estava ele todo molhado sentado ao meu lado, com o corpo totalmente encurvado para cima de mim.

–Rosy. –sussurrou ele num tom de voz bem doce e suave. –Você esta bem? –perguntou ele enquanto saia de cima de mim.

Eu fechei os olhos por alguns segundos e coloquei a mão na cabeça, pois estava com uma leve dor de cabeça, enquanto me levantava um pouquinho.

–Sim, estou. –eu respondi com a voz um pouco fraca. Ao abrir os olhos vi uma nuvem escura cobrindo toda a margem. –O que aconteceu comigo? Por que estou com essa dor de cabeça? –perguntei, pois estava um pouco tonta.

–Foi o Edgar. –ele bufou. –Ele lhe jogou no rio e eu fui lhe buscar no mesmo instan-te. –respondeu ele com a voz tão serena e tão doce. Logo em seguida ele ficou serio e olhou fixamente para os meus olhos. –Você tem que ir para casa agora. –ele disse com a voz seria. –Sua mãe deve estar preocupada com o seu sumiço. –seus olhos começaram a escurecer. –Mas não se preocupe, pois esta noite irei visitá-la em minha forma verdadeira. –acrescentou ele.

Eu levantei uma sobrancelha e disse:

- Mas como assim? –eu perguntei.

–É que os vampiros não podem entrar na casa dos humanos, na sua forma verda-deira, se não forem convidados pelo donos. –ele suspirou. –Eu entrava no seu quarto como um corvo e provocava aquelas imagens em sua mente. –respondeu ele. –Mas se você preferir que eu entre como um corvo... –eu o interrompi.

–Não. Quero que você entre na sua forma normal. –eu disse.

Ele sorriu e se levantou imediatamente dali.

–Vamos. –ele disse estendendo a mão para mim.

Eu a segurei e ele me levantou imediatamente.

–O carro não está tão longe por isso vamos andando. –ele disse enquanto começá-vamos a andar.

Nós mal começamos a andar e eu já avistei a sua jaqueta pendurada num galho de uma arvore bem próximo. Ele a puxou enquanto um vento frio batia em mim me causan-do arrepios e calafrios.

Ele me cobriu com a jaqueta e eu logo enfiei os braços nas mangas.

–Obrigada. –eu disse.

Ele suspirou. Alguns minutos depois, eu já avistava o carro á alguns metros de dis-tancia de nós. Logo nos aproximamos e ele abriu a porta para mim enquanto eu entrava rapidamente no carro e colocava o cinto. Ele a fechou, deu uma volta ao redor, abriu a outra porta ao meu lado e entrou o mais rápido o possível. Ele ligou o carro e nós saímos imediatamente dali antes que Edgar notasse e viesse atrás de nós.

                                                         ...

Algum tempo depois, já avia anoitecido e eu tinha acabado de chegar em casa com segurança. Liza já estava muito preocupada comigo, mas ela sabia (pensava) que eu esta-va com os meus amigos, pois ela não me viu chegar com o Eryck.

A mamãe ainda não tinha chegado em casa, pois aviam colocado mais um caso em suas mãos e ela não quis ignorar a oportunidade de jeito nenhum.

Liza já tinha preparado todo o jantar.

Eu jantei logo e fui para o meu quarto arrumar minha coisas, pois no eu já sabia que o próximo dia seria bem cheio.

Alguns minutos depois, ele bateu na janela. Eu fui a abri-la imediatamente.

–Entre. –eu disse a ele enquanto ele subia a parede em que estava se segurando. –Não sabia que você ia chegar tão cedo.

–Desculpa. –ele colocou as pernas para dentro e entrou. –Esqueci de te avisar. –ele olhou para a mala que eu avia colocado sob. –Quer que eu lhe ajude? –perguntou ele apontando para a mala.

–Não. Não precisa. –eu respondi.

–Por favor. –ele me olhou com os olhos bem doces. –Eu insisto. –acrescentou ele pegando em minha mão.

Eu fiquei calada. Seus olhos que eram somente seus me encantavam de uma forma incomum.

Ele largou a minha mão e logo foi me ajudar com as roupas. Ele era bem organizado e dobrou todas as roupas de um jeito que nenhum garoto normal faria.

Graças a isso nós terminamos rápido e eu direto para o banheiro tomara o meu banho enquanto ele ficava ali mexendo nas minha coisas, embora eu não gostasse nenhum pouquinho disso.

Terminei de tomar o banho, coloquei o pijama, escovei os dentes e fui dormir.

Ele estava segurando o diário de quando eu era apenas uma criancinha. Eu me a-proximei dele e vi que ele estava lendo o dia em que fui salva por um desconhecido enca-puzado que me salvou de um terrível atropelamento.

Ele riu e levantou a cabeça.

–Você ainda se lembra desse dia? –perguntou ele sorrindo e olhando para mim.

–Sim. Mas é claro que eu me lembro. –eu respondi claramente. –Me lembro até de que ele ficou com uma lesão nas costas e quase não ficava paraplégico. Mas não me lem-bro do seu rosto nem de sua voz só do seu sorriso que só de me lembrar já fico feliz. –disse olhando atentamente para o sorriso dele que era muito compatível com ode meu salvador.

Ele colocou a mão nas costas e disse:

- Ai. Esta velha dor nas costas. –disse ele enquanto o sorriso sumia de seu rosto.

Eu olhei para as costas dele e disse:

- Com foi que isso aconteceu? –eu perguntei.

–Isso aconteceu quando eu fui salvar uma garotinha de um terrível acidente há vários anos atrás numa cidade da Califórnia. –respondeu ele ajeitando-se. –Mas hoje descobrir que essa menina cresceu e que é a pessoa que amo muito. –ele disse abrindo novamente o sorriso.

Agora tudo estava esclarecido. Foi ele meu vampiro salvador, mas ele sempre tinha sido o meu vampiro salvador. Ele sempre me salvava de varias ocasiões e sempre me tra-tava daquele jeito de tirar o fôlego, bem romântico, que só ele conseguia fazer acontecer.

Meus olhos começavam a brilhar de alegria enquanto abria um sorriso no rosto.

–Enfim te achei. Sempre quis te reencontrar e te agradecer por salvar a minha vida. –eu disse. Ele retirando a mão das costas e a colocando sob a minha. –Nem eu sabia que te reencontraria e lhe amaria de tal forma eterna. –acrescentei enquanto ele retirava a mão de cima da minha e virava-se para a mala.

Ele a fechou e a retirou de cima da cama, pois nós já aviamos colocado tudo nela. Ele levantou-se e olhou para mim com a mala nas mãos.

–Tenho que ir agora, mas amanhã de manhã virei pega-la bem cedo. –ele disse diri-gindo-se a janela. Ele a abriu e subiu nela. –Adeus Rosy. Nos vemos amanhã querida. –a-crescentou ele saltando dela.

Ele desapareceu num piscar de olhos.

Eu me deitei na cama e fechei os olhos.

Estava ansiosa para que o dia seguinte chegasse o mais rápido o possível para vê-lo de novo.


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