Viajem a eternidade escrita por sailorAmy


Capítulo 8
Capítulo 8




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Capitulo sete:

                               Um tempo com você

Ao acordar naquele sábado fui até a janela e vi um céu nublado. Desci as escadas para tomar o meu café e de repente.

“Rosy, não venha até mim hoje”, ele disse de um lugar que não sei onde.

“Onde você esta?”, eu perguntei.

Eu podia ouvi-lo rir mesmo se ele estivesse longe de mim.

A voz telepática dele era sem reação nenhuma.

“Estou na floresta em cima de um pinheiro enorme bem no meio da floresta. Estou todo estirado num galho enorme e bem forte aqui olhando um belo e imenso vale”, ele disse.

Eu agora estava imaginando ele estirado em cima do galho.

Eu fui para a cozinha tomar o meu café com minha irmã e minha mãe, mas a mamãe não estava em casa. Ela tinha ido à delegacia para tentar resolver o caso do meu irmão e o anterior.

Liza estava preparando um expresso para ela na cafeteira enquanto eu me sentava à mesa e preparava um sanduíche de queijo com presunto. Eu comi tudo muito rápido e subi novamente as escadas para tomar um banho, trocar de roupas e por fim escovar os dentes.

Eu ia para a floresta, mesmo o Eryck dizendo para eu não ir eu tinha que ir lá para resolver algumas coisinhas.

Alguns minutos depois, eu desci as escadas me despedi de Liza dizendo que ia a bi-blioteca enquanto saia pela porta da frente o mais rápido que pude. Eu peguei o meu car-ro e fui embora bem rápido.

Ao chegar bem perto da floresta vi uma pequena estrada de terra que passava por dentro dela. Também vi a Mercedes de Eryck parada lá longe quase no meio da floresta.

Eu entrei por ali com o meu carro e o estacionei atrás do carro dele. Sai do carro e entrei na floresta.

Eu sabia que ele ia ficar bravo comigo quando me visse ali.

Corri por aquele lugar até me perder por ali.

Alguns minutos depois, comecei a escutar dois paços que se aproximavam de mim numa velocidade inacreditável. Eu entrei cada vez mais no meio da floresta até ficar en-curralada numa arvore gigantesca.

–Oi querida irmãzinha. –disse uma voz fria e sombria.

Eu me virei para ver quem estava atrás de mim e o porquê me chamou. Era John. Ele estava vivo, mas estava com um ferimento terrível no pescoço. Aquilo parecia mais uma mordida de um animal. Eu fiquei assustada com aquilo.

Outro garoto, loiro de olhos azuis, saiu de trás das arvores e me olhou com um sorrisinho.

–Então essa é a irmãzinha mortal que você me disse que tinha. –disse o garoto olhando levemente para John.

Os olhos do menino mudaram de cor. Era uma cor estranha. Uma mistura de mel com violeta, azul, vermelho, verde, lilás, roxo, amarelo e branco.

John olhou para mim com os olhos brancos. Ele parecia que estava possuído por alguma coisa.

–Ela era a minha irmã agora ela é o nosso almoço. –disse John.

Eles se aproximaram e um pequeno galho caiu enquanto alguém saltou e, bem estridente, caio de pé na minha frente. Era Eryck. Ele virou a cabeça e me olhou meio decepcionado, mas logo em seguida ele olhou para os dois e os encarou.

–Não toquem nela se não quiserem morrer agora. –disse Eryck com uma voz muito grossa.

Ele estava lindo com os cabelos bagunçados, estava sem camisa, usava com uma calça jeans escura e par de tênis brancos da adidas.

O outro garoto olhou para mim e levantou uma sobrancelha enquanto os dois se retiravam dali.

Ele bufou e virou-se para me olhar.

–Eu não disse para você não vir aqui? –perguntou ele com os olhos vermelhos e as presas crescendo.

Ele tentou se aproximar de mim, mas alguma coisa o impedia se aproximar.

–Não chegue perto dela Eryck. –disse uma voz que saia de trás de mim.

Wil saiu de trás de mim. Ela era uma bruxinha com um capuz e uma varinha no bolso enquanto estava com uma mão estendida cuja um poder de cor azul saia e proje-tava o campo de força.

–Você não vai machucá-la. Eu lhe matarei antes que possa fugir e se esconder. –disse ela o olhando e afinando os olhos.

–Eu não vou machucá-la. –ele disse virando a cabeça e olhando para ela. –Eu sei me controlar. –ele virou a cabeça de volta e me olhou. –E também porque eu a amo. –acrescentou ele.

Ela riu friamente e disse:

- Eu não acredito nessa historia.

Ela estendeu a outra para lançar o feitiço, mas antes que ela começasse a falar eu sai correndo para fora do campo de força e o abracei.

–Não o machuque, por favor. –eu disse quase caindo em lagrimas enquanto ela arregalava os olhos. –Eu o amo e ele me ama. –eu virei um pouco à cabeça para olhá-la. –Você me entendeu? –eu perguntei.

–Rosy, você não... –ele a interrompeu.

–Ela já sabe o que eu sou e ela não tem medo de mim e nem me amar. –disse ele.

Ela abaixou a mão e abriu a boca.

–Dês de quando vocês estão com essa historia? –perguntou ela.

–Dês do inicio dessa semana. –eu respondi com a voz baixa.

Ela bufou e fechou os olhos por alguns segundos, logo em seguida os abriu e deu meia volta. Parecia que tinha alguma coisa bem mais importante para fazer.

Assim que ela saiu, ele me olhou com um olhar frio.

–Por que está aqui? –perguntou Eryck com uma voz mais fria ainda.

–Eu tinha que levar o caso a fundo. –eu respondi um pouco apavorada.

–Nunca mais faça isso. –ele disse com uma voz grossa que me deva um pouquinho de medo. –Você podia ter morrido. –acrescentou ele.

Aquilo me assustou muito. Ele me segurou pelos ombros e se afastou um pouco de mim. Ele olhou fixamente no meu pescoço que estava totalmente exposto, na verdade ele estava fitando o meu pescoço. Ele se encurvou para cima de mim enquanto as suas presas cresciam e os seus olhos ficavam tão vermelhos quanto o sangue que escorria em minhas veias o que fazia o meu sangue ferver dentro de mim. Ele abriu a boca e se apro-ximou mais do meu pescoço. As suas presas estavam muito pontudas e bem branquinhas. Eu fiquei parada enquanto ele lambia o meu pescoço, aquilo me fazia estremecer em seus braços. Ele abriu ainda mais a boca para dar uma bela mordida em meu pescoço enquan-to alguma coisa começava a se mexer atrás das arvores.

Um lobo branco enorme saltou de trás das arvores rosnando para Eryck.

Ele me soltou e olhou para o animal.

–Você pode ir com eles até que eu esteja satisfeito. –disse ele dando as costas e entrando na floresta.

O animal parou de rosnar e olhou para mim.

O lobo era lindo com aqueles pelos brancos, olhos azuis. Ele era três vezes maior que uma pessoa normal.

Eu me aproximei dele e vi uma espécie de coleira enorme em bem estranha que estava em seu pescoço.

Começamos a ouvir passos de passos de pessoas que se aproximavam de nós bem atrás das arvores.

–Bom trabalho Ronald. –disse uma das vozes saindo de trás de mim.

–Pelo menos você serviu para alguma coisa. –disse outra voz saindo de trás de mim.

Eu me virei e lá estavam Wil e Jane olhando para com sorrisinhos em seus rotos.

Eu olhei para Jane e levantei uma sobrancelha.

–Jane o que você faz aqui? –eu perguntei.

–E... que... –Wil a interrompeu.

–Ela já sabe o segredo do Eryck, o meu. –Wil parou de falar por alguns segundos e apontou para Ronald. –o do Ronald. Ela também tem o direito de saber o seu. –concluiu ela.

Jane respirou fundo e disse:

- Eu sou uma vampira. Mas já estou satisfeita. –disse ela.

Wil suspirou e disse:

- Infelizmente não podemos dizer que você esta saciada. –disse ela.

–Por que não? –eu perguntei.

–Porque a sede de um vampiro só pode ser calada se ele beber o sangue da pessoa que ama. –respondeu Wil ela olhou por trás de mim e apontou. –Por exemplo ele que não esta saciado e sim satisfeito. –acrescentou ela.

Eu me virei e vi Eryck passando a língua nos dentes para retirar o resto de sangue de sua boca o mais rápido o possível. Ele me olhou com a boca aberta, que me mostrava as suas presas enormes, e com os olhos vermelhos como sangue. Alguma coisa me dizia que, embora ele estivesse saciado, ele ainda queria, muito, o sangue que corria nas minhas veias. O jeito que ele me olhava para o meu pescoço liso era o mesmo jeito que um ca-chorro olhava para um pedaço enorme e delicioso de carne ou como um felino olhando para um peixe assado, de qualquer forma eu sabia o como o fazer parar de me olhar as-sim.

Eu olhei para os outros e disse:

- Vocês podem já ir embora. –eu disse voltando a olhá-lo. –Eu vou ficar bem agora. –acrescentei abrindo um sorriso.

Eles não falaram nada e saíram. Eu me aproximei mais dele.

–Pare. –ele gritou mais eu não dei à mínima e continuei. –Pare agora, Rosy. Nesse estado eu posso lhe machucar se você se aproximar mais. –acrescentou ele.

–Pelo o que eu sei você só pode me machucar se você quiser. –eu gritei enquanto ficava cada vez mais perto dele. –E se você me morder tudo. Para mim não a lugar no céu ou na terra se você não estiver lá. –acrescentei.

Eu o abracei novamente e disse:

- Tá vendo só. –eu disse apertando cada vez mais o abraço. –Você não quer me machucar embora os seus instintos digam para beber o meu sangue. –acrescentei.

Ele respirou fundo e me abraçou também.

–Você tem razão. Eu também não viveria sem você. –ele disse.

Ele me abraçou mais forte ainda o que fez nós dois ficarmos , praticamente, colados um com o outro de uma forma bem quente. Nossos lábios estavam muito próximos um do outro e quase estávamos nos beijando de uma forma bem quente. Nós fechamos os nossos olhos e abrimos as nossas bocas daí o beijo rolou bem mais quente do que imagi-návamos e, embora as presas dele estivessem me machucando um pouco, foi muito ten-tador. Ele estava voltando ao normal enquanto aquilo acontecia.

Alguns segundos depois, nós paramos e nos afastamos um pouco um do outro e ele sorriu para mim.

–Fique aqui. –ele disse se virando e voltando para a arvore de onde tinha caído. –Eu vou pegar uma coisinha lá em cima depois eu volto. –acrescentou ele.

Eu fiquei olhando ele subir até começar a saltar de um galho a outro e os escalá-los. Ao chegar lá em cima ele pegou alguma coisa, depois desceu alguns galhos e saltou para uma arvore menor que estava perto. Ele desceu a arvore cuidadosamente. Ele estava com uma cesta enorme de piquenique nas mãos .

Eu apontei para a cesta e disse:

-O que tem ai dentro? –eu perguntei.

–Há. Isso. –disse ele levantando um pouco a cesta. –É só uma surpresinha. –ele suspirou. –Eu senti que você não ia me obedecer então... –ele apontou para ela e a levantou mais ainda. –preparei isso para nós. –ele abaixou a mão e colocou a cesta no braço. Ele estendeu uma mão para mim. –Vamos? –ele perguntou.

Eu segurei a mão dele e ele me colocou em suas costas. Eu me segurei firme en-quanto ele corria o mais rápido que podia floresta a dentro até escalarmos uma pequena montanha. Nós fomos até a ponta.

O lugar era lindo com aquela única arvore enorme, plantada bem no meio do local, com o tronco escuro, folhas bem verdes; um balaço bem velho e escuro pendurado num dos galhos; a grama verde e cheia de dentes de leão; uma brisa fria e bem refrescante; o som de vários pássaros locais piando e voando. Dava para ver uma pequena parte da flo-resta misturada com uma pequena parte do vale formando uma imagem estupenda.

Ele colocou a cesta no chão e a abriu. Ele retirou um pano enorme branco e o es-tendeu no chão enquanto começava a retirar uma torta de morango; um frango enorme que me parecia delicioso; um pote cheio de morangos bem vermelhos; um potinho com chocolate derretido; um prato de lasanha; uma espécie de macarrão espaguete que leva-va molho de tomate com orégano queijo ralado e alecrim; um prato de salada. Todos os alimentos estavam embrulhados por papel alumínio.

Eu olhei para aquela comida toda e disse:

- Quem preparou tudo isso? –eu perguntei.

Ele olhou para mim e sorrio.

–Há isso, fui eu. –respondeu ele.

Eu arregalei os olhos e disse:

-Não sabia que você cozinhava. –eu disse surpresa.

–Eu aprendi a cozinhar quando não tinha mais nada para aprender para ocupar o meu tempo. –ele disse suspirando. –Aprendi a cozinhar vários pratos de vários países. Aprendi a fazer vários pratos gastronômicos e bem complicados. –os olhos dele começa-ram a brilhar. –Até inventei um com seu nome. –acrescentou ele apontando para o prato de macarrão.

Eu fiquei sem palavras para dizer a ele o que pensava sobre aquilo.

Ele me deu um prato para me servir junto com os talheres. Eu logo peguei um pou-co do macarrão, um pouco de lasanha, um pedaço bem pequeno do frango. Eu comecei a comer o marrão, que estava estupendo, enquanto ele pegava um prato e mais dois talhe-res e começava colocar as comidas nele.

O macarrão esta maravilhoso e tinha muito mais ingredientes no molho do que dava para ver, ingredientes que o deixavam tão gostos.

Eu comi um pedaço do frango que estava bem macio e bem dourado. Eu também comi um pedaço lasanha e tenho que dizer que, como os outros pratos, ela estava ótima.

Alguns minutos depois, nós terminamos de comer e ele logo pegou outro prato e cortou um pedaço um pouco grande do bolo. Ele o colocou entre nós dois e pegou dois garfos. Ele separou os dois e me deu um.

–Vamos comer esse pedaço juntos. –ele disse abrindo um sorriso.

Eu peguei o garfo e nós começamos a comer todo aquele pedaço até chagamos ao ultimo pedacinho.

Ele o pegou e o levou até os meus lábios enquanto ia para cima e mim e aproximan-do cada vez mais. Ele perdeu um pouco equilíbrio e os seus lábios caiam sob os meus en-quanto ele caia sob mim de um. Ele fechou os olhos e enfiou a língua na minha boca e me dava um beijo forçado. Eu cai no chão. Eu fechei os olhos e aceitei mais um beijo bem quente que vinha dele enquanto ele colocava as mãos bem do lado da minha cabeça o que nos deixava numa forma bem sensual. Aquilo me fazia cair em tentação para fazer “aquilo” com ele. Isso era excitante de mais para nos dois. Era como se uma força saísse de nós dois e nos ligasse um com o outro.

Ele se afastou de mim e sentou-se no chão. Eu me levantei e me sentei em cima dos joelhos enquanto colocava graciosamente as mãos sob eles e fazia uma cara de inocente.

Ele me olhou naquela posição e sorriu.

–Por que você esta com essa cara de inocente? –perguntou ele.

–Porque eu sou inocente. –eu respondi abrindo um sorrisinho.

–Então tá. –ele disse virando a cabeça e olhando para os morangos que estavam bem ao seu lado.

Ele pegou um morango e mergulhou a ponta no chocolate ao lado. Ele aproximou aquela ponta de chocolate de minha boca.

–Prove isso e não se esqueça que esse pode ser o melhor morango com chocolate do mundo, mas nós teremos que prová-lo. –ele disse.

Eu fechei os olhos e mordi o morango. Ele estava muito doce e muito bom.

Ele mergulhou o resto do morango e o comeu fechando os olhos e saboreando lentamente.

Eu respirei fundo e nós continuamos aquilo até os morangos acabarem.

Nós embrulhamos os alimentos e arrumamos tudo aquilo.

–Para onde nós vamos? –eu perguntei levantando a cabeça para olhá-lo.

O sol faiscava nos meus olhos enquanto piado soava bem alto nos meus ouvidos. Ele também me parecia que estava ouvindo o piado, mas não quis falar nele.

Ele fechou a cesta e olhou para mim com um pequeno sorriso no rosto.

–Você verá. –ele disse pegando a cesta enquanto levantava-se.

Ele estendeu a mão para mim e eu logo a segurei. Ele me levantou do chão e soltou a minha mão. Nós saímos andando em direção a uma parte da floresta a nossa esquerda.

Ele colocou a cesta em baixo de um pinheiro enquanto a abria e retirava o celular e colocava numa valsa bem romântica, bem lenta e bem suave. Ele aumentou bem o som e a colocou sob a cesta enquanto aproximava-se de mim e encurvava-se com uma mão no peito enquanto estendia a outra para mim.

Ele levantou a cabeça e olhou para mim.

–Você me concede essa dança? –perguntou ele.

Eu segurei a mão dele e sorri enquanto ele me puxava para junto dele. Eu coloquei a mão no ombro dele enquanto ele pegava a minha outra mão, a esticava e entrelaçava os dedos.

Eu fiquei preocupada, pois eu só conseguia dançar bem se fechasse os olhos e sentisse a música entrar pelo meu corpo. Eu olhei para os meus pés e respirei fundo.

Ele olhou para o meu rosto e disse:

- Não se preocupe. Eu lhe conduzo. –ele disse colocando a mão na minha cintura.

Eu levantei a cabeça enquanto um calor subia pelo meu corpo e então eu percebi que ele me olhava daquele jeito que eu adorava.

Ele olhava bem para mim enquanto começávamos a dançar. Ele estendeu uma mão enquanto largava a outra e me faz rodopiar duas vezes. Logo em seguida ele me puxou pra bem perto dele e me fez voltar à posição inicial enquanto começávamos a dar uns pa-ços para o lado e para o outro, para frente e para trás seguindo lento e romântico da dança.

Na segunda vez em que ele me fez rodopiar ele me fez virar e ai puxou-me para perto dele. As minhas costas estavam, praticamente, grudadas no abdome forte e sem ca-misa dele enquanto ele pegava a minha outra mão e as cruzava me prendendo naquela posição.

Ele encostou a cabeça no meu ombro e disse:

- Você quer ir ao bale comigo? –ele murmurou no meu ouvido.

Quando ele murmurava no meu ouvido aquele calor que subia esquentava mais ainda aponto de fazer o meu corpo ferver de paixão.

Eu respirei fundo e disse:

- Sim. –eu murmurei.

Do nada me lembrei que tinha que ir a praia amanhã com os meus amigos.

–Você quer ir à praia comigo e com os meus amigos amanhã? –eu perguntei.

–Se o Darious não for. –ele respondeu.

Ele fechou os olhos e plantou um beijinho no pescoço.

–Quer namorar comigo? –ele perguntou com a voz muito baixo como se fosse um sussurro. –Mas fique sabendo que se aceitar eu poderei fazer o que quiser com você e nenhum dos seus amigos poderão me impedir. –ele me jogou para frente e me fez dar mais um rodopio. Nós voltamos à posição anterior. –Pois essas são as regras. –acrescen-tou ele.

Eu olhei fundo nos olhos dele enquanto nós soltávamos as nossas mãos. Eu colo-quei as mãos nos ombros dele enquanto ele colocava as mãos em minha cintura e a fez balançar lentamente. 

Eu suspirei pensei bem no que ele avia acabado de me pedir. Pensei em quantas possibilidades ele teria para me morder e me transformar num ser de seu mundo. Pesei nas vastas coisas ruins e boas que poderiam acontecer, mas nem liguei para as ruins e logo tomei a decisão.

Eu respirei bem fundo e disse:

- Eu quero mais um tempo para pensar nisso. –eu pedi. –Mas amanhã eu te dou a resposta. –eu disse.

Ele bufou e disse:

- Tudo bem. Eu entendo. –ele disse.

Ele me abraçou de um modo muito quente o que me fazia querer falar o “Sim” ou o “Eu aceito” que estavam na minha garganta. Ela apertou mais e mais a ponto de me es-premer enquanto o calor aumentava a ponto de me fazer suar.

Ele olhou bem fundo nos meus olhos. Nós fechamos os nossos olhos e abrimos as nossas bocas enquanto nos aproximávamos mais e mais um do outro até o beijo rolar mais uma vez só bem mais quente.

Ele tocou no meu cabelo e foi encaminhando a da nuca, mas eu segurei a sua mão antes que ela chegasse ao destino. Nós paramos de nos beijar e abrimos os nossos olhos imediatamente.

–Você não vai querer isso todo o dia? –ele perguntou.

Eu respirei bem fundo pensei bem nessa proposta tentadora dele. Mesmo assim ainda decidi responde-lo amanhã.

“Aqui é a Wil. Não aceita.” – disse ela, telepaticamente.

“Wil? Mas como?” – eu disse.

“Também sou tele pata, mas isso não vem ao caso. Caso é que se você aceita agen-te não vai poder te defender se ele resolver transformá-la ou se ele resolver tocar na sua nuca, e você sabe que quando ‘eles’ tocam na nossa nuca ‘aquilo’ acontece.” – ela disse.

“Não precisa se preocupar comigo. Nada disso vai acontecer se eu não quiser.” – eu disse.

Ela parou de falar e saio enquanto eu via que ele estava longe de mim.

Ele me olhou com os olhos brilhando, mas ele não olhava para mim e sim para o meu pescoço querendo beber o sangue que passava por ele. Ele não agüentou ficar ol-hando por muito tempo sem as presas crescerem aos poucos e os olhos ficarem tão ver-melhos quanto o sangue.

Ele se aproximou de mim num piscar de olhos, mas ele estava muito perto dos meus lábios.

Nós fechamos os nossos olhos e abrimos as nossas bocas. As nossas línguas se esba-rram uma na outra até enfim entrarem numa dança bem quente com uma força enorme que nos atraia enquanto os nossos corações batiam a mil por hora.

Ele pegou o meu cabelo e o abafou enquanto encurvava-se para cima de mim e me empurrava para chão.

Ele parou de beijar a minha boca e começou a plantar beijinhos pelo meu rosto to-do até chegar ao meu pescoço. Ele plantou beijinhos até chegar virada e abrir a boca pre-parando-se para me dar uma mordidinha daquelas no meu pescoço.

Eu fiquei olhando para a floresta enquanto ele se afastava de mim.

Ele se afastou somente alguns centímetros de mim e me olhou de fininho enquanto passava a mão no cabelo.

–Desculpe-me. –disse ele bufando enquanto bagunçava os cabelos. –Eu não tive a intenção. –acrescentou.

–Tudo bem. –eu disse.

Eu suspirei e olhei bem para ele.

“Olha aqui. Se ele fizer isso de novo eu juro que vou ai e quebro a cara dele com verbena e água benta.” – disse Wil voltando a entrar em contato.

Eu ri pensando na cara que ela estava fazendo.

“Eu escutei essa viu Wil” – disse ele invadindo a nossa conversa.

“É isso mesmo. Faça isso e ainda enfio uma estaca de madeira no seu peito” – ela disse.

“Parem com isso. Não quero que vocês dois briguem.” – eu disse.

“Esta bem, mas só ela parar de me ameaçar.” – disse ele abrindo um sorrisinho.

“Eu posso fazer isso, mas só se você parar de tentar fazer um banquete da minha amiga.” – ela disse.

“Vai ser muito difícil, mas eu vou tentar.” – ele disse.

“Ótimo.” – ela disse pondo um suposto fim naquela conversa que me deixava um pouquinho maluca.

Ele bufou e olhou de fininho para o chão.

–Você escutou a Wil. –ele levantou os olhos e olhou para mim. –Então acho melhor você ir para casa por precaução. Só pro caso de eu querer te morder e te transformar pa-ra sempre numa de meu mundo. –ele disse vindo até mim e colocando a mão no meu ombro.

Ele o alisou e me puxou enquanto me levava até uma pequena trilha. Nós descemos todo o morro e acabamos encontrando o carro dele, mas o meu não estava lá.

Ele sorriu para mim e disse:

- Pedi o meu tio e o meu avô levarem o seu carro para lavar. –ele disse.

Eu segurei a mão dele e a retirei de meu braço com a testa um pouco franzida.

–Muito obrigada. –eu abaixei a cabeça. –Mas eu não quero ir para a minha casa agora. –eu disse.

Ele riu e disse:

- Então vamos para a minha. –ele disse.

Ele segurou a minha mão e me levou até o seu carro e abriu a porta para mim.

Ele me levou imediatamente para sua casa.

Nós entramos na casa e eu vi que estávamos a sós lá.

Ele pegou uma escada de madeira que estava encostada no canto da parede e a trouxe para perto da cozinha. Ele empurrou uma parte do teto abrindo uma porta no teto.

Ele deu um sinal para eu subir logo em seguida.

Eu o segui rapidamente.

Ele pegou o violão e o retirou lentamente de dentro de sua capa. Era um violão velho dos anos setenta.

Ele se sentou sob a cama e ajeitou-se para tocar.

Ele estava tocando uma musica bem lenta, suave, romântica, triste – mas que de certa forma me alegrava, pois era ele quem estava tocando. Eu me sentei bem ao lado dele para escutá-la melhor.

Ele suspirou e disse:

- Às vezes eu queria saber o que você sente e ler os seus pensamentos mais íntimos, mas não consigo fazer isso. –ele disse virando a cabeça e olhando para mim por alguns instantes.

Ele continuou tocando por alguns minutos e depois parou do nada. Ele deixou o vio-lão no canto da cama enquanto me olhava com um brilho bem quente nos olhos.

–Já sei que você esta com a resposta na cabeça. Mas não quer me contar. –ele disse encurvando-se para cima de mim e aproximando-se bem dos meus lábios. –Por que você não me diz logo? –ele perguntou.

Nós fechamos os nossos olhos e abrimos as nossas bocas enquanto ele se aproxima-va mais e mais de mim.

“Por favor, me responda” – implorou ele.

Eu não agüentei com ele me implorando.

“Sim. Eu aceito namorar com você e juro que essa é a resposta que estava dentro de mim” – eu disse.

Ele sorriu maliciosamente enquanto começávamos com um beijo bem quente e cer-ta forma bem esperado. Ele me empurrou e eu deitei, cuidadosamente, naquela cama en-quanto ele colocava as mãos bem ao lado da minha cabeça.

Ele me levantou um pouquinho enquanto alisava o meu cabelo e deslizava até a nu-ca. Ele a apertou enquanto eu rastejava até o inicio da cama e ele ia me perseguindo aos poucos.

Nós retirávamos as nossas roupas o mais rápido o possível enquanto íamos para de baixo do lençol que agora era a única coisa que cobria os nossos corpos entrelaçados e bem quentes.

Nós estávamos unidos por uma força que saia de dentro e nos amarrava naquela posição bem quente que estávamos adorando.

Ele me deu um abraço que me puxou para bem junto dele e começou a beijar o meu pescoço enquanto alguma coisa bem quente entrava no meu corpo rasgando alguma coisa no meu corpo.

Eu queria gritar, pois a dor era imensa, enquanto o sangue escorria, mas ele logo parou de beijar o meu pescoço e interrompeu o grito com um beijo bem quente. Ele me empurrava para o fundo da cama e retirava as mãos das minhas costas e segurava as mi-nhas mãos e entrelaçava os nossos dedos. Eu as apertava quando sentia a dor de novo, embora a dor fosse bem agradável, confortável e atrativa para nós dois.

Assim que as dores já não me faziam mais gritar, pois já não doía, ele voltou a beijar o meu pescoço até chegar à curva e plantar mais uns dois beijinhos.

Ele me abraçou novamente e nós rolamos para o canto.

Agora o lençol estava todo bagunçado por causa daquilo que estávamos fazendo, que era fora do controle daquela paixão, se isso já não era amor.

Tudo nele me atraia e até mesmo o cheiro dele suado era bom de mais para mim. Eu respirava fundo para senti-lo mais e mais enquanto os nossos corações batiam numa velocidade imensa enquanto se atraiam um em direção ao outro e o laço daquela força ficava cada vez mais apertado.

Eu ainda não estava muito consciente do que estávamos fazendo, mas sei que era saudável e atrativo tanto para mim quanto para ele.

Ele se afastou de mim, saiu de cima de mim e rolou para o lado deitando-se todo estirado coberto pelo lençol somente da cintura para baixo enquanto eu estava toda co-berta.

Eu me aproximei dele, o abracei e coloquei a cabeça sob seu ombro enquanto ele colocava mão no meu ombro e o alisava com freqüência. Eu adormeci durante um bom tempo ao lado dele, não sei por que esse sono estava tão bom para mim, enquanto ele me olhava abrindo um sorrisinho no rosto. Um sorrisinho que de alguma forma me es-quentava por dentro.


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