Ellies Place escrita por Luh_Mell


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Demorei mas postei !!!! Agora que estou de férias ficará mais facil postar amores sz



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Algumas semanas se passaram, lentas e dolorosas.

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Desde o aniversário de Ellie, Edward me evitava.

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Ele passava e pegava Ellie para um passeio, mas nunca subia.

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O pouco que eu recebia era um "Oi" mandado pela minha filha, que percebia a mudança.

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A carta havia me dado uma nova esperança mas, ao mesmo tempo, me mostrava que não passaríamos de bons amigos.

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O natal estava chegando e com ele o nervosismo de Ellie.

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Todo ano íamos para a casa do meu pai e fazíamos a ceia lá.

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Este ano, Ellie aproveitou a viagem do meu pai a Seattle (Charlie queria, a todo custo, passar o natal com Sue) e me pediu para passarmos o natal com o Edward.

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Claro que algo me dizia que o próprio Edward não sabia dessa vontade.

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A gargalhada de Ellie me fez dar um pulo e voltar ao presente.

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Nós duas estávamos vendo desenho na televisão, comum em uma manhã de férias.

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Ela olhou para mim e franziu o cenho.

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-Mamãe, o que houve?

- Eu estava pensando... Vou ligar para Edward. Assim, poderemos combinar como faremos no natal.

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Seus olhos se arregalaram.

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-Ele não sabe, não é, Ellie? –ela assentiu.

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Respirei fundo e a olhei nos olhos.

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-Quantas vezes vou ter que pedir para não mentir para mim, filha! E se Edward tiver planos? Ele tem uma família, mãe, pai. Isso não se faz!

-Mas - -

-Nada de mais. Sei que o natal é importante para você, por isso, SÓ por isso, vou ligar e falar com ele sobre. Em outra ocasião, estaria metida em sérios problemas, mocinha.

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Ela assentiu apressadamente e correu para me trazer o telefone.

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Digitei o numero e esperei.

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-Alô? – a voz masculina estava um pouco rouca e um pouco surpresa.

-Edward? –suspirei –É Bella.

-Hum, oi, Bella. –sua voz estava hesitante –Como você está?

-Estou bem, Edward. E você?

-Bem. O que precisa? –perguntou, deixando claro que a conversa não seria muito estendida.

-Ellie quer passar o natal com você. Digo, conosco. – segurei o telefone com mais força, ansiosa – Ellie quer que você passe o natal conosco.

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Enquanto eu aguardava sua resposta, percebi que os olhos de Ellie estavam sem foco.

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Seu rosto suava frio e ela parecia lutar para respirar.

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-Ellie...? –chamei - Edward, venha pra cá. Agora!

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Algo na minha voz fez com que ele entendesse que ele tinha que estar aqui o mais rápido possível.

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-Ellie, Ellie, querida, fale comigo. Princesa, o que houve? O que esta sentindo?

-Mamãe, eu não respiro... –falou com dificuldade.

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Coloquei-a no meu colo e assoprei seu rosto, inutilmente.

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A porta da sala foi aberta bruscamente e um Edward desesperado entrava por ela.

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-Bella, o que houve? O que ela tem?

-E-eu não sei, eu não sei! Eu estava falando com você no telefone e... –comecei a chorar.

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Ele pegou-a no colo e me levantou.

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-Vamos para o hospital.

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O percurso que normalmente faríamos em meia hora, fizemos em quinze, tamanha a velocidade que Edward dirigia.

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Eu mentalmente agradeci por isso.

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O carro parou em frente ao hospital e imediatamente saímos do carro.

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Edward trazia Ellie em seu colo praticamente desacordada.

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-Minha filha! –gritei o mais alto que pude, já dentro do hospital- Por favor, alguém me ajude! Alguém ajuda a minha filha.

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Um médico apareceu prontamente e veio até mim e Edward, demorando para desviar o olhar em Edward.

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-O que houve, senhorita?

-Minha filha! Ela não consegue respirar.

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-Tragam uma maca, agora! –gritou. – James –chamou o enfermeiro – Quero a sua equipe comigo. –exigiu.

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Ele tirou Ellie do colo de Edward e a colocou na maca, apalpando seu pescoço.

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-Não teremos tempo... Teremos que intuba-la. –ele murmurou.

-Como a senhorita se chama? – o médico perguntou.

-Isabella. Isabella Swan. – respondi , nervosa.

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Ele parou de se mover por um instante.

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-Bella? –franziu o cenho.

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Antes que o enfermeiro pudesse agira, o médico o parou.

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-Deixe-me fazer.

-Mas senhor... – o enfermeiro revidou.

-Sem erros desta vez, James.

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Ellie foi intubada rápida e perfeitamente.

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O enfermeiro encaixou a bomba de oxigênio e todos foram se movendo com a maca para uma sala perto da Emergência.

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-Edward, para onde estão levando-a? –perguntei, soluçando.

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Ele me olhou nos olhos enquanto me sentava em uma cadeira e me entregava um copo com água.

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-Irão fazer alguns exames nela. Para saber o que aconteceu.

-Eu quero minha filha... –murmurei.

-Eu também Bella, eu também.

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Alguns minutos depois, o médico reapareceu.

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-Desculpem fazê-los esperar, mas tivemos que levá-la para a sala de exames o mais rápido que pudemos.

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Edward me olhou com um olhar de "eu te disse".

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-Bom, eu me chamo Carlisle e irei ser o médico da sua filha enquanto ela estiver aqui no hospital. Isabella, aconselho que vá para casa e prepare uma pequena mala para você e sua filha. Como Ellie ainda é menor, precisará de acompanhante. Edward, enquanto a Srta. Swan faz isso, poderia me acompanhar, por favor?

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O médico explicava tudo com um tom de nervosismo e tristeza.

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-Vocês se conhecem? –olhei para Edward.

-Bella, meu pai. Pai, está é Bella. –explicou Edward.

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Edward me entregou as chaves de seu carro e me disse para ir.

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Fui e voltei rápido e após assinar alguns papeis na recepção fui até o quarto onde Ellie já estava.

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Me aproximei e pude ouvir pessoas conversando –mais para discutindo –dentro do quarto.

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-Onde a encontrou, Edward?

-Eu não a procurei, pai. Ellie me encontrou. Foi coincidência.

-Isso não existe, filho! Desde quando vocês se conhecem?

-Há alguns meses. –pude ouvir Edward responder.

-E não passou pela sua cabeça nos contar? –Carlisle praticamente gritou.

-Eu não sabia que era ela ok? Eu não sabia! Fui descobrir a apenas algumas semanas.

-E mesmo assim, não foi atrás de nós!

-Olha, Carlisle, não fui eu quem deixou ela se afastar ok?

-Como disse? – um tapa forte foi ouvido.

-Ele teria nojo de você, Carlisle. Teria nojo do homem que se tormou. A criança tem sorte de não ter esse tipo de "família".

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Passos foram ouvidos e antes que eu pudesse me afastar da porta, ela foi aberta. Edward praticamente se chocou contra mim.

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-Bella, o que faz aqui? – perguntou Edward.

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Eu não respondi. Observando Carlisle se aproximar e me olhar também.

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Olhei-os fixamente, deixando minhas perguntas não respondidas os perfurarem.

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-O quanto ouviu?- Carlisle perguntou.

-O suficiente. –respondi, fria.

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Minhas pernas tremiam e minhas mãos estavam fechadas em punho.

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-Isabella... –Carlisle começou.

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-Eu disse que queria vocês longe da minha família. –falei. – Então foi esse o plano? Esperarem ela crescer, passar da fase de problema, para virem tira-la de mim? –olhei para Edward, meus olhos em chamas – Como pode?

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Edward deu um passo para trás, como se minhas palavras o cortassem.

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-Bella, eu posso explicar. –Edward tentou.- Eu descobri a pouco tempo que Ellie é a filha do meu irmão, que morreu e - -

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-Cala a boca! –gritei, ganhando de volta alguns olhares críticos dos enfermeiros.

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Depois de tantos anos, meu inferno pessoal estava de volta.

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Olhei para dentro do quarto e vi Ellie deitada na cama hospitalar, inconsciente.

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-Você usou minha filha. Assim como me usaram onze anos atrás! A diferença, é que comigo eu tolero. Com ela... –olhei-os – eu ... –fechei os olhos, sentindo minhas unhas perfurarem superficialmente minhas mãos em punho.

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A poderosa família Cullen estava reaparecendo.

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Como prometeram nunca fazer.


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Notas finais do capítulo

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