Chapter 5:

- Essa Catherine é muito ruim mesmo? – perguntou ao Warrick.

- Ela não é digamos... Ruim. Ela só não é a Catherine, essa Catherine de agora está se enganando.

- Talvez ela não esteja se enganado, talvez somente se afastando as pessoas.

- Por que? – perguntou olhando para ela.

XXX

Uma semana depois...

Ela tinha ido a um psiquiatra e ele tinha receitado alguns calmantes. Logo depois ela foi na psicóloga.

- Olá Catherine – cumprimentou a doutora.

- Boa tarde.

- Sente-se ali no sofá, quer café?

- Não obrigada.

- Bom, como foi a semana?

- Foi boa...

- Fez algo de diferente?

- Na verdade briguei com meu chefe que é meu melhor amigo.

- Sério? Posso perguntar por quê? – perguntou mais curiosa.

- Na verdade ele tirou três folgas minhas e semana passada eu estava muito cansada e confusa e fui embora do lab. Aí ele mandou um subordinado ir me procurar, eu não voltei ao lab e no turno seguinte nós discutimos.

- Saiu sem avisar?

- Saí.

- Bom, vamos trabalhar com você mais uma coisa.

- Posso saber que coisa?

- Você vai saber sem perceber, calma.

- Já disse que detesto não saber das coisas?

-Bom, você citou que estava confusa. Confusa em relação a que? – perguntou ignorando o comentário de Catherine.

- É complicado... – começou olhando para as unhas roídas e mal-feitas.

- Ou você faz ficar complicado? – perguntou

- É que eu precisava pensar sobre o que tínhamos conversado. Não foi muita coisa, mas esclareceu algumas coisas na minha cabeça.

- Isso já é um começo, e é complicado admitir que pensou sobre nossa consulta?

- Pra mim é um pouco.

- Mais uma coisa temos que trabalhar. E antes que pergunte vamos trabalhar sem nem você perceber.

- Eu tenho escolha?

- Na verdade tem. Eu não te obrigo a ficar aqui.

- Eu sei, mas o problema não é você. É o Grisson, aí ele e a equipe vão vir brigar comigo. Então não tenho escolha.

- Bom, Catherine você ainda está confusa sobre amar um homem?

- Não estou mais confusa em relação a isso. Eu o amo. – disse com confiança.

- Ele te ama?

- O amigo dele disse que sim, eu acho que sim.

- Percebeu que hoje está tendo mais certeza á incertezas?

- É percebi – admitiu.

- Quer um conselho de amiga e não de psicóloga?

Catherine balançou a cabeça e murmurou “haham”.

- Vocês se amam, corre logo atrás dele senão você o acaba perdendo.

- Eu tenho medo.

- De que? De amar e ser amada?

- Não, tenho medo dele não me aceitar do jeito que sou.

- Tente.

Ela pensou por um instante e balançou a cabeça concordando.

- Entrou uma garota nova no CSI, o nome dela é Zoey.

- Ela é legal?

- Não converso muito com ela...

- Hum... Sua consulta acabou, até semana que vem?

- É, até. Ah, e bom, eu fui ao psiquiatra. Ele me receitou alguns calmantes.

XXX

Quando saiu da psicóloga foi para o lab, o turno já ia começar. Quando chegou lá encontrou Grisson no estacionamento.

- Oi, tudo bem? – perguntou Grisson

- Bem e você?

- Também, como foi a consulta?

- Foi boa, ela me ajuda a esclarecer algumas coisas.

- Isso é bom.

- É sim, Grisson... Será que você não pode perguntar ao Warrick se ele ama alguém? – perguntou ficando vermelha.

- E o que eu ganharia com isso?

- Nossa, valeu hein – respondeu fazendo sinal de jóia.

- Estou brincando, por que você mesma não pergunta?

- Não sei. Er... Acho que vou perguntar... – respondeu desanimada.

XXX

Na sala de Catherine...

No meio do turno dobrado da equipe Catherine chamou Warrick em sua sala, precisava conversar com ele.

- Mandou me chamar? – perguntou Warrick da porta.

- É mandei – respondeu tirando os óculos. – Vamos tomar um café?

- Estamos no meio do turno.

- Eu sei, e eu já pedi autorização do Grisson.

- Ok, vamos.

XXX

Na cafeteria...

- Warrick, lembra quando fomos naquela cena, que eu tinha chegado atrasada, lembra?

Ele pensou um pouco e respondeu que sim.

- É verdade o que o Nick me disse logo que cheguei?

- Estou um pouco confuso, me responda: sobre o que estamos falando?

Ela tomou um gole de café e ficou um pouco vermelha, só queria saber se ele gostava dela. O celular dela tocou:

- Senhora Willows, aqui é a Emily, tem um policial aqui na escola e...

- O que? Estão falando com Lindsay sem me consultar?

- Eu ia chegar nessa parte e bom ela está chorando será...

- Estou indo agora!

Fim da ligação.

- Warr me da uma carona para a escola de Linds?

- Claro, houve algo?

Perguntou deixando o dinheiro sobre a mesa e entrando no carro.

- Estão interrogando Linds na escola sem me informar.

- Contra lei.

- Exatamente.

- É sobre o caso da Alison?

- É, já aconteceu há um ano e meio e não resolveram o caso.

XXX

Na escola...

- Lindsay onde conseguiu essas coisas? – perguntou Ecklei a Lindsay que chorava de medo. – Senão contar eu vou...

- Vai fazer o que Ecklei? – perguntou Catherine chegando e abraçando a filha. Ela deu um beijo na testa da filha e levou Ecklei para um canto da biblioteca. – Nunca, jamais, em circunstância alguma você vai interrogar minha filha sem um adulto responsável. O dia em que quiser interrogar um menor sem um adulto, inclusive minha filha, pense mil vezes, porque se Lindsay ou as amigas dela forem interrogadas sem um responsável vai ter briga, e essa briga não vai ser bate-boca. Seja lá o que você perguntou a ela ou mexeu nas coisas dela pode ter certeza que foi a primeira e última vez. Ecklei posso estar tomando remédios, mas pela Lindsay eu faço tudo. – disse tudo isso empurrando Ecklei para a parede e segurando no colarinho da blusa dele.

- Vou pegar um mandato.

- É bom que pegue, pois para minha filha você não pergunta absolutamente mais nada.