Something About His Eyes - Fremione escrita por nanny


Capítulo 8
Natal Na Toca


Notas iniciais do capítulo

Eu coloquei uma passagem grande de tempo e os dei as férias de natal. Eles não passaram de 'mão boba do Fred' ainda. Espero que gostem *-*



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- Você não vai conseguir. – Disse Fred segurando meu braço. – Ele vai acabar te dando uma detenção.

- E quem disse que eu ligo pra detenções, Fred Weasley? – Perguntei com um sorriso e ele revirou os olhos.

- E se ele fizer coisa pior?

- Coisa pior? – Ri. – O Ranhoso não vai me azarar só por fazer uma pergunta idiota. Vai ser a primeira e a última, só pra calar a boca de Harry e Ron.

- Você não vai desistir, não é? – Ele perguntou desanimado.

- Não.

- Se ele te expulsar, eu vou junto. – Ele disse beijando minha testa.

Revirei os olhos. Sei que Snape não vai nem se importar, seja lá qual for a questão. Depois explico pra ele que era uma aposta boba com Harry e Ron e ele vai me passar uma bronca – entre gargalhadas. É impossível não dar gargalhadas quando estou com ele. Longe dos alunos, pelo menos.

Estamos no café da manhã, e toda hora Ron e Harry me lançam olhares desafiadores. Eles acham que vou desistir na ultima hora, ou me ferrar por simplesmente fazer uma pergunta boba. Eu já disse que posso fazer qualquer palhaçada na aula de Snape sem ser expulsa... Mas eles não acreditam.

Assim que chegamos à classe de DCAT, fui pro primeiro lugar, bem na frente de Snape, e Fred foi ao meu lado – pra que, realmente eu não sei, mas foi. Sentei-me e a aula foi passando, quando chegou à metade, Snape estava corrigindo alguns pergaminhos quando levantei a mão, pronta pra chamar seu nome.

- Professor?

- Sim, Srta. Granger? – Snape levantou o olhar e me encarou, sério.

- Poderia falar um pouco sobre os Grindylows? – Perguntei no mesmo tom. – Vimos no terceiro ano, mas...

- Defesa contra artes das trevas... – Fui interrompida pela voz de taquara rachada do Malfoy. – E não trato de criaturas mágicas.

- Fale quando for solicitado, Sr. Malfoy. – Disse Snape sem olhá-lo e deu uma grande pausa antes de retomar a fala. – Srta. Granger, Grindylows são demônios que habitam lagos e rios. Eu não me importaria se prestasse atenção nas aulas ou procurasse o assunto em livros, poupando-me de esclarecer suas dúvidas.

- Obrigada, professor. – Disse revirando os olhos.

Fred me deu um meio sorriso e eu olhei pra Harry e Ron com um olhar vitorioso. Eles reviraram os olhos e eu quase dei uma gargalhada. Snape se levantou e abandonou a classe, entrando em seu escritório sem dizer uma palavra.

- Devia tomar cuidado com suas palavras, Malfoy. – Eu disse desafiadora, olhando-o.

- E você não devia dirigir a palavra à mim, sangue-ruim. – Ele respondeu me olhando com desprezo e eu dei uma gargalhada.

- Sangue-ruim, sangue-imundo, nascida trouxa... – Eu fingi contar os insultos nos dedos. – Eu tenho amigos, uma família que me ama, e sei o que é amor. Como se sente agora?

- Superior à você, como sempre. – Ele deu um sorriso vitorioso.

- Me poupe. – Disse segurando uma gargalhada. – Superior à mim, com pais comensais que te matariam só pra servir ao “grande Lord”? Superior à mim sem amigos verdadeiros? Superior à mim sendo um sangue-puro grosso e arrogante que nem sabe o que é amor? Você realmente se acha superior á mim?

Ele sacou a varinha e apontou-a pra mim. Mas antes que pudesse fazer qualquer coisa, Fred se colocou na minha frente, com a varinha apontada pra ele.

- Nem pense nisso, Oxigenado! – Gritou e logo depois, Draco abaixou a varinha.

- E não esqueça, Draco... – Eu disse, novamente no tom desafiador. – Que eu conheço sua caligrafia e ainda tenho seu maldito pergaminho.

Pisquei e dei uma gargalhada quando vi o garoto trocando de cor.

- O que está acontecendo aqui? – Disse Snape vendo todos da sala gargalhando e olhando pro Malfoy.

Repassei os últimos minutos na minha cabeça e Snape revirou os olhos.

- Venha comigo, Srta. Granger. – Ele disse e eu o segui pro seu escritório.

Não sem antes dar um olhar ao Fred que dizia “não se preocupe, tudo vai ficar bem.

- Ignore-o. – Ele disse baixo. – Será que é tão difícil assim?

- É. – Respondi no mesmo tom. – Ele é um idiota.

- Você não deveria ter falado da família dele.

- E ele não deveria ter me chamado de sangue-ruim. – Eu disse e vi o rosto de Snape se contorcer em dor.

- Os dois erraram, Hermione. – Ele disse depois de alguns segundos em silencio.

- Tudo bem, nós erramos. – Eu revirei os olhos. – O que vai fazer, tirar pontos da minha casa?

- Não. – Ele disse com um meio-sorriso. – Se os dois estão errados, ou vou punir os dois, ou não vou punir ninguém.

- Se continuar assim, eles vão desconfiar. – Eu disse dando um sorriso. – Snape passando a mão na cabeça de uma Grifinória... Você acha que vão encarar isso como uma coisa normal?

- É... Você tem razão. – Ele riu. – Vou ter que me esforçar mais no papel.

- “Esforçar mais no papel?” – Perguntei, rindo. – O que quer dizer com isso.

- Entre no papel, vamos. – Snape disse me segurando pelos ombros e abrindo a porta. – Se você acha que pode sair por aí insultando famílias superiores à você, está enganada.

Snape me empurrava pra fora de seu escritório – sob os olhares assustados de todos – enquanto berrava, parecendo nervoso.

- Lave sua boca antes de difamar o nome de famílias de puro-sangue. – Ele gritou, me empurrando entre fileira de carteiras.

Vi o olhar desesperado de Fred e tive vontade de rir.

- E não ache que pode fazer o que quer na minha classe, porque você não pode! – Gritou, quando chegamos perto da porta.

Soltou-me e abriu a porta sem movimento de varinha nenhum.

- Preciso voltar pra próxima aula? – Perguntei cínica, com um meio-sorriso.

- Por mim, não precisa voltar nunca! – Ele gritou me expulsando e fechando a porta logo atrás de mim.

Pelas barbas de Merlin.” Pensei, já do lado de fora... Snape devia ganhar um prêmio por sua atuação! Assim que dei um passo pra longe de sua sala, não agüentei e caí na gargalhada. “O que foi aquilo?” Me perguntava, quase ficando sem ar de tanto rir.

- Hermione? – Escutei uma voz bem atrás de mim. – Você está... Rindo?

- F-Fred. – Gaguejei, tentando dizer seu nome entre gargalhadas.

- Eu juro que achei que fosse te encontrar triste. – Ele disse com um sorriso. – Você me surpreende cada dia mais.

- Vo-cê v-viu aquilo? – Gargalhava cada vez mais. – Como ele é idiota, Merlin.

Consegui dizer a frase inteira e Fred riu, revirando os olhos.

- Fiquei preocupado. – Passou os braços envolta da minha cintura. – Se fosse a “antiga Granger”, teria saído chorando.

- A “antiga Granger” não existe mais. – Disse me aproximando mais e mordiscando seu pescoço.

- Pára com isso, “nova Granger”. – Ele disse tombando o pescoço pra trás e suspirando pesado.

- Porque, Fredelícia? – Perguntei e ele reprimiu uma gargalhada. – Você não gosta?

Mordi seu pescoço de novo e entrelacei meus dedos em seus cabelos.

- N-não que eu n-não goste. – Ele gaguejou. – É que... Hermi-mione... Não é s-seguro brincar com f-fogo.

- Eu amo brincar com fogo. – Disse o mordendo pela última vez e depois me desvencilhando de seu abraço.

O peguei pela mão e saí puxando-o pelo castelo. Destino: sala precisa.

x-x-x-x-x-x-x

- Tira essa mão daí, Fred. – Gritou Ron, que apareceu do nada.

- Ronald! – Disse me recuperando e tentando fazer minha respiração voltar ao normal.

- Não é porque mamãe aceitou que vocês fiquem juntos que você pode ficar passando a mão na Hermione. – Ele disse olhando pra Fred, que estava vermelho. – Tenha respeito!

- Ronald, pára com isso. – Eu disse abaixando a cabeça. – Ele só estava com a mão na minha perna. E olha... Fui eu que coloquei.

Ronald revirou os olhos.

- Porque não chama a Lilá pra passar uns dias aqui? – Perguntei sorrindo. – Acho que a Molly adoraria conhecer a nora.

- Boa idéia. – Ele disse com um sorriso. – Vou escrever pra ela agora.

E saiu do quarto. Fred me lançou um olhar envergonhado e eu gargalhei.

- Ele tem ciúmes da melhor amiga. – Ele disse como se isso fosse uma tragédia. – E ele tem namorada!

- Não é ciúmes de mim. – Ri. – É ciúmes em geral. Não diria nem ciúmes... É só o fato de passar as férias longe da Lilá.

- Então ele já deveria tê-la chamado. – Ele revirou os olhos. – Não agüento mais a fiscalização dele... Como se ele fosse seu irmão mais velho, e não eu fosse o irmão mais velho dele!

- Você fica tão nervoso quando ele nos interrompe. – Dei um sorriso. – E fica tão lindo quando está nervoso.

- Essa é a diferença... – Ele tirou uma mecha do meu cabelo que estava no meu rosto. – Eu fico lindo... Você não precisa nem se mover pra ser a garota mais linda do mundo.

- Pára. – Disse sentindo minhas bochechas queimando. – Sabe que eu fico sem graça.

- E sei que fica mais linda ainda sem graça. – Ele deu um sorriso, depositando um beijo na minha bochecha.

Ficamos em silêncio, então eu notei que a televisão estava ligada. Fred agora estava prestando atenção nela, e nem piscava. Era um documentário sobre pingüins! Pingüins! “Porque pingüins?” Me perguntei mentalmente e dei uma risada. Fred nem se mexeu.

- Você está assistindo à um documentário sobre pingüins. – Eu disse pausadamente. – Porque isso?

- É interessante. – Ele disse, sem tirar os olhos da TV.

- Fred! – Eu balancei a cabeça negativamente.

- Que foi? – Ele me olhou, com os olhos arregalados. – O que você tem contra os pingüins? Eles são tão bonitinhos... Todos de terno e-

- Eu não tenho nada contra pingüins. – Eu disse revirando os olhos. – Mas você dando atenção à eles e me esquecendo é demais.

- Eu não estou te esquecendo. – Ele disse com um sorriso e se virou pra televisão.

Homens!” Minha consciência gritou com raiva, e foi a primeira vez em anos que concordei com ela. Resolvi prestar atenção na televisão também.

- Os machos cantam para serem encontrados por sua parceira. O encontro é comemorado com uma dança particular do casal. – Revirei os olhos. – Quando um macho se apaixona, ele procura na praia inteira a pedra mais perfeita para apresentá-la pra fêmea. Depois que acha, ele se balança até ela e coloca a pedra aos pés dela. Se a fêmea aceitar a pedra, eles serão companheiros pro resto da vida.

Quando terminei de prestar atenção nas falas – que vinham acompanhadas com imagens de pingüins fofos, voltei à realidade. Fred mordiscava meu pescoço e sua mão estava em minha perna novamente.

- Não era minha intenção me desligar totalmente. – Eu disse dando um sorriso. – Mas fazê-lo provar do próprio veneno foi interessante.

Afastei o ruivo e me sentei na cama, olhando-o deitado. Ele sorria e parecia tão convidativo... Sem hesitar, me aproximei novamente e o beijei. Aquele beijo que eu preciso ter a comodidade de desfrutar todos os dias. Minha mão já passeava dentro de sua blusa, enquanto uma mão dele estava no meu cabelo e a outra na minha perna. “Que obsessão por pernas!” Pensei continuando o beijo e passando minha mão por seu abdômen definido e abrindo sua camisa. O quadribol o fez muito bem! Sentia suas mãos por todo meu corpo, e não fazia questão de pedi-lo pra parar. Estamos na toca, então, o único perigo é alguém entrar no quarto. Arrepiei-me um pouco mais quando Fred colocou suas mãos dentro da minha blusa. Geladas, fortes e... Meu Merlin, que mãos! Aos poucos, necessitávamos cada vez mais de ar, então nos separamos. Sua boca achou meu pescoço em segundos e ele já estava novamente mordiscando-o. Não sei de onde encontrei forças pra pará-lo, mas sei que em segundos estávamos afastados.

Respirei fundo e pisquei várias vezes, tentando me recuperar do “momento”. Fred tinha um sorriso malicioso no rosto e a camisa de botões aberta. Seu abdômen tinha alguns arranhões e – com toda certeza do mundo – corei só de olhá-los. Em alguns minutos, nos recuperamos e eu me aproximei novamente, deitando-me ao seu lado.

- Vamos dormir aqui, ou no quarto da Ginny? – Ele sussurrou no meu ouvido.

- Sabe que se Molly descobrir que estamos dormindo juntos as férias inteiras, vai nos matar, não sabe? – Disse olhando-o nos olhos.

- Sei. – Ele riu. – Mas não acha que vou parar por isso, certo?

- E nem tem motivos. – Eu disse com um sorriso. – Eu tenho controle dos meus atos, sei quando devo parar.

- Você realmente tem. – Ele respirou fundo. – Você.

Ri.

- A Ginny já não agüenta mais ver a gente dormindo junto. – Sussurrei. – Ela morre de inveja porque o Ron nunca acobertaria o Harry pra dormir com ela, assim como George faz com você.

- E o George não agüenta mais nos ver dormindo juntos aqui. – Ele riu. – Ele fica se queixando que está com saudades da Angelina e dizendo que não pode trazê-la.

- Eu tenho uma idéia. – Disse com um sorriso enorme. – Vamos dormir lá fora?

- Você pirou? – Ele arregalou os olhos.

- Que perigo temos lá fora? – Perguntei rindo. – A gente deita lá fora e fica vendo as estrelas. Eu sempre quis dormir vendo as estrelas.

- O que eu não faria por você, hein? – Ele perguntou me dando um selinho. – Vamos ter que esperar a dona Molly abaixar a guarda. E acordar cedo, porque se ela nos encontrar lá fora...

- Eu sei o que pode acontecer. – Disse gargalhando. – Mas eu quero tentar.

- Qual risco eu não correria pra ver seu sorriso? – Ele perguntou, me fazendo corar novamente.


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Notas finais do capítulo

Eu sou totalmente desligada de tempo e acontecimentos, então me desculpem se eu fugir de alguma cooisa importante na fic O_O HSUAHUSH, espero que estejam gostando *-* Eu queria avisar pras Dramioneiras aí, que eu tenho uma Dramione, e adoraria que vocês lessem (: http://fanfiction.com.br/historia/154314/Tears_Dry_On_Their_Own Beijos :* até o próximo capítulo.