Avistei uma casa na árvore, eu lembro como se fosse ontem, meu pai que fez pra gente, éramos pequenos na época, sempre que um de nós ficamos chateado um com os outros a gente sempre via aqui, respirei fundo algumas vezes e fui andando até uma escada pequena que tinha pra subir na casa, a casa de arvore continuava igual, nada mudou, subi a pequena escada e fui ver se a porta estava aberta, e por sorte sim estava, assim que entrei dentro da pequena casa da arvore, pude ver que continuava totalmente igual a última vez que estivemos aqui juntos e era na época em que ainda estávamos juntos, admito que estava me segundo para não chorar, caminhei lentamente até um guardo só de fotos nossas, e uma super mega tensa do chaz, não pude deixar de rir com aquela foto, afinal de contas ninguém deve entrar aqui a anos, Alice nem vai sentir falta se pegar essa foto do chaz não é mesmo? Tirei com cuidado e foto e coloquei no bolso da calça, olhei em volta e vi que em cima da pequena cama, havia varias cartas, eu não me lembro de ter visto isso da última vez, fui andando até a mesa, me sentei com cuidado e peguei todas as cartas, antes de abrir vi que não tinha nada por fora como endereço CEP ou coisas do tipo, só estava escrito “para Justin! Ops: só Lê essas cartas quando você achar que deve, não vai ser nada fácil.”

Respirei fundo algumas vezes e abri a primeira carta que tinha o número “1” no envelope, assim que abri, reconhecia aquela letra era de Alice, ela sempre tinha uma letra linda, suspirei com aquilo e comecei a ler.

“Olá Justin, aqui é a Alice, se lembra? Eu não sei se algum dia você vai chegar a ler essas cartas, eu também não sei se você se lembra deste lugar ou se algum dia você vai aparecer por aqui, admito que não entendo o motivo de ter me deixado, eu sei que você estava ficando famoso e não ia querer nada com uma menina normal, eu só queria te dizer que estou escrevendo essas cartas porque não teria coragem de te dizer a verdade pessoalmente, mais vamos lá okay? Quero dizer que você já é pai, sim isso é verdade, eu descobri uns dias antes de tudo acabar, não te contei isso no dia porque ter um filho poderia acabar com sua fama, mais sabe o quanto eu estou sofrendo com isso? Quando nos tivermos 17 anos, você vai sair, vai fazer seus show, vai sair de madrugada para a balada enquanto eu? Eu vou ter 17 anos e vou acabar toda a madrugada para fazer a pequena Victoria dormi enquanto ela chora, eu tive que Sair da escola por causa da minha gravidez, eu pensei que meus pais iam me ajudar a cuidar da pequena Alice enquanto dava um jeito de sustentar nós duas, arrumar um emprego até conseguir uma pequena casa para nós duas morarmos, mais não foi assim que aconteceu, meus pais me jogaram pra fora de casa, meus amigos de escola vivaram as costas pra mim quando eu mais precisei de ajuda, não quis procurar ajuda a você porque sabia que você não ia aceitar ou não ia acreditar que Victoria era sua filha, hoje em dia ela ainda é muito pequena, mais a cada dia está crescendo mais, e sei que logo logo nossa pequena Victoria vai dar suas primeiras palavras e sei que depois disso ela só vai saber perguntar sobre você, se dependesse de mim eu nunca contaria sobre você, mais como a minha mãe sempre fala “o destino prega peças” não é mesmo? Mais cedo ou mais tarde vocês dois iriam descobrir, sinto muito por não ter te contado sobre Victoria, é por isso que prometo que sempre venho aqui escrever alguma coisa de como está a minha vida ou como está Victoria, espero que me desculpe sobre isso.

                                          COM AMOR: ALICE!”

Depois de ler aquilo, admito fiquei feliz por saber que sou pai,mais triste por ter  deixado o amor da minha vida assim, grávida, eu já me sentia mal pela promessa que sempre  disse e que não cumpri e agora por saber que sou pai e ter deixado ela na mão, suspirei com aquilo, e vi que tinha mais algumas cartas, guardei a carta que estava lendo dentro do envelope, peguei todas as cartas e guardei dentro do bolso da calça, me levantei da cama foi quando eu vi que estava quase chorando, sai o mais rápido possível da casa da arvore e fui até o carro, limpei meu rosto que estava todo molhado por causa do choro, entrei no carro e o chaz ficou me olhando talvez esperando uma reação minha mais eu só olhando o nada.

Chaz: cara, você tava chorando?

Fiz um sim com a cabeça, chaz em um movimento rápido veio me abraçar, tirei a carta número “1” e logo depois do termino do abraço entreguei ao chaz, ele frito a carta com um olhar de curiosidade.

Justin: lê isso, que você vai entender tudo.

Chaz fez um sim com a cabeça e pegou a carta, eu estava me segurando para não cair em lagrimas novamente, encostei a minha cabeça no vidro e fiquei ali olhando o nada até chaz falar ou fazer alguma coisa.