Dark Sky escrita por Nath Mascarenhas, prettysemileek


Capítulo 9
Capítulo 9 - Promessas.


Notas iniciais do capítulo

Esse é curtinho, mas deixa com gostinho de quero mais...



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-Vó tô indo na casa de Raoni, daqui a pouco volto! – Gritei pra minha vó que estava sei lá onde.

-Sei... E dizem que só é amizade. Enganem os bestas, não a mim. –Porém assentiu.

-Vovó gosta de você. – Comentei quando já estávamos fora de casa. – Posso sentir.

-Eu sei. –Sorriu – Ela só está sendo como você, desconfiada.  Ainda não confia em mim totalmente...

-Pois deveria? – perguntei sem querer ofender.

-Eu sei que não sou um cara perfeito, nem um príncipe encantado idiota vindo te resgatar num cavalo branco. Eu cometo erros Naara, e minha cabeça está tão confusa quanto a sua... Você acha que é fácil carregar o fardo como esse?

Concordei com ele. Sabia como era difícil e estressante este troço.

-Mas me diz, há quanto tempo você descobriu seu dom com a terra?

-Há algum tempo. Quando meu pai morreu e me deixou completamente sozinho eu tive que me virar pra saber como lidar com essa situação, não tive a sorte de ter uma avó legal como a sua para me dar estabilidade emocional, eu estava completamente sozinho.

-Er, ela é legal mesmo. – Afirmei. - Sim Raoni, me diz uma coisa, meio pessoal... –Falei meio envergonhada.

-Não, eu não sou mais virgem. – Ele disse sério me fazendo ri.

-Não, não é isso seu besta. – E dei leve tapa no seu ombro.

-Ai! – Não pareceu que ele estava brincando. – Toma cuidado, você não é mais uma fracote! – E massageou o seu ombro.

-Desculpe, eu não sabia! – Pus a mão em seu ombro.

-Dá um beijinho que passa.

-Putz, você não dá ponto sem nó, né? – Revirei os olhos e fui andando, o deixando pra trás.

-Peraí qual era a sua pergunta? – Gritou.

-Esquece, perdi o interesse em saber.

-Garotas. Ruim sem elas mil vezes pior com elas. –Murmurou alto o suficiente para eu ouvir.

-Ei, eu ouvi isso!

-Eu falei pra escutar. – Disse usando o mesmo tom que o meu.

-Agora falando sério, você soube do desaparecimento do Brian?

-Sei, ouvi alguma coisa.  – Respondeu com desinteresse.

-E aí o que vamos fazer? –Perguntei, impaciente.

-Nada, gatinha. Não podemos ajudá-lo agora. Sério, confie em mim pelo menos desta vez.

-Tá. Só estou preocupada com ele, ele é um bom amigo...

-Bom amigo? –Ele bufou – Ele está todo apaixonadinho por você, isso sim!

-E daí? –Perguntei, achando graça da cara de ciúmes dele. – Ele até que é uma gracinha...

-Vai lá então! Se você prefere um cara nerd a mim, vai lá! – E se sentou no grande sofá ligando a televisão.

Percebi que ele não estava assistindo nada, pois passava pelos canais rapidamente, como se o dedo estivesse preso no botão. Raoni estava com ciúmes, com ciúmes de mim! Há! Essa era nova...

-Você sabe que eu prefiro você, né? –Perguntei me sentando ao seu lado.

-Não parece. – Falou grosso, sem nem olhar na minha direção.

-Eu não gosto quando você me ignora. – Confessei – O que eu posso fazer pra você acreditar em mim?

Percebi a merda que eu tinha falado assim que eu as pronunciei. Ele desligou a TV e me encarou. Seus olhos quentes fitavam os meus, e de repente eu não precisei que ele falasse nada para saber o que ele queria.

-Isso não. –Sussurrei.  

   -Então tá. – E ligou a TV novamente.

-Raoni, eu não sou desse tipo de garota. Não sou Perséfone – Falei aninhando em seu peito – Que tal irmos devagar?

-Se eu for mais devagar, ando pra trás. –Suspirou. – Eu vi você praticamente nua duas vezes e tentadoramente toda molhada, e não fiz absolutamente nada.  Você sabe o que isso significa pra um cara como eu?

-Cavalheirismo?    -Perguntei sonhadora.

-Eu ia dizer abstinência, mas isso soa mais romântico.

-Então é isso, tudo que temos se resume nisso, sexo? Você só tem atração por mim? Vai me largar assim que conseguir o que tanto deseja?

-Putz, tudo que eu falo você distorce tudo! Eu não vou te largar sozinha por que você não quer dormir comigo, nós nem estamos juntos de verdade. Nem sequer nos beijamos! –Falou me segurando pelos braços – Eu estou aqui, com você, e aqui eu vou ficar. Acredite em mim, eu sei esperar...

   Ficamos em um silêncio incômodo por uns instantes, até que eu tive coragem para perguntar:

-Então você não vai me trocar por Perséfone por eu não satisfazer suas vontades?

-Qual é o seu problema com Perséfone?

-Sério, você realmente não sabe? – Perguntei levantando de tanta raiva.

-Se eu soubesse não estaria te perguntando, né?

-Ela te beijou, e eu tenho certeza que fez muito mais que isso com você. Argh! Só de imaginar aquele corpo esquelético te abraçando me dá vontade matar ela!

-Calma, vê se não destrói nada.

Joguei uma almofada nele, porém ele foi mais rápido e a pegou antes que atingisse seu perfeito rosto.

-Desculpe, eu acho que me descontrolei. – Sussurrei de cabeça baixa.

-Você acha? –Ele veio até mim e me abraçou. – Naara, o que eu tive com ela é passado...

-Um passado muito recente, diga se de passagem. – Resmunguei, ainda olhando pro chão.

Ele segurou meu queixo com o polegar e o indicador me fazendo olhar bem em seus olhos.

-Você é o meu presente e espero que seja o meu futuro, Naara. Eu sei que sou infantil e irresponsável às vezes...

-Só às vezes? –Perguntei irônica.

-Continuando... Esse é o meu jeito, mas por você eu juro que vou tentar mudar. Vou lhe mostrar como eu posso ser o cara com quem você sempre sonhou...

-Jura? –Sussurrei.

-Juro. Mesmo que eu tenha que casar com você antes de ter você, por completo.

    -Você faria isso por mim? –Perguntei emocionada, eu tinha noção o que ele teria que abdicar pra ficar comigo.

Pois, que cara hoje em dia trocaria uma vida cheia de mulheres que poderia lhe dar tudo que quisesse, para ficar com uma garota só, tão certinha e cheia de paranóias como eu?

-Por você, sim. –Sussurrou em meu ouvido.

Fechei os olhos e deixei meu corpo me guiar desta vez. Encostei meus lábios aos dele, num beijo cheio de ternura. Ele apenas segurou meu rosto delicadamente. Nós abrimos os olhos lentamente.

-Eu te... –Eu ia começando, mas fui interrompida por que alguém escancarou a porta sem a menor cerimônia. Levei um baita choque. - Que merda é essa? –Saiu invés disso.     


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Notas finais do capítulo

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