Dark Sky escrita por Nath Mascarenhas, prettysemileek
Notas iniciais do capítulo
Gente, amei esse capitulo! Foi o melhor que eu já escrevi, em toda a história de DS ( Dark Sky) Esse é meu favorito e espero que sejam o de vcs também.
-Fala! Você está me deixando nervosa...
-Primeiro prometa que vai ficar calma e que vai se controlar. – Sua voz parecia de assustado. Como assim ele estava com medo de mim agora?
-Eu prometo. Agora desembucha logo, o que foi que aconteceu?
-Eu acho que sua antepassada se apoderou do seu corpo. – Ele falou hesitante.
Há. Essa é boa... Se algo tivesse se apoderado de mim eu, com certeza, lembraria... Não é?
Minha cabeça latejava insanamente.
Ele pôs dois dedos na minha têmpora e fez com que a dor sumisse temporariamente.
-Obrigada. – Sussurrei aliviada. – Mas eu tenho duvidas que algo tenha invadido o meu corpo, eu me lembro de Izabel tocar meu ombro, ela fez algo comigo?
-Não, mas você quase a matou! Naara sei que você estava com raiva, mas não se pode usar uma carga daquela proporção numa pessoa só! Tudo que vai volta, é a lei do universo...
-Com eu quase a matei se Eu não me lembro?! – Gemi. – Eu não faria isso nem com ela...
-Se não foi você, foi quem? – Percebi onde ele queria chegar.
-Você então acredita que uma índia entrou no meu corpo e fez isso tudo?
Ele assentiu.
-Talvez ela já esteja aí com você desde que você nasceu. – Deu de ombros - Só que só agora resolveu se manifestar.
Será?
-Eu tenho me sentido estranha... – Confessei. – Como se eu estivesse ressentida com alguma coisa que eu nem sei o que é, tenho certeza que não é por Raoni ter me traído, tá talvez isso seja a cereja do bolo, mas é que agora eu tô me sentindo completamente diferente com relação a você.
Ele sorriu.
-Entendo o que diz. Eu também estou me sentindo assim, por que será?
Fechei os olhos e tentei lembrar, mas... Nada.
Absolutamente nada, somente um vazio imenso dentro da minha cabeça.
Porcaria!
De repente um estalo veio na minha mente!
A segunda lua cheia! Era isso! Só podia ser...
Percebi que poderia ter minhas respostas todas respondidas quando a lua estiver cheia novamente, olhei para Luka que ainda fazia com que minha dor de cabeça não me destruísse, com uma idéia já formada na minha cabeça.
-Luka, você tem uma câmera?
-Sim, mas...
-Mas nada. – O interrompi feliz – Cadê?
Ele apontou para o seu quarto e eu corri e voltei, minha cabeça milagrosamente havia parado de doer, estava tão feliz que as minhas duvidas finalmente seriam solucionada que quase pulei de alegria.
-Você vai fazer o quê? – Ele me perguntou provavelmente me achando uma louca.
-Eu nada, você vai. – Expliquei o confundindo mais, invés de descomplicar.
- O que você está planejando? – Ele falou sorrindo malicioso e pegando a câmera. – Hummmm, nunca pensei que você seria tão selvagem.
Dei um murro no seu ombro.
-Idiota. – Eu ri rolando os olhos – Não é nada o que você está pensando...
-Deu pra ler pensamentos agora? – Perguntou tirando uma foto minha.
-Não, mas você é tão previsível... – Falei tirando a máquina fotográfica da mão daquele pervertido.
Ele suspirou desapontado.
-Tá, o que é que você quer? – Ele perguntou de má vontade.
-Que dia vai ser a próxima lua cheia?
-Hoje. – Ele disse convicto.
-Sério?! – Eu não tinha notado que já havia se passado um mês depois da última lua cheia.
-Sim, mas o que isso tem haver comigo fazendo alguma coisa pra você?
- É que na última lua cheia aconteceu a mesma coisa que hoje, eu comecei a ter instintos e depois acabei apagando. Estou cansada de ficar no escuro sem saber de absolutamente nada, quero saber disso tudo hoje. – Por isso lhe joguei a máquina.
-E o que eu tenho haver com isso?
-Porra, você já foi mais rápido no raciocínio. – Reclamei em tom de gozação – Vamos lá hoje à noite, no mesmo lugar que eu tive a primeira... Invasão. – Eu não sabia como denominar esse treco. – E vai registrar tudo.
Ficamos um tempo calados, até que ele me olhou com os olhos cheios de intenções, segundas, oitavas e até décimas nonas intenções.
-IIh... O que é Luka? – Perguntei. O que eu teria que fazer contra Raoni para ele me ajudar?
Ele me abraçou delicadamente, porém mega rapidamente e me puxou para debaixo de si, segurando meus braços com força.
Não me senti machucada, mas sim outra coisa, se é que me entendem...
-Se você está pedindo... – Ele começou sussurrando quente as palavras na minha palavra
-Mandando. - Falei autoritária deixando bem claro a minha posição.
Suas mãos percorreram minha perna até que elas chegaram meu quadril, fazendo-me impulsionar para que eu deitasse nos travesseiros.
Beijei-lhe com vontade, eu o queria.
Parei assustada com os meus próprios desejos.
- O que foi? – Ele me perguntou no pescoço.
-Eu acabei de descobrir que eu sou apaixonada por você. – Meditei mais pra mim do que para ele.
-O pior que eu também. – Suspirou, deitando- se ao meu lado. – E agora?
-Sei lá.
Eu não tinha deixado de me amar Raoni, não sei se isso era infelizmente ou felizmente, mas ele era meu amor verdadeiro, ele é aquele que eu sempre pensei que vai estar ao meu lado quando eu estiver bem velhinha. Ele, com certeza, é o dono do meu coração.
Mas pelo outro lado tem Luka, com ele eu não me esforço o tempo todo para entendê-lo, para saber o que ele está pensando, pois, ele fala na lata, exatamente igual a mim. Além do que, ele parece ter uma influência excitante sobre mim que com apenas um olhar, eu fico louca nos seus braços, ele parecia ser o dono do meu corpo e sabia disso muito bem e até como usufruir desta influência para conseguir o que quer.
-Como saber onde começa o amor e não somente luxúria? – Perguntei e ele me encarou. -Pois, a linha entre os dois sentimentos é tão tênue e próxima uma da outra que eu me confundo a cada gesto que você dá.
- Eu sinceramente... –Ele fez aquele ar solene e completou: - Eu não faço a mínima idéia.
Disse dando um beijo estalado na minha bochecha.
Depois disso ele foi tomar banho, deixando-me lá sozinha prostrada na cama.
Uma leve batida me fez dar um pulo.
-Entre... – Falei me deitando mais apresentável.
Raoni apareceu meio tímido, sem saber se entrava ou não.
-Corro o risco de pegá-lo pelado? – Brincou, mas sabia que ele não estava de bom humor.
-Não, temos quarto e banheiro separados. – Sorri e bati na cama para que ele sentasse ao meu lado.
-Hum. – Ele pareceu surpreso e até ergueu uma sobrancelha para a porta que dava para o quarto de Luka. – Interessante...
-Então, você quer que eu o chame? Aposto que ele não vai se importar em vir nu. – Falei rindo e ele estremeceu.
-Credo! – Ele franziu o nariz, porém se manteve em pé. –Mas eu quero falar com você.
-Sim?
-Você sabe que está livre para ficar com ele não é? – Sua voz era distante, como se preferisse estar em outro lugar a aqui.
Não gostei disso.
-Ah, tá! Foi ótimo que você tenha me liberado, pois sem sua permissão, eu juro que não conseguiria chegar perto dele. – Falei irônica.
Ele me olhou sério.
-Naara, você não é mais a garota que eu conheci e me apaixonei, sério, você está insuportável, fria e calculista... – Ele falava em tom acusatório, como se jogasse tudo na minha cara – Nem reconheço mais aquela menina doce que sofria pela morte dos pais.
-Qual é o seu propósito em me ofender desse jeito? – Perguntei indiferente, esperando realmente que Luka aparecesse agora, mas eu já o conhecia o bastante pra saber que ele só se consideraria pronto para sair do seu quarto daqui a duas horas.
-Quero te alertar, Naara. – Ele falou veemente – Você é tão poderosa, pois seu coração sempre foi puro, mas de uns tempos pra cá você tem andado perdendo essa qualidade.
Ele andou até a porta e me olhou sobre o ombro.
-Cuidado ou você vai ficar igual a ele. – Avisou-me. – Solitária e insuportável.
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