Asleep escrita por Hoppe, Mih Ward


Capítulo 9
Dear diary...


Notas iniciais do capítulo

Hooy *O* eu espero q gostem e boa leitura *-*

Bjoos



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Nunca acreditei que diários poderiam ajudar tanto uma pessoa... Mas vendo Sue escrever toda noite antes de dormir, em seu diário cor de rosa com flores na capa, me fez pensar nisso...

Nunca acreditei que um simples caderno poderia carregar nossos segredos mais íntimos e o fardo de um peso de nossa consciência. Sue me dera um diário de presente depois da noite em que eu a assustei, ela dizia que os pesadelos pareciam sumir quando descarregávamos nosso peso.

Suspirei pela enésima vez naquele dia enquanto olhava a frente e o verso do diário cor azul celeste, que a própria Sue escolhera para mim alegando que o azul combinava comigo.

“Quando sentir que há muitas coisas em sua mente e em seu coração... Simplesmente escreva” dizia ela.

Sentei-me na escrivaninha e abri o diário diante de mim. Molhei a pena no tinteiro e respirei fundo, antes de começar a escrever.

“Querido diário...”

Olhei para aquilo não acreditando que minha mente me permitiu escrever aquela porcaria. Porém, saber que ninguém leria aquilo já estava de bom tamanho.

Não sei por que estou escrevendo isso – na verdade, eu sei. Tudo por que Sue me obrigara de um modo que eu cedi a aqueles olhos doces e fofos.

Tenho certeza de que meu íntimo é grande o bastante para ocupar todos meus sentimentos reprimidos e mesmo assim, não sei por que estou aqui. Afinal, qual é a graça de escrever em um caderno?

Vamos lá então...

Às vezes acho que tenha sido intenção de Dumbledore me mandar de volta para 1943, justamente para que eu não sofresse mais. 1995 me prendia a Cedrico, me prendia às lembranças que nunca se acabariam e aquilo de fato me causava mais dor e mais sofrimento a cada dia. Hoje, olho para trás e não vejo muita diferença do modo que estou agora, mas sinto que houve uma pequena mudança.

Tom Riddle, meu motivo de estar aqui. Pergunto-me toda vez que olho para os seus olhos profundos, como ele se tornara o monstro que é nos tempos atuais, suas diferenças são assustadoras mas ao mesmo tempo, também há muitas semelhanças, como por exemplo sua ambição pelo poder, e sua frieza... “

A porta do quarto foi aberta interrompendo minhas tentativas frustrantes de achar algo descente para que pudesse escrever naquele maldito diário. Olhei para a porta do quarto e Sue adentrou, saltitando como sempre.

- Escrevendo no diário que dei a você? – perguntou com os olhos violetas cintilantes ao me ver debruçada sobre o caderno azul celeste – Como esta se saindo?

- Péssima – murmurei monotonamente – Sou péssima em expressar meus sentimentos em um caderno.

Ela suspirou, revirando os olhos de um jeito infantil. Seus lábios se reprimiram permitindo que eu visse suas covinhas que a deixavam mais fofa ainda.

- É um diário, Myh – falou docemente pegando o caderno com delicadeza – Não precisa ter palavras certas... Precisam ter as palavras que consigam exprimir seus sentimentos.

- E do que isso adiantará? – perguntei cruzando os braços.

- É apenas o começo... – falou – Logo você se acostuma.

Ela me estendeu novamente o caderno que peguei reprimindo uma careta.

- Agora... Vou deixá-la sozinha – falou ela saltitando até a porta, que foi fechada logo atrás de si.

Suspirei, novamente e coloquei o diário a minha frente. Nada vinha a minha mente, não sentia nada, apenas as pontadas em meu peito. Nada mais.

Por fim, me levantei da cadeira, agarrando o caderno e sai do quarto. Passei rapidamente pelo Salão Comunal, tentando não ser vista, porém, meu corpo se colidiu com outro. Levantei meu rosto.

- Hm... – era Abraxas Malfoy – Lestrange?

- Legrand – eu o corrigi e ele abriu um largo sorriso.

- Isso! – exclamou – Pensei que não nos veríamos mais...

- Pois é... – Eu desejava que isso acontecesse, completei mentalmente – Tenho que ir...

- Espere! – eu o ignorei, saindo apressadamente pela passagem secreta. Logo que pisei no Saguão, senti a brisa do vento abater sobre meu corpo. O casaco que usava não me esquentava o bastante, porém, ignorei começando a andar para algum lugar.

Sentei-me no lugar mais afastado que encontrara e ao mesmo tempo possuía uma iluminação agradável, causada pelos reflexos do sol que ondulavam pela grama.

Encostei minhas costas em uma pedra e abri o caderno azul celeste, peguei a pena e o tinteiro do bolso do meu casaco e olhei para frente, tentando deixar vir à tona meus sentimentos reprimidos.

Talvez, de alguma forma, eu tenha muitas semelhanças com Tom Riddle. Eu e ele nunca fomos exatamente... Felizes. Essa é a maior das semelhanças.

Queria poder confrontá-lo, ter alguma idéia do que eu poderia fazer para que eu evitasse seu destino cruel, mas nada me vem à cabeça. Por que é tão simples dizer que impedirei o futuro de Tom Riddle?”

Um baque surdo se fez, fazendo com que eu esbarrasse no tinteiro posto ao meu lado. A tinta logo caiu manchando a grama verde, tornando-a escura.

- Ótimo – sussurrei enquanto guardava a pena e o que sobrara da tinta. Fechei rapidamente o caderno e me levantei. Um remexer violento na pequena mata se fez e eu me virei para lá, assustada.

Uma garota normal correria para a direção contrária, porém, eu nunca fui a mais normal. Ao invés de correr, andei lentamente em direção a pequena floresta. E quando me aproximei mais, o movimento parou. Dei um passo para trás, certa de que fora apenas uma alucinação minha. Me virei para trás em um movimento rápido e reprimi um grito ao fitar os conhecidos olhos verdes.

- Olá – murmurou Tom com monotonia.

- Oi... – falei ofegante conferindo se o meu coração ainda batia. Estava certa, ele batia e se possível, de uma forma como nunca bateu antes. Mas sentia que não fora pelo susto.

Olhei nervosamente para trás sentindo como se alguém me observasse, porém, nada havia lá. Tom seguiu meu olhar.

- Algum problema? – perguntou e eu rapidamente voltei meus olhos a ele.

- Nenhum... – respondi em um fio de voz – O que faz aqui?

Os reflexos ondulantes do sol batiam fracamente contra seu rosto, deixando sua pele mais branca ainda destacando seus olhos verdes que a luz do sol se tornava castanhos.

 - Eu é que pergunto... – murmurou formalmente e vendo meu silêncio, continuou – Esse é o meu lugar preferido.

- Hm... Certo – falei – Não quis incomodar. Com licença – a última frase saíra de forma rude e arrogante. Aquela conversa já estava me irritando, passei por ele rapidamente.

Preview:

- Achei que quisesse isso de volta – murmurou ele tirando do bolso das vestes o caderno azul celeste decorado com delicadas flores, feitas por Sue.

Abri a boca, buscando ar e ao mesmo tempo tentando dizer algo. Estendi a mão e peguei o caderno.

- Não se preocupe – falou ele colocando as mãos para trás ficando em uma posição reta e formal – Eu não li.

- Não? – perguntei soltando uma risada nervosa – Qualquer um teria lido.

- Não gostaria que alguém lesse o meu – murmurou ele abrindo um pequeno e quase imperceptível sorriso.


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Notas finais do capítulo

Oq acharam? *-* me digaam!! Obrigada tbm pelos reviews do capitulo anterior *-* infelizmente, naum pude responder DD: eu vou tentar viu? HHAA'

Bjoos ♥