Asleep escrita por Hoppe, Mih Ward


Capítulo 10
Os porquês


Notas iniciais do capítulo

Heey *-* desculpas pela demora viu? HAHA' eu naum gostei desse capitulo :/ mas me digam oq acharam okay?
Espero q gostem e boa leitura
Bjoos



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O problema de o seu Salão Comunal ser nas masmorras era que ele ficava longe da cozinha. Bem longe.

Abri os olhos vagarosamente sentindo minha garganta seca. Joguei os cobertores para o lado e andei pelo escuro, tateando o ar a procura da porta.

Finalmente a encontrei e a abri. O corredor também estava escuro.

- Lumus – sussurrei e uma pequena mas muito útil, centelha de luz se acendeu iluminando meu caminho.

Os corredores do lado de fora estavam frios e desconsiderei a idéia de voltar e pegar um casaco. Apressei os passos e logo um ruído foi ouvido. Comecei a correr, sem saber o porquê, em direção ao barulho.

Me encostei na parede fria e observei o outro corredor.

- Vá dormir, Malfoy – um sussurro foi ouvido – Seu imprestável!

- Mas... – reconhecia aquela voz arrastada. Era de Abraxas Malfoy, porém, naquela hora ela saíra de forma trêmula.

- Vá! – a outro continuou a sussurrar, porém, em um tom mais rude e alto.

Logo pude ouvir passos ali mesmo que aos poucos se distanciaram.

- É muito feio espiar as pessoas... – murmurou – Srta. Legrand.

A voz agora soou em meu ouvido e quando me virei para o lado, lá estava Tom Riddle que eu quase tinha certeza de que estava do outro lado.

- O que faz acordada? – perguntou frio.

- Cozinha... – murmurei sentindo minhas pernas tremerem. Via no fundo dos seus olhos verdes, um brilho vermelho – E... Você? O que faz acordado?

Ele pareceu irritado com a minha ousadia, porém, sua expressão continuou a mesma.

- Sou o monitor-chefe...

- Mas hoje não é o dia da sua ronda – o cortei rapidamente.

- Você continua me observando toda noite, não é mesmo? – perguntou irritado.

- Isso não te interessa... – murmurei.

- Eu posso muito bem lhe dar uma detenção mesmo que eu não esteja em minha ronda...

- Mas não fará isso – o cortei novamente – Por que também será obrigado a tirar os pontos de minha casa e que ironicamente também é a sua.

Arqueei as sobrancelhas.

- O que custa tirar alguns pontos, não é mesmo? – ri sarcasticamente – Vamos, Riddle! Seja justo!

- Não irei tirar seus pontos, sua tola! – falou grosseiramente – Mas isso não me impede de eu lhe dar uma detenção.

- Quem esta aí? – uma voz asmática pôde ser ouvida por perto.

- Droga! – praguejou Tom, começando a andar apressadamente para o outro lado – o zelador Pringle.

- É... Ele não vai gostar de ver o monitor-chefe perambulando pelos corredores fora do horário, quando era para ele estar na cama – cruzei os braços começando a seguir seus passos. Minha voz era alta e fazia eco.

- Calada, Legrand! – ele murmurou ríspido olhando nervosamente para todos os lados. Acelerou mais os passos – Se não percebeu... Você também estará bem encrencada.

Ri por dentro. Dumbledore não permitiria que o diretor Dippet me desse algo muito grave, pois eu estava ali com o propósito de vigiar Tom Riddle.

- É sempre assim? – perguntei tentando fazer minha voz soar mais alta – Arrogante? Mandão? Prepotente?

- Aqui! – ele murmurou me puxando bruscamente pelo braço. Ele me empurrou para dentro de um pequeno armário e entrou também.

- Você é um idiota! – exclamei – Se não percebeu... O armário fica de frente para a sala do Pringle!

Ele permaneceu calado, talvez não querendo admitir sua idiotice.

- Vamos, Riddle! Admita! – exclamei e ele tirou os olhos do nada e os voltou para mim, meu corpo se arrepiou diante dos seus olhos – Você errou.

- Calada, Legrand – sussurrou dando um passo para trás, percebendo que estava perto de mais.

O silêncio finalmente chegou ali e do lado de fora, pudemos ouvir passos apressados e a respiração asmática de Apollyon Pringle.

- Quando vai admitir que errou? – insisti e ele me fitou com seus olhos fumegantes.

- Não errei – sussurrou – Eu nem tinha visto que a sala dele era em frente a esse armário.

- Então admiti indiretamente que errou?

- Fique quieta, Legrand. Pelo menos até podermos sair daqui.

- Idiota... – murmurei lhe dando as costas fitando a parede.

A poeira que havia lá fez com que meus olhos lacrimejassem. Fechei os olhos e as pequenas lágrimas escorreram.

- Droga... – murmurei me afastando dali. O que não adiantou muito, já que o armário era minúsculo.

- Chorando, Legrand? – perguntou Tom com um sorriso de deboche – Espero que não tenha sido a minha grosseiria. Por que eu jamais magoaria uma dama.

Ele estava ironizando a palavra “dama”?

- Vamos sair logo daqui... – sussurrei irritada andando até a porta, tentando abrí-la, porém, Tom a empurrou.

- Pringle ainda esta ai – ele me fitou com desdém.

- Eu sou alérgica a poeira, Riddle! Tenha compaixão, pelo menos!

- Acha mesmo que estou trancando-a aqui, de propósito? – perguntou e soltou uma risada de deboche – Não perderia meu tempo dessa maneira!

Havia uma pequena esperança de dentro de mim, que naquela hora se apagou. Esperava que Tom Riddle fosse pelo menos, diferente do que era futuramente. Pensei que em seu eu pudesse ter a compaixão, porém, não havia. Ele era como um monstro. Sem sentimentos e frio.

Houve uma troca de olhares incômoda. Odiava troca de olhares pelo simples fato de que algumas pessoas podiam me ler apenas com o olhar, podiam saber o que eu sentia apenas com o olhar. Eu odiava contato físico.

Tom levantou sua mão e secou a pequena lágrimas que escorrera pelo meu rosto, com seu dedo frio. Aquilo me causou arrepios contínuos pelo corpo e minha respiração de repente se tornou pesada.

Diante do silêncio, ele rapidamente desviou os olhos e abriu a porta lentamente fazendo com que um rangido fosse ouvido.

- Acho que ele já foi – murmurou e antes de sair, me lançou um último olhar, porém, seus olhos já não estavam mais frios. Deles, emanavam um calor – Eu... Eu... Me desculpe...

- Pelo o quê? – perguntei.

- Pela...- ele engoliu a seco – Grosseiria.

E em seguida, saiu sem que eu pudesse lhe dizer algo. Seu maldito perfume entorpecente se impregnou em mim fazendo com que fosse impossivel de dormir.

Mas, uma coisa que eu não entendera fora: Por que diabos Tom Riddle pediu desculpas?

Talvez, eu entendesse o fato de que ele andasse consumindo bebidas alcoolicas em Hogwarts.

- Você não tem coragem – murmurava ele. A voz já era conhecida para mim como se houvesse sido gravada a ferro em minha mente de uma forma que apenas ao ouví-la sentia meu coração pular do meu peito – É uma tola... Medrosa, patética...

- Cale a boca! – eu tinha a varinha apontada para o seu peito. Minha voz igualmente as minhas mãos tremiam, eram apenas simples palavras que pareciam presas em minha garganta – Eu... Eu preciso fazer isso!

- Ninguém esta impedindo que faça, Srta... Diggory – um sorriso de deboche se abriu em seu rosto – O que esta esperando? Estou pronto... O único problema é que você não.

Minha respiração se tornava pesada a cada minuto, tremia, sentia um fúria reprimida mas ao mesmo tempo medo... Angústia, nostalgia.

- Apenas duas simples palavras – a calma que emanava dele era impressionante – Avada... Kedrava. Repita comigo...

Eu tinha de fazer aquilo, tinha porém não conseguia. Olhar para seus olhos não ajudava, muito menos seu perfume entorpecente que se soltava de sua pele e chegava até mim parecendo de propósito. A expressão serena em seu rosto o fazia parecer indefeso e inocente, mas sabia que de inocente e indefeso não havia nada nele.

- Avada... – sussurrei abaixando o rosto fechando os olhos, permanecendo com a varinha apontada. Apenas uma simples palavras me restava para que eu enfim, pudesse voltar para 1995 – Eu te amo, Tom.

Abri os olhos me sobressaltando na cama. Empurrei os edredons pesados para o lado, fazendo com que eles caissem no chão. Respirei fundo tentando armazenar o máximo de oxigênio em meus pulmões.

O suor frio escorria pelo meu pescoço e conseguia ouvir o bater incessante de meu coração. Como queria que aquele bater parasse de uma vez... Já não suportava a ferida no meu coração, porém, desde que chegara ali a dor não se manifestou de forma exagerada e aos poucos ela parecia adormecer.

Não queria dormir, dormir e ter a continuação daquele sonho. Deitei-me novamente na cama e forcei meus olhos a não se fecharem.

O sono me pegou de surpresa fazendo com que do nada, tudo se escurecesse fazendo com que eu voltasse a inconsciência.

E antes pude raciocionar apenas uma coisa: Naquela noite eu não sonhara com o meu irmão.


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Notas finais do capítulo

Oq acharam da Sue? *O* Se acharem outra atriz parecida com ela, me digam! *-* obrigada pelos reviews do capitulo anterior e espero q tenham gostado desse :))
Bjoos