Asleep escrita por Hoppe, Mih Ward


Capítulo 4
Srta. Legrand


Notas iniciais do capítulo

OOOI *O* espero q gostem e boa leitura o/ agnt se fala lá em baixo

Bjs



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- O que sabe sobre Lord Voldemort, Srta. Diggory? – de fato, Dumbledore, fora a única pessoa do qual tinha coragem de pronunciar aquele nome.

- O assassino do meu irmão... Talvez – respondi com a voz seca.

Já se passara horas. Ele tentava chegar ao ponto certo, porém, sempre me fazia perguntas filosóficas do qual me tirava ainda mais a paciência.

- Digo... O que sabe sobre a vida dele? – corrigiu-se.

- Não sei muito... – respondi – Apenas sei que já foi um estudante de Hogwarts... Estou certa?

- Certíssima – respondeu ele ajeitando seus óclinhos – Algo mais?

- Só... – respondi dando de ombros e o fitei com mais intensidade – Agora... Por que esta me mantendo aqui? Por que esta me fazendo essas perguntas?

- É um assunto delicado, Srta. Diggory... – falou cruzando as mãos sobre a mesa – Não sei por onde começar.

- Vá direto ao ponto, professor...

Ele suspirou e concordou.

- Certo... – falou – A idéia é que eu gostaria de lhe conceder uma missão.

- Uma missão? – perguntei e ele balançou a cabeça.

- Uma missão que sei que apenas você será capaz de cumpri-la.

- Que... Tipo de missão? – me inclinei para frente. Meus olhos brilhavam de curiosidade.

- Voltar no tempo – respondeu e eu voltei a me afundar na cadeira.

- E... O que eu faria ali? – perguntei soltando uma risada sem humor.

- Evitar tudo o que esta acontecendo nos dias de hoje.

- Como? – perguntei.

- Eliminando o causador de tudo isso – seus olhos claros genuínos me fitavam. Fitavam como se pudesse saber o que se passava em minha mente, naquele exato momento.

- E como o senhor pretendia me mandar de volta para o passado? – perguntei esboçando um sorriso esperando que ele dissesse “Eu não sei” e acabássemos logo aquela conversa. Mas ao mesmo tempo, sabia que ele teria uma resposta. Alvo Dumbledore sempre tinha respostas na ponta da língua.

- Nessas semanas... Estudei mais sobre o vira-tempo – respondeu – Porém, um vira-tempo não conseguiria alcançar longas datas do passado.

Ele não tinha respostas! Aquele era o jeito dele de não dizer “Eu não sei”. Reprimi a vontade de alargar ainda mais meu sorriso.

- Porém... – ele continuou fazendo com que eu me esquecesse do sorriso – Também estudei sobre as chaves-portal. E vi que elas também podem ser usadas como meio de teletransportes entre os tempos.

- E...

- Então, por meio da magia, fundi as areias do tempo, do vira tempo, junto com uma chave-portal – respondeu estendendo-me uma bola de plástico que peguei.

- Isso é a chave-portal? – perguntei levantando a bolinha. Ele confirmou com a cabeça, solenemente.

- De fato... Ainda não foi testado – falou pegando de minhas mãos a bolinha – Mas, não temos muito tempo para isso, igualmente, para procurarmos outra pessoa que aceite cumprir esta missão.

- Então é... Ou eu vou ou eu vou? – cruzei os braços.

- Não estou lhe forçando, Srta. Diggory – ele murmurou.

- Por que pediu justamente para mim? A garota fracassada, da Lufa-Lufa, que perdeu o irmão e até hoje faz o drama? – levantei da cadeira, irritada – Por que a mim? Por que não a Harry Potter? Por que não a alunos brilhantes da Corvinal?

- Primeiro, Srta.... Se eu fosse você não a chamaria de fracassada. Por que se fosse eu não teria lhe concedido esta missão – murmurou com calmaria – Estou lhe pedindo, justamente, por que vi potencial em você, vejo determinação em seus olhos. Nesse poucos dias que a observei vi em você uma coisa perfeita.

Permaneci parada, como se aquele pequeno discurso brando de Alvo Dumbledore houvesse me tocado.

- Você aceita esta missão? – perguntou vendo que eu estava calma.

- Como posso aceitar se nem sei do que se trata? – cruzei os braços novamente.

- A missão é simples... – murmurou – É evitar, de alguma forma, que Tom Riddle se torne o que é agora.

- Espera! – eu o cortei, completamente confusa – Quem é Tom Riddle?

- Tom Riddle era... Na verdade, é Lord Voldemort – respondeu ele e finalmente, compreendi.

- E como eu o evitarei que se torne o que é agora?

- Isso eu não sei lhe responder – falou – É... Muito complexo predizer o futuro, os atos dele, dizer seus passos até aqui. Por isso, terá que ficar de olho nele...

- Espere! – eu o cortei novamente – Sou apenas uma garota de 15 anos! E... Eu ainda sou da Lufa-Lufa! Esta mesmo deixando em minhas mãos o futuro do mundo bruxo?

- Eu acredito em você, Srta. Diggory. Sei que se sairá bem...

- Eu... Não sei! Por que faria isso? – perguntei fechando os olhos, pressionando minhas têmporas.

- Não quer evitar a morte de seu irmão? – aquela pergunta me fez abrir os olhos – Se fizer isso... Poderá evitar a morte de seu irmão e de muitas outras pessoas.

- Mas aí... Tudo mudaria, Prof. Dumbledore – respondi – Nada mais seria como é agora!

- Porém, não haverá trevas – ele disse – E então, Srta. Diggory? Você aceita? Lembre-se de que sua escolha poderá mudar o rumo do mundo bruxo.

Era uma resposta simples que deveria dar a ele. O meu famoso “Não”. Porém, algo pesava em minha consciência. Teria algo haver como vingar a morte de meu irmão?

Não... Eu nunca conseguiria vingá-lo! Por Merlin! Aquilo era uma missão suicida! Não havia como impedi-lo de se tornar o que ele era hoje!

- Quais são as chances de eu poder voltar com vida? E... E seu eu errar? E se der tudo errado? – quanto mais perguntas saiam da minha boca, mais nervosa eu ficava. Mordi meu lábio inferior, aquela mania chata que até naquele momento havia parado.

- Não importa, Michelly – ele pronunciou meu nome com ternura, como se estivesse conversando com sua neta – É uma tentativa. A única que possuo nesse momento, não há mais tempo. E sei que você não ira falhar.

Mordi com mais força o lábio, porém, parei vendo que aquele era um momento muito importante para que eu começasse a sangrar.

- Eu... Aceito – falei mas ele me fitou com desconfiança quando ouviu a hesitação em minha voz.

- Não quero que se sinta forçada a fazer isso... – murmurou tocando minha mão. Fechei os olhos concordando com a cabeça.

- Eu aceito, Prof. Dumbledore... – falei em um tom mais firme, mesmo que eu estivesse com medo. Muito medo. E parecesse que borboletas dançavam em meu estômago.

Arrumava minha mala como se estivesse pronta para ir a um velório. De fato, logo iríamos para o meu velório. E esperava que meu corpo fosse enterrado ao lado do meu irmão...

Soltei uma risada seca, enquanto jogava as vestes de Hogwarts no malão. Por cima das roupas, coloquei os livros didáticos da época e por fim, fitei com nostalgia o retrato de Cedrico ao lado da minha mesinha. Peguei a foto e a observei por um longo tempo, como sempre fazia a noite antes de dormir.

- Desculpe... – sussurrei vendo sua foto sorrir e em seguida, um flash iluminar seu rosto – Mas... Não poderei levá-lo – fechei os olhos sentindo as lágrimas quentes rolarem por ela – Desculpe...

Deixei a foto na escrivaninha e fechei os malão. Sai do quarto, puxando-o com certa dificuldade. Sequei as lágrimas antes de sair do Salão Comunal.

Dumbledore me aguardava em sua sala. Só que dessa vez, outra pessoa aguardava minha chegada, junto dele.

- Mon petit! – o forte sotaque de Madame Maxime se pronunciou. Ela me recebeu em um abraço caloroso – Dumbledorre m'a envoyé une lettre e...

- Madame Maxime! – eu a cortei – Acalme-se...

Quando ela ficava nervosa, seu sotaque francês costumava predominar. Ela respirou fundo, fechando os olhos. Por fim, os abriu e voltou a me fitar:

- Perdões minha pequena... – falou em uma língua que eu entendesse por completo, porém, o fraco sotaque prevalecia.

- O que esta fazendo aqui? – perguntei confusa e ela se levantou, ficando em seu tamanho normal.

- Dumbledore me mandou uma carta... – respondeu – Dizendo para que eu viesse com urgência. O assunto era sobre você e então... Vim o mais rápido possível. Aliás... Prof. Dumbledore, poderia pedir a Hagrid que alimentasse os cavalos?

- Certamente, Madame Maxime – respondeu o diretor com o sorriso calmo. Como ele poderia se manter calmo, se há alguns minutos eu estaria voltando para o passado?

- E... Onde eu estava mesmo? – ela perguntou e rapidamente se lembrou – E então... Ele me explicou tudo. Saiba, Michelly que não fui a favor disso e vous n'êtes pas obligé d'aller, bébé...

- Madame Maxime! – eu a alertei quando eu a vi voltar a ficar nervosa.

- Perdões, querrida... – falou colocando sua mão, com seus dedos cheios de anéis, em meu ombro – Mas... Essa idéia é absurda! É arriscada!

- Mas... Poderei salvar o mundo bruxo! – exclamei e guardei para mim mesma, o suposto plano de vingar o meu irmão.

- Ela esta certa, Olímpia – Dumbledore se pronunciou atrás de mim – Eu a escolhi por certos motivos, porém, não estou forçando que ela vá.

- Mas... E os pais dela? – perguntou a meia-giganta.

- Quanto menos pessoas souberem disso, melhor será.

Madame Maxime me fitou com ternura. Seus olhos escuros estavam opacos e marejados.

- É isso mesmo que quer, mon petit? – perguntou e eu balancei a cabeça. Ela tirou uma mecha da minha franja do rosto e sorriu, me abraçando pela ultima vez - Tout ce que vous pouvez lui souhaite bonne chance.

Eu a soltei, limpando uma lágrima que se acumulara no canto dos meus olhos.

- Beauxbatons estará torcendo por você... – falou sorrindo e eu com muito esforço e em meio às lágrimas que tentava reprimir, devolvi o sorriso.

Virei para trás e olhei com a visão turva, a bolinha de plástico que Dumbledore segurava.

- Apenas segure na bolinha... Enquanto pronuncio o feitiço – falou e me estendeu a bolinha – Quer falar algo antes de ir?

Sacudi a cabeça, deixando que as lágrimas rolassem pela minha face, enquanto o abraçava e fechava os olhos. Ele me abraçou, como um vovô abraçando sua neta.

- Seja forte, Michelly – falou brando e eu concordei, me afastando e secando as lágrimas. Ele tirou do bolso das vestes, dois envelopes – Entregue este para Armando Dippet, o diretor de Hogwarts naquela época – ele me estendeu o envelope menor – E este para o eu-do-passado, para poupá-la de explicações – dessa vez, o envelope era um pouco maior – De agora em diante, seu nome será Michelly Christinny Legrand, aluna transferida de Beauxbatons.

Assenti, guardando tudo dentro da mala. Depois de tudo guardado, eu voltei a fitá-lo.

- Posso perguntar uma coisa antes de ir? – perguntei e ele concordou – O que viu em mim, de tão especial, que me faz ser certa para esta missão?

- Tom Riddle nunca fora uma pessoa... Feliz... – murmurou – Ele não possui muitos amigos, creio eu. Tom sempre foi muito cauteloso e calculista, sempre observou tudo antes de agir... E por isso, achei que você fosse a pessoa certa para esta missão, Srta. Diggory. Nesse tempo todo em que a observei, percebi que é discreta e sempre tenta passar despercebida. Isso fora o que mais procurei em alguém... Deverá continuar assim, cautelosa e ágil. Nunca, Srta. Diggory, jamais confie nele... Esse fora o meu erro.

Concordei com a cabeça, me arrependendo de ter feito aquela pergunta anterior. Saber que Voldemort era um calculista desde sempre, fez com que mais borboletas voassem furiosamente em meu estômago. Ainda não me achava capaz de fazer aquilo.

- Boa sorte, Michelly... – falou esboçando um sorriso bondoso – Todos nós aqui estaremos torcendo por você. E saiba que acredito que você consiga cumprir esta missão.

Um sorriso fraco e involuntário se abriu em meu rosto, enquanto apertava com força a bolinha. Fechei os olhos quando ele pegou sua varinha e apontou para mim.

- Boa viagem – pude ouvir a voz de Madame Maxime logo atrás e gostaria de ter respondido se um baque surdo não ocorresse. Perdi o chão, mas não ousei abrir os olhos. Apertei mais a bolinha e busquei mais oxigênio em meus pulmões. As borboletas em meu estômago se agitaram mais e mais e de repente, pararam.

Notinha:

*_* Um super obrigado pra AnaBeatrizSouza, que além de ter escrito uma recomendação MARA, me apoia mt em ser escritora, enquanto eu quero ser biologa u__u. Ana =') eu a Milena ficamos sem palavras aki HAHA' mt obrigada pelo seu apoio e só por isso, vou começar a pensar em ser escritora ^^ e se talvez eu me torne uma, *O* vou ter q agradecer vc, por ser uma das pessoas que mais mi inspiraram. =') realmente, estou sem palavras. Só agradeço muito. Obrigada, obrigada :)

Entaum é isso hehehe ^^ espero q tenham gostado e muito obrigada pelos reviews do capitulo anterior *O*

Bejo meu, bejo da Mih! ♥


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