Asleep escrita por Hoppe, Mih Ward


Capítulo 23
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Hey flores, eu queria que nos desculpassem pela demora, o capitulo já tava pronto, mas Merlin não queria que postassemos, já que tanto meu computador quanto o da Hoppe resolveram morrer. Sim, eu estou pelo computador da academia, feliz por ter a historia salva no bate papo do face, já que se não tivesse, demoraria eras.
Mas enfim, esse é o epilogo gente, eu que escrevi, portando não xinguem a Ho, ok? Haha, e ah, leiam as notinhas finais, é importante!



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Dois anos se passaram desde minha estranha e assustadora viajem ao passado. Eu tinha meu irmão do meu lado agora, Tom não o matara. Poderia considerar isso como um ganho, porém só isso mudara. Lord Voldemort era real e ameaçava a nossas vidas, ameaçava a Hogwarts. 
Estávamos em tempos sombrios, Voldemort assumira o poder do mundo bruxo, dominara o Ministério da Magia e Hogwarts sofria nas mãos dos irmãos Carrow. O caos dominava e o medo se fazia presente em cada passo que dávamos. 

Eu havia entrado para a armada de Dumbledore, assim como meu irmão, Cedrico. Na verdade, me sentia estranha estando de volta ao presente, ainda esperava acordar no Salão Comunal Sonserino com a doce Sue e seus olhos infantis, esperava passar pelos corredores e encontrar o misterioso Abraxas, que apesar de tudo, amava minha amiga. E principalmente, esperava encontrar Tom Riddle toda vez que virava para trás, esperava ver seus olhos esverdeados ou negros, o brilho vermelho e assustador... Esperava ouvir sua voz gélida e sua risada sarcástica, esperava sua aproximação súbita e os efeitos que ela causava em mim. Eu esperava tanta coisa que não aconteceria nunca mais, mas isso não me fazia parar de esperar, esperar... 

O tempo passava rapidamente, parecendo querer zombar de mim. Eu nunca estive tão bem com meu irmão, poderia dizer que nos tornamos amigos e confidentes, eu me arrependera amargamente da inveja que tinha dele assim que percebi a falta que ele me fazia. Porém, o buraco onde antes estava à dor pela morte de Cedrico ainda estava lá, dessa vez substituído pela perda de tudo que deixei no passado, incluindo Tom Riddle. Com o tempo eu aprendi a conviver com o vazio e poderia dizer que estava feliz, ou pelo menos fingir que sim. 

Estávamos na sala precisa, dias atrás nos escondemos aqui e não saímos mais. Acontece que os irmãos Carrow haviam conseguido a lista de todos os pertencentes a AD e se ousássemos cruzar os corredores do castelo, correríamos o risco e ser pegos e brutalmente torturados por Aleto e Amico. 

Eu estava entediada, os treinos pareciam cada vez mais patéticos e inúteis diante da imensidão do exercito de Voldemort. Harry não dava sinais de que nos ajudaria e desde que ouvimos que ele invadira Gringrotes, nenhuma noticia chegara a nós. Estávamos no escuro, sem saber o que fazer nem como agir, e isso me irritava profundamente. Não conseguia mais ficar sentada naquele lugar sem saber o que acontecia lá fora, era angustiante e assustador. 

- Aonde você vai? – meu irmão me perguntou assim que me viu levantar, deixando de conversar com Cho, sua namorada.

- Eu vou sufocar se ficar mais alguns segundos aqui – murmurei irritada, enquanto procurava minha varinha pelos lençóis. 

- Você não pode sair, Aleto e Amico podem a pegar – Cedrico falou preocupado, se levantando e colocando-se em minha frente. 

- Eu sei me cuidar, Cedrico – eu disse, sentindo um cansaço devido a provável briga que sairia disso. 
Cedrico me analisou por alguns instantes e suspirando pesadamente, disse: 

- Tenha cuidado – e voltou a se sentar. 

Pisquei atordoada, demorando alguns segundos para perceber que ele aceitara sem discutir, isso era inédito, já que meu irmão se tornara extremamente protetor desde que eu voltei e começamos a virar amigos. 

- Ok – murmurei ainda atordoada, me esquivando dos membros da AD pelo caminho, que me olhavam curiosos e amedrontados. 

- Aonde vai, Michelly? – Neville me chamou antes que eu pudesse alcançar a porta.

- Preciso saber o que está acontecendo ou eu irei enlouquecer – falei exasperada, o olhava como se o desafiasse a me impedir, olhar que eu aprendera com Tom. 

Ótimo, e de novo, eu pensara nele. Neville somente assentiu e eu segui até a porta sem mais interrupções, graças a Merlin. 

Era hora do almoço, percebi vendo alguns estudantes andarem apressados em direção ao Salão Principal. Me misturei rapidamente entre alguns lufanos, que me olhavam assustados assim que me reconheciam, mas não comentaram nada. Assim que eles adentraram o salão, me ocupei de seguir outro caminho, que inconscientemente me levava às masmorras. Era engraçado como meus passos sempre me levavam até aquele local, eu poderia dizer que me sentia estranha pertencendo a Lufa-Lufa, quando ficara tanto tempo pertencendo aquela casa no passado. 

-Ora, ora, o que temos aqui? – uma voz fria e arrastada me sobressaltou, fazendo com que eu xingasse baixo. 

- Malfoy – murmurei entredentes enquanto me virava para o garoto de cabelos platinados e olhos cinza que me olhava com um sorriso cínico.

- Acho que Aleto ficaria suficientemente contente se eu a levasse um membro da Armada de Dumbledore, Diggory – ele comentou, o sorriso alargando ainda mais. 

- Não, Malfoy eu não... 

- Calada! – ele falou irritado – Vou chama-la imediatamente. 

- Estupefaça! – apontei minha varinha a ele, que se desviou rapidamente, fazendo com que o feitiço batesse na parede. 

- Incarcerous – ele lançou o feitiço rapidamente e, antes que eu pudesse me defender, já sentia as cordas em volta do meu corpo, me impedindo de fazer qualquer movimento – Lufana estupida – ele cuspiu, ao mesmo tempo em que Aleto chegava ao local, provavelmente ouvira nossas vozes. 

- Mas o que é que... Malfoy! – ela exclamou maravilhada assim que viu presa e soltou uma risada assustadora – Finalmente conseguimos! E logo hoje, logo hoje... 

Ela me puxou, enquanto parecia querer pular de tão animada. Era estranho ver Aleto assim, esperava que ela se irritasse e me lançasse uma Crucciatus até que eu enlouquecesse, assim como Bellatrix fez com os pais de Neville. 

-Oh, Milord irá adorar isso, claro que sim... – ela murmurava para si mesmo, e eu ignorava, enquanto tentava mover minhas mãos para fazer algum feitiço que me tirasse daquelas cordas. 

Chegamos a sala do diretor antes que eu conseguisse algum êxito, e murmurando a senha e me puxando até as escadas, Aleto me jogou até meu pior pesadelo. 

Porque não era Snape que estava naquela sala, como eu imaginava. Era Lord Voldemort, ou Tom Riddle. 

Prendi minha respiração assim que Aleto pigarreou, chamando a atenção do homem de feições ofídicas que eu me apaixonara no passado. 

- O que... – ele sibilava assustadoramente, mas logo que me reconheceu arregalou os olhos absolutamente vermelhos e suspendeu a frase – Michelly Diggory? 

- Tom... – murmurei hesitante, não sabia como agir exatamente. 

Aquele não era Tom Riddle, era Lord Voldemort, um dos piores bruxos que aconteceram no mundo mágico, qualquer coisa que ainda restava de humanidade nele, se perdera no passado. Agora ele era um monstro, mas esse monstro parecia abalado pela minha presença, assustado. 

- Aleto, me deixe a sós com a garota – ele sibilou e eu quase implorei a mulher que não fizesse isso, mas ela só assentiu, saindo da sala – Nos encontramos novamente, Srta. Diggory. 

Ele se aproximou rapidamente, como fazia no passado, mas dessa vez eu estava com medo. Ele era um assassino, um monstro. 

- Agora você têm medo, Michelly? – ele perguntou, uma cobra gigante atravessou a sala, se enroscando em meus pés, me fazendo tremer assustada. 

- Tom... 

- Tom Riddle morreu – ele me interrompeu, sua voz sibilante tão diferente da rouca que lhe pertencia no passado – Agora sou Lord Voldemort.
- Você sempre será Tom Riddle para mim – murmurei, tentando esconder o meu medo. 

A cobra sibilou, subindo por minhas pernas e se enrolando em meu corpo, sem fazer força, contudo. 

- Ainda continua petulante, pelo que posso observar – ele falou, me analisando atentamente – O que faz aqui, Diggory? 

- Malfoy me encontrou perto das masmorras – falei, tentando ignorar a cobra a minha volta. 

- Você faz parte do grupo do Potter? – ele cuspiu o sobrenome de Harry com nojo e eu apenas assenti – Entendo... 

- Irá me matar, Tom? – frisei seu nome, enquanto ele passava os dedos gélidos pelo meu rosto, me arrepiando instantaneamente, e não era um arrepio bom. 

- É o que eu deveria fazer – ele respondeu, sem tirar as mãos de mim. 

-E vai? – perguntei hesitante, fechando os olhos quando seu toque chegou até minhas bochechas, próxima aos olhos. 

- Não acho que consiga – ele respondeu depois de alguns segundos, me fazendo abrir os olhos surpresa. 

- Por quê? – eu perguntei, olhando dentro dos olhos vermelhos e assustadores, tentando reconhecer algo do antigo Tom. 

- Velhos hábitos nunca mudam, Legrand – ele sorriu friamente, dando ênfase ao sobrenome que eu inventara no passado. 

- Então... 

- A batalha final se aproxima, Michelly – ele murmurou sombriamente – Pegue sua família e junte-se a mim, ou eu não poderei garantir que saia viva no final. 

- Eu não farei isso – respondi firme, estremecendo com o olhar que ele me lançou. 
- Então nos veremos no final, quando Potter morrer, todos deveram me obedecer definitivamente e se você for contra, terá o mesmo final que ele. 

- Então irá me matar? – eu perguntei, ele já não me tocava mais. 

- Não preciso fazer isso pessoalmente – ele respondeu, olhando para a janela. 

Suspirei pesadamente, não sabia o que falar exatamente. Eu não me aliaria a Voldemort, iria contra tudo que eu pensava e acredita. Eu estaria ao lado de Harry até o fim, mesmo que esse fosse o meu fim também. 

– Você vai me deixar ir embora? – perguntei subitamente.

- Eu poderia faze-la como prisioneira – ele voltou a virar para mim, parecendo ponderar a situação. 

-Mas vai? – eu perguntei novamente, me sentia estranha. 

- Você escolheu a Potter, morrerá junto a ele – ele respondeu simplesmente. 

- Então isso é um adeus? – eu perguntei temerosa, me sentia estranha perto dele, os sentimentos que eu sentia pelo seu eu do passado misturavam-se com o horror àquilo que ele se tornara. 

- Sim, esse é outro adeus – ele falou, dando ênfase a palavra outro. 

Ele abriu a porta da sala do diretor, indicando que eu deveria sair. Caminhei até lá, sentindo que deveria falar mais alguma coisa para ele. 

- Tom? – chamei, me virando para ele, que me olhava intensamente – Obrigada. 

- Pelo que? – ele perguntou e eu poderia jurar que ele estava confuso, se seu rosto pudesse demonstrar alguma emoção. 

- Por não matar meu irmão – respondi, sorrindo minimamente. 

- Adeus, Michelly – ele murmurou e eu me impedi de me abalar pelo seu tom frio.

Sorri novamente, descendo as escadas rumo à sala precisa, a meu irmão e àquilo que eu achava o certo. Eu havia escolhido o lado de Harry Potter, afinal.


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Notas finais do capítulo

Então pessoal, o que acharam? Eu tenho uma proposta pra vocês, a linda da Amis sugeriu no review do capitulo passado a ideia de um bonus e automaticamente uma ideia veio na minha cabeça e eu fiz o bonus, na madruga ainda. Maaas, como esse é o ultimo capitulo da fic, eu e a Hoppe concordamos que só ganhariam o bonus quem comentasse nesse, que tal? É só comentarem aqui e aguardarem nossa MP com o bonus, eu volto aqui (na academia) na segunda, e mando pra todas que tiverem comentado esse fim de semana, e pras que não tiveram tempo, eu volto na quarta... haha. Então comentam e ganhem esse lindo (só que não) presente, flw?
Ah, e os agradecimentos, nossa... Eu queria agradecer a tantos aqui, mas tem uma fila gigante querendo mexer aqui e aqueles fortões me dão medo, então eu não posso citar a todos. Mas quero que saibam que agradecemos muito ao carinho de vocês, umas desde o inicio, outras que vieram depois, as fofas que comentavam em todos os caps e mesmo a gente demorando eras pra att, não desistiram da fic. As 5 lindas que recomendaram e tantas outras que fizeram eu e a lerdinha da Hoppe pularmos de alegria, muito obrigada!
Enfim gente, vamos ficando por aqui, sim? Um beijo a todas e até a proxima fic (nós temos um monte, se quiserem dar uma passadinha ~cofcof~).