Asleep escrita por Hoppe, Mih Ward


Capítulo 21
Sentimentos conturbados


Notas iniciais do capítulo

Milena: Hey flores, me desculpem a demora viu? Dessa vez (só dessa) a culpa foi minha, já que eu deveria escrever, mas esse capitulo já estava pronto, mas a lerda da Hoppe não queria betar e tals, então qualquer erro, culpem ela.
Mas enfim, espero que gostem e não me matem no final dele, certo?
Haha, enjoy!



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Acordei atordoada, não sabia onde estava. O lugar era sombrio e escuro, cobras adornavam seu redor. Estava deserto.

Levantei temerosa, me lembrando aos poucos dos últimos acontecimentos.

Beijo. Sentimentos conturbados. Varinha perdida. Tom. Banheiro. Desmaio.

- Tom? - perguntei receosa, me virando para todos os lados, a sua procura.

A confusão me dominava, que lugar era aquele? Onde estava Tom?

Me abracei, tentando espantar aquela estranha sensação em meu peito, será que ele finalmente havia decidido por minha morte?

- Tom? - chamei novamente, minha voz não passava de um baixo sussurro - Tom, você está aqui?

Escutei atentamente, porém, a única resposta fora o assustador silencio.

- Apareça, por favor - eu não entendia muito bem, mas eu sentia medo, muito medo. Mas do que qualquer outra vez que estive perto dele. O que aconteceria?

Comecei a andar pelos corredores sujos e assustadores, o silencio me amedrontava.

Continuei meu caminho, até parar em um, aparentemente, corredor sem saída. Soltei um suspiro irritado, olhando para a parede no fim do corredor. Como eu sairia daqui?

Me virei novamente, iria por outro caminho, quem sabe eu não achava alguma placa indicando a saída?

- Ah! - gritei, sobressaltada, quando percebi que algo impedia minha passagem.

Seus cabelos negros estavam bagunçados, seus olhos esverdeados pareciam duas esferas negras e suas feições duras.

- Você quer me matar? - perguntei colocando a mão em meu coração acelerado. Só depois perceberia o quanto aquela frase poderia se tornar real.

Ele não sorriu, como pensei que faria, sua expressão impassível. Ele estava planejando algo, percebi com um arrepio.

- Você vai me matar? - eu perguntei novamente, agora séria.

- Bem vinda a câmara secreta - ele falou seco, sua expressão inalterada.

Ele estava assustadoramente parecido com aquele que se tornaria no futuro. Assustadoramente parecido com o assassino do meu irmão.

- Tom? - dei um passo em sua direção, sem saber o que fazer.

- O que há de errado com você? - ele perguntou, sua expressão antes inalterável, agora frustrada.

- Como? - eu perguntei confusa, não conseguia acompanhar seu estranho raciocínio.

- Você veio do futuro - ele ponderou - Para me matar.

- Sim - murmurei, mesmo sabendo que não era uma pergunta, estava com medo do rumo de nossa conversa.

- Por que ainda não o fez? - seus olhos negros brilhavam de intensidade e eu soltei um baixo ofego.

- Eu não... Consigo - falei, frustrada.

- Por que não, Michelly? - ele avançou um passo em minha direção, os olhos me analisando friamente - Qual o motivo que a fez esquecer sua vingança?

- Eu não sei! - exclamei raivosa - É tudo tão confuso...

- Eu matei seu irmão, não há nada de confuso nisso - ele falou frio, sua expressão voltara a ser a impassível.

- Não - falei, tentando me convencer disso - Ainda não.

- Mas farei.

- Não - eu repeti - Voldemort fará, não Tom Riddle.

- Eu sou Voldemort, Michelly - Tom murmurou, se aproximando mais - Sempre serei.

- Por que não me mata? - arregalei os olhos de repente - Eu vim aqui para matá-lo, você deveria me querer morta, também.

- E eu quero - ele revelou.

Eu ofeguei, recuando alguns passos e batendo na parede que finalizava o túnel.

- Mas não posso - ele completou, eu deveria me sentir aliviada, mas sua expressão ainda era sombria.

- Você é diferente - ele murmura, olhando em meus olhos, eu não posso desviar - Isso é assustador, eu não posso me sentir assim, Michelly - ele fechou os olhos por um momento, quanto os reabriu, estavam esverdeados novamente - Eu não deveria sentir, você entende?

- Por que acha que é tão errado sentir algo, Tom? - eu perguntei, fazendo menção de tocar em seu braço, mas desistindo logo depois.

- Sentir é uma fraqueza, somente os fracos sentem - ele respondeu - Eu serei Lord Voldemort, não posso me dar à opção de ser fraco.

- Você não precisa ser ele - eu murmurei, fechando os olhos.

- Eu já sou ele, Michelly - ele responde - E isso não pode continuar, você está me desviando de meus objetivos.

- Você disse que não podia me matar - eu falei infantilmente.

- Como eu queria conseguir - ele desviou seu olhar - Seria tão mais fácil.

- Não entendo...

Ele voltou a me encarar, sua expressão se tornara dura e seus olhos negros, eu sentia medo.

- Você tem que se afastar - ele falou, rigidamente.

- Como? - ofeguei, assustada.

- Não quero mais vê-la, Michelly - ele falou calmo, como se comentasse o tempo - O que tivemos foi um erro, não irei repeti-lo.

- Eu não posso... - eu tentei me aproximar dele, minha visão embaçava.

- Irá conseguir - ele disse, impassível - Ou terei que apagar sua memoria.

- Por quê? - meus olhos finalmente transbordaram de lágrimas e ele capturou uma com os dedos, a observando.

- Não é o certo - quando voltou a me fitar, seus olhos clarearam rapidamente.

Ele se moveu alguns passos, colando seu corpo ao meu. As lágrimas automaticamente pararam, minha respiração ficou presa e meu coração descompensado.

Seus lábios gélidos lentamente se juntaram aos meus, que se abriram sem lutar. Ele me beijava com calma, suavemente. Era um claro beijo de despedidas, percebi, sentindo meu coração se apertar.

- Adeus, Michelly - ele murmurou e, antes que eu pudesse protestar, a escuridão me dominou e senti seus braços fortes me impedindo de cair.

Acabada... Era assim que eu me sentia, acabada. Quando acordei novamente, estava em uma das confortáveis poltronas do frio Salão Comunal, meu corpo estava um pouco dolorido pela má posição, mas nada comparava ao meu coração arrasado.

Quando me permiti me importar tanto com o assassino do meu irmão? Por que doía tanto?

Eu estava encolhida ao lado da lareira do salão. Abraçava minhas pernas, tentando por as partes de meu coração em seu lugar. As chamas verdes dançavam alegres, como se zombassem de minha dor.

Eu grunhi irritada, secando minhas lágrimas que escapavam sem permissão. Qual era o meu problema? Por que tanto drama por um assassino? Ele matará Amanda, mataria meu irmão e incontáveis bruxos e trouxas. Ele não possuía remorsos, nem sentimentos. Ele era um monstro.

Me levantei rapidamente do chão, andando decidida até a saída do Salão Comunal. Eu não fazia ideia de que horas eram, parecia estar perto do amanhecer.

Eu praticamente corria pelos corredores, meus passos ruidosos acordavam alguns quadros, que me xingavam, irritados. Eu apenas os ignorava, tinha um destino em mente, nada me pararia até chegar lá.

Depois de um longo caminho, parei na porta da porta da sala de Dumbledore, eu não sabia se deveria bater, mas eu estava com pressa.

Entrei abruptamente e Dumbledore me olhou intrigado por cima de seus oclinhos de meia lua.

- Algum problema, Srta. Legrand? - ele perguntou calmamente, sorrindo.

- Eu quero voltar - eu falei, ofegante pela corrida.

- Como? - seu tom se tornou sério, seu sorriso desaparecera.

- O que o senhor ouviu, eu quero voltar para o futuro.


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Notas finais do capítulo

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