Lacrimosa - porque o amanhã não Existe escrita por Tassiele


Capítulo 1
Ato 1




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Juntando o desespero e o futuro harmoniosamente na escuridão, A luz da lua que expõe minha tristeza brilha friamente.

 Abro meus olhos e fito o céu; está escuro, mas algo me diz que ainda é dia. Neste céu o qual observo, não há Lua, ao invés disso, vejo um planeta enorme e azul, com pequenos pedaços de terra, envolvido por várias nuvens nebulosas.

 -Onde estou? – pergunto para o nada.

 Ao que uma rosa da cor de um iogurte de morango me responde:

 -Você está em lugar nenhum.

 E uma outra rosa, desta vez negra, diz-me:

 -Você está lá.

 -Lá? – repeti para mim mesmo e ouvi o eco de minha voz.

 Observo aquela enorme bola com certa confusão. De algum modo, eu sentia como se a conhecesse.

 Ao meu lado havia uma roseira, com apenas duas flores: aquela rosa que mantinha a cor de iogurte e aquela outra que possuía a cor da escuridão.

 -Onde é lá?

 -Sua casa. – responde-me a rosa iogurte.

 -O inferno. – diz-me a rosa negra.

 Fitei aquele planeta com uma imensa curiosidade. Aquela beleza estonteante e brilho descomunal acabara por ofuscar o jardim onde eu me encontrava.

 Viro-me de costas para aquele planeta misterioso e vejo que, ali, havia uma enorme casa parecendo de uma boneca, porém, estava velha, caindo aos pedaços. Sua beleza estava escondida por aquelas teias de aranha, cores mórbidas, vidros e telhados quebrados, com plantas que invadiam as janelas. Um calafrio percorreu por todo o meu corpo, uma sensação horrível devo dizer.

 -Seus sentimentos não são bons. – constatou a rosa iogurte.

 -Seus pensamentos foram corrompidos pela maldade. – acusou a rosa negra.

 Enfureci-me de imediato com tais acusações.

 -E quem são vocês para saber algo sobre mim?

 Pisquei algumas vezes e um clarão iluminou meus pensamentos. Afinal, eu não sei nada sobre mim! E se aquelas acusações tivessem um fundo de verdade...?

 Por que eu não me conheço...?

 -Eu sou seu coração. – diz a rosa iogurte.

 -Eu sou sua mente. – fala a rosa negra.

 -E o que eu sou?

 -Nossa alma. – elas responderam juntas.

 -Então sou apenas um pedaço de mim mesmo...

 De uma forma estranha, ao invés do eco repetir minhas últimas palavras, ele repetiu “Um pedaço, um pedaço...”

 -Esse não é o meu lugar. – eu pensei comigo mesmo, porém, de um modo estranho, eu falava ao invés de pensar. –Como saio daqui?

 -Não morra. – responde-me a rosa negra.

 -Entre na casa. – diz-me a rosa iogurte.

 Me recusei a olhar para a casa pois fazia eu me sentir mal. Ao invés disso, me virei de costas para ela, voltando maus uma vez a observar aquela bola azul.

 -Nunca entrarei lá.

 E foi com essa frase em mente que passei meus dias naquele lugar estranho. Dia após dia...


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Notas finais do capítulo

Então, eu sei que ainda está no começo para dizer isso, mas comentem como vocês acham que é a vida do garoto e resoluções de mistérios, pois quero muito saber o que estou dando a entender.