Shooting Star escrita por Emmy Black Potter


Capítulo 4
Emoções e Reações




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Capítulo 3 – Emoções e Reações

Pov's Bella:

         Eu abri os olhos, parando de fingir que estava dormindo. Tirei um espelhinho de minha bolsa bege e olhei meus olhos. Urgh. Era a terceira vez que trocaria as lentes – a minha última lente, aliás, que derreteria com o meu veneno em no máximo três horas, e ainda tinha uma hora e meia de vôo.

         Em geral viajava nos jatinhos particulares, mas, dessa vez, meu disfarce de normalidade começava no avião, primeira classe, com humanos. E, infelizmente, olhos verdes com bordas vermelhas não envolviam "humanidade" alguma.

         Fui ao banheiro e aquela maldita luzinha piscou "ocupado". Tirei as – muito – incomodas lentes verdes dos olhos e substituí por outras. Suspirei.

         O resto da viagem foi calmo. Ninguém estava sentado ao meu lado, de forma que suportar a sede era fácil. As aeromoças passaram oferecendo o café da manhã e gentilmente o recusei, dizendo que o tomaria com minha família. Ah, tá, até parece.

         Fui uma das primeiras a sair e, na esteira com as malas, tive de pegar um carrinho, pois, novamente, telecinese não era normal. Ah. Eu teria tantas limitações aqui que já começava a me arrepender de ter aceitado a missão. Caminhei por mais alguns minutos, seguindo o fluxo de pessoas para saber onde deveria ir e não demorei a chegar ao portão de desembarque.

         Observei as pessoas à minha volta, distinguir vampiros de humanos não era difícil. Passei os olhos por algumas famílias e namorados que se reencontravam, até vê-los. Indubitavelmente eram eles.

         Estavam próximos a uma coluna, quase imperceptíveis – se não fosse a beleza, é claro. A beleza vampiresca é tão óbvia que nem com trapos no corpo seria disfarçada – a não ser que você fosse muito feio.

         O primeiro que vi foi o mais alto. Era tão grande e largo nos ombros quanto Demetri. Seus cabelos eram cachinhos pequenos e curtos. Tão grande quanto um urso, talvez. E tinha aquela beleza imortal. A mulher ao seu lado era uma vampira muito bonita, realmente, mais do que o normal. Seus cabelos loiros eram uma cascata de ouro em suas costas e seu rosto muito lindo, apesar de carregar certo mau humor momentâneo.

         O casal ao lado deste eram um pouco mais velhos. O homem tinha rosto fino e angulado, seus cabelos eram de um loiro tão claro que poderiam ser platinados ou algo do tipo. A mulher era tão alta quanto ele e formosa. Seus cabelos eram claros e seu rosto tinha formato de coração, com um sorriso amável e caloroso nos lábios.

         Havia outro vampiro loiro, só que este era alguns anos mais jovem, porém não muito. Seus cabelos cacheados eram uma bagunça completa, como um caso perdido. A vampira ao seu lado era dois ou três centímetros mais baixa que eu. De feições pequenas e cabelos pretos espetados para todos os lados, parecia uma fadinha de contos que eu ouvia de Dydime quando criança.

         E o último era relativamente alto, mas mais jovem e menos musculoso comparado aos dois últimos vampiros. Parecia um estudante qualquer – poderia fingir muito bem, concluí. Seus cabelos eram bagunçados e cor de cobre. Seus lábios formavam uma linha fina de rancor. Seus olhos dourados me encararam com um ódio que não consegui definir direito do por quê.

         Somente ignorei. Meu rosto inexpressivo continuou assim: sem emoção. Medo? Nem um pouco. Um friozinho na barriga? Admito que sim. Mas minha expressão não mudou um centímetro sequer.

- Você é Carlisle Cullen? – perguntei para o vampiro mais velho e loiro, deduzindo ser a pessoa sobre quem eu acabara de perguntar.

- Sim – ele respondeu amigavelmente e apertando minha mão estendida.

         Mesmo não querendo, vi todas as suas lembranças com esse toque. Maldito dom, eu o odiava – às vezes. Mas me mantive quieta, eu não falaria do meu dom por livre e espontânea vontade.

- Prazer. Sou Isabella Volturi – minha voz saiu meio... morta -, chame-me de Bella se sentir à vontade.

- Claro, Bella – ele sorriu mais e indicou a mulher ao seu lado – Essa é minha esposa, Esme.

- Oh, prazer, querida – Esme falou maternalmente.

         Algo pareceu arranhar a carcaça do meu coração vazio. Ignorei.

         O loiro de cabelos cacheados ergueu uma sobrancelha para mim, mas eu fiz o mesmo que o arranhão dentro de mim. Deixei de lado. Isso deixou o loiro visivelmente confuso, quase como se pudesse ver minha discussão interna.

- Esses são meus filhos – algo semelhante a um calafrio percorreu meu corpo ao som dessa palavra. Que reações esquisitas – Emmett, Rosalie, Jasper, Alice e Edward.

         A chamada Alice bateu palminhas e se adiantou feliz da vida: - Bella! – ela falava comigo como se fossemos velhas amigas – Estou tão feliz por finalmente ter te conhecido!

- Hm - eu não conseguiria dizer algo além.

- Ah, seremos tão amigas! Eu sei disso, eu já vi! – ela dizia e pulava, atraindo atenção de algumas pessoas. Quis me encolher, sumir no espaço e aparecer no castelo. Não gostava de pessoas olhando para mim, era como se gritassem: "Fracassada, fracassada! Não conseguiu ficar sem emoções!".

         Desconfortável.

- Alice possui um dom, Bella – Carlisle explicou, vendo que eu estava visivelmente deslocada entre eles – ela vê o futuro.

         Fiquei surpresa. Meu rosto não mudou, mas senti tudo dentro de meu corpo dar um looping de choque. Uau... Era um dom... Curioso.

- Ver o futuro? Admito que já vi muitos dons em toda minha existência, mas... É um dom curioso, certamente. Se me permiti dizer, Aro o chamaria "preciosidade".

         Vi que a postura de Jasper, Edward e Rosalie mudaram. Ficaram atônitos e protetores em relação à baixinha, que não parecia dar a mínima para minha fala, ainda sorria. Era um clã muito unido, com certeza – mas até que ponto?

- Todavia, não se preocupem. Não sou Aro e minha missão aqui não é separá-los, tampouco. Não gostaria de manter Alice na coleção de Aro – o pronome "pai" quase escapou de meus lábios – ela já é grande o suficiente, acredito.

- Sim, é – pela primeira vez Edward falou, fazendo-me olhar para ele. Sua voz era melodiosa, como notas musicais suaves. Mas seu tom veio pesado, falado entredentes. Ele estava irritado.

         Irritadíssimo por ter uma Volturi aqui, percebi.

         A viagem para a casa dos Cullen foi silenciosa. Estávamos divididos em três carros: eu, Alice (a única que parecia verdadeiramente animada com minha presença) e Jasper. Edward, Rosalie e Emmett. Carlisle e Esme.

         Jasper fez a curva numa estradinha de terra logo na entrada da cidade – Forks, minha mente chicoteou o nome. Eu já começava a, lentamente, odiar a cidade.

         Os vampiros que me acolhiam não me queriam aqui. Eu seria vegetariana. Eu não queria estar aqui. Mas... Então por que eu estava aqui? Lamentava mentalmente o caminho todo.  

         A casa era longe de humanos, o que parecia o único ponto positivo. Era... Aberta. A pouca luz do sol – insuficiente para nos fazer virar diamantes esquisitos – penetrava pelo vidro que a mansão possuía (com certeza era mais uma mansão do que uma casa. Seria como ofendê-la).

         Quando Jasper parou o carro na garagem logo após Emmett, vi que eles possuíam uma grande coleção de carros, então, eles deviam ser amantes de velocidade como eu. Mas que vampiro não seria?

- Bom, espero que goste daqui, querida – Esme disse amavelmente.

         Eu arrastava minhas duas malas – abençoadas com quatro rodinhas, de forma que praticamente deslizando – e tinha a bolsa pendurada no ombro. Ninguém se ofereceu para me ajudar, o que, acho, foi bom. Não gostaria de alguém tocando em algo meu. Eu era possessiva em relação as minhas coisas. São minhas, ponto.

- Obrigada, Esme – eu não poderia dizer na cara daquela mulher gentil que eu nunca gostaria daqui. Seria um absurdo e muita má educação.

- Não sabíamos quanto tempo ia ficar então, arrumamos o seu quarto de maneira neutra. Alice me ajudou, espero que esteja ao seu gosto – quando o seu saiu de sua boca, arrepiei-me por inteiro. Eu não queria no meu quarto, queria ficar no quarto de hospedes.

         Não era bem-vinda. Não era da família. Não era meu quarto.

- Obrigada – agradeci novamente num sussurrou. Conforme passávamos pelos corredores, ela indicava onde cada um ficava, caso eu precisasse de algo.

         Se eu precisasse de algo, certamente não seria a eles que eu pediria ajuda. Mas nada comentei.

         Foi fácil memorizar os lugares. A cozinha, a sala de jantar (ambas desnecessárias, somente para disfarces), a sala de estar, a garagem, a sala de música e a sala de jogos ficavam no térreo. O quarto de Rosalie e Emmett, a biblioteca de Carlisle, assim como seu escritório e seu quarto com Esme, ficavam no segundo andar. No terceiro andar havia somente o quarto de Alice e Jasper e o enorme closet da baixinha – com certeza tão doida por moda quanto as vampiras do castelo.

         E, por fim, no quarto andar, estava o quarto de Edward – o único solteiro até o momento, por isso ficava sozinho nesse andar – e, agora, o quarto de hóspedes.

         Não era um quarto ruim. Com certeza tinha meu gosto. Em cores beges e brancas, o quarto era muito bonito e bem organizado. Só achei inútil a grande cama de casal. Eu não dormia, não era necessário.

         Você já usou a cama de casal para outras coisas..., minha mente acusou com desdém para mim. E eu a mandei calar a boca. Concentre-se, eu berrava à mim, concentre-se! Não perca o foco.

         Havia um closet enorme – Esme dissera ser obra de Alice – com poucas, algumas, muitas roupas. As portas de armário no quarto na verdade davam para um closet – o que era legal, mais ou menos – e do closet, abria duas portas para o banheiro, que era, bem, exagerado.

- Está tudo bem aqui, Bella? – Esme indagou no final, quando depositei minhas malas na cama e parei de analisar o cômodo a minha volta. Tínhamos voltado à sala de estar e caminhávamos a passos humanos para a sala de jantar (que era usada para reuniões), onde todos estavam reunidos.

- Sim, Esme, obrigada novamente por me deixar ficar – entravamos na sala e Alice me olhou animada, indicando o lugar na mesa ao seu lado – prometo que o quão antes irei embora e deixarei você e sua família voltarem ao normal.

- Oh, não se apresse, querida – ela sorriu e pareceu verdadeira – gostamos de sua presença.

         Jasper, Rosalie e Edward não pareciam gostar de minha presença. Alice e Esme pareciam as únicas dispostas a me aturar. Emmett tinha uma postura relaxada e brincalhona, mas ainda não tinha falado comigo. E  eu sabia que Carlisle me aturava porque fora meu pai que especificamente pedira esse favor.

- Dificilmente – eu falei inexpressiva e sentei-me ao lado de Alice, que me olhou de jeito repreendedor, como se o que eu tivesse falado fosse um crime.

         Como tudo, ignorei. Eu sempre dou de ombros mentalmente e ignoro. Ninguém deveria me aturar. Até hoje não sei como os Volturi me aturam – mas sou grata por isso e amo-os muito.

- Então, estamos aqui para combinar a história – Carlisle começou – diremos que Bella é uma intercambista da Itália, por isso o leve sotaque. Ficará conosco um tempo para se acostumar, pois o programa de intercambio permite que a pessoa volte caso não se adapte e não esteja disposta a ficar um ano.

         Ele fez uma pausa para todos absorverem a história. Fazia sentido.

- Aro, quando me ligou, disse que Bella viraria vegetariana, – todos olharam meus olhos que, a essa altura do campeonato, já deveriam estar vermelhíssimos – e contou-me que ela não terá problema algum em se controlar.

         Jasper olhou com curiosidade para mim. Ele analisava bem as coisas, de todos os ângulos – ou era o que parecia. Daria um bom estrategista em uma guerra, será que ele sabia disto?

- Quantos anos você tem, Isabella? – bom, como eu mesma falara no aeroporto, chame-me de Bella se sentir-se à vontade. Ele não se sentia.

         Não fiquei magoada.

- Não posso precisar corretamente, não ligávamos muito para anos na minha época. Mas, pela minha contagem, tenho 484 anos. Nasci em 1526, Inglaterra. O século XVI era... Interessante – foi meu único comentário sobre o tempo em que nasci.

         E, na verdade, não mentia quando falei que nascera na Inglaterra, de fato tinha nascido lá. Mas meu pai fora atrás de mim e me achara sobre minha mãe morta um ou dois dias depois após meu nascimento. Estava faminta e tinha olhos curiosos.

         Lembro como se fosse ontem de ver seu rosto pela primeira vez... Especialistas dizem que as pessoas não gravam muito momentos de quando são bebês, muito menos o momento em que nascem. Para minha enorme culpa, ainda lembro-me de matar minha mãe, pedaço por pedaço...

- Uau! – a voz de Emmett tirou-me dos pensamentos – Você é mais que velha que o Carlisle, hein, Bella.

         Ele e Alice riram alegremente, Esme olhou para o "filho" como uma mãe que briga. Rosalie parecia querer matar Emmett por outro motivo.

- Quando se juntou aos Volturi? Fiquei curioso com o fato. Pelo que soube Aro nunca teve um braço direito, nunca. E, bem, aí está você. Perdoe-me se achar a pergunta mal educada – Carlisle falou modestamente.

         Bom. Não poderia contar a verdade. Como se conta a vampiros do bem que você matou sua mãe ao nascer e que seu pai é Aro Volturi, biologicamente, digo? Não iria mentir, somente omitiria coisas.

- Minha mãe – algo dentro de mim pareceu travar em dizer essa palavra, mas, nos meus lábios, saiu perfeitamente bem, não deixando ninguém perceber. Ou quase ninguém... Jasper parecia atento – conhecia Aro Volturi. Ela era uma humana curiosa.

"Não sei muito sobre ela. Aro me conta sobre como Renée era, não consigo me lembrar" – talvez porque nunca a tenha visto, quis completar – "Ele diz que minha mãe sabia sobre vampiros e, curiosamente, não sentiu medo algum. Por uma infelicidade, ela veio a falecer pouco após meu nascimento.

"E Aro me acolheu em seu castelo".

- Aro acolheu-lhe? – Esme perguntou com um sorriso, porém ainda pude notar a surpresa em sua voz – Quanta gentileza dela. E os vampiros no castelo, sentiam-se... À vontade perto de uma criança humana?

- Tanto quanto eu me sentia à vontade perto deles – outra omissão. Como contaria que não sentiam sede de meu sangue por que ele não era apetitoso, ou por que eu não sentia medo, já que era parte vampira?

         Tantas mentiras...

- Veio a morrer por uma infelicidade? – a voz de Rosalie chegou mal humorada aos meus ouvidos e eu a olhei – Sua mãe? Tem certeza que não foi Aro Volturi – o nome de meu pai saiu com escárnio de sua boca – que a matou? Como bem sabe, ela tinha conhecimento dos vampiros, então, seria morta por aqueles que punem. Você, Isabella, é uma daquelas que pune, não finja que sente a morte de sua mãe.

         Pela primeira vez em décadas, eu senti raiva. Nunca senti raiva em uma luta, nunca fiquei realmente brava com algum amigo meu. Nunca demonstrei tal sentimento, também. Mas, por alguns segundos, eu quase perdi o controle de minha expressão.

         Meus músculos ficaram rígidos, meu maxilar trincou imperceptivelmente e a única coisa que mudou – para eles, pelo menos, já que não viam meu terremoto interior – foram meus olhos. Vendo do espelho que tinha na parede, de moldura dourada, eles passaram de vermelho a preto em questão de milissegundos.

- Cala a boca, Rosalie – a baixinha disse e provavelmente não era esse o tratamento que ela dava à irmã, pois esta ficou surpresa – você não sabe nada sobre Bella, não pode falar.

- Você também não sabe nada sobre ela para defendê-la! – a irmã retrucou – Há algumas horas ela te falou que você tem um belo dom e daria uma boa Volturi. É isso que você quer? Ir para a coleção de Aro?

         Alice não tinha mais um argumento para me defender. Como a irmã, repentinamente ficara desanimada com minha presença. Bem, eu não a culpava – eu não era, exatamente, animadora.

- Rosalie – Esme a advertiu. A loira deu de ombros, como quem diz que o que falou foram somente verdades.

- Tudo bem, Esme – minha voz nem um pouco irritada com a acusação de Rosalie chamou a atenção de todos – não se preocupe. Sei que os vampiros do mundo não têm uma boa impressão dos Volturi. Sei, também, que não me querem aqui, Carlisle somente está prestando um favor à Aro. Não precisam falar comigo se não quiserem, nem me dar um quarto. Alice, não precisa me defender – eu disse à mesma, que me observou com olhos tristes.

- Mas, Bella... – ela começou, mas simplesmente continuei a falar.

- Não peço que me entendam. Há muito deixei de sentir – a palavra quebrou-se em minha boca e me amaldiçoei por demonstrar algo, mesmo que minimamente.

- Você sente, Bella – com surpresa interior (já falei, meu rosto nunca, jamais muda de expressão indiferente), reparei que Jasper tinha falado meu apelido e não parecia mais tão analista – Eu sou empático, esse é meu dom. Controlar e sentir emoções e, desde que você chegou, suas emoções tem sido as mais fortes que já vi. Em um momento está feliz, no outro, brava, e assim por diante.

         Olhei para ele. Empático? Aro não estava brincando quando falou, pouco antes de eu partir, que era uma família talentosa. Certamente, sem dúvida.

- Viu? – Jasper tirou-me da minha reflexão – Agora está surpresa, provavelmente por minhas palavras... Mas você... É tão curioso. Sua expressão não muda, mesmo que seus sentimentos mudem. É como se houvesse uma máscara colada em seu rosto que nunca saí, enquanto, por dentro, tudo muda.

         Alguém pareceu atravessar uma agulha no meu coração morto. Ele podia sentir minhas emoções... Podia sentir minhas emoções! E se descobrisse coisas que eu, obviamente, não queria que descobrissem? Se descobrissem sobre meu dom? Ou... Ou... Sobre ele?

         Sendo vampira, eu não chorava, mas meu coração fraquejou e debulhou-se em lágrimas salgadas, figuradamente falando.

- Não fique triste, Bella – ele falou penosamente. Alice me olhou e em seu rosto vi a dúvida: abraçá-la ou não?

         Suspirei levemente, na verdade, talvez mal tenha passado de um respirar um pouco mais forte. Se havia um empático aqui, esse era o meu novo desafio. Não só parar de sentir por fora, mas também ser oca por dentro.

         Afinal, para não perder o controle, eu tinha que ser assim.

         Morta.


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