A Queda de Um Semideus escrita por Thah


Capítulo 6
Recebo uma missão


Notas iniciais do capítulo

Já estava na hora não é, agora sim a ação vai começar!
Queria agradecer a TODOS que estão acompanhando minha fic, eu amo muito vocês *-*
Espero que gostem desse novo capitulo ^^

Kissus *----*



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Encostei a porta com acúmen. O sol raiava, iluminando o orvalho das plantas. Depositei a mochila nas costas e caminhei em direção ao portão do acampamento.Cada passada minha era meramente calculada qualquer erro as harpias me descobririam e adeus plano de salvar a Thalia.

  - Onde você pensa que vai?

Um calafrio subiu nas minhas costas até a nuca, encolhi os ombros. Girei na ilusão de talvez não fosse comigo que a pergunta tivesse sido feita.

  - Hãã...oi Annabeth. – acenei bobamente.

  - Não vem com “Oi Annabeth” perguntei aonde vai? – batia o pé direito insistentemente no chão.

  - Vou caminhar um pouco, faz bem pro coração.

  - Ah Percy – pôs as mãos na cintura - insultou a minha sabedoria agora, caminhar de mochila nas costas de dando passos ocos. Se esse é um novo jeito de caminhar eu ainda não estou sabendo.

Marchou até mim, ficando a minha frente, esperando uma resposta inteligente de minha parte.Embroma-lá não era uma tarefa nada fácil, afinal sendo filha de Atena tudo dificultava.Contudo não iria envolve-la no meu percurso.Annabeth não tinha uma estadia calma no acampamento a muito tempo.Para ser mais especifico desde que eu chegara trazendo confusões.

  - Relaxa, pode voltar a dormir, estou bem – disse eu,embora minhas palavras soassem inseguras.

  - Não vou a lugar algum até me contar o que pretende fazer – cruzou os braços e arqueou as sobrancelhas. Parecia minha mãe quando queria saber quando eu iria lavar a louça do café da manhã.

  - Porque as garotas tem que complicar tudo?

  - É que nós vamos pela lógica e não por impulso.

 O tempo estava acabando e a qualquer momento as Harpias chegariam ao meu encontro e poria tudo por água abaixo.

  - Você não vai desistir não é?

Ela assentiu.

  - Muito bem. Vou atrás de Thalia.

  - Thalia? – seu rosto escureceu. Thalia e Annabeth eram muito amigas quase irmãs.Depois de sua fuga, Annabeth só tinha como família Luke e ela.Sabia que qualquer coisa que a envolve-se iria preocupa-la.

  - É... – limpei a garganta com um pigarro - ...tive um sonho.

Contei – o todo. Seus olhos cinzas,me fitavam com inquietação,piscava constantemente para conter as lágrimas.Sempre fazendo o papel de forte na minha frente,contudo via a mesma menina assustada com sete anos de idade.

  - Pronto.Tchau! – me virei de costas e voltei a marchar.

  - Ei! – me segurou pelo pulso.

  - Já te contei, agora me deixe ir. - supliquei

  - Eu vou junto – arrumou sua postura.

  - Ah não! você fica! – anunciei.

  - Percy, sozinho você não vai!– disse ela quase em um grito.

  - Vai ficar aqui!  - discutíamos como uma casal de velhos, o rosto de Annabeth vermelho de raiva.

  - Por que, por que não me deixar ir?! – batia o pé no chão como uma garotinha mimada.

O sangue me ferveu, senti meu corpo arder por inteiro, eu tinha que falar, expressar minha preocupação, proteção tudo de uma só vez!

  – Por que eu quase te perdi uma vez e isso não vai acontecer de novo!

Um silêncio ficou no ar.

Seus olhos me fitavam perplexos.Fiquei imóvel esperando que ela dissesse alguma coisa.Todavia o que falara fora verídico.Na luta contra Cronos Ethan tentou me apunhalar bem no meu ponto vulnerável, Annabeth entrou na frente sendo atingida no ombro, sua roupa ficou empapada de sangue.A cor sumira, como um defunto. Não suportaria passar por aquele aperto novamente.

  - Percy – colocou a mão em meu rosto – estive em todas as suas missões e esta não será diferente. Thalia é minha amiga, ficarei pior aqui sabendo que duas das pessoas que mais amo estão em perigo.

  Suas mãos esquentavam meu rosto. Seu lábio carnudo era tão tentador, muito difícil para se resistir, nossas faces se aproximavam cada vez mais, sentia o hálito dela...

  - Aham!

  Nos separamos rapidamente.

  - Annabeth, Percy – disse Quíron – precisamos conversar.

Ele nos apontou a porta frontal da casa grande. Contrariado entrei e me assentei no sofá de couro preto.Annabeth sentou-se ao meu lado,torcia os dedos das mãos de nervosismo. Quíron bateu os cascos das patas três vezes,em seguida cruzou os braços.

  - Algum problema? – perguntei.

  - Eu é que pergunto Percy.Algum problema? – seus olhos se esgueiraram.

  - Não que eu saiba – me fingi de desentendido.

  Ele desviou o olhar de mim e passou a Annabeth.

  - Annabeth...

  - Percy quer fugir! – se atropelou nas palavras de tão rápido que falou a frase.

  - Ah Annabeth! – resmunguei.

  - Percy! – Quíron repreendeu – deixe-a falar.

Olhei para ela com um olhar reprovador. Se Quíron soubesse do meu plano com veracidade tentaria me impedir, dizendo que é loucura, é muito perigoso,sou muito jovem para fazer isso sozinho e blábláblá.Porém não me deixaria convencer,minha opinião estava formada.Iria salvar Thalia com aprovação ou sem.

  - Ele teve um sonho... – continuou ela, logo depois mordeu o lábio - com Thalia. Disse que estava em apuros, sofrendo.Então decidiu que ia salva-la sozinho.

  - Entendo. Contudo o que você estava fazendo fora do chalé? Para ter encontrado Percy você estava fora dele não é mesmo.

  Não havia pensado nisso. Ela estava tão errada quanto eu.Talvez eu estivesse um pouco mais por querer fugir,mas tirando este detalhe nos encontrávamos na mesma situação.

  - Eu...eu...acordei mais cedo.E fiquei vendo pela janela do meu quarto o sol raiar.Foi quando vi Percy saindo do chalé com uma mochila sobreposta nas costas – ela me fitou com carinho – conheço ele Quíron,sabia que estaria planejando algo,então o segui.

  - Sendo assim, quero saber desse seu sonho – disse Quíron.

Contei-lhe tudo. Os detalhes do lugar,a dracanea e o minotauro a maneira que eles dialogavam sobre o tal chefe.

  - Não tenho outra escolha a não ser deixá-lo ir então. – deu os ombros.

  - Quíron! – protestou Annabeth.

  - Ainda não terminei – fez um sinal para que ela esperasse.

  - Desculpe... – baixou a cabeça.

  - Você terá que consultar o Oráculo antes.

  - O oráculo? Rachel esta no hospital – todos do acampamento já sabiam disso e isso incluía Quíron na verdade ele deve ter sido o primeiro!

  - Não conte com isso amigo – soou uma voz familiar.

  - Rachel! – gritei e a abracei com força.

  - Ai! Ai Percy, meus machucados.

  - Ah desculpe – arrumei a sua roupa que amarrotei - estou feliz em ti ver bem.

  - É bom estar em casa. – suspirou e pude notar que seus olhos se encheram de água de tanta emoção.

  - Percy – disse Quíron – você e Annabeth podem ir para seus chalés. Quando arrumar Rachel no sótão,te chamarei.

 Assenti.

  - Ei Quíron – Rachel apontou para cima com seu braço enfaixado - reformaram aquele sótão não é mesmo? Estava imundo! Espero que tenha colocado tudo o que pedi.

  - Sim Srta.Dare tudo do jeito que você pediu – ele a acompanhava até o alçapão.

Debrucei o meu corpo na espreguiçadeira da varanda. Fechei os olhos,o sol irradiava meu rosto,senti-o esquentar.Sua luz foi coberta com algo,ou melhor alguém.Coloquei a mão sobre os olhos,arriscando distinguir a pessoa.

  - Uma carta. Você só me deixa uma carta!

  - Oh Miley...desculpe não tive tempo.

  - Seu inconseqüente – ela dava tapas em meu ombro – me apavorei quando li a mensagem.

  - Ai ai – me esquivava de seus ataques revoltosos – já pedi desculpa.

  - Percy, você é o único irmão que tenho. Dai foge e me deixa uma carta me explicando que vai salvar uma amiga sua de monstros, e não quer que me preocupe – relutou de dar tapas e passou aos socos.

  - Miley – segurei seus braços – minha irmã tente entender... ela em minha amiga.E faço tudo pelos meus amigos.Se fosse com você faria a mesma coisa.

  - Sério?  - seu corpo se enfraqueceu, os músculos se descontraíram.

 Assenti.

  - Você é minha irmã, lembra que tenho uma promessa contigo.

Ela deu aquele sorriso meigo.

TOC!TOC!

  - Percy, Quíron o aguarda – disse Grover.

  - Estou indo.

Subi a escada podre que levava ao sótão. Empurrei a porta.O lugar mudara por completo,as paredes me madeira foram pintadas de cor púrpura.Vários pufs coloridos estavam arrumados em ordem.Abaixo dos meus pés um estreito e comprido tapete roxo levava a uma grande poltrona branca onde Rachel se encontrava sentada.Seu cabelo ruivo estava preso em um coque,deixando apenas alguns fios caírem sobre a face.Suas orelhas enfeitadas de brincos de rubi que fazia um belo conjunto com o colar da mesma pedra.Usava uma túnica vermelha,que cobria até os pés.

  - Gostou? – disse ela me tirando do transe decorativo.

  - Muito mais charmoso.

  - Venha – disse ela fazendo um gesto com a mão para que me aproxima-se.

 Sentei no puf vermelho a sua frente.

  - Vou me concentrar, dentre de alguns segundos não serei mais Rachel,então peça com sabedoria,não posso controlar o espírito de Delfos.

Assenti.

As cortinas se fecharam, um vento forte invadiu o sótão,folhas dançavam envolta de Rachel.Seu cabelo longo esvoaçava, seus olhos deixaram o tom verde e se tornaram vermelho sangue.Ela me fitou e começou a falar,como da outra vez parecia que sua voz estivesse triplicada.

Seis viajantes em busca da amiga perdida

No monte das expressões a pista desconhecida

Nas cavernas escaldantes descerão

No fogo eterno irmãos se confrontarão

Dos filhos dos deuses um importante papel

E destes um se juntara as estrelas do céu”

Ao terminar a fala, seus músculos da face se contraíram,serrou os punhos com tanta força que quando soltou os dedos ficara as marcas das unhas. Seus olhos voltaram ao tom castanho meigo. Levantei do puf “glamuroso” e caminhei em direção ao alçapão.

  - Ei mocinho! – repreendeu Rachel – como foi?

  - Sabe, odeio profecias.

  - E por quê? – que indelicadeza a minha, o papel de Rachel era ver o futuro.Mas pelo seu rosto percebi que não estava zangada comigo.

  - Porque eu nunca as entendo.

Ela sorriu. Desci as escadas e marchei até a porta da casa grande. Havia um bolo de campistas na frente da varanda.Como se eu fosse um pedaço de doce e todos eles formigas famintas.Logo a frente alinhados, Annabeth, Grover, Nico e Miley fixaram os olhares em mim. Quíron ao longe, apoiado em seu cajado.

  - E ai como foi? – perguntou Grover.

  - Complicado como todas as outras vezes que estive lá. – dei os ombros.

  - Vamos logo cabeça de alga, fale-nos sobre a profecia – disse Annabeth.

Respirei fundo.

- “Seis viajantes em busca da amiga perdida

No monte das expressões a pista desconhecida

Nas cavernas escaldantes descerão

No fogo eterno irmãos se confrontarão

Dos filhos dos deuses um importante papel

E destes um se juntara as estrelas do céu”

  - Para começar temos que decidir que irá na missão,além do Percy.

Momentaneamente Annabeth ergueu o braço.

  - Eu irei – declarou ela. Trocamos olhares,ela sorriu e eu retribui.Por mais que falasse,uma parte de mim queria tê-la por perto.Ela tinha razão,tirando quando foi seqüestrada, sempre esteve em todas as minhas missões, nos tornamos uma bela dupla.Sem sua sabedoria não teria chegado onde cheguei.

  - Também irei – disse Miley.

  - Tem certeza querida? – disse Quíron – você ainda não treinou o suficiente.

  - Eu sei senhor – por alguns segundos ela baixo a cabeça, em seguida a reerguiu – contudo, Percy é meu irmão quero estar perto dele.

  - Deixei-a Quíron – gritou Dionisio,saindo da sala e se pondo ao meu lado – discutir com ela será falho.Afinal... – ele me fitou com uma cara engraçada ,por momento achei que ele estivesse com orgulho de mim – ela é irmã do Percy Jackson, é genético não desistir.

  Realmente podia contar nos dedos as vezes que Sr’D me chamava pelo nome certo.Desde que entrei no acampamento me chama pelo nome errado, porém de certa forma mudei a forma de seu pensamento sobre mim.Aquela visão de um garoto pirralhento, problemático mudara para algo muito maior: respeito.

  - Estou com eles – disse Nico

  - Quíron, quero acompanhá-los. – anunciou Grover ficando frente a frente com o centauro.

  - De jeito nenhum – retruquei – Grover agora você tem um cargo muito alto, não pode abandoná-lo.

  - Percy, eu sempre vou te proteger. Onde você for eu também irei.

Troquei olhares com Quíron, um olhar de reprovação.Não deixaria meu amigo por a carreira em risco por uma simples missão minha.Além do que não tinha mais doze anos,conseguia me virar sozinho.

  - Esta bem vá. – disse Quíron.

  - Yes! – comemorou.

  - Muito bem. Falta um apenas – quanto menos tempo demorássemos mais rápido começaríamos a jornada.

Vi Clarisse dando um passo a frente. Mas alguém se adiantou.

  - Eu completo esta equipe.

  - Ah você... – murmurrei.

 Greg girou a espada e fincou-a no chão. Se debruçando na parte chata da espada.

  - Tenho certeza, que nos daremos muito bem – sorriu cinicamente. 


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Notas finais do capítulo

E ai ficou bom?
Espero que tenham gostado da profecia, nunca fiz uma então...sei lá xp