Perfection escrita por Misu Inuki


Capítulo 10
Quem com o Wookie cozinha, seu males espanta


Notas iniciais do capítulo

Comparado aos meus ultimos capítulos, esse ficou um pouco menor...
Mas espero que vocês gostem mesmo assim!
Obrigada por todos os cometários, que me motivam tanto a escreve mais e mais.
Obrigada por tudo suas lindas!



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Finalmente, só faltava um dia para a prova.
E eu não conseguia controlar a minha ansiedade.
Provavelmente já tinha dado nos nervos de todo mundo, poia eu não falava de outra coisa.

-Mas não adianta ficar nervosa, Aghata.
-Eu não consigo Wokkie!

Me levantei da cama, e foi pela milésima vez até o espelho.

-Está legal?- dei uma volta

-Como eu já disse nas outras cinco vezes, está ótimo.

Fiquei um tempo olhado meu reflexo.
Era o figurino que eu teria que usar na prova.
Haviam poucas diferenças comparadas ao figurino do Yesung, era apenas um pouco mais justa.
A blusa de botão, mal presa, não revelava muito da minha pele, para minha sorte.
Mas o que me deixava preocupada, era a bota de salto alto.

Eu só havia treinado de salto uma vez, e sentia muito medo de acabar caindo na hora.
Por mais que Wokkie tentasse me acalmar, eu ficava cada vez mais tensa.

Ainda bem que, a parceira dele, era bem tranquila.
Assim, eu podia sequestra-lo para ficarmos conversando durante horas.

Ele saiu do quarto durante alguns minutos para que eu pudesse colocar a minha roupa normal.
Peguei o figurino, mas não consegui coloca-lo de jeito nenhum no cabide.
Acabei tendo que dobrá-lo, e colocar numa das gavetas do meu criado-mudo.

Sai do quarto, e junto com o Wokkie, foi para cozinha preparar, um bolo.
Segundo ele, cozinhar conseguiria me manter concentrada em outra coisa além da prova.

No Brasil, eu até fazia uma besteirinha aqui, outra ali, mas nunca cozinhava de verdade.
Ainda bem que, uma das poucas coisas que eu sabia era fazer eram doces.
Então não iria ficar perdida na receita.

Chegamos na cozinha e o Wokkie pegou dois aventais de dentro do armário, um azul simples, e um florido.
O armário da cozinha era bonitinho, era em madeira clara, e parecia um mosaico, pois os tamanhos das gavetas e portas eram diferentes mas se encaixavam uma nas outras.

Peguei o avental azul da mão dele, antes que ele me estendesse o florido.

-Odeio rosa.- o relembrei, e ele rindo, acabou me deixando ficar com o avental masculino.
Mas a peça ficou gigante em mim, e eu foi obrigada a dar um nó na alça, de cima, para encurta-lo um pouco.
Percebendo a minha dificuldade o coreano se ofereceu para me ajudar.
Afastei o meu cabelo e ele ajeitou o avental para mim, rapidamente.

Agradeci e fui pegar os utensílios para que começássemos a cozinhar, enquanto ele pegava os ingredientes.

-Você quase esqueceu do mais importante...- disse enquanto tentava colocar em cima da mesa a pilha de coisas que havia pego.

-E o que seria?

-Isso!

Me estiquei um pouco e coloquei um chapéu de mestre-cuca na cabeça dele.
Ele riu.

-Tem razão. Um chef não é nada, sem o seu chapéu.

-E quando é que eu não tenho?- perguntei brincando.

Fizemos o bolo, mas na verdade, eu passei a maior parte do tempo, olhando e conversando com o Wokkie do que de fato colocando a mão na massa.
Mas ele não reclamou nem uma vez comigo.
Nem mesmo quando eu o atrapalhei para bater uma foto com o meu celular.
Não deu para evitar, ele estava uma graça com o rosto sujo de farinha, enquanto batia a massa.

-Pronto!-ele falou de colocar o bolo no forno- Agora é só esperar terminar de assar.

-Dessa vez você fez tudo sozinho, mas da próxima vez não vai ser assim.

-Ah, é?

-Sim!-falei tirando o chapéu dele e colocando na minha cabeça- Porque a próxima receita eu tenho certeza que você não sabe fazer.

-E qual seria? Olha que eu conheço muitas, viu?

-Brigadeiro!

-Bliga o que?

-BRI-GA-DEI-RO!- soletrei- Um doce brasileiro, muito apreciado em festas de aniversário, e indípensável numa festa de pijama. Capaz de tomar aaté mesmo a pior TPM de uma mulher.

-Nossa!-ele riu- Melhor mesmo eu arender essa receita. Imagina se todas essas meninas que estão aqui fiquem de TPM  ao mesmo tempo?

-Fim do mundo na certa!- eu ri- Então está confirmado! Na próxima vez, euzinha serei a chef!

Selamos o acordo com um aperto de mãos, e fomos lavar a louça.
E dessa vez eu não fiquei na moleza.

*****************************************************************************

-Então era ai que você estava!- Yesung falou rindo.

Respondi com um “oi”, e ele se aproximou de nós.
Wokkie e eu estávamos num balanço de madeira que ficava na varanda esperando o bolo ficar pronto.

-Pensei que estava liberada do ensaio hoje...- falei temendo uma bronca.

Yesung havia me dito que seria melhor não ensaiamos naquele dia, pois eu ficaria ainda mais nervosa.
Sempre fui uma pessoa ansiosa, e até mesmo meus novos amigos percebiam isso.

-E está, mas como eu não te vi o dia inteiro resolvi te procurar.

-Estávamos cozinhando. E ela falou que vai me ensinar a fazer um tal de bligadeiro.

-É brigadeiro, Wokkie- eu ri

-É esse negócio ai mesmo- ele riu

-Agatha cozinhando?-Yesung riu- Estou curioso para saber como isso vai ficar.

-Ei! Só porque eu destruí duas panelas de pressão em casa, não quer dizer que eu seja uma má cozinheira.

-Você destruiu duas panelas? Mas como?- Wokkie me olhou assuatdo.

Olhei para os meus pés mio sem graça.

-Bom, eu queria fazer doce de leite, e tentei cozinhar a lata de leite condensado, mas estava passando a maratona de filmes da pequena sereia, e eu esqueci a panela no fogo...

- E a outra vez você foi cozinha feijão e explodiu a panela...-Yesung completou.

-Mas foi sem querer!

-Então, Ryeowook, essa garota perto do fogão é um perigo...Tome cuidado.

Era uma pena que eu não tivesse nada para jogar no Yesung naquele momento.
Mas foi uma boa lição para mim.
Coisas vergonhosas que aconteceram em nossas vidas devem ser guardadas em segredo.
Ficamos conversando durante um tempo, e pra sorte do Yesung, ele não falou mais nada constrangedor sobre a minha pessoa.
Mesmo ele sendo um idol, eu não teria pena de torcer o pescoço dele.

O bolo ficou pronto, e Wokkie tirou-o com cuidado da forma.
Estava com um cheiro delicioso, e uma aparência ótima.
Aquele momento seria o meu predileto.
Abri a geladeira e armários em busca de coisas para decorarmos o bolo.

Yesung ficou sentando numa cadeira em frente a nós na mesa, enquanto fazíamos a nossa baguncinha.
Eu bem que tentei, mas a metade do bolo que eu fiquei responsável em decorar saiu um verdadeiro desastre.
Na verdade eu tive a proesa de me “decorar” mais do que o doce.
Minhas mãos, meu avental, a mesa, e até um dos braços do Wokkie estavam sujos de chantilly.

Mas o coreano foi bastante cavaleiro, e disse que tinha ficado...bonitinho.
Yesung apenas riu, e pediu para que nós, os “cozinheiros da segunda temporada de Full House”  tirássemos uma foto junto de nossa obra de arte.
Wokkie segurou o bolo com as duas mãos, e eu fiz o punho de “Fighting”, do lado dele.

Me estiquei para pegar o celular da mão do Ye, que estava do outro lado da mesa, mas pra várias, ele não me entregou, dizendo que era porque minhas mãos estavam sujas.
Limpei-as rapidamente no avental, e dei a volta na mesa.
Mas Yesung, se levantou e foi para o outro lado, me fazendo andar, ou melhor correr em círculos em volta da mesa.

Quando Ye fez a terceira volta, Wokkie conseguiu pegar o aparelho da mão dele, e me entregou.
A vontade que eu tinha era de tacar o bolo na cara daquele coreano metido a troll, mas não ia estragar a minha metade feia, obra de arte.

Olhei a foto, e por um milagre eu havia saído bem.
Aliás, nas outras fotos que eu tirei ali também.

“Vai ver os “ares” coreanos fazem bem para a aparência afinal’- ri com o pensamento.

Chamamos a galera para o lanche.
Era engraçado, pois nesses cinco dias mais ou menos, as pessoas ficavam bastante espalhadas, mas nós sempre nos juntávamos para fazer as refeições principais.
Tive a oportunidade de conversar com grande parte das meninas.
Em geral, elas eram simpáticas.
Apesar de ter feito um amizade apenas com as que dividiam o quarto comigo.

O pessoal se reuniu na mesa, e começamos a lanchar.
O bolo estava ótimo, assim como tudo que o Wokkie cozinhava.
Ele tentou me dar os seus créditos pela receita maravilhosa, mas eu neguei.
Porém prometi que na próxima vez, seria eu que cozinharia de verdade.

A conversa fluía tranquilamente na mesa.
Algumas pessoas brincavam, outras apenas riam e diziam poucas palavras.
Mas todo mundo participava.
Todos, menos quem estava do outro lado, diretamente em frente a minha na mesa.
Kyuhyun estava quieto, mal tocava no prato, assim como Natasha, sua “aluna” naquele programa.
Eu tentava evitar ele nos últimos dias, porém, quando estávamos á mesa era algo que eu não podia fazer nada.
Por mais que eu me concentrasse nas conversas, era impossível deixar de notar, aqueles olhos reparando em cada movimento que eu fazia.
Natasha, também tinha o costume de permanecer calada.
As vezes, me olhava, mas nunca dirigiu uma só palavra para mim.
Eu sabia que era feio julgar as pessoas, mas no fundo eu sabia que ela era assim comigo por culpa do Evil Maknae.

Naquele dia, eu me senti tão incomodada com aquele olhar fixo em mim, que mal terminei de comer metade do meu pedaço de bolo, e dei uma desculpa para sair da mesa.
Falei que estava me sentindo um pouco cansada, e fui para o meu quarto.

Ninguém pareceu perceber a minha desculpa esfarpada, então eu consegui sair sem problemas.
Ao chegar no dormitório tentei distrai a minha mente.
Liguei e desliguei o note, Passei todas as músicas da playlist do meu celular, e escrevi um paragrafo de uma fic, assisti um pouco de Tv, uma portátil, que eu tinha ganhado de presente da minha mãe antes de vir.

Mas nada consegui me relaxar.
Então resolvi fazer o que tinha dito que faria e fui dormir.

Fiquei uma meia hora rolando de um lado para o outro da cama, mas em algum momento eu adormeci.
E tive um sonho muito louco, como se eu estivesse dentro de um filme de ação.
E como mocinha, eu precisava fugir, antes que o vilão me encontrasse.
O curioso, era que o protagonista, estava com o rosto coberto por um capuz, e não falou nada durante todo o sonho.
Eu estava com medo.
Estávamos escondidos num casa abandonada.
E eu tinha muito medo de ser levada embora.
Então, ele se sentou do meu lado, e começou a acariciar o meu rosto.
Um carinho suave e quente, seus dedos, desenhavam os traços do meu rosto.
Então ele se aproximou de mim, e seu lábios tocaram os meus.
Com a mesma suavidade das caricias.
Então ele se afastou, se virou de costas para mim, e continuou se afastando.

Abri os olhos sonolenta, acordando por causa do barulho de uma voz feminina.
Há tempo de ver alguém usando um casaco cinza e com capuz saindo do meu quarto.
Me levantei, e esfreguei os olhos, mas não tinha ninguém ali, nem vestígios que estivesse.
Tateei ao meu redor na cama, e encontrei a origem do barulho.
A Tv estava ligada, e estava passando justamente um filme de ação.

Começei a rir, e desliguei o aparelho.
Havia descoberto a origem do estranho sonho, mas no fundo estava intrigada para saber, se aquela pessoa encapuzada de instantes atrás tinha sido ou não mero fruto da minha imaginação.

“Mas seja o que for...”

Passei um dos dedos nos meu lábios ainda um pouco mornos.

Foi um sonho bem interessante.


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