Amy não sabia o que dizer a Dan. Como iria explicar que havia beijado Ian Kabra, filho de Isabel Kabra, a assassina de seus pais.

- Vamos fazer o seguinte, eu finjo que não vi o que acabou de acontecer, e você não me leva a nenhuma biblioteca enquanto estivemos aqui. Combinado? - falou Dan.

- Ok, nada de biblioteca. - respondeu Amy.

Dan sentou-se entre Amy e Ian propositalmente.

- Acho que a Isabel já foi. Podemos voltar para nosso hotel agora?- perguntou Dan.

- Não! Vocês não podem voltar. Isabel sabe a localização do hotel. - disse Ian.

-Dan você não estava com a Nelli?-perguntou Amy

-Tava mas acho que ela ficou para trás!

- Então o que faremos? - perguntou Amy.

- Poderíamos fazer uma fogueira. - sugeriu Dan.

- Boa ideia! - exclamou Ian.

- E aproveitamos para fazer churrasquinho de Kabra! - retrucou Dan para Ian.

Ian ficou não merecia o respeito deles. Já os havia traído milhares de vezes, e não esperava que fosse ganhar a confiança dos dois em uma noite.

- Por que ainda está aqui? - disse Dan.

Amy que tinha permanecido calada durante todo discurso de seu irmão, se levantou, olhou fundo nos olhos de Dan e disse:

- Ele desafoiou a Isabel para me salvar! Estava disposto a me dar o que o clã dele mais valorizava, e você ainda pergunta se ele vai voltar?

Dan não conseguuia acreditar que sua irmã estava defendendo um Lucian, e ainda or cima um Kabra!

- O que deu em você? Vai colocar tudo a perder por causa de seu namoradinho, é?

- Cala a boca e deixe o Ian se explicar!

- Eu realmente estou arrependido de tudo que fiz a vocês. - começou Ian - E vou entender perfeitamente se não quiser me perdoar Amy, mas quero que saiba que tudo que fiz essa noite, foi de coração. Sabe por que Amy? Porque eu realmente sinto algo diferente por você. Desde a Coréia eu não sou mais a mesma pessoa, tenho perdoado, tenho chorado, tenho rido mais, tenho mostrado quem eu realmente sou e o que eu realmente penso. Você me ensinou a amar Amy. E a cada dia que passa, tenho mais certeza do que sinto por você. Eu te amo, e não tenho vergonha de dizer isso na frente de seu irmão, porque não importa o que ele diga, nada vai mudar o que sinto.

Amy ficou pasma. Uma parte dela dizia para deixar a busca de lado e seguir seu coração, mas outra dizia para ela não acreditar nele, pois ele era um traidor, um Lucian. " Quem sou eu para falar dele assim" pensava Amy " Eu sou uma Madrigal, o que é muito pior!".

Um silêncio mortal se seguiu, ninguém conseguia falar nada. Dan pensava se sua irmã seria tonta o suficiente para acreditar no que aquele imbecil dizia, mas ele mesmo havia notado que Ian não estava mentindo. Amy não parava de pensar nas palavras de Ian, ele a amava, mas será que ela também sentia o mesmo? Ian nunca havia se aberto assim para alguém cada palavra dita por ele vinham do fundo de seu coração, mas será que Amy sabia disso?

E mergulhados no silêncio, os três acabaram adormecendo.

Na manhã seguinte, Nellie entrou correndo na caverna e exclamou:

- Graças a Deus! Achei vocês!

- Nellie? - perguntou Dan meio sonolento.

- Sim sou eu. Passei a noite inteira procurando vocês. Por que não voltaram para o hotel?

- Longa história. - falo Amy.

- Ian? O que você está fazendo aqui?

- Explicamos depois Nellie - disse Dan.

- Tá bom. Quando estava procurando vocês topei com uma biblioteca com livros especializados em piratas, navios e coisas do gênero, achei que iria gostar de ir até lá Amy.

- Claro! Lamento Dan, mas precisamos mesmo ir.

- E eu não preciso mais fingir que não vi aquele beijo que você deu no Ian! - falou Dan revoltado.

- Você o que? - perguntou Nellie olhando para Amy depois para Ian.

- Nada o Dan está… brincando. - mentiu Amy.

- É brincando. - concordou Ian.

- É bom mesmo! Agora vamos.

Dan, Amy e Nellie já iam saindo da caverna quando Ian perguntou:

- Não tenho para onde ir, será que poseria ficar com vocês até ser seguro voltar para casa?

- NÃO! - disseram Dan e Nellie.

Ian baixou a cabeça decepcionado.

- Deixa ele ir gente! - pediu Amy. Ian ergueu a cabeça e sorriu para Amy em sinal de aprovação. - Contudo, se contar a algum de seus parentes sobre o que descobrirmos, você está morto!

Os quatro pegaram um táxi e desceram em frente á Biblioteca Nacional de História do Caribe.

- Ai que saco! - reclamou Dan e em seguida espirrou - Viu Amy, tenho alergia a bibliotecas.

- Para de reclamar e procura algo sobre Anne Bony.

Todos começaram a procurar.

Dan cansou de procurar nos primeiros 10 minutos, então parou e se sentou em uma das mesas da biblioteca.

- Temos um computador, para que ir á biblioteca?

Ia ditar a cabeça e dormir, mas deu de cara com um livro enorme em cima da mesa com o título de "Grandes piratas ao longo da História". Dan não se intereçou muito com o título, mas a figura de 2 navios de guerra bombardeando um ao outro despertou a curiosidade de Dan.

O primeiro capítulo do livro tratava-se de um pirata chamado Cooper Kuait, o segundo de um chamado Joham Maquiavel, e o terceiro de uma pirata mulher chamada Anne Bony.

- Amy! Achei!

Em menos de um minuto Amy já estava ao seu lado juntamente com Ian e Nellie.

- Deixa-me ver.

Dan entregou o livro a ela.

- Aqui diz, que difarçda de homem ela viajou pelo mundo saqueando e roubando, até que seu navio foi capturado e todos seus tripulantes foram enforcados, menos Anne, ninguém sabe o porque. Aqui também diz que ela tinha um M tatuado no braço…

- M de marinheira? - perguntou Ian.

- É claro que não! É um M de macumbeira, não é Amy? - falou Dan.

- Não Dan. É um M de Madrigal. - falou Amy assustada.

Todos se calaram. Amy olhou para Dan e os dois começaram a ter uma daquelas suas conversas mentais:

Ela era uma de nós.

Dan, ela fez coisas horríveis! Como podemos ser do mesmo clã que ela?

Desde que Grace morreu, não duvido mais de nada Amy.

- Parem! Eu odeio quando fazem isso! - reclamou Nellie.

- O que mais diz aí Amy? - falou Ian.

- Diz que a última coisa que ela disse antes de desaparecer foi " Galesdritamarei nhaem taremonfúnagio".

- O que? Que língua é essa? Mandarim eu sei que não é, pois eu já estive na China e sei que não é nada parecido com isso. - falou Dan.

- Pode estar codificado. - sugeriu Ian

- Tem razão Ian, quem sabe está escrito ao contrário. - disse Amy trando uma caneta e um quardanapo da jaqueta e escrevendo a palavra a frase ao contrário. - Oiganúfnomerat meahn ieramatiraselag.

- Não faz o menor sentido! - disse Dan. - Dá esse negócio aí Amy, que o super Dan chegou para resolver o enígma!

Amy entregou o guardanapo a Dan.

- Veja e aprenda Amy.

Dan se debruçou sobre o guardanapo e começou a aplicar os códigos que conhecia na frase. Primeiro tentou pegar só a terceira letra de cada palavra, mas continuou não fazendo sentido. Em seguida aplicou o código tenis-polar, no qual você escrevia a palavra tênis em cima da palavra polar, fazendo T corresponder a P, E corresponder a O, N a L, I a A e R a S, mas novamente não obteu nada que fizesse sentido. Depois tentou escrever cada palavra ao contrário e pegar a segunda letra de cada uma delas, mas nada fazia sentido. Tentou muitos outros códigos, mas nãoconseguiu NADA!

- E então super Dan, o que conseguiu? - perguntou Amy.

- Absolutamente nada. Tentei todos os códigos que conheço, mais continua não fazendo sentido!

- Deixe-me ver. - pediu Ian.

Dan passou o guardanapo a ele.

Ian observou atentamente o guardanapo e disse:

- Talvez uma palavra esteja escrita por cima da outra, vejam - Ian escreveu algo no guardanapo e depois mostrou aos dois.

- " Estarei em meu refúgio na montanha madrigal" - leu Amy. - Brilhante! Como conseguiu?

- Muitos pilotos de aviões ou até mesmo de navios usam esse código para se comunicar, e eu me interesso muito por aviões e navios. - respondeu Ian.

- Montanha Madrigal? O que quer dizer? - perguntou Nellie.

- Não sei. - respondeu Dan - Amy existe alguma montanha aqui no Caribe que seja, sei lá, misteriosa ou algo que tenha haver com os Madrigais?

- Tem uma montanha na costa caribenha que nunca foi muito estudada porque diziam que lá havia uma maldição ou algo assim, eu era muito pequena quando Grace me falou sobre isso, não lembro direito.

- E onde fica? - perguntou Ian.

- a uns 50 km daqui. - respondeu Nellie, o que deixou Amy e Dan de boca aberta.

Primeiro o avião que ela conseguiu pilotar.

Depois os e-mails suspeitos.

E agora isso. Estou começando a desconfiar dela Dan.

- Que foi? Eu adoro geografia, sei tudo sobre montanhas. - disse Nellie.

Aquilo não convenceu Amy e Dan, mas nenhum deles falou nada, não valia a pena discutir com Nellie, ela era a única pessoa em que podiam confiar.

- Então estamos esperando o que? Vamos logo! - apressou Ian.

- Como assim "vamos"? Quem disse que você vai junto? - retrucou Dan.

- Pare com isso Dan! Ian vai e pronto. Você viu como ele foi útil na hora de desvendar o enigma da fala da Anne. Precisamos dele.

- Tá bom. Sei que quer ficar com seu namoradinho, mas eu vou estar de olho nos dois durante toda a viajem. - disse Dan.

Nellie alugou um Uno e levou-os até a praia onde se situava montanha.

Ao abrir o vidro do carro, Amy viu a paisagem mais bonita que já vira em todo sua vida, o sol beijando o mar de águas extremamente claras e uma alta montanha ao lado.

- É lindo não é? - comentou Amy para Ian.

- Sim, maravilhoso igual a você.

Amy fingiu não ter escutado o que Ian havia dito, mas algo dentro dela estava pulando de alegria.

Os quatro foram caminhando até a montanha.

Amy analisou-a atentamente. Aparentemente era formada por rochas magmáticas que refletiam á luz do sol, sua base era coberta por plantas de diversas espécies, exceto em uma região, na qual havia algo desenhado, parecia um... M.

- É aqui. A montanha Madrigal. - falou Amy.

Dan tocou no M desenhado na parede da montanha e um grande alçapão se abriu na parte inferior da montanha.

O queixo de Ian caiu, aquela só podia ser a base secreta dos Madrigal. Todos os clãs procuraram desesperadamente por este local, o refúgio dos Madrigal. Ele precisava contar á sua mãe. Não! Ele não iria contar. Isabel não merecia dominar o mundo, ela não merecia os filhos que tinha, só o que ela realmente merecia era pagar por todos os malefícios que causou, pagar por todas as pessoas que matou.

Dan entrou no alçapão, seguido por Amy e depois por Nellie, mas quando chegou a vez de Ian, ele começou a se contorcer ao pisar no primeiro degrau do alçapão.

- Ian! - gritou Amy preocupada.

Amy correu para ajudá-lo a levantar, mas quando tentou puxá-lo para dentro do alçapão algo a impediu, como uma barreira invisível que não deixava Ian passar.

- O que está acontecendo? - perguntou Amy a Ian.

- Eu não sou um Madrigal Amy, não posso passar. Toda vez que eu tentar vou levar um choque, e apenas dois desses são suficientes para me matar.

- Não vou sem você!

- Por favor, vá. Vou ficar bem. Vou estar te esperando bem aqui.

Amy levantou-se e foi para o lado de Dan.

- Vamos, por aqui. - disse Nellie.

Entraram em uma câmara em que haviam dois túneis, um do lado direito e outro do lado esquerdo.

- Para a direita gente, eu conheço o caminho. - disse Nellie.

- Espera aí você conhece o caminho? - perguntou Dan. De repente tudo começou a fazer sentido. Por que Ian não conseguiu entrar na base secreta e Nellie conseguiu? O que explica o fato de Nellie saber pilotar aviões? Como Nellie conhecia o caminho da base secreta dos Madrigal? Só havia uma resposta para todas essas perguntas.

- Nellie você é uma... - começou Amy, mas não conseguiu acabar a frase de tão chocada que estava.

- Você é uma Madrigal.

O silencio ecou por uns instantes, Dan e Amy queriam explicações e logo.

-Eu posso explicar –disse Nelli com o coração batendo forte.

-O que você não pode explicar é por que você não contou para nós, confiávamos em você Nelli, venha Dan –Amy queria voltar no tempo por um instante, pois percebera como suas palavras foram frias, dignas de um Mandrigal.

-Não, esperem. A Grace me mandou para cuidar de vocês, ela queria ter certeza que vocês sobreviriam para poder assumir a liderança dos mandrigais.

- Como assim a liderança?- Nellie tinha despertado a curiosidade de Dan

-Dan, sua vó era a lider e agora vocês são os mais proximos de Grace!

-BEM VINDO A BASE SECRETA DOS MANDRIGAIS AMY E DAN- gritou um homem que passava por perto.

-Eu tenho uma pergunta, como a pista pode estar dentro da base secreta dos mandrigais?- perguntara Amy tentando entender o que estava acontecendo

- Não está – disse um garoto, forte e sagaz, com olhos dar cor do mar do caribe e cabelos castanhos levemente ondulados- Me desculpem, meu nome é Lucas, e vocês devem ser Amy e Dan- disse ele dando um sorriso maroto para Amy

-Ol-a-a-la- era claro que ele despertara um arrepio em Amy, que não retribuira o sorriso, pois lembrara do Ian

- Não importa eu posso ajudalos, diga qual é a pista?

-Esta na caverna Mandrigal- disse Nelli

-Dan, dan, dan, ACORDA- gritou Amy

-oi, oi, oi- disse ele levando um susto

Dan esteve esse tempo todo hipinotizado por um garota que estava sentada num banco, que possuia cabelos castanhos claros levemente ondulados com olhos cor de âmbar.

-enfim, deixe eu apresentar a minha irmã Jane.-disse Lucas- Jane venha qui!

- Oi- disse ela com um timido sorriso para Dan, que ficara corado.

- agora entendi porque Dan estava calado...- disse Nelli brincando

- então vamos la fora, eu conheço uma montanha de baicho da água, la fora tem um submarino, me seguem- disse lucas pegando na mão de Amy, que automaticamente corou, mas lucas começou a andar mais de pressa.

Dan e jane ficavam toda hora olhando um para outro trocando sorrisos e risadinhas.

Ao chegar la fora eles estavam sercado por lucians Ian estava La tambem.

Ian ao ver a situação entrou em panico e não tinha como falar e nem andar estava preso por uma corda semi envisivel, claro que Isabel era uma genia e mandara prender o Ian, e que parecesse que ele tinha planejado tudo, para fazer Amy sofrer, só por diversão.

Mas Ian ficou mesmo com raiva ao ver Amy e Lucas de mão dadadas, até deichar escapar uma lagriama. Lucas ao ver a situação imediatamente apertou um botão ververmelho, que abriu um buraco e fez todos os lucians cairem dentro da armadilha, menos Ian que depois disso consigui se soltar.

-Amy, não fui eu foi Isabel- disse Ian quase chorando

-oh o bebê vai choarar- retrucou Lucas e Dan ao mesto tempo.

Amy estava palida, sentia que a vida dela era um lixo não conseguia pronunciar uma palavra, e ela tambem começara a chorar

-por que?- fora a unica coisa que Amy consiguira pronunciar.

Amy desmoronou, mas lucas a segurou ela o abraçou e come çou a chorar aos montes, e Lucas olhou com sorriso tirndo sarro de Ian

-Não...-tentou dizer Ian, mas Dan o interrompeu.

-VOCÊ, não faz bem para minha irmã então saia daqui- disse Dan com voz ameassadora

- Não Amy escuta vai...?

-Não – disse Amy soluçando- eu-u n-ão-ao que-ro-ro tiver NUCA MAIS.-