Numb Of Love escrita por Mih Ward


Capítulo 8
Capítulo 7




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Entrei no quarto e me joguei na cama, pensei que tia Gina ia descobrir que eu era sobrinha dela, claro que ela iria perceber, eu era muito parecida com meus pais. Seria difícil manter meu segredo, primeiro teria que começar a chamar meus pais e tios pelo nome, senão eles desconfiariam se eu saísse por ai, toda hora gaguejando seus nomes.
Precisava pensar no que eu faria naquele tempo, Dumbledore disse que eu estava aqui por um motivo, o que eu mais queria no meu tempo, e o que era? Ah, claro, acabar com a rixa entre os Malfoys e minha família, mas como? Teria que os aproximar, mas pra isso teria que me aproximar deles.

Saí dos meus devaneios quando escutei uma batida na porta.

– Entra – murmurei.

Minha mãe, quer dizer, Hermione adentrou no quarto com um sorriso tímido.

– Olá, posso falar com você? – perguntou timidamente, parado no batente da porta.

– Claro, senta – falei tropeçando nas palavras por causa do nervosismo. Meu coração batia rapidamente em meu peito.

– Rose, posso te chamar assim ou você prefere Bennet?

– Se eu puder te chamar de Hermione, pode me chamar de Rose - disse simplesmente.

– Então combinado. Rose, na aula de poções o prof° Snape disse uma coisa que eu fiquei intrigada, você realmente se parece com uma Weasley, os olhos, cabelos...

– Como eu disse ao prof° Snape eu tenho certeza de quem são minha família, obrigada - falei rude, ela não podia desconfiar, e minha mãe costumava ser bem observadora.

– Ei, eu não queria ser inconveniente, é só que você realmente se parece com eles, mas se você diz que não é uma Weasley, eu acredito em você - disse com um sorriso doce.

Me senti culpada, eu não queria ser rude com ela, só estava cansada, queria voltar ao meu tempo, ficar com meus primos, e estar ao lado de Scorpius... Nada mais.

– Tudo bem, mas agora eu quero ir a biblioteca, se importa? – perguntei abaixando o rosto.

– Não claro, vai lá – ela falou ainda sorrindo docemente.

Saí deixando-a sozinha no quarto. Sabia que se ficasse mais um pouco com ela, eu iria começar a chorar e acabar contando tudo, e eu não podia fazer isso, pelo menos não naquela hora.

Estava tão distraida que nem reparei que tinha alguém vindo pela outra direção e, conseqüentemente, acabei trombando com a pessoa.

– Dá pra olhar por onde anda? - disse uma voz fria e arrastada - ah, é você Bennet.

– Desculpe Malfoy, estava distraída.

– Novidade - murmurou baixo.

– Desculpe, o que disse? - perguntei me fingindo de desentendida.

– Nada, agora se me der licença tenho coisas importantes para fazer - falou frio.
– Ah, claro - disse o deixando passar.
Ele era muito diferente de Scorpius. Draco era frio, arrogante... Enquanto Scorpius era doce e fofo. Mas tinha algo em Draco Malfoy que me atraía, ele era misterioso mas ao mesmo tempo assustador.

Balancei a cabeça tentando tirar aqueles pensamentos da minha cabeça, ele é, ou melhor, vai ser o pai do meu namorado, não podia me sentir atraída por ele... Não podia, mesmo que meu corpo e minha mente não se convenciam daquilo.

Fui para a biblioteca, como eu sempre fazia para fugir dos meus problemas. Fui me jogar nos livros.

Voltei para o salão comunal mais calma, meu objetivo estava claro em minha mente, precisava aproximar meus pais e Draco Malfoy.

Impossível? Provavelmente.

Se eu vou desistir? Nunca.

Merlin estivesse, talvez, me dando uma chance. E eu não a desperdiçaria.

Aparentemente era somente quando esse objetivo estivesse concluído que eu poderia voltar para meu tempo, então eu conseguiria, ou não me chamo Rose Weasley.

Peguei um pergaminho, pena e tinteiro e procurei uma mesa para começar a fazer o dever de poções, quando estava na metade do dever senti alguém se aproximando. Levantei os olhos e vi meus pais e tio Harry vindo em minha direção.

Ótimo!

– Oi, será que podemos nos sentar aqui com você? As mesas estão ocupadas e precisamos fazer o dever de poções - minha mãe falou.

– Claro, eu estava fazendo ele aqui mesmo.

– Obrigada – ela, novamente, sorriu de forma doce. Eles se sentaram logo a minha frente. Mais uma vez... Ótimo!

Fizemos o dever em silêncio, eu e Hermione acabamos juntas enquanto os garotos estavam no começo ainda, olhamos uma para a outra e rimos em sincronia. Os rapazes viram que a Hermione tinha acabado e pediram para copiar o dever dela.

– Nem pensar, vocês que façam sozinhos - disse indo para o dormitório.

Ambos olharam para mim na mesma hora, com o olhar de suplica.

– Não, nem venham, não vou emprestar meu dever.

– Por favor Rose? - disse meu pai.

– É Rose, só dessa vez. Prometemos.

Reprimi a vontade de revirar os olhos. Por fim, suspirei e empurrei em direção a eles, o meu pergaminho. Levantei-me do lugar, sem dizer uma palavra.

– Obrigada - disseram juntos, em sincronia.

– Harry! Rony! – Neville entrou apressado na biblioteca, recebendo olhares de repreensão de Madame Pince. Suas roupas estavam como as minhas de quando eu voltara, mais cedo, da aula de Trato de Criaturas Mágicas, porém, as de Neville estavam piores. Bem piores.

– Diabretes da Cornualha! – exclamou desesperado, segurando sua cabeça bagunçando seus cabelos negros – Eles estão vindo atrás de mim.

– Neville! Não tem nenhum Diabrete atrás de você! – exclamou Rony o fitando como se estivesse louco. De fato, Neville estava louco. Ele tinha trauma de Diabretes e isso ativou ainda mas seu trauma.

– Não estão ouvindo? – perguntou olhando freneticamente para os lados – Esse zumbido e...

Ele girou os olhos e desmaiou no chão. Todos da biblioteca se esgueiraram para observar seu corpo caído no chão.



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