Numb Of Love escrita por Mih Ward


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

NÃO REVISADO A PARTIR DAQUI:



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– Você não é de falar muito, não é mesmo? – tagarelava Tensy ao meu lado, enquanto todos da sala esperavam o professor chegar.

– É... Não – respondi controlando a vontade de lhe responder “Não quando estou prestes a vomitar”. Era como se houvesse borboletas voando furiosamente em meu estômago, ou qualquer outro animal que pudesse se mexer de forma rápida. Havia um nó em minha garganta e o meu coração estava acelerado.

– Sabe... Acho que também não vai gostar muito do Prof. Snape – continuou Tensy – Todos os chamam de “Morcegão”.

– Hm... Sério? – perguntei olhando nervosamente para a porta, esperando a hora em que ele entrasse.

– É... – ela riu – Ele costuma dar preferência a Sonserina.

“Não muito diferente do Prof. Slughorn” – anotei mentalmente dispersa em pensamentos.

Tensy abriu a boca novamente, prestes a começar a tagarelar, porém, se calou quando a porta se fechou em um estrondo. Meu coração deu um salto mortal e prendi a respiração, esperando que eu finalmente tivesse um AVC.

Era alto e vestia vestes longas e negras. Seu nariz era como um gancho, seus cabelos caiam até os ombros como cortinas negras e oleosas. Seus olhos eram profundos e negros como a meia-noite. A expressão exatamente de como tio Harry me descrevera. Hostil e de desdém.

– Abram na página 67 – foi a primeira coisa que falou enquanto andava até sua mesa, fazendo com que sua capa negra esvoaçasse.

O barulho seguinte foi o folhear de muitos livros, em sincronia.

Abri o livro a minha frente e senti um movimento a minha frente.

Levantei os olhos para cima e senti minha espinha congelar ao vê-lo a minha frente.

– Parece que temos uma aluna nova hoje... – falou com frieza abrindo um sorriso de deboche – Pelos cabelos... Suponho que seja mais uma Weasley.

– Não senhor... – respondi prontamente sentindo mais borboletas voarem em meu estômago – Sou Rose Bennet.

– Tem certeza de que não é uma filha perdida dos Weasley? – perguntou soltando uma risada de deboche, acompanhado dos Sonserinos.

– Tenho – murmurei me sentindo enganada por tudo o que tio Harry me dissera pelo “homem mais corajoso que já conhecera” – Sei exatamente quem são meus descendentes. Obrigada.

Ele parou de rir abruptamente e os Sonserinos fizeram igualmente.

– Página 67 – falou se virando e voltando a sua mesa.

– Que aula vai ter agora? – perguntou Tensy em meu encalço enquanto saiamos das masmorras.

– Trato de Criaturas Mágicas – respondi conferindo meus horários, mesmo que eu já tivesse decorado-o.

– Legal! Eu também – ela sorriu se postando ao meu lado, enlaçando seu braço no meu e começando a tagarelar novamente.

–... Divido o quarto com Cátia Bell – ela falava enquanto descíamos a colina para chegarmos até a cabana de Hagrid – Antes dividia com Parvati Patil, mas ela deu um surto por eu “falar demais”. Ela é uma metida!

– Hm... – apenas concordava dispersa, novamente, em pensamentos.

– Vai gostar de Hagrid... – ela continuou – Ele... Parece ser legal. Mesmo que eu não goste muito de suas aulas.

– Por quê? – minha pergunta saiu de forma rude mas ela pareceu não se importar.

– As criaturas que ele nos mostra são... Perigosas e horripilantes – respondeu e finalmente estávamos próximas a sua cabana.

– Na verdade... – fui novamente rude – Eu gosto das aulas dele.

Até mesmo em minha época, eu defendia Hagrid. Era um grande amigo de papai e mamãe, e não gostava que o insultassem, era como se chingassem a minha mesma.

– Hm... Rose, suponho que até agora você não tenha tido nenhuma aula com ele – ela falou sem graça – Ou estou enganada?

Reprimi a vontade de me bater, enquanto, tentava manter o controle.

– Quer dizer... Acho ele simpático, eu o vi uma vez... – olhei para a grama, como se ela fosse a coisa mais interessante do mundo – Do mesmo jeito... Sei que irei adorar a aula dele.

Finalmente chegamos e nos aproximamos da rodinha de alunas da Grifinória. Os Sonserinos estavam mais afastados, a maioria praguejava chingamentos sobre a aula e alguns faziam apenas as expressões típicas de Sonserinos.

– Alunos! – a voz grave de Hagrid exclamou, vinda de algum lugar assustando os alunos. Viramos-nos para trás e fitei o meio-gigante parado perto das árvores. Ele se postava ao lado de uma gaiola coberta por um lençol escuro. Algo de dentro dela se debatia furiosamente.

Oh... Não... Aquilo só poderia ser...

Voltamos para os nossos dormitórios com as roupas amassadas e com pequenos rasgos. Minha cara estava fechada desde que havíamos saído da aula de Hagrid.

– Tudo bem... – Tensy deu tapinhas em meu ombro – Hagrid é legal... Mas não hoje. Não sabíamos que ele estudaria, justamente hoje, Diabretes da Cornulha.

– Ele é legal! – exclamei cruzando os braços – Você tem que acreditar em mim!

– Não estou desacreditando, Rose – ela deu novamente tapinhas em meu ombro – Mas... Prefiro as aulas da Professora Grubbly-Plank.

Bufei e adentramos logo no Salão Comunal da Grifinória.

– O que houve? – uma menina ruiva se aproximou de nós. Eu a fitei, enquanto tentava processar tudo em minha mente. Rosto delicada com sardas visiveis, grandes olhos castanhos doces como os de Lílian Luna e o cabelo liso ruivo que escorria até o meio das costas. Tia Gina!

– Diabretes da Cornulha! – respondeu Tensy – Hagrid falou que ensinara sobre eles para todas as turmas.

– Ouviu isso Neville? – Gina se virou para a poltrona em frente a lareira. Um menino alto e magricelo se esgueirou e nos fitou – É melhor vestir sua armadura de proteção.

Ele balançou a cabeça e saiu correndo em direção a escadaria do dormitorio masculino.

– Não esqueça dos protetores de orelha! – Gina exclamou e voltou a nos fitar. Seus olhos castanhos pararam sobre mim. Meu coração, mais uma vez naquele dia, voltou a se acelerar. Ela iria desconfiar e pronto! Todos descobririam! Porém, ela apenas abriu um sorriso – Ele tem trauma de Diabretes da Cornulha desde que foi atacado por alguns no segundo ano.

– Pensei que aprenderiamos mais sobre eles em Defesa Contra Artes das Trevas – falou Tensy se jogando na poltrona.
Gina ainda me encarava, com um sorriso nos lábios. Por fim, ela me estendeu a mão e reprimi o meu susto, quase dando um passo para trás.

– Gina Weasley... – falou – Você deve ser a aluna nova... Transferida... Rose Bennet.

– É... – respondi apertando sua mão.

– Sabe... Você tem os olhos da minha tia Muriel – ela falou com um ar pensativo e soltou uma risadinha – Os cabelos ondulados me lembram muito os de Hermione...

Engoli a seco tentando manter o meu sorriso calmo, quando por dentro uma torrente enfurecida passava pelo meu coração. As borboletas já haviam se descontrolado de dentro do meu estômago e um nó se formava em minha garganta, impedindo que eu dissesse alguma coisa. Logo, Neville voltou a descer vestido com algumas proteções, principalmente em suas duas orelhas.

– Estou pronto – murmurou trêmulo estufando o peito e saindo de cabeça levantada do Salão Comunal.



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