Mestiça - a Uniao dos Mundos escrita por AzeVix


Capítulo 6
Capítulo 6: Dom


Notas iniciais do capítulo

Super mega feliz com os reviews de vcs
E como prometi mais cedo,
aki está o cap
obs: é continuidade do anterior, tipo esta no mesmo dia.
espero que curtam



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Fiz o caminho todo pra casa pensando em como será minha vida daqui pra frente, mal notei quando cheguei em casa, já era sete horas da noite. Jane me recebeu com boas broncas e acabei apanhando com uma colher de pau como forma de castigo por chegar tarde em casa, como se ela se importasse com isso.

Quanto mais eu gritei por causa das dores, mais eu apanhei. Tentei segurar os gritos, mas as lagrimas foram impossíveis de se conter.

Subi as escadas para o meu quarto com fome e completamente dolorida, em algumas partes dos meus braços pude ver um pouco de sangue.

Entrei em meu quarto e tranquei a porta logo em seguida. Deixei minha mochila perto do guarda roupa, abri o mesmo e peguei o primeiro pijama que eu vi na frente e me dirigi para o banheiro.

Primeiro lavei meu rosto na pia, mas não tive o alivio que eu esperava ter. A agua fez minha pele arder, não quero nem imaginar a dor se eu tentar tomar um banho.

Enxuguei meu rosto rapidamente tentando aliviar um pouco. Tirei minhas roupas com cuidado e coloquei meu pijama, uma calça comprida de moletom com uma blusa curta. Escovei os dentes e fui em direção a minha cama.

Eu sabia que eu não iria conseguir dormir naquele momento, mas preferiria ficar deitada. Depois de alguns minutos percebi que não conseguia mover nenhuma parte do meu corpo.

Entrei em pânico e fiquei apavorada. É como se tivessem me dado uma anestesia completa, não consigo nem mexer meus dedos. Tentei gritar, pedir por ajuda, mas nada saiu, não consegui nem ao menos mexer minha boca.

Demorou um pouco para eu perceber que eu também não sentia mais dor. Absolutamente nada. Nem as dores nas costas, nem nos braços onde estava pior, nada.

Estou sem voz e sem meus movimentos, mas ainda consigo ouvir. Pude ouvir minha respiração diminuindo e meu coração ficar cada vez mais fraco. E me bateu um sono de repente, mas eu apenas fechei os olhos e me esforcei muito para não dormir.

Não pude fazer mais nada, então com muito custo tentei relaxar e rezei para que, seja la o que estiver acontecendo comigo, passasse o mais rápido possível.

Pereceu uma eternidade, mas depois de um tempo minha respiração e meu coração começaram a voltar ao normal. Meus movimentos e minha voz voltaram pra mim lentamente.

Assim que voltei ao normal me sentei rapidamente e olhei para os meus braços e corpo procurando alguma resposta para o que aconteceu. Mas não encontrei nada, nem mesmo os hematomas do espancamento que sofri há quase uma hora atrás. Onde estão as marcas que deveriam estar aqui? O que aconteceu comigo?

Eu me levantei da cama e abri minha janela que da para a floresta, a outra da para a parte da frente da casa. A noite não estava tão fria como costumava ser, estava abafado e a lua estava um pouco escondida pelos topos das arvores.

Bem enfrente a minha janela tem uma arvore bem grande e com os galhos grossos. Um desses galhos fica bem perto do beiral da minha janela.

Subi com facilidade no galho e fui para o meio da arvore, escalei mais um galho e me sentei encostada confortavelmente em seu tronco. Olhei para o céu e tentei pensar em alguma solução para o que me aconteceu... mas não cheguei a conclusão nenhuma, nem mesmo em uma louca teoria. Resolvi por fim que conversaria com Jenk na segunda, Talvez ele tenha alguma resposta.

Sempre gostei muito da noite, adoro as estrelas, amo muito a lua, aprecio bastante esse ar sereno e simplesmente adoro esses sons noturnos, quem vive perto de floresta sabe do que eu estou falando. Sempre que quero um cantinho pra mim ou simplesmente ficar longe dos outros eu subo aqui. Acabei dormindo no galho e sonhei novamente que meu dia era a noite.



– Acorda vagabunda! Vai já lavar o carro que nós vamos sair. – gritou a voz que eu amo, amo tanto que se tivesse a chance cortaria suas cordas vocais e guardaria em uma caixinha. Só para me lembrar dela. (Brincadeirinha, mas que dá vontade dá). E é claro que quando ela diz 'nós', eu não estou incluída.

Com o susto que levei quase cai de cima do galho em que eu dormi, no ultimo segundo consegui me dependurar no galho. Balancei-me e com agilidade caí de pé dentro do meu quarto.

Legal! Meus reflexos e minha agilidade estão muito melhores. Maneiro!

Troquei de roupa e coloquei um de meus jeans velhos e uma blusa branca de manga. Acabei rapidamente e me preparei para mais um dia.



Se a minha semana é chata imagine o final de semana! Trabalho, trabalho, trabalho e para completar com chave de ouro: mais trabalho.

É arrumar casa, fazer café da manha, almoço, jantar, limpar a cozinha, lavar os dois carros, limpar o quintal... Ninguém merece!

Esse foi mais um fim de semana meu. No domingo a noite apesar de cansada e com fome, como sempre (Jane nunca me deixa comer quanto e quando eu quero), depois de um bom banho eu dormi feliz. É amanha que a minha vida vai realmente começar.


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Notas finais do capítulo

Tentei dar uma esticadinha no cap, mas eu acho que ainda ficou pequeno.
Bom... espero que tenham gostado.
Se tiverm perguntas, sabem o que fazer.
Kiss
ate semana que vem.