Sk8er Boi escrita por LizzLongbottom


Capítulo 15
Now Chasing Everything That's New


Notas iniciais do capítulo

ESPERO QUE GOSTEM PQ EU ADOREI ESCREVER



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Estávamos eu, Lizz, Fred, Neville e George na Sala Comunal da Grifinória. Eu e George estávamos no chão, Lizz e Neville no sofá e Fred no braço do sofá, as mãos entrelaçadas com as de Lizz. Fred botava medo em mim pela volta de Sirius Black.

– Ahhh, pàra! - exclamei, me agarrando a George.

– E se ele estiver dentro do castelo? Esperando para... nos atacar? - George fez voz de suspense e engoliu em seco como se estivesse com medo, então eu lhe dei vários tapas.

– Cala a boca você também! - gritei e ele começou a rir de mim. - São uns idiotas mesmo.

– Calma, eu não me preocuparia se fosse você. - disse Fred, mas o sorriso saiu de seu rosto. - Parece que quem devia ficar preocupado aqui é você, Neville.

– E-eu? O-oh, meu D-deus. - gaguejou e se agarrou na prima.

– Por que ele? - perguntou Lizz.

– Porque, pelo o que sei, e super confidencial, não pode sair daqui, é que Sirius Black está atrás de Harry Potter.

– Do Harry? - exclamou Lizz alto demais e Fred e George fizeram "shhhh" pra ela.

– Não brinca, é sério? - comentei sussurrando. - Mas por quê?

– Não sabemos ao certo. - disse George. - Mas provavelmente porque ele era servo de Você-Sabe-Quem, e está querendo vingar o senhor.

– É, talvez. - comentei e olhei para trás, onde Harry estava.

Rony e Hermione não estavam com ele. Ele estava sozinho, lendo alguma coisa, sentado em uma poltrona ao longe. Largou o livro e colocou as mãos na cabeça, apoiando os cotovelos no joelho. Suspirava forte, mas parecendo fraco e cansado. Parecia meio triste.

De onde veio toda essa preocupação com o Harry? Como algo de irmã, que deve cuidar o tempo todo dele. Talvez porque ele fazia isso comigo. Vira e mexe estava ao meu lado, tentando me animar ou cuidar de mim. Talvez seja por isso que tenha essa urgência de estar sempre ao seu lado, dando meu apoio.

– Com licença, gente. - disse e me levantei.

– Aonde vai? - perguntou Lizz.

– Ali com o Harry. - disse.

– Não, você não pode falar! - disse George, puxando minha saia para eu sentar de novo.

– Não faz isso, bestão. - tirei suas mãos de minha saia. - E não vou falar nada, ele só está parecendo deprimido e quero ajudar.

Sai de perto deles e fui andando até Harry. Algumas pessoas passaram por mim, mandando tchauzinhos. Outros diziam oi de longe. Fui cumprimentando todos até chegar a Harry, que nem percebeu que eu estava chegando ali.

– Oi, mestiço. - comentei sorrindo e ele levantou os olhos para mim.

– Oi, mestiça. - riu fraco e se ajeitou na poltrona, como quem descansava a coluna. - Já está ai há muito tempo?

– Acabei de chegar. - me agachei a sua frente. - Podemos conversar? - coloquei minhas mãos em seus joelhos, me apoiando.

– Claro, claro. - disse, fazendo um movimento com mão.

– Eu queria... queria saber como você tá, primeiramente. - perguntei e me aproximei da poltrona. Minhas pernas já estavam cansando da posição.

– Estou bem. - respondeu naturalmente.

– Está? - levantei uma sobrancelha.

– Hu-hum. - balançou positivamente a cabeça.

– Está mentindo. - acusei-o.

– Não estou mentindo, droga. - respondeu grosseiramente. Levantei as sobrancelhas.

– Tá beleza então, desculpa ter incomodado você. - me levantei e comecei a ir embora.

– Não, espere! - ele puxou meu pulso. - Desculpa.

– Desculpa por ser grosso ou desculpa por mentir? - questionei.

– Emma, eu... - ele suspirou e coçou os olhos. - Tá, eu não estou tão bem, era isso o que queria ouvir?

– Não o que eu queria ouvir, mas o que esperava. - fiz uma careta que lhe fez rir. - Qual o seu problema? Precisa de ajuda?

– Não, tudo bem, Rony e Hermione me ajudam. - ele sorriu fraco.

– Mas não estão aqui agora, né? Se precisar de alguém pra conversar, sei lá, eu tô aqui, Harry. - fiz carinho em seu joelho enquanto mudava de posição e ficava de joelhos.

– Eu sei, - se inclinou, me puxou um pouco para cima - eu sei disso. - e me abraçou, fazendo carinho em minhas costas. - Eu sei, é só... Sei lá, eu só queria alguém que me levasse pra fazer algo divertido de vez em quando sabe. Que não seja Rony ou Hermione. - disse e apoiando o queixo nas mãos, colocou um dedo no lábio, pensativo.

– Podemos sair para Hogsmeade no próximo final de semana, que tal? - perguntei animada e o balancei na poltrona.

– Eu não posso sair legalmente. Só saio escondido com a Capa de Invisibilidade por passagens secretas. - disse triste.

– Ah, vamos escondido. É, isso aí. - fiz uma cara de que tinha resolvido o problema. - Vamos na Capa por uma passagem secreta e aí podemos passear em algum lugar que não tenha muita gente. - sorri e bati palminhas.

– Ou, nos encontramos nesse lugar. - ele levantou um dedo pra cima e depois estalou.

– Isso aí. - sorri.

– Combinado então. Podemos comer uns doces e algumas cervejas amanteigadas. Ou conhecer a Casa dos Gritos. - ele sugeriu.

– Ótimo, no próximo fim de semana hein. - me levantei e lhe dei um beijo na cabeça.

– Tchau, Emma. - ele me abraçou.

– Tchau, Potter. - acenei, indo embora.

***

Eu já não aguentava mais. Era muito ruim fingir que Draco não existia. E bom, ele levou o meu recado a sério... Ele ficou mesmo longe de mim. Mas não sei, tem dias que eu quero bater nele porque não era pra ter feito isso e se às vezes ele chegava perto demais eu queria lhe bater por ter feito isso e eu estou muito confusa mesmo. Não sei mais o que fazer. É um tormento ter de estudar aqui e eu só quero que tudo se resolva.

Mas vamos falar de coisas boas. É fim de semana em Hogsmeade! Eu e Harry vamos sair para nos divertir, levantar um pouco o astral dele. Eu tenho estado bastante com ele esses tempos sabe, quando ele cansava de Rony ou Hermione, costumava ficar comigo. É um menino muito sensível, se você pensar bem. Ele finge que não se importa, mas se importa até demais com tudo. É um garoto muito doce, às vezes. Também consegue ser um grosso quando quer.

Eu estava no meu quarto, com Fred e Lizz. Enquanto eu me arrumava para sair com Harry, ela já estava pronta, deitada entre as pernas de Fred enquanto eles liam um livro sobre criaturas engraçadas.

– Olha essa aqui! - Lizz exclamou, apontando pra algo no livro. - Parece com você, Emma. - ela disse enquanto mostrava a figura e Fred gargalhou, batendo palmas como se disse "verdade".

– Hahaha. Muito engraçado. - disse mandando língua.

– Mas é mesmo! - ele disse.

– Não comemore não, Fred. Olha você aqui. - ela apontou pra outra figura.

O sorriso dele se desfez e eu comecei a rir, dizendo "bem-feito".

Eu continuei me arrumando, não gostando da roupa que botei.

– Vou começar a cobrar a entrada no quarto das garotas, sabe. - resmunguei.

– Senti a indireta. - Fred disse, cruzando os braços em volta de Lizz.

– Ah, vou assim mesmo. Vocês vem? - perguntei, olhando para os dois.

Eles se entreolharam.

– Me dá um segundinho. - Fred começou a virar Lizz para ele e se jogou na cama por cima dela.

Ouvi as risadinhas e depois o barulho dos beijos quando passei pela porta, e a fechei logo após. Desci a escada para a Sala Comunal e logo estava lá, olhando para as cores vermelho e amarelo espalhadas pela sala. Fui chegando perto de uma poltrona e me larguei lá. Fechei os olhos e coloquei a mão na testa. Evitei pensar em Draco, ou até mesmo o que Lizz e Fred faziam no quarto. Queria tirar tudo isso da minha cabeça. Vou me divertir muito hoje. Sairei com um grande amigo meu, e eu vou fazer bem pra ele. O dia precisa ser bom, antes que os exames comecem.

– Bu! - alguém gritou atrás de mim, me empurrando e me dando um susto. Virei para começar a ralhar com a pessoa. Era Harry.

– Idiota. - lhe dei um tapa e ele começou gargalhar.

– Vamos marcar nosso ponto de encontro. - ele sentou no braço da poltrona em que eu estava.

– Vamos. - balancei a cabeça positivamente e coloquei dois dedos no queixo, pensando. - Na frente da Dedosdemel?

– Está ótimo. Não me espere em forma corpórea. - ele deu um sorriso largo e bagunçou os cabelos.

– Forma corpórea? - enruguei a testa, confusa.

– Você vai entender. Até mais. - sorriu e se aproximou de mim, me dando um beijo demorado na bochecha.

Assisti Harry sumir pelas portas da Sala Comunal e fechei os olhos, deitando a cabeça na poltrona. Memórias minhas e de Draco juntos vieram me assombrar, e não balancei minha cabeça para esquecer dessa vez. Na verdade, sou do tipo que se tô na foça, vou ficar mais ainda. Mas não demorou muito, logo Lizz veio correndo para mim, puxando Fred logo atrás.

– Vamos, vamos, vamos. - ela riu quando aterrizou a minha frente, com Fred abraçando-a pela cintura.

– Vão para um quarto. - revirei os olhos e me levantei da poltrona.

– Acabamos de vir de um. - Fred sorriu malicioso e Lizz começou a lhe estapear.

Continuei andando devagar enquanto Fred corria dos tapas de Lizz, fazendo ela de boba. Quando ela cansou, veio para o meu lado de braços cruzados e cara amarrada. Comecei a rir dela e pelo visto nem ela aguentou, e começou a rir também.

– Shhh, não queima meu filme! - disse.

– OK. - ri mais uma vez baixinho e fiquei séria.

– Agora, você vai ficar com raiva e parar de falar comigo? - Fred perguntou chegando perto de nós. Lizz não respondeu. - Bom, vou ter de fazer você falar então. - e continuei andando enquanto ele fazia cócegas em Lizz. Os gritos dela já estavam longe até eu chegar no Salão de Entrada.

***

– Ei, vamos na Zonko's? - perguntou Fred animado e levantou os dedões pra cima, sorrindo.

– Não posso, tenho que esperar aqui na frente. - eu disse, olhando para as vitrines cheias de guloseimas da Dedosdemel.

– Então vamos entrar. - Lizz balançou os braços, e fez um biquinho. - Aqui está muito frio.

– Realmente. Por que o Harry demora tanto? Grr. - bati o pé chateada. - Entrem, eu fico aqui.

– Mas... - começou Lizz.

– Sério mesmo? - perguntou Fred.

– Sério. - dei de ombros.

– ESSA É A MINHA GAROTA. - o ruivo me abraçou, me enchendo de beijos na bochecha.

Ele pegou a mão de Lizz e entraram. A última apenas mandou um tchauzinho, e a porta se fechou.

O frio já estava insuportável. Eu alisava meus braços e meu queixo tremia. O ar gélido saia de minha boca e me deixava mais desesperada ainda. Ele realmente ia me deixar esfriando no meio de Hogsmeade até morrer? Preciso bater um papo sério com o famoso Harry Potter.

Eu mal começo a querer gritar, e sinto algo perto de mim. Fiquei em estado de alerta pra qualquer perigo.

– Buuuu!!!!

– AHHHHHHHHH!!!!!!!!!

Eu só pude ouvir uma risada depois do meu grito escandaloso. Logo ela se calou.

– Harry? - perguntei assustada.

– Sim, sou eu. - ele cochichou.

– Você precisa parar de fazer isso, seu bestão! - disse com raiva.

– Aja naturalmente, eu sou invisível, lembra? - ele disse baixinho.

– Ah, sim. - olhei para todos os lados e abaixei a voz. - Depois falamos sobre seu atraso. Pra onde vamos?

– Não sei, onde você quer ir? - ele sussurrou.

– Ah, menino-que-sobreviveu. - abaixei bem mais meu tom de voz. - Onde você acha que eu quero ir? E não esteja errado.

Não respondeu de imediato, o que me fez querer rir muito. Segurei o riso e olhei para onde eu achava que ele estava séria.

– Que tal pegar umas bebidas amanteigadas quentinhas e ir pra Casa dos Gritos? - ele perguntou depois de um tempo.

Um risinho se formou no canto do meu lábio.

– Você me conhece tão bem.

***

Eu estava tendo um dia maravilhoso com o Harry. Já estávamos em um lugar que quase ninguém ia, então ele tirou a capa. Ele estava falando de um verão doido que passou com os Dudley em um sítio no interior, que Duda estava irritando-o e ele sem querer fez o primo ficar de cabeça pra baixo. E então o Harry geralmente mal-humorado e triste que eu conheço estava feliz e risonho, como eu gosto de ver.

– É uma história bem interessante. Infelizmente, não foi assim comigo. - balancei a cabeça, enquanto olhava para os meus pés.

– E como foi? - ele perguntou interessado.

– Bom, minha mãe é uma bruxa, então eu e meu irmão sempre desconfiávamos que tinha algo de errado em nós dois.

– Algo de errado não, algo maravilhoso. Ser bruxo é uma dádiva. - ele disse todo esperançoso e olhou pro céu. - Pena que alguns usam a magia de modo... errado.

– Eu amo ser bruxa, não me entenda mal. Quando descobri, era como se algo fizesse sentido, sabe? Mesmo sabendo que provavelmente eu viraria uma. É incrível sentir esse poder sair de você.

– Faz sentir como se você tivesse no controle.

– Exato. - eu ri.

– Mas brocha saber que não estamos. Que não podemos fazer tudo.

Ele pareceu meio avoado por um segundo. Eu pensei em perguntar, mas não parecia que ele queria falar do assunto.

Me abaixei para pegar uma coisa.

– O que você achou? - ele perguntou curioso.

– Isso.

Quando virei, joguei nele uma bola de neve. Ele ficou paralisado me olhando, enquanto eu obviamente tinha uma crise de risos. Não demorou muito pra ele pegar uma e tentar jogar em mim.

– Você vai ver, Underwood! - ele correu atrás de mim.

– NÃO! - eu gritei, ainda rindo, enquanto tentava fugir dele.

Me escondi atrás de uma árvore. Eu olhei por um lado para ver onde ele estava, mas ele havia sumido. Quando olhei para o outro, ele estava lá.

– Surpresa! - ele gritou e jogou na minha cara a bolinha.

Eu o olhei incrédula e peguei uma bolinha.

– Não é legal jogar bola de neve na cara das pessoas. - eu joguei a bolinha nele.

– Vou lembrar da próxima vez. - ele riu.

Sorri para ele e abaixei a cabeça. O que Draco estaria fazendo a essa hora?

Ah, não! Sério, Emma? Você está tendo uma ótima tarde com um grande amigo seu e fica pensado nesse loiro aguado? Desencana, vai.

É verdade, eu tenho razão. Eu tô certa, preciso fazer isso.

Peraí, eu tô falando comigo mesma?

– Um galeão pelo o que você está pensando. - ele sorriu. Estava agora na minha frente, eu nem vi ele chegando perto.

– Em o que Fred e Lizz estão fazendo agora. Eu os deixei sozinhos na Dedosdemel.

– Vamos tentar resolver isso. Bom, sexo não é. - ele contou no dedo. O olhei com uma sobrancelha levantada. - Porque não dá pra fazer sexo lá. Tem muita gente e doces.

– Ew, você é nojento. - eu o empurrei.

– Vamos lá com eles? - ele perguntou rindo.

– Vamos. - sorri e peguei seu braço.


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Notas finais do capítulo

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