O Tutor escrita por Kelly Stewart


Capítulo 3
Vida nova.




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POV BELLA:

Eu nao consigo acreditar no que Charlie havia feito. Me apostar. Agora eu estou na casa de um homem que eu nem sei o nome. Meu Deus, o que vai acontecer comigo daqui pra frente. Acabei adormecendo, apos chorar. Acordei com o sol entrando pela janela. E percebi que havia uma bandeja de cafe da manha no criado-mudo. E tambem um bilhete.

“Espero que tenha conseguido dormir. Fui resolver algumas coisas, mas voltarei antes do almoco.”

Tomei meu cafe rapidamente e de repente entrou uma senhora de cabelos brancos, com um sorriso sincero nos labios.

-Bom dia.-ela disse educadamente.

-Bom dia.

-Sou Annie, trabalho aqui. Se precisar de alguma coisa, pode me pedir.

Fiquei um pouco sem graca, a muito tempo que nao sou tratada desse jeito. Desde que minha mae morreu, eu tinha que cuidar de todas as coisas da casa, alem de aturar as bebdeiras de Charlie.

-Sou Isabella.- sorri para ela.

-Edward me explicou tudo que aconteceu com voce. E quero que saiba, que quero e vou te ajudar com tudo que for preciso.

-Edward, é aquele homem de olhos verdes e cabelo cor de bronze.?

-É sim, pelo visto ele nao disse seu nome, sempre distraido.

-Voce trabalha aqui tem  muito tempo?-perguntei enquanto tomava em pouco de leite.

-Comecei a trabalhar aqui logo depois que os Cullens se casaram, isso deve ter quase 26 anos.

Ficamos mais alguns minutos conversando e depois ela me disse que teria que ir preparar o almoco. Eu fiquei sozinha outra vez, trancada nesse imenso quarto. Nao havia trago nenhuma peca de roupa, sai apenas de camisola.

EDWARD POV:

Resolvi sair para resolver o assunto da tutela da Isabella, conversei com meu advogado, Emmett Hale a respeito do que aconteceu ontem e ele me disse que conseguir a tutela dela, seria facil, so precisaria de uma assinatura de Charlie, abrindo mao da guarda.

Infelizmente teria que rever a cara daquele porco novamente.

-O que voce quer aqui? Nao vai me dizer que ela nao conseguiu satisfaze-lo e reolveu devolve-la?

-Preciso que assine isso.- joguei os papei sobre a mesa.

-Isso vai ter um preco.

Joguei algumas notas de 100 sobre a mesa e ele assinou rapidamente, sem mesmo perguntar do que se tratava.

-E entao, voce tambem a achou gostosinha, como os outros?

Dei um soco.

-Voce é um porco. Nao merece a filha que tem.

-Sua opiniao nao me interessa.

A caminho de casa me lembrei que Isabella nao tinha nenhuma roupa, entao voltei ate o shopping. Isabella era bem magra e pequena, nao seria dificil encontar as roupas que sirvam para ela. Comprei tudo que ela precisaria, nao quero que ela gurde nada da sua outra vida. A partir de agora tudo sera diferente. Assim que entro em casa, Julie vem me abracar.

-Tio Eddie.

-Oi minha pequena.- dei um beijo em sua testa.

-Por que voce esta com todas essas sacolas?

-É um presente para uma pessoa que esta aqui em casa e vai morar com a gente por algum tempo.

-Hum, é a garota que eu vi de pijama no corredor mais cedo?

Eu sorri.

-É, é ela mesmo.Eu estou indo ve-la, quer vir comigo.

Ela fez que sim com a cabeca. Subimos ate o quarto de Isabella. Bati na porta e ela abriu.

-Oi, podemos entrar.-Julie estava em meu colo.

-Claro.

Coloquei Julie no chao. E entreguei as sacolas para Isabella.

-Sao para voce, afinal nao pode ficar o dia inteiro de camisola.

-Obrigada.- ela forcou um sorriso.

-Qual o seu nome?-perguntou Julie.

-Isabella, e o seu?

-Julie. Bella, voce é namorada do meu Tio Eddie?

Isabella ficou completamente corada por causa da pergunta e ficou olhando para o chao. Eu nao sabia o que fazer. Como vou explicar a Julie o que estava acontecendo? Ela tem apenas 4 anos, nao vai conseguir entender.

-Nao, Julie. Ela nao é minha namorada, somos apenas amigos.

-Eu posso ser sua amiga tambem Bella, posso?

Isabella agora sorria.

-Claro que pode. E eu gostei de voce ter me chamado de Bella.

-Julie, temos que ir. Ela tem que se arrumar para o almoco.

-Tchau Bella.-disse Julie.

-Tchau.

Saimos do quarto.

-A tia Bella é bonita,nao é tio Eddie?

Agora que Julie havia comentado, é que eu havia percebido que Isabella é muito bonita. Os seus olhos chamaram muito a minha atencao, fora o restante de seu rosto.

-Sim, Julie, ela é muito bonita.

BELLA POV:

Tomei um banho demorado e coloquei um vestido azul que ele havia me dado e o melhor de tudo é que serviu perfeitamente. Prendi meu cabelo e desci para o almoco.

-Que bom que voce esta aqui.-disse Julie assim que eu entrei na sala de jantar.

-Isabella, depois do almoco podemos conversar?-ele perguntou.

-Bella, me chame de Bella. Tudo bem, podemos conversar.

Ele sorriu para mim. E depois almocamos em silencio. Edward pediu que eu o acompanhasse ate o seu escritorio e fomos ate la. Tinha inumeros livros, fiquei encantada ao ver todos eles.

-Gosta de ler?-perguntou, sentando-se em uma poltrona.

Fiz que sim com a cabeca.

-Quando quiser, pode pegar o que quiser.-ele sorriu para mim outra vez.- Bella, eu quero que saiba que eu nao sou igual ao seu pai, pode ter certeza disso.

-É dificil confiar nas pessoas depois de um certo tempo. Eu nao consigo confiar em mais ninguem, talvez voce realmente queira me ajudar, mas eu simplesmente nao consigo confiar em voce.

-Eu posso pelo menos tentar ganhar sua confianca?

-Claro, eu nao posso te negar isso. Voce esta sendo bom para mim, e isso eu posso te dar em troca.

-Nao precisa ter mais medo de Charlie, perante a lei, ele nao tem mais nenhum pode legal sobre voce. Agora eu sou o seu tutor, bom pelo menos ate voce completar 18 anos. Bella, a partir de agora essa casa é o seu novo lar.

-Obrigada.

-E quando voce sentir a vontade para conversar,pode me chamar, estarei aqui para te ouvir.

-Nao leve a mal, mas eu costumo sofrer em silencio. Tem sido assim durante muito tempo.

-As vezes velhos costumes precisam morrer.

-Nao quando eles marcaram sua vida de uma maneira incuravel.

-O que voce quer dizer com isso?-ele me perguntou curioso.

Mas eu nao estava pronta para falar, ou melhor, nao queria compartilhar nada com ninguem. Talvez ele acabe sentindo pena e eu nao quero isso e principalmente nao quero remexer nas feridas do passado.

-Nao quero dizer nada sobre isso.- e sai deixando-o sozinho.


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