O Tutor escrita por Kelly Stewart


Capítulo 2
Primeiro Contato.




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CHARLIE POV:

Bom, a mais ou menos cinco anos perdi minha esposa, Renne em um assalto e desde entao vivo apenas para beber e jogar. Ja perdi praticamente tudo,pode-se dizer que tenho apenas a roupa do corpo e a casa onde moro com minha filha, Isabella. Perdi meu emprego como chefe de policia e passo a maior parte do meu tempo em uma casa de jogos clandestinos e hoje nao esta sendo diferente.

Ate que hoje estou com sorte, ganhei todas as rodadas, o que esta deixando meu adversario morto de raiva. Consegui arrancar 5 mil dolares dele. Claro que isso nao iria fazer a menor falta para ele, ja que se tratava de Edward Cullen, herdeiro do grupo Cullen, que é constituido por uma rede de hoteis e algumas concessionarias.

-Pronto para mais uma rodada?-pergunto enquanto acendo meu cigarro.

-Voce tem mais alguma coisa para apostar, ou por acaso voce é tao burro que vai apostar o dinheiro que ganhou?

Bufei. Quem aquele garoto pensa que é?

-Pode ter certeza que nao sou tao burro assim. Eu tenho uma ideia Cullen, vou apostar algo bem diferente.

-E o que seria?-perguntou com curiosidade.

-Que tal eu apostar a unica coisa que me sobrou, nao vai me fazer a menor falta se eu perder. Se eu perder o dinheiro que ganhei, com certeza sentirei mais falta do que a coisa que eu irei apostar.- sorri.

-E o que seria essa coisa?

-Minha filha, Isabella Swan.

Ele me olhou incredulo.

EDWARD POV:

-E o que seria essa coisa?-perguntei curioso.

-Minha filha, Isabella Swan.

Eu o olhei incredulo. Que tipo de homem apostaria a propria filha em um jogo de cartas? Melhor dizendo, que tipo de pai pretende entregar a propria filha a um desconhecido.

-E ai aceita?-perguntou friamente.

Coitada dessa garota. Deve viver no verdadeiro inferno ao lado de um pai desses. Talvez eu deva aceitar para de alguma maneira, afasta-la dele.

-Aposto 15 mil.

Ele sorria descaradamente para mim.

Fiquei atento durante toda a partida. Fiquei analisando todos os movimentos do homem que estava na minha frente. Se isso pode ser chamado de homem. Eu tenho que vencer essa partida, se eu nao vencer, tenho certeza que ele continuara apostando a filha para mais um monte de estranhos. Mas o que eu faria com ela se eu vencesse?

E eu venci.

-Meus parabens. Ela agora é sua.- ele dizia com raiva.- Aproveite bem o seu premio.

Isabella Swan agora era minha.Mas e agora, o que eu irei fazer?

-Se voce quiser pode receber seu premio ainda essa noite.

Eu fiz que sim com a cabeca.

-Tem certeza de que quer mesmo me entregar a sua filha?

-Claro. É a melhor coisa que eu posso fazer. Voce vai ver, até que ela é gostosinha, vai te servir para alguma coisa.

Senti meu estomago embrulhar ou ouvi-lo falar daquela maneira da propria filha. Espero que eu possa ajuda-la de alguma maneira. Desde que perdi meus pais e minha irma Alice em um acidente de aviao, me sinto muito sozinho. Talvez seja bom poder ajudar alguem. E Isabella é a minha escolhida.

Dei uma carona para Charlie ate sua casa. Nós entramos e eu o segui ate uma porta que estava fechada. Ele praticamente arrombou a porta. Era um quarto. Era o quarto dela. Ela acordou assustada e ficou olhando para mim. Suas feicoes eram tao infantis, devia ter no maximo uns 17 anos. Seu olhar era de medo.

-Hoje foi o seu ultimo dia nessa casa.-disse Charlie.

-O que esta acontecendo?-perguntou olhando para mim.

-Voce vai embora dessa casa agora mesmo.- ele a puxava pelo braco, ate que conseguiu joga-la no chao.

Ela chorava, pudia ver as lagrimas em seu rosto. Fui ate ela e estendi minha mao, e ela a pegou rapidamente.

-Vai ficar tudo bem.-sussurrei.-Confia em mim.

Ela fez que nao com a cabeca.

-Isabella, voce vai embora com esse homem. Eu nunca mais quero te ver.

Eu continuava segurando sua mao. Charlie estava mais violento. Ele levantou a mao para bate-la, mas eu parti para cima dele, encostando-o na parede.

-Voce nunca mais vai encostar um dedo nela, entendeu?-ele fez que sim com a cabeca.- Ela agora é minha. E voce nunca mais ira ve-la.

Me virei para olha-la e percebi que seu olhar era uma mistura de medo e confusao.

-Isabella, é melhor nos irmos.

Ela nao disse nada, apenas me acompanhou. E entramos em meu carro. Ela estava tremendo de frio, afinal usava apenas uma fina camisola de seda. Liguei o aquecedor.E seguimos em silencio para a minha casa,

-O que voce vai fazer comigo?-perguntou sem olhar para mim.

-Pode ficar tranquila, que eu nao vou te fazer nenhum mal

Entramos em minha casa.Eu morava sozinho, apenas com Annie, que trabalha aqui desde antes eu nascer. E com Julie, minha sobrinha, filha de Alice. Estamos em minha sala. E ela se sentou no sofa. E comecou a descer as alcas da camisola, deixando expostos seus seios quase infantis.

-O que voce esta fazendo?-perguntei, me sentando ao seu lado.

-O que com certeza ele disse que eu faria.-ela disse olhando para o chao.

Ela estava achando que eu queria sexo. Meu Deus, sera que ele alem de tudo, a obrigava a se prostituir?

-Isabella,olha para mim.-seus olhos tinham cor de chocolate-ele te obrigava a se prostituir?

Ela fez que nao com a cabeca.

-Eu nao quero falar sobre isso. Por que voce me trouxe para ca?

-Seu pai apostou voce e eu acabei ganhando, agora tecnicamente voce é como se fosse minha, entendeu?

-Eu nao sou uma mercadoria. Se voce ainda nao percebeu, eu sou um ser humano. Voce é tao porco como Charlie, como voce pode ter concordado com a aposta?

-E se ao inves dele ter apostado comigo, ter te apostado com outro estranho bem diferente de mim. Aposto que isso iria acontecer cedo ou tarde.

-Mas de qualquer jeito isso é nojento. Eu nao quero ficar aqui.- ela se levantou.

-Se voce voltar para casa, ele pode tentar fazer alguma coisa. É melhor voce ficar aqui, esta mais segura do que la fora.

Ela se sentou novamente, e entao chorou tudo que estava guardando, provavelmente a muito tempo. Isabella Swan, nunca mais voltaria aquele lugar, agora eu cuidaria dela, afinal, como o canalha daquele homem mesmo disse: ela é minha.

-Quer comer alguma coisa?

Ela fez nao com a cabeca.

-Vem, vou te mostrar o seu quarto. Voce precisa descansar. Subimos a escada em total silencio. Sera bem dificil derrubar o muro que existe entre nos, mas nao vou desistir ate conseguir desvendar tudo que aconteceu com ela.


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