Se For pra Lutar, que Seja por Amor escrita por Cauhi


Capítulo 11
Reconciliações


Notas iniciais do capítulo

Minna, esse capitulo tá bem grandinho, não? Haha!
Bom, eu, pessoalmente... amei esse capítulo! Itachi-kun perfeitamente fofo! *-*



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Capítulo 11 – Reconciliações

HINATA’S POV.



Passaram-se três dias desde que eu vi aquilo. Passaram-se três dias em que eu não ia para a escola. Passaram-se dois dias que eu estava com um segurança na minha cola. Ok, não posso dizer que foi uma coisa ruim, pois o meu “guarda-costas” é mais um amigo do que não sei o que.

FLASHBACK ON



Depois de passar a quarta-feira inteira chorando, adormeci e só acordei no outro dia, morrendo de dor de cabeça por sinal. Hanabi entrou no meu quarto sem ao menos bater na porta e pulou em cima de mim.

- Adivinha quem tá aí? – ela sorriu.

- Hm... quem? – respondi, ainda sonolenta.

- Seu segurança... um tal de Pain.

- Pain? Por que diabos um cara tem nome de “dor”?

- Vai saber – ela deu de ombros. – Neji quer que você vá conhecê-lo.

- O que aquele filhote de cruz credo tem a ver com isso?

- Ele que escolheu, oras!

- Aposto que esse Pain deve ser um pé no saco – sussurrei indiferente e a Hanabi riu, saindo logo em seguida.

Tomei um banho rápido, escovei os dentes e desci para conhecer meu novo... amiguinho.

- Cadê ele? – passei o olho pela sala e nenhuma alma viva se encontrava lá. Resolvi ir pra cozinha.

- Itachi! Não vale. Você roubou, un!

- Roubou nada, Deidara! Você que é lezado!

- Ninguém te perguntou, Sasori! Un!

- Mas... o que é isso? – tinham 9 garotos sentados na mesa da minha cozinha.

- Ah, você é a Hinata? – um garoto de cabelos laranja me encarou. – Prazer eu sou o Pain – ele sorriu.– Ei, vocês! Se apresentem!

- Eu sou o Deidara, un! – ele me lembrava muito a Ino... Mas... pera aí! Ele tinha... bocas na mão? – Tatuagem, Hinata! – ele sorriu, percebendo que eu estava encarando as mãos dele.

- Eu sou o Sasori – outro garoto ruivo se apresentou, sorrindo.

- Eu sou o Kisame – um cara... azul?

- Eu sou o Zetsu – verde?

- Eu sou o Hidan.

- Kakuzo.

- Eu ser o Tobi! – índio? – Tobi is a good boy! – com voz de gay?

- Olá cunhadinha – Itachi sorriu.

- Cunhada? – Pain arqueeou uma sobrancelha.

- Ela namora o Naruto. Sabe, ele é como um irmãozinho gêmeo loiro e baka do Sasuke – ele sorriu.

- Povo doido, eu hein! – Deidara sorriu. – Ei, Pain, onde está a Konan? Un!

- Saiu com as amigas.

- Konan ter amigas?

- Claro que tem, seu idiota! – Pain bateu na cabeça do Tobi que ficou quieto.

- Afinal, o que vocês fazem aqui? – eu ainda estava um pouco pasma.

- Bom... eu não acho que você gostaria de ter um guarda-costas no seu pé sempre. Então você me deixa ganhando dinheiro, enquanto eu jogo poker, e eu deixo você livre! – Pain falou indiferente.

- Como meu pai contratou um cara como você?

- Ei! Não precisa ofender – ele riu. – Foi o Neji que escolheu.

- Gostou da surpresa, priminha? – Neji sussurrou no meu cangote.

A única coisa que eu pude lembrar, é do Neji voando longe, enquanto gemia de dor e eu pulando no colo do Pain.

- Neji! Não me assusta assim, seu idiota! – sussurrei, com a mão no peito, enquanto recuperava o fôlego.

- Hinata! Não precisava tanto assim né! – ele mantinha a mão no rosto. Mais precisamente, no lugar que eu dei um soco. – Mas e ai? Gostou? Dá pra me perdoar pelo que eu fiz com a... Tenten?

- Caham! – Pein limpou a garganta, o que fez eu me tocar que ainda estava no colo dele.

- G-g-g-gomen! – pulei na hora. – E não, Neji! Nunca – sorri. – Mas você ainda é um primo muito fofo.

- Uma semana com vocês e eu vou enlouquecer, un!

- Cala boca Deidara – Sasori deu um peteleco nele. – Aliás, é verdade que você vai vir morar aqui?

- Já vim! Un! – ele deu de ombros.

- Acabou a paz! – o ruivo resmungou. Ele gostava mesmo do Deidara, sorri.

- Ei, Pain. Por que seu nome é... Pain?

- Meu nome não é Pain – ele riu. – Meu nome é Nagato Yahiko. Me chamam de Pain porque eu tenho muitos piercings. Eles dizem que eu gosto de dor – deu de ombros. Realmente, esse povo era estranho!

- Bom... eu aceito o “acordo” – sorri. – Mas você fica cuidando da pestinha – dei de ombros e sai da cozinha antes dele responder.

FLASHBACK OFF



Bom... depois de passar três dias dormindo e comendo, eu consegui acordar às 3:30 da madrugada, para me arrumar e ir para a casa do... da Kushina! «Espero que ela não tenha esquecido!»

Me arrumei rápido, sem fazer barulho e saí de casa. Liguei o carro na garagem mesmo, meu pai não estava então eu não teria problemas.

Dirigi o mais rápido possível e consegui chegar lá 3:55!

- Olá, Tazuna-san! – sorri para o porteiro, enquanto eu saía do carro e me dirigia a casa.

- Olá, Hinata-chan! – ele sorriu. – Deseja falar com quem? – pude perceber o cuidado que ele tomou ao me perguntar. Então o Naruto já tinha tirado o meu “nome” da portaria? Hm...

- Vim falar com a Kushina-sensei! – sorri o mais amigavelmente possível.

- Aé, verdade! Que cabeça a minha – ele bateu na própria testa. – A Kushina-sama pediu para a Senhorita ir até a porta da casa e depois virar a esquerda. Se você andar um pouco, poderá ver um Dojo. É lá – ele sorriu, ainda encabulado por ter esquecido.

- Arigatou Gozaimasu, Tazuna-san! – acenei e fui em direção ao que ele falou.

Caminhei mais um pouco até poder realmente avistar o Dojo. Dava para ver alguém lá dentro.

- Hinata-chan! – Kushina saiu do Dojo e veio me abraçar. – Você veio! – sorriu.

- Claro que vim, Kushina-sensei! – sorri e a abracei.

Ela riu e me puxou para dentro do Dojo.

- Vamos aprender o que hoje?

- Bom... você sabe o que é Bijuu e Jinchuuriki?

- Mais o menos – arqueei uma sobrancelha.

- Bijuu, na mitologia, é um animal grande que tem um poder imenso de luta e é extremamente forte. Porém, o Bijuu nas lutas humanas, é apenas um título. Jinchuuriki é a pessoa que recebe esse título, digamos que ele tem um “Bijuu” dentro dele. Existem nove Bijuu, porém, antigamente, só existia um, que foi “distribuído”.

- Vai ter prova disso? – ri.

- Vai! – ela riu. – O Jinchuuriki do Bijuu de uma cauda, é especialista em uma luta, desde pequeno. Por exemplo, desde o seis meses ele é treinado e quando cresce, participa de um festival de lutas e ganha o título. O de dois, é treinado e é especialista em duas lutas desde pequeno... e assim vai.

- Seis meses? Uau! – sorri. – E o que é Semi-Jinchuuriki?

- Semi-Jinchuuriki, é aquela pessoa que fica em segundo nas lutas desse festival e é treinada desde pequeno. Por exemplo, o Sora, um garoto que competiu com o Naruto, em busca do título da Kyuubi, o Bijuu de 9 caudas, que é o último. O Sora é o Semi-Jinchuuriki, porque perdeu pro Naruto e ficou em segundo, e o Naruto é o Jinchuuriki que ganhou.

- Então a Tenten é... Semi-Jinchuuriki do Sanbi? O três caudas?

- Exato – ela sorriu. – Bom, não é uma coisa muito importante, mas é bom você saber – ela se levantou. – Hoje só vamos ter aula teórica.

- Eca! – fiz uma careta e ela riu.

- Ei, Hinata! Sabia que vai ter um torneio daqui três meses? – ela riu. – Você poderia participar. Aliás, é seu pai que vai dar a festa.

- Hm... não sei não. Até lá dá? Só vamos treinar de sábado!

- E se for todos os dias?

- Ei!

- Ok, brincadeira. Mas que tal treinarmos três vezes por semana? Fica mais fácil. Aliás, fiquei sabendo que o seu primo também vai competir.

- O-o Neji?

- Sim – ela sorriu. – Uma boa chance pra você, não acha?

- E-eu... eu não sei, Kushina-sensei!

- Não confia em mim?

- Nem em mim? – uma voz soou atrás de mim.

- Kurenai-sensei? – sorri. – Vocês duas?

- Você acha que só eu daria conta de uma Hyuuga? – Kushina sorriu.

- Ah! Vocês são tão fofas – abracei as duas.

- Agora vamos começar? – Kurenai sorriu. – Como eu sou professora de biologia... vou te ensinar as partes do corpo humano, do espaço a sua volta... E a Kushina ficará com a parte de luta.

Kurenai passou uma hora explicando-me em que pontos eu deveria atacar para enfraquecer meus inimigos. Ela me ensinou a como usar o chamado “Byakugan” que vem da minha família, que se resume em ter um reflexo melhor e conseguir “decorar” as partes fracas do corpo. Por incrível que pareça, eu consegui aprender tudo muito rápido. Kurenai também me ensinou a como enganar a mente humana, usando semi-ilusões para atrapalhá-los. Digo semi-ilusões porque não é literalmente uma ilusão. E a última coisa, foi sobre “o espaço a minha volta”. Em como atacar caso eu não consiga enxergar por alguma razão, em como fazer as coisas ficarem a meu favor, etc...

Depois foi a vez da Kushina, que me ensinou o básico: Konoha Senpuu. Ela disse que se eu soubesse atacar pelo ar e conseguir parar alguém que vá me dar esse golpe, ficaria tudo mais fácil.

No final, foram as duas lutando contra mim, já que sobrou algum tempo. Foi num estilo mais Hyuuga, já que elas disseram que o objetivo do taijutsu dos Hyuuga, é acertar órgãos e lugares frágeis. Tive um bom desempenho, porém, não consegui fazer nenhuma desistir.

Depois a Kurenai-sensei foi embora e eu fiquei descansando um pouco com a Kushina-sensei.

- Mãe, eu preciso falar com vo-

- N-naruto? – virei para trás e deparei com o loiro mais lindo do mundo, me encarando pasmo.

- Ér... eu volto depo-

- Naruto-kun! Meu filho – ela sorriu e levantou para abraçá-lo. – Cuida um pouco dela pra mim, por favor? Preciso preparar o café da manhã! – ela nem esperou ele responder e já saiu correndo.

Nós ficamos no meio do jardim, em silencio. O Naruto sentou em um balanço e ficou me fitando. Eu sentei em um banco que tinha lá e simplesmente fitei o chão.

- Hinata... por quê? – ele balbuciou.

- Falou comigo? – arqueei uma sobrancelha e fitei-o. Como eu ainda conseguia amar aquele filho de uma... mãe maravilhosamente fofa?

- Acho que precisamos conversar – ele tentou manter o olhar duro, mas não foi algo que teve sucesso.

- Fala – dei de ombros.

- Primeiro: por que você fez aquilo? Segundo: por que eu não consigo ficar bravo com você? Terceiro: por que eu ainda não fui quebrar a cara daquele seu amiguinho?

- A resposta é simples: você sabe que está errado.

- Errado Hinata? Então você acha que fez o certo?

- Não acho nada. Eu fiz. Simples assim – dei de ombros. – Fico me perguntando o porquê de você ter feito aquilo comigo...

- Eu não fiz nada, Hyuuga! Você que não sabe escolher as amizades – disse ríspido.

- É! Eu realmente não sei – algumas lágrimas quase saíram de meus olhos, mas eu segurei e desviei o olhar. – Porém, eu não tenho culpa... eu não tenho culpa de você ter feito aquilo. Eu simplesmente estou frágil demais.

- Percebi isso – revirou os olhos. – Mas eu estava aqui, Hinata! Você não precisa ter ido...

- Precisava sim, Uzumaki! Precisava, porque eu não estava com cabeça para falar contigo!

- E você acha que fazendo isso ia resolver alguma coisa?

- Ach-

Fomos interrompidos pelo meu celular que tocou.

- Alô?

- Oi, Hina! Sou eu. A Kushina. Coloca em viva-voz?

- Hai!

- Hyuuga e Uzumaki, será que dá pra pararem com essa conversa sem nexo? Por que de vez complicar ainda mais, vocês não sabem esclarecer as coisas? Não preciso ficar me intrometendo, não é mesmo?

Kushina desligou o celular o que nos fez ficar com pouco confusos.

AUTORA’S POV.



Hinata e Naruto ficaram parados olhando um pro outro, enquanto tentavam entender o que a ruiva quis dizer.

Enquanto isso, um grupo de três pessoas, estavam em um prédio observando os dois.

- Você acha mesmo que eles vão se reconciliar?

- A Hinata pode até perdoá-lo... mas não tem como ele perdoá-la.

- O Naruto é um baka, Fuuka! Você sabe disso. Ele pode perdoar sim.

- Claro que não! Ele viu com os próprios olhos – ela deu um sorriso macabro.

- Se não fosse esse Uzumaki de merda, eu já estaria com essa gostosinha de novo!

- A culpa não é dele, é dela! – a ruiva o atacou.

- Eu concordo com ela – a morena assentiu.

- Vocês duas não prestam! Só porque ele é fortinho, riquinho e fofinho – o homem revirou os olhos. – Mas veja lá! Ela é tão delicada e fof-

- Vocês estão de novo bisbilhotando-os? Que coisa mais ridícula – um garoto, mais novo que eles, apareceu. – Será que vocês não tomam vergonha na cara? Deixem eles em paz!

- Tsc! Sora. Você é um idiota – os três grunhiram.

- Eu tenho vergonha de tê-los como irmãos!

- Nós que o diga, querido Sora – o homem bradou. – É por isso que seu nome não começa com F. Você não faz juz à família que tem!

- Dane-se. Agora deixem os coitados em paz. Eu estou avisando! – o suposto Sora saiu irritado.

HINATA’S POV.



- Hinata. Por que você não começa esclarecendo as coisas?

- Naruto... – as idiotas das lágrimas ainda teimavam em sair. – Eu... eu não vou conseguir. Você é o homem aqui, comece primeiro.

- Hinata... virou machista agora? – ele deu um sorriso de canto.

- Tá bom, eu começo – revirei os olhos, engolindo o choro. – Eu... eu vim aqui na quarta-feira de manhã... e eu...

Eu estava novamente chorando igual uma idiota na frente do Naruto. E por praticamente o mesmo motivo... eu simplesmente não conseguia parar de chorar.

- Hinata... não chore... por favor – ele fechou os olhos e apertou os punhos. – Por favor...

- Não peça isso, Uzumaki...

- Eu não posso te entender se você continuar chorando... – ele ainda estava de olhos fechados e punhos cerrados.

- Certo... eu-

Naruto me abraçou forte e então começou a chorar.

- Eu te amo, Hyuuga! Por que eu não consigo lutar contra isso? – o Uzumaki continuou me abraçando. Pensei em empurrá-lo, mas eu não conseguia. – Por favor... diz que aquilo foi mentira. Diz...

- Eu... eu te amo, Naruto! – o abracei mais forte e ficamos assim por algum tempo.

- Hina... por favor... poderia me explicar o porque daquilo?

- Naru... eu te pergunto a mesma coisa – me desvencilhei dele. – Poderia me explicar o porque dessa foto? – peguei minha bolsa e tirei uma foto de lá.

- Meu... Deus! – o Uzumaki parecia pasmo. – Hina... eu nunca estive nessa situação!

- Naruto... aquele dia... eu vim aqui. Bati na porta algumas vezes e ninguém atendia. Escutei alguns barulhos vindos de dentro da casa e então me preocupei. Entrei e senti um cheiro forte de álcool... mais precisamente de Vodka. Fui até seu quarto e então eu vi isso.

- Eu... eu não me lembro dis-

Ele parou de falar e ficou o chão.

- Lembro-me de estar fazendo o trabalho com a Alika, na terça a noite. Meus pais saíram logo depois que ela chegou e então ficamos estudando. A Fuuka, uma ex-namorada minha da sétima série, foi até em casa me devolver um livro que eu emprestei pra ela no começo do ano. Eu... não me lembro o porquê, mas ela nos convidou a ver quem bebia Vodka mais rápido. Nós aceitamos a brincadeira, afinal, um copo não nos deixaria bêbados e já estávamos quase terminando o trabalho. Então a Fuuka foi até a cozinha e voltou com três copos de Vodka. Eu estranhei um pouco, pois o dela não estava com cheiro de álcool, mas deixei pra lá. Depois eu só lembro da Alika desmaiando no meu colo e eu apagando em seguida...

Ele estava com um olhar vazio...

- Depois eu acordei só no dia seguinte, com uma dor de cabeça danada. Mas meu quarto estava todo arrumado e minha cama também. Eu não lembrava de mais nada...

- A... A Alika disse-me o mesmo começo de história... mas ela contou um pouco diferente – nessa altura do campeonato, eu nem chorava mais. Estava um pouco mais compreensiva. – Ela disse que essa tal de Fuuka te puxou e beijou... e então a Natsumo resolveu entrar na brincadeira e vocês “passaram a noite assim”.

- Não me diga que a Alika está envolvida nisso... Hina! Não pode ser...

- Eu... eu estou com tanto ódio dela, Naruto! Mas... ao mesmo tempo, eu não sei em qual história acreditar!

- Poderia me contar exatamente o que ela te falou?

Comecei a falar pra ele sobre a minha ida nada agradável a casa da Alika. De tudo... e então, ele pareceu entender algumas coisas.

- Eu posso quase te provar o que aconteceu, Hinata... Mas antes disso, o meu caso.

- Outra coisa que eu queria entender... o porquê de você estar bravo comigo.

- Bom... depois que eu acordei, me arrumei e fui a casa da Alika. Tínhamos que terminar o trabalho e talvez ela me ajudasse a lembrar de algumas coisas... Quando eu cheguei na praça principal... eu vi você e o Kiba... se beijando – algumas lágrimas caíram dos olhos azuis dele.

O abracei o mais forte possível e acomodei a minha cabeça em seu peito. Como eu sentia falta daquele perfume dele... como eu sentia falta das idiotices dele, das risadas... como eu sentia falta daquele Uzumaki.

- Naruto-kun... acabo de ter a prova que você é inocente – sorri. – Eu te amo tanto... não sabe o quanto isso me alivia.

O loiro ficou quieto, mas me abraçou e começou a passar a mão em meus cabelos.

- Eu te amo, minha princesa – ele sorriu. – Mas eu ainda não entendi – riu.

- Kiba, Naruto... o Kiba foi a prova de tudo! – eu sorri e olhei em seus olhos.

- Como assim?

- O Kiba foi viajar terça a noite! Ele foi pra Austrália com a irmã dele, pra poder examinar alguns animais de lá. Ele quer ser veterinário, então, resolveu ir com ela. Então, mesmo se eu quisesse beijar ele... seria impossível! Eu não sei quem que tramou tudo isso, mas eu sempre prometi pra mim mesmo que eu não cairia em golpes de “filme”. Talvez eu tenha acabado caindo, mas nos resolvemos... você não sabe o quanto eu fico feliz!

- Sério?

- Aham! Pode ligar pra mãe dele, se quiser.

- Hina – ele levantou meu queixo com o dedo. – Eu te amo tanto! – ele me abraçou e rodou.

- Naruto, e-

O Uzumaki me interrompeu com um beijo.

- Caham... Pombinhos? – uma voz soou atrás de nós.

- Sasuke? – Naruto o encarou sorridente. – O que foi?

- A Kushina-san pediu para nós trazermos isso – ele mostrou a toalha de piquenique e uma empregada atrás dele, com algumas coisas para comer.

- Sasuke? – sorri. – O que faz aqui?

- Longa história, querida Hinata! – ele sorriu e virou-se para Naruto, entregando as coisas. – Bom, eu vou indo. Preciso resolver algumas coisas. Tchauzinho – ele acenou e saiu, sendo acompanhado da empregada.

- O que foi isso? – arqueei uma sobrancelha.

- Você não quer falar sobre o Sasuke, quer? – ele sorriu e me abraçou, me dando outro beijo.

Nós sentamos na toalha de piquenique e ficamos conversando algumas bobeiras.

- Ei, Hina. Quer torta? – ele deu um sorriso sapeca e tacou uma torta em mim.

- OOOOH! Eu não acredito, seu Uzumaki de uma figa! – sorri e taquei outra torta nele, saindo correndo em seguida.

- Hyuuga! Volta aqui! – ele riu e saiu correndo atrás de mim.

- Eu tenho o namorado mais bobo do mundo, La La Lá!

- E eu tenho a namorada mais lenta do mundo, La La Lá! – ele pulou em cima de mim e me abraçou. Caímos no chão e rolamos. Pude ver de relance a Kushina na janela, sorrindo.

Naruto me beijou de novo e ficou abraçado comigo, deitado na grama mesmo.

SASUKE’S POV.



«Então o Naruto já tinha se acertado com a Hyuuga... resolveu seguir o meu conselho? Acho que eu e a Kushina damos um belo par de cupidos. Enfim... ainda falta eu. Eu e o Itachi»

Enquanto eu caminhava para o distrito dos Uchiha’s, várias coisas invadiam-me a cabeça. Meu cérebro estava a mil por hora e eu não conseguia andar de outro jeito a não ser me arrastando. Algumas coisas que o Naruto falou comigo, me confundiam. O que era aquilo dele “me amar, sofrer”? Afinal, o que aquele Uzumaki sabia da minha vida? Aé, tudo.

Depois de alguns minutos cheguei finalmente na minha casa. Ou ex casa?

Entrei sem ser barrado, obviamente. Cheguei em frente a porta cor de madeira e então bati nela.

- Quem será uma hora dessas? – escutei a empregada sussurrando. – Ah! Sasuke-sama!

- Sasuke-kun – sorri. – O meu irm... O Itachi está aí?

- Não está não, Sasuke-sa... kun! – ela sorriu. – Ele provavelmente deve estar na casa da Hinata.

- Nani?

- Uma longa história... – ela riu. – Acho melhor você mesmo conferir.

- Ok... obrigado – sorri e sai... novamente a procura daquela coisa.

Dessa vez, preferi pegar o meu carro que apesar de ainda estar na garagem da mansão do meu pai, a chave estava comigo.

- E ai amigão – sorri. – Vamos dar uma volta?

Peguei meu Camaro amarelo e saí voando de lá.

Não poderia descrever o que eu estava pensando, afinal... era tanta coisa... No final, cheguei na casa da Hinata tão rápido que nem percebi. O porteiro me deixou entrar. Itachi, Itachi...

- Sasuke! – o Pain sorriu e logo pude ouvir uma baderna atrás dele.

- Olá – dei um sorriso de lado.

- Sasuuuuke! Como você cresceu! – só pude ver algo loiro pulando em cima de mim e depois eu caindo. – Acho que exagerei – ele riu.

- Olá Deidara – dei um sorriso forçado.

- Deidara, sai de cima dele, baka! – Sasori empurrou ele. – Olá, Sasuke.

- Olá. Cadê meu irmão?

- Ele está na cozinha – Kisame apareceu e sorriu. – Está esperando por você.

- Obrigado, un!

- Até ele pegou sua mania, Deidara-baka!

- Também te amo, Sasori.

- Humpft.

Quando eu entrei lá, o resto do pessoal me cumprimentou e saiu.

- Ora, ora. Resolveu me procurar? – Itachi estava lá, de costas para mim, encarando a janela atrás da pia.

- Tsc. Cala essa boca – fiz bico e ele riu.

- Você continua o mesmo – ele se virou e sorriu. – O mesmo irmãozinho tolo.

- E você continua o mesmo chato.

- O chato que você ama – ele riu escandalosamente.

- Quem disse? – sorri provocando.

- Eu – ele olhou novamente para a janela. – Mas afinal, o que veio fazer aqui, Sasuke?

- Uchiha pra você – ele deu uma gargalhada um tanto macabra. – Eu... quero entender o Naruto.

- Oh Kami! – ele levantou as mãos. – Você me procura pra resolver os problemas com o Naruto? – ele riu. – O que foi? Não te deixou ficar lá?

- Eu disse entender, e não resolver problemas. E sim, ele deixou. Mas eu queria entender o que ele disse...

- Não posso te ajudar se não sei a conversa dele – Itachi virou pra mim e me encarou. – Sempre quis dar conselhos pro meu irmão mais novo.

- Você não é apropriado pra isso – fitei-o mortalmente. – E não é bem um conselho.

- Tsc. Que seja – sorriu. – Diga.

- Acho melhor você ler – ri e joguei um papel pra ele.

- Sasuke...? – ele riu. – Não consegue dizer, é? Irmãozinho tolo – riu mais ainda, abriu o papel e leu atentamente.

- Tsc... – sorri de lado enquanto o observava.

- Quer começar pelo quê? – ele sorriu.

- Tanto faz – dei de ombros e ele me fitou. – Ok, ok... pelo começo?

- Não, pelo final – ele revirou os olhos e sorriu. – Se eu te amo? O que você acha?

- Eu... eu não sei.

- Você me ama? – o Itachi de antes, ficara sério.

- Eu... – fiquei em silencio.

- Não sabe? – ele deu um sorriso triste. – Sim, Sasuke. Eu te amo – ele piscou.

- Itachi... eu... e-

- Se eu te poupei? – ele me cortou. – Sim, tentei pelo menos. Se eu sofro? Talvez – ele olhou o papel.– Acho que não tem mais nenhuma pergunta.

- Dá pra parar de ser chato, Itachi? – revirei os olhos. – Será que dá pra me explicar?

- É, Itachi! Para de ser chato e explica logo, un! – Deidara gritou da sala.

- PARA DE ATRAPALHAR A CONVERSA DOS OUTROS, SEU BAKA! – reconheci a voz do Hidan.

- Deidara-senpai, Tobi quer escutar! Deidara-senpai precisa ficar quieto!

- Vocês dois! – Pain gritou. – Fiquem quietos.

- Desde que o Deidara voltou, não temos paz – Itachi revirou os olhos. – Explicar o que?

- Argh! Você sabe. Droga! Para de torturar! – revirei os olhos. – O porquê de tudo isso. Afinal, o foi que o baka do Naruto percebeu que eu não consegui?

- Ele é um baka mais legal que você – ele riu. – Bom, Sasuke – ficou sério. – Sente-se. Não é uma longa história, mas está me dando aflição ver você assim.

- Chato! – revirei os olhos e sentei. Itachi sentou-se do outro lado da mesa.

- Bom... Acho que o Naruto me poupou muito tempo. Enfim... Lembra do Shisui? Nosso primo e meu melhor amigo? – afirmei que sim com a cabeça. – Ele é mais velho do que eu. Bom, o Shisui sempre foi filho único e desde os 8 anos, ele é forçado demais. Sempre tudo quem tinha que fazer era ele. O Uchiha vivia reclamando comigo o quanto era chato e cansativo e disse que eu tinha um irmãozinho que apesar de pequeno, poderia me ajudar quando crescer. Com o passar do tempo, eu via meus amigos e seus irmãos mais novos sendo praticamente escravizados pelo nosso clã. Tudo bem, posso estar exagerando, mas eles eram forçados a aprender milhões de línguas, eles praticamente faziam faculdades desde os 5 anos! A partir daquele momento, eu...

- Prometeu fazer tudo? – deduzi.

- Exatamente. Prometi pra mim mesmo que seria melhor em qualquer coisa. Que eu agüentaria qualquer coisa. Que eu faria qualquer coisa, pra não ter que te deixar fazer nada! Mesmo que aquilo te magoasse... mesmo que você me odiasse, afinal, é pra isso que os irmãos servem, não é? – sorriu. – Eu não iria te deixar fazer nada, até eu casar. Eu poderia até casar depois de você... mas Sasuke, eu iria definitivamente, te proteger até o fim. Pode parecer idiota, chato e egoísta... mas foi isso.

- Então por que aquilo?

- Sabe a parte do “mesmo que te magoasse”? Eu falhei. Eu vi o quanto você não gostava, o quanto você queria se sentir útil. Afinal, seus amigos todos ajudam seus pais... e o nosso, nem dá bola pra ti. Então eu resolvi te dar uma chance, entendi que você já está grande o suficiente pra tomar as suas decisões, por isso falei pro papai te deixar fazer algo. Eu não pretendia causar aquilo, eu juro... – Itachi virou para a janela novamente e ficou um pouco em silencio. Desconfiei de algumas lágrimas caindo dos olhos dele.

- E sobre sofrer?

- Sasuke... – ele se virou pra mim novamente, só que dessa vez, apoiando na pia. – É ruim não ser reconhecido... dói. Você não tem ideia do quanto eu queria te colocar no balanço e passar o dia inteiro brincando com você. Não tem ideia do quanto eu queria poder passear, comprar coisas pra ti, fazer coisas de irmãos... Você não tem ideia do quanto eu queria ser um pai pra você. Mas, por causa da minha escolha, você nunca, nem sequer chegou perto de mim. Doía, toda vez... e eu continuava sorrindo. Essa é a pior coisa, Sasuke. Sorrir por fora e chorar por dentro. Doía saber que você falava tudo pro Naruto e eu não sabia de nada... Doía e ainda dói, saber que nem me amar você me ama. Dói saber que eu simplesmente não sei nada sobre você – ele sorriu e pegou um copo de água.

- I-Itachi... você... você nunca me disse isso! – minha voz saiu num sussurro.

- Como se você deixasse eu te falar alguma coisa – ele riu e se aproximou de mim. – Eu te amo, Sasuke. Eu te amo como filho, como irmão, como amigo, como companheiro. Eu simplesmente te amo – ele sorriu e me abraçou.

- Itachi... eu... também... te... te... te amo – minha voz novamente saiu num sussurro e então eu apertei o abraço.

- TOBI TAMBÉM QUER FAZER PARTE DESSE AR ROMANTICO! – Tobi veio correndo em nossa direção e nos abraçou forte, enquanto Itachi ria.

- MONTINHO! – Deidara e Hidan falaram ao mesmo tempo e pularam em cima da gente.

- Eu... eu vou morrer – sorri.

- Epa, epa, epa! Que bagunça é essa na minha casa? – uma voz feminina veio da porta.

- Hanabi-san! Tobi is a good boy! Tobi estar fazendo montinho – Tobi sorriu. – Quer participar?

- Não, Tobi-san! – ela sorriu. – Agora, andem. Se arrumem! Aqui não é a casa da mãe Joana não!

- Alá! Essa garota podia ser irmã do Sasuke, porque será – Kakuzo sorriu e levantou. Depois de algum tempo, todos estavam de pé. – Pelo menos tem comida de graça – sussurrou pra si mesmo.

- Olha, o Konohamaru vai vir em casa para assistir um filme comigo e vocês vão ficar no mesmo quarto, QUIETOS! – ela sorriu. – Está entendido?

- Ok, Hanabi-sama! – Pain olhou pra ela que logo sumiu das nossas vidas. – Quando a Hinata disse que eu poderia ficar em casa jogando Poker e apenas cuidando da irmã dela, eu pensei que seria melhor.

- Como se vocês só conhecessem a Hinata de Hyuuga! – revirei os olhos e ri. – Mas e aí, o que estão fazendo aqui?

- Uma longa história. Primeiro eu tenho algo melhor pra te contar – Itachi sorriu e jogou uma chave na minha mão. – Comprei um apartamento e você vai morar comigo. Suas coisas já estão lá – ele sorriu. – Mamãe está de acordo... agora o pai... bom, deixa ele.

- Só você mesmo... – ri.

HINATA’S POV.



Fiquei com o Naruto até meio dia e fui para casa, apesar para me arrumar e ver se tudo estava ocorrendo bem e depois eu voltaria para irmos da Alika resolver algumas coisas.

Sasuke estava lá, para a minha surpresa. Ou não.

Dei oi pra todo mundo e fui para o meu quarto. Chequei meu e-mail rapidinho e tinha um recado da Mayu:

“Querida Hina. Espero que você leia isso ainda hoje. Estou indo pra Konoha, me firmar na escola e tudo. Vou passar o final de semana aí e gostaria que você me buscasse no aeroporto. Meu namorado vai estar me esperando lá, também. Chegarei aí por volta das três horas da tarde. Te espero lá!

Beijos, Mayu”

Sorri ao ler a mensagem. Teria três horas para me resolver com a Alika, me arrumar para a festa da Ino, que aliás, só não deve ter me ligado até agora por estar dormindo, e buscar a Mayu. Além disso, iria conhecer o namorado dela!

Antes de sair, tomei um banho, fiz o almoço e comi rapidamente.

Naruto já estava do lado de fora da mansão, me esperando. Iríamos a pé mesmo, já que não era tão longe assim e poderíamos curtir um pouco mais o outro.

- Se meu pai nos pega – ri e ele me encarou.

- Como assim?

- É... eu esqueci de te contar – cocei a nuca. – Ele meio que me proibiu de te ver...

- Nani?

- É isso aí... mas eu não estou ligando muito pra isso. Afinal, meu pai não manda tanto assim em mim – sorri e Naruto suspirou.

- Eu não falo nada porque... – interrompi ele com um beijo. Naruto me encostou em uma árvore que tinha ali perto e aprofundou um beijo.

- Eu – dei um selinho nele. – Te – outro selinho. – Amo! – sorri e ele me ergueu.

- Eu amo mais! Boba – ele riu e saiu correndo.

- Ama nada! Volta aqui! – sorri e corri atrás dele.

Naruto e eu corremos até a casa da Alika, sem perceber.

Ele parou subitamente e eu trombei nele.

- Você deveria tomar mais cuidado, Hyuuga – ele riu e me abraçou. – Então? – subiu as escadas da casa da Natsumo, ainda me abraçando.

- Chame-a – suspirei e ele tocou a campainha.

- Eu te protejo – sussurrou em meu ouvido, antes de ser interrompido por Alika.

- Ora, ora... quem voltou aqui – ela riu sarcasticamente e eu quase dei meia volta e sai dali. – Hinata e Naruto. Juntos? Novamente? – ela riu.

- Alika... – Naruto suspirou. – Normal, ok?

- Ok, ok – ela riu. – Querem entrar? Fiz bolo.

- Não, obrigada – minha voz saiu num sussurro e eu me encolhi nos braços do meu namorado.

- Não envenenei não, Hina – ela riu, só que dessa vez, estava a Alika de antes. Minha amiga, minha companheira. Não via mais aquela Alika fria, egoísta e maldosa. Eu via a Alika que... que eu não deveria ter desconfiado.

- Tudo bem – forcei um sorriso e entrei, acompanhada do Naruto.

- Alguém te deve desculpas – o loiro sorriu e me cutucou.

- Bom... – eu levantei. – Me des-

- Eu te perdôo, Hina! – Alika me abraçou e sorriu. – Desculpa ter falado tudo aquilo, também! Eu fiquei nervosa, frustrada... não sabe o quanto fiquei triste depois! É chato ser acusada de algo que você não tem a mínima ideia... e ainda... aquilo... Mesmo assim, não justifica o que eu falei. No início eu até pensei que era uma brincadeira sua... Desculpa. Eu realmente fiquei triste por brigar com você.

- Somos duas! – sorri e retribui o abraço.

- É assim que eu gosto de ver – Naruto riu sapeca e olhou pra um canto da casa. Fez que sim com a cabeça. – Um. Dois. Três. ABRAÇO COLETIVO! – ele correu pra nos abraçar e a irmã da Alika também.

- Bom, Naruto. Fique aqui com a Miki que eu preciso resolveu algumas coisas com a MINHA amiga – ri e puxei Alika pro quarto.

Ela entrou e fechou a porta.

- Ah! Conta tudo – ela riu. – Você e o Naruto...?

- Eu te conto depois – sorri. – Agora você precisa experimentar esse vestido – tirei uma sacola da bolsa e joguei pra ela. – Lembra da festa da Ino?

- Eu nem ia se você não tivesse vindo – sorriu.

- Alika... você vai precisar contar pro Kiba sobre isso – sorri. – Você sabe...

- Entendi! – ela sorriu. – Agora Hina, creio que precisa saber da história, não é?

- O Naruto-kun já me contou – sorri.

- Mesmo assim. Lhe devo essa – ela riu. – Foi assim...

NARUTO’S POV.



- Puxa! Pensei que elas iriam demorar mais para “voltarem a ser amigas” – sorri.

- Concordo com você, Naruto-san! – Miki sorriu. – Mas a Alika é bobinha, apesar de orgulhosa, irônica e fria quando quer, ela tem um coração de manteiga. E sabe né, quando é pra ser, é!

- Você tem razão – sorri. – Você é muito inteligente pra sua idade.

- Ei! – ela riu. – Gosto de conversar, apenas – deu de ombros.

- Parece uma mocinha – provoquei. – Já tem namorado, é?

- N-naruto-san! Não seja indelicado – corou.

- Eu to brincando – ri. – Mas então, gosta de alguém, né? Dá pra perceber – sorri.

- N-naruto-san! Pare – ficou mais vermelha ainda.

- Você parece a Hina – ri. – Tudo bem, é normal na sua idade, gostar de alguém.

- E-eu não gosto de ninguém!

- Tudo bem – ri.

Ficamos em silêncio por um tempo.

- Naruto-san! Posso te perguntar uma coisa?

- Sim...?

- Como é namorar?

- Por que essa pergunta? – arqueei uma sobrancelha.

- Tudo bem – ela suspirou. – Eu gosto de alguém.

- AAAAH! Quem?

- V-você e-está me deixando c-c-onstrangida, Naruto-san! – ela olhou pra baixo. – Y-yuukimaru.

- O irmão do Suigetsu? NÃO ACREDITO!

- N-naruto-san! Fale baixo!

- Oh! Desculpe! – sorri. – Mas que fofinha. Eu sempre quis ter uma irmãzinha sabia...

- Naruto-san! Você não me respondeu.

- Ah! Bom... é legal. Uma sensação boa – sorri. – Mas você não tem idade – a encarei. – Tenho ciúmes das irmãzinhas dos meus amigos – ri. – Nada de ficar com esse Yuukimaru, ouviu? – ri.

- N-naruto-san! – ela corou.

- NARUTO! – Alika apareceu na escada e me tacou uma almofada que eu não sei de onde ela tirou. – O que está fazendo com a minha irmã?

- N-nada!

- Sei! – ela riu. – Miki, ele se comportou, né?

- Aham! – ela riu.

- Naruto-kun! Vamos buscar a Mayu? Precisamos ainda passar em casa pra pegar o carro.

- Minha casa é mais perto, Hina! – sorri. – Vamos. Alika e Miki vêem?

- Não posso. Vou ficar em casa preparando os acessórios pra nos arrumarmos pra festa.

- Ok, então iremos – Hina sorriu. – Tchau, tchau! Até mais.

- Tchau, tchau! – acenei.

- Tchau! – disseram as irmãs em uníssono.

HINATA’S POV.



Eu estava animada. Animada até demais. Teria o aniversário da Ino, tinha voltado com o Naruto, restaurado a minha amizade com a Alika, veria a Mayu e ainda descobriria quem é o tal namorado dela.

- Vocês meninas são tão engraçadas.

- Hã? – despertei dos meus devaneios. – Como assim?

- Roupas, sapatos, festas, amizades... – ele riu. – Tudo parece ser tão fácil.

- Isso porque não é você que tem TPM, precisa usar salto, arrumar cabelo, roupa, ser mais educado, aguentar meninas falsas... Enfim – sorri. – Meninos são menos complicados.

- É, eu sei que garotas são mais complicadas – ele riu e eu dei um tapa nele. – Ei!

- Não dê uma de Shikamaru. Eu não sou a-

- A...? – ele me encarou.

- O – sorri, concertando. – O Chouji, irmão dele.

- Sei! – lançou-me um olhar reprovador. – Sabia que o Chouji está namorando?

- Sério? Quem?

- Inuzuka Hana.

- Meu Deus! Sério?

- Aham – Naruto disse indiferente.

- Sempre achei que ela e o Shino se gostassem. Apesar dele ser mais novo – dei de ombros.

- As aparências enganam – ele riu. – Chegamos.

- Se enganam... – sorri.

- Espere um pouco que eu vou pegar o carro e já volto.

Naruto voltou depois de poucos minutos com um Subaru Exiga prata. Abriu a porta pra mim e eu entrei, depois ele fechou, me deu um selinho e começou a dirigir.

- Hina... você já viu essa Mayu? – Naruto me olhou preocupado. – Digo, tem certeza que ela é... ela?

- Claro – ri. – Conversávamos pela web cam quase todos os dias – sorri. – Bobinho!

- Hm... É bom cuidar, né – ele riu. – Ih! Olha o Sai ali – aponto para fora.

- Oh! Faz tanto tempo que não falo com ele! – sorri. – Onde será que ele está indo?

Por quê?

- Sei lá. Ele parece querer um carona.

- Tenho uma namorada vidente e não sabia! – riu. – Bom, vamos ver! – Naruto encostou o carro e abriu o vidro. – Ei! Sai!

- Naruto? – Sai sorriu. – Tudo bem?

- Ótimo, cara. A Hina quer saber se você não precisa de carona – depois que o Naruto falou isso, eu corei muito. Afinal, quem disse que eu perguntei?

- Ah. Oi Hina – Sai riu da minha cara. – Então... eu estou indo pro aeroporto.

- O-olá Sai – dei um sorriso forçado e logo abaixei o rosto.

- Então entra aí – Naruto sorriu. – Estamos indo pra lá!

- Obrigado!

Fizemos um caminho silencioso. Digo, exceto pelo rádio que cantarolava baixo uma música qualquer.

Logo chegamos ao local, que não era muito longe, afinal, Konoha era pequena. Sai seguiu-nos até o mesmo portão de embarque.

- Hinata? O que está fazendo aqui? – um ser apareceu do meu lado e sussurrou no meu ouvido.

- S-s-shino! – corei o máximo e Naruto riu, me abraçando pela cintura. – O-o que você está fazendo aqui?

- Perguntei primeiro – ele deu de ombros.

- Frio! – sussurrei um pouco irritada. – Estou esperando uma amiga e você?

- Idem – deu de ombros.

Ficamos mais um tempo em silêncio até que um avião chegou. Pude reconhecer a Mayu no meio da multidão, afinal, às vezes passávamos a noite toda conversando.

- Mayu! – sorri e ela correu até nós.

- Hina! – olhou pro Sai e pro Shino. – Sai! Shino! – sorriu e abraçou nós três. – Esse é o Naruto? – ela riu e eu assenti. – Olá! Prazer em conhecê-lo!

- O prazer é todo meu – ele riu. – Então a Hina fala muito de mim?

- Você não tem noção. Uma vez nós estávamos conver... – dei uma cutucada nela, que riu.

- Entãaaaaaaao, Mayu! Você precisa me contar aquilo, lembra? – sorri e apontei pro Shino e pro Sai. – Quem?

- Vai saber – ela riu. – Preciso comer, pode ser?

- Mayu você não vai...

- Descubra, Hina! – ela riu novamente. – Adoro isso!

- Pois é... Mas eu não! – Naruto riu da minha confusão. – Mas ok... Bom, eu tenho que me arrumar e marquei na casa da Alika, provavelmente a Hanabi já deve ter levado minha roupa pra lá, então poderemos comer na casa da Natsumo mesmo e então nos arrumaremos lá. Trouxe roupa?

- Como você me disse na última hora, eu trouxe o primeiro que eu achei em casa. É muito preto e sensual para uma festa, mas é o que eu tenho – ela sorriu.

- Tudo bem então – sorri. – Naruto-kun?

- Tenho escolhas? – ele riu. – Vamos pra casa da Alika, então!

Naruto nos levou até a casa da Natsumo e então foi embora “achar algo pra fazer no resto do dia” como disse. Além de ter dito que não tinha cabimento as meninas começarem a se arrumar três horas antes da festa. Ele realmente não tinha senso de beleza. E nem precisava.

Alika e Mayu já estavam a um bom tempo dentro dos banheiros. Enquanto eu aguardava pacientemente as duas do lado de fora.

- Mayu, sai daí! – eu gritei. – Alika, você também!

- Só saio se a Mayu sair primeiro – Alika gritou como resposta.

- Hina! Sua amiga é má – Mayu riu. – Ok, estou saindo. Um... – suspirou. – Dois... Três!

Mayu saiu do banheiro mais vermelha do que tomate. Ela estava com um vestido preto, quase igual ao que eu comprei pra Alika, só que com listras na cintura e alguns detalhes na perna.

- Mayu! Você está linda – sorri.

- Ai, Hina! Achei exagerado demais – ela ainda estava vermelha, até sorrir. – Alika, sua vez!

- Chatas! – ela gritou de volta. – Ok, eu saio... Um... dois, três!

Alika saiu nem tão vermelha assim. Ela usava o vestido branco, semelhante ao da Mayu, só que mais comportado e sem listras ou detalhes. Ela lindo, simples e exagerado ao mesmo tempo.

- E eu confiando no seu gosto, Hinata – ela sorriu de lado. – Bonito, mas exagerado.

- Exagerado? Vocês duas estão lindas! – sorri. – Parecem gêmeas. Só que uma tem olhos azuis e a outra, olhos pretos!

- Estou me sentindo a diabinha nessa história – Mayu riu, enquanto olhava pra Alika como se ela fosse o “anjinho”.

- Ai! Agora eu que estou me sentindo simples demais – choraminguei. – Olha! Esse vestido lilás extremamente simples.

- Sem confetes, Hinata! Você sabe que fica bonita de qualquer jeito. Parece até uma boneca de porcelana! – corei com o comentário da Mayu.

- Hina! Esqueci de te falar, mas a Hanabi também vai na festa, só que ficará pouco e irá dormir na casa de uma amiga dela.

- Tudo bem – suspirei. – Essa pestinha vai em mais festas do que eu! E só tem 12 anos.

- Boba! – disseram em uníssono.

- Falta a maquiagem ainda – sorri.

- Maquiagem? – Alika sorriu. – Pó, blush, sombra marrom, rímel, lápis e cabelo penteado e pronto, está bom – deu de ombros.

- Concordo – a convidada disse.

- É, eu também – sorri. – Vou de cabelo solto.

- Eu também.

- Idem – a Natsumo sorriu.

- Bom... vamos terminar logo de uma vez! Já são quase sete horas.

- NANI? SETE HORAS, HINA? – Alika riu da surpresa da Mayu.

- Aqui o tempo passa rápido, querida – Alika deu de ombros. – Logo, logo teremos que ir... Vamos começar!

Passamos mais alguns minutos dando o último “retoque” e então quando finalmente terminamos, a campainha tocou.

- Deixa que eu atendo! – Miki gritou do andar de baixo. – Naruto-san!

Depois de algum tempo, a Miguek veio até nós e disse que tínhamos visitas. Descemos o mais rápido possível.

- Naruto-kun! – sorri e abracei meu namorado que estava parado no meio da sala. – Veio me buscar?

- Sim. Se não fosse desse jeito, vocês ficariam até amanhã aqui – ele riu.

- Ah! Parem vocês dois – Alika nos repreendeu. – Só porque eu estou sem o meu namorado! Seus chatos – cruzou os braços.

- Eu digo o mesmo! – a outra morena disse.

- Meninas... – Naruto riu e abriu a porta.

- KIBA! – Alika gritou e pulou no colo do namorado. – Quando você voltou, amor?

- Hoje mesmo – ele riu e a beijou.

- Ótimo, estou segurando uma tocha olímpica – Mayu resmungou.

- Eu também – Shino apareceu do nada. Aliás, ele sempre aparecia do nada.

- Shino-kun! – ela sorriu e o abraçou. – Cadê o Sai?

- Não pode vir. Então pediu para que eu fizesse companhia para a Senhorita.

- Ele é um cavalheiro – sorriu. – Vamos, minna-san?

- Vamos! – Naruto pulou do sofá, passou a mão pela minha cintura e nos acompanhou até o carro.

PRÉVIAS



- Eu estou aqui, Ino – ele me puxou e me abraçou. – Vamos tentar sair daqui, ok? Segure firme na minha mão.

***

Os homens começaram a se aproximar de mim e eu fiquei extremamente corada. Eu não sabia o que fazer. Eu não queria fazer!

***

- Shikamaru faz algumas coisas de vez em quando, a não ser dormir – Temari ironizou.

- Claro, Problemática. Eu também como e assisto televisão – Shikamaru revidou e ela grunhiu.

***

- NÃO! NÃO PODE! EU TE O- – eu ia dar um soco nele, quando novamente ele agarrou minha cintura e me beijou.

- Não quero ouvir isso de você, por favor – disse de olhos fechados...

***

- Não me interrompa, Hina! – ri. – E não é... “isso”. É que nós... nós vamos...

- Nos casar – ele completou por mim e me abraçou.

***

- Eu já entendi. Só quero que saia de cima de mim.

***

- O QUE VOCÊS VÃO FAZER? ME SOLTA! – eu me debatia e gritava ao mesmo tempo. – SOCORRO!!!!! 

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