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Se For pra Lutar, que Seja por Amor escrita por Cauhi
Capítulo 10
Confusões
Notas iniciais do capítulo
Ah, não fiquem com raiva da Karin, por favor! Tipo, por mim. D:
E nem da Alika... ok, é impossível.
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Capítulo 10 – Confusões
TENTEN’S POV.
...
- Tenten... – nós já estávamos há algum tempo na “estrada”, quietos. Neji sussurrou para mim com uma voz culpada. – Você... – olhou em meus olhos e deu um sorriso doce. Se eu não o conhecesse, diria que estaria falando “eu te amo” com os olhos. – Não vai...
- Não vai...?
- Ér... – suspirou e estacionou o carro.
- Ué... chegamos? – olhei em volta, estava tudo escuro e não tinha uma alma viva sequer ali. Não, com certeza não teríamos chegado.
- Não – ele riu. – Não vou te estuprar, relaxa – Neji riu novamente com a minha expressão confusa. – Eu só preciso te dizer uma coisa...
- O-o que? – sim, eu tinha corado. Meu coração acelerou e de repente eu não pude mais fitá-lo. Eu parecia mais uma garotinha de dez anos recebendo uma declaração, do que uma garota de 16 anos falando com o menino mais frio que ela conhecia.
- Tenten... eu sei que você vai me odiar depois dessa ida ao shopping... mas eu preciso te dizer algo e talvez fazer... – a voz aveludada dele adentrou meus tímpanos, me colocando em um transe momentâneo. «Neji, entenda, eu nunca poderei te odiar na vida»
Neji deu um sorriso triste e se revirou no banco do carro, ficando quase de frente para mim. Ele pegou meu queixo com o dedo indicador e o levantou. Olhou em meus olhos e sorriu novamente.
- Eu... te amo, Mitsashi Tenten – o Hyuuga murmurou tão baixo que eu só escutei por causa do silencio daquele lugar.
Eu só pude perceber os olhos perolados dele indo de encontro aos meus. Por reflexo, virei meu rosto delicadamente e fechei meus olhos. Neji me deu alguns selinhos e depois aprofundou o beijo. Ficamos ali algum tempo, só curtindo um ao outro. A boca dele tinha um gosto de... nada. Acho que isso poderia definir o beijo dele, nada. Apesar de eu não duvidar que ele me amasse, aquilo tudo parecia um nada. E acredite, um nada é muito, mas muito, delicioso. Se algum dia poderem provar...
Neji separou-se de mim e fitou-me com uma expressão culpada.
- Toma – ele me deu o celular dele. – Ligue para o Suigetsu e mande-o nos encontrar no cinema – eu fiz uma expressão confusa e peguei o celular. – Ande, Mitsashi! Ligue para ele. Eu disse... eu disse que você me odiaria – ele sussurrou consigo mesmo e depois murmurou algo sobre escola, merecer, ele.
- Neji... o que?
- Apenas ligue – suspirou e então ligou o carro novamente. Pude sentir sua boca dando-me um selinho rápido antes que o carro voltasse a andar completamente. – Só... só não se iluda, por favor.
Depois de eu ter sido praticamente obrigada a chamar o Suigetsu, que com certeza não ajudaria em nada no nosso “não-relacionamento”, chegamos ao shopping.
Neji suspirou e andou lentamente até o andar de cima, onde era o cinema e foi nessa hora... que meu mundo desabou.
Karin veio correndo ao encontro dele, com um sorriso falso no rosto e o abraçou. Ok, até aí tudo bem, mas de repente... A ruiva beijou o meu Neji. Ok, o Neji dela.
Vi o Suigetsu caminhando até mim com um semblante sério e sofrido. É, eu sei que ele tem uma queda pela Karin. OK, EU AMO DOIS MENINOS QUE GOSTAM DA MESMA GAROTA? Me mato agora ou depois?
Ele se arrumou ao meu lado e então fitou o chão, o que fez eu o imitar. «Depois de tudo, Neji? Tudo aquilo? Será mesmo que você quis mesmo me iludir? Por quê? É legal ver o sofrimento dos outros? Essa era a história de “você vai me odiar”?»
- Tenten, Suigetsu... conheçam a minha namorada – ele disse sério, apontando para a garota quatro-olhos que nos encarava com um sorriso totalmente falso.
- Neji...? – balbuciei e ele me olhou friamente.
- Eu avisei. Eu já tinha... convidado-a – ainda com uma expressão fria, ele andou até uma das portas do cinema, de mãos dadas com a ruiva.
- Vamos Tenten – Suigetsu sorriu docemente e me puxou pela mão.
FLASHBACK OFF / HINATA’S POV.
Acordei de mau humor e muito irritada com o Neji. Sim, Tenten tinha me contado tudo o que acontecera.
Ainda tinha o Hatake Kakashi que passou ontem na sala, depois do intervalo e avisou-nos que mesmo os trabalhos terem sido suspensos, ele queria o dele e pra amanhã!
Naruto e Alika iriam fazer o trabalho juntos, já que o Kiba teve um imprevisto e a Ino estava doente... E do jeito que eu conheço os dois, iriam começar umas oito horas da manhã, em plena quarta-feira, que é o dia da entrega.
Me arrumei o mais rápido que pude e fui para a casa do Uzumaki. De lá eu ligaria para a Natsumo, afinal, eles iriam mesmo precisar da minha ajuda. Ri do meu gesto “caridoso”. Sim, era só uma desculpa para passar a manhã com o meu namorado.
Peguei meu Volvo e antes que eu pudesse perceber algo, já estava parada em frente à casa do Naruto.
O porteiro, novamente, me deixou entrar. Acho que o Uzumaki mais novo tinha dado meu nome pra ele.
Cheguei em frente a porta marrom da casa “super pequena” e toquei a campainha. Ninguém atendeu. Toquei de novo. Ninguém atendeu.
Escutei alguns barulhos vindos de lá de dentro. Tá, eu sei que é errado entrar na casa dos outros sem autorização, mas vai que aconteceu alguma coisa?
Um arrepio passou por minha espinha e uma vontade louca de sair correndo de lá e esperá-lo na escola, veio em minha mente. Respirei fundo, lutei contra o desejo de me mandar dali e adentrei o local.
Algumas coisas estavam derrubadas... não como se alguém tivesse entrado e revirado a casa, e sim como se alguém tivesse passado por ali, esbarrando em tudo e subindo as escadas. Segurei o riso e a repulsa de imaginar o Minato e Kushina naquele estado e então me direcionei ao quarto do Naruto. Se ele achasse ruim, depois eu me resolveria com ele.
Um cheiro forte de Vodka invadiu minha narina e, por incrível que pareça, estava vindo do quarto do Uzumaki mais novo.
Bati na porta algumas vezes e ninguém atendeu. Minato e Kushina pareciam não estar em casa, caso contrário, Naruto não teria bebido. Ou teria? Eu nem sabia que ele bebia!
- Não sabia que você tinha fetiche por álcool, Uzumaki – sorri e abri a porta. Paralisei.
Estavam duas garrafas de Vodka em cima do criado mudo, pela metade e Naruto “descansava” na cama, de cueca Box e abraçado com... com a Alika!
- E-eu... EU NÃO VI ISSO! – algumas lágrimas desceram pelo meu rosto e eu ainda não conseguia me mexer.
Era nojento ver o Naruto com as pernas entrelaçadas com uma das minhas melhores amigas. Pior, namorada do meu melhor amigo!
Respirei fundo e contei até dez. É Hinata, alguém que te odeia entrou aqui, deu boa noite cinderela para eles e os colocaram assim.
Não, essa história não entrava na minha cabeça, mas era provável. Tentei sorri e me aproximei da cama. Cheirei a boca dos dois. Vodka. É, tinham bebido.
Peguei a minha câmera fotográfica da minha bolsa e tirei uma foto. Ele teria que me explicar depois. Sai da casa com lágrimas querendo sair dos meus olhos. Corri um pouco até sair totalmente daquele local.
Vaguei pelas ruas um pouco atordoada.
- O que está fazendo a essa hora do dia, na rua? - «Por Kami! Hoje realmente não é meu dia!»
- Caminhando – limpei algumas lágrimas que insistiam em cair e então me virei para o ser.
- Hm... aliás, o que você estava fazendo na casa da Kushina? – paralisei de novo. Realmente ele era assim, ia direto ao ponto. Sem rodeios, sem nada. Mas... como ele sabia que eu tinha ido para a casa do Naruto?
- E-eu...
- Você está namorando o Uzumaki Júnior? – ele deu um sorriso seco. – Desde aquele dia que você dormiu na casa da Kushina? Hinata, por acaso você está ficando louca?
- Pai... e-eu...
- Hyuuga Hinata, você está proibida de vê-lo, entendeu? Aliás, está proibida de chegar até cem metros dele!
- Pai, você não tem o direito d-
- Sim, eu tenho. Você mora de baixo do meu teto, então segue as minhas regras – ele disse firme, respirando fundo e aparentemente pensando em algo. – Em falar de regras, você vai ficar com a Hanabi o resto da semana, precisarei viajar – ele virou as costas e caminhou lentamente até o carro, discando alguns números no celular.
- Hyuuga Hiashi! VOCÊ NÃO PODE FAZER ISSO COMIGO! – eu chorei tudo o que eu tinha direito. Afinal, por que mesmo eu estava brigando com meu pai, por um garoto que estava com a Alika?
- Sim, Hinata. Eu posso! – ele deu um sorriso frio e entrou no carro. – A propósito, amanhã mesmo contratarei um segurança para você.
- M-mas, O QUE? – ele deu partida no carro e saiu. Fiquei lá parada, olhando-o, tentando raciocinar o que tinha acabado de acontecer.
NARUTO’S POV.
Acordei morrendo de dor de cabeça. Não me lembrava de nada do que tinha acontecido... aliás, já deveria estar atrasado.
Levantei, tomei banho, escovei os dentes, comi e escovei os dentes de novo. Ninguém estava em casa, por tanto resolvi sair mais cedo.
Ainda era meio dia, então resolvi passar na casa da Alika, pois precisávamos terminar nosso trabalho, que já tínhamos começado na noite passada. Afinal, será que ela poderia me explicar o que tinha acontecido?
Perambulei pelas ruas, até chegar na pracinha central de Konoha. Alika morava por ali.
- Hinata! Hinata! – escutei alguém atrás de mim, falar. Me virei para certificar se não era a minha namorada. Não que eu fosse ciumento ou algo do tipo, mas... – Hinata, não chora! Você é tão linda pra chorar! – era uma voz suave. Lembrava-me a voz do Kiba. – O-o que? Como assim? N-não... não pode ser! Hinata! – a pessoa abraçou a menina de cabelos negro-azulados, que soluçava.
Por que Hinata estava chorando? Sim, era a Hyuuga Hinata! Junto com o Inuzuka Kiba. Os dois estavam sentados um pouco longe de onde eu me encontrava, enquanto Hinata falava baixo demais para que eu pudesse escutar.
- K-kiba-kun! – minha vontade era de correr até ela e abraçá-la, mas eu não consegui. Antes que eu pudesse dizer ou fazer alguma coisa, o suposto Kiba a beijou. Ela correspondeu. Minha vontade passada, sumiu, e então só restava a “fome” de mandar os dois para o espaço.
- K-kiba-kun! – pude escutá-la ao longe, e ela parecia sorrir. Meu pai sempre dizia que dá pra perceber, só pela voz, quem sorri e quem não. Suspirei e sai correndo dali. Dane-se o trabalho.
HINATA’S POV.
Depois de muito caminhar e pensar... veio o arrependimento na minha cabeça. E se eu não tivesse feito aquilo? Será que eu estaria melhor? E se eu... e se eu... Não, quem deveria se arrepender era o Naruto e a Alika! Aliás, ela iria me explicar isso tudo!
Acho que acordei com azar hoje. Estou com raiva do meu primo, do meu pai, do meu namorado, ou ex... da minha amiga... ou ex amiga.
Parei em frente à casa da Natsumo, que era tipo aquelas dos Estados Unidos, que não tinha portão. Uma casa bem bonita, pra falar a verdade.
Suspirei e toquei a campainha.
- Olá! – uma menininha de olhos verdes e cabelos pretos e curtos, abriu a porta. Ela me analisou um pouco e sorriu. – Hinata?
- E-eu? – arqueei uma sobrancelha e ela riu.
- Sou a irmã da Alika – ela sorriu. Até que parecia, exceto pela cor dos olhos e a altura. Pelo jeito, a menina deveria ter em volta de 7 anos. – Ela fala muito de você! – sorriu novamente e eu retribui, só que com um sorriso forçado.
- Hm... bom saber disso – ri forçadamente. – E você? Como chama?
- Miguek (Miguéqui)! – ela riu. – Mas pode me chamar de Miki (Miqui)!
- Pode deixar que chamarei – dei um sorriso amarelo. – Sua irmã está?
- Oh! Claro – ela riu do seu esquecimento. – Pode entrar! Sinta-se a vontade. Já vou chamá-la!
Miguek foi correndo até o quarto e então voltou correndo também. Dessa vez acompanhada de Alika, que estava com uma roupa diferente da de mais cedo. Ela vestia uma bata azul, de mangas soltas, com uma faixa grossa e cinza. Usava uma legging com sapatinha, o que quebrava o seu visual “gótico”, já que ela estava com o piercing de pressão e um HeadBand debaixo da franja.
- Olá, Hina! – ela sorriu e veio até mim. Me abraçou, e eu retribui um pouco hesitante. – O que devo a honra da sua visita?
- Preciso conversar sério com você – a encarei com uma expressão dura e então ela pediu para a irmã subir que iríamos conversar a sós. Incrível como me deu nojo até da voz dela.
- Vamos pro escritório – deu um sorriso falso e caminhou até uma sala, fechando a porta em seguida.– E então?
- Quero que em explique isso – joguei uma foto na mesa, que eu tinha revelado antes de ir pra casa dos Natsumo.
- M-mas, o-o que é isso? – Alika arregalou os olhos e abriu a boca. Por alguns segundos, eu até desconfiei que ela nem sabia de nada. Só por alguns segundos. – É montagem – sorriu falsamente.
- Não, não é. Eu mesma tirei.
- M-mas c-c-omo?
- Simples Alika, eu entrei no quarto do Naruto e vocês estavam assim.
- Sabia que é feio entrar na casa dos outros sem avisar? – ela riu e eu tive vontade de voar no pescoço dela. – Não sei como aconteceu isso, sério.
- Ah, jura? Que tal... vocês beberam Vodka ontem a noite e acabaram na CAMA? – fitei-a com raiva e ela se remexeu na cadeira.
- Bom, nós realmente bebemos Vodka, não consigo me lembrar o porquê, mas bebemos sim. Ontem a noite eu fui na casa dele – apontou pro Naruto, na foto. –... E íamos terminar o trabalho, mas não deu –sorriu.
- Ah claro, não deu! – revirei os olhos. – Então é verdade?
- Eu até poderia mentir... mas é provável sim. Porém, acontece, que eu nunca trairia o Kiba. Muito menos com o seu namorado. Nem bêbada.
- Alika! NÃO CITE O NOME DO KIBA, NA CONVERSA! ELE NÃO MERECE – nessa hora, a garota recuou um pouco e então suspirou.
- Hinata, não fizemos nada! Acredita em mim.
- NÃO? ENTÃO EU FIQUEI LOUCA AGORA? MONTEI TUDO ISSO À TOA? PARA ME SEPARAR DO NARUTO? PRA NÃO SER MAIS SUA AMIGA? PRA DESTRUIR SEU NAMORO COM O KIBA?
- Se você está dizendo – ela deu de ombros e então não aguentei. Só escutei o “plaft” e vi minha mão no rosto dela. – H-hinata, v-você não fez isso! – a Natsumo arregalou os olhos, pasma.
- SIM ALIKA, EU FIZ! ISSO É PRA VOCÊ APRENDER QUE PESSOAS COMO VOCÊ NÃO GANHAM NADA!
- HINATA, OLHA AQUI! EU NUNCA TE DEI MOTIVOS PARA DESCONFIAR DE MIM! EU NUNCA MENTI PRA VOCÊ OU DEI A ENTENDER MAL! EU NUNCA FIZ NADA PRA VOCÊ! PELO CONTRÁRIO, SEMPRE GOSTEI DE TI PRA CARAMBA! MAS NÃO ME OFENDA DESSE JEITO! –como ela podia ser tão falsa?
- SIM ALIKA, EU OFENDO! SABE POR QUÊ? PORQUE VOCÊ É UMA IDIOTA QUE NÃO SABE RESPEITAR OS OUTROS E PRECISA ROUBAR O NAMORADO DAS AMIGAS! NÃO SE SUSTENTA SÓ COM UM, É?
- Bom... eu não queria fazer isso – ela sorriu de lado e se aproximou de mim. Pegou em meus ombros e me forçou a sentar. – Agora você vai escutar tudo, também! – deu um sorriso macabro.
- A-alika... v-você...
- Xiu, Hinata! Você não veio atrás de explicações? É isso que você vai ter!
- Eu... eu não acredito que...
- Bom... eu estava na casa do Naruto, fazendo o trabalho, sozinhos... quando... – ela olhou para o nada, parecendo lembrar de algo. – Ah! Quando uma tal de Fuuka chegou. Naruto a convidou para entrar e então, não me lembro o porquê, ela nos fez competir quem consegue beber um copo de Vodka mais rápido. Ficamos assim por um bom tempo e...
- Alika... eu... eu não quero ouvir – algumas lágrimas caíram dos meus olhos.
- Agora você vai – sorriu. – Foi quando ela puxou o Naruto e o beijou. Resolvi entrar na brincadeira, me levantei e fui me “esfregar” no Narutinho. Passamos a noite inteira assim, fazendo “loucuras” – ela deu outro sorriso macabro. – Devo te dizer que seu namorado é muito gostoso? Que ele merece uma mulher de vez uma menina, igual você? – ela sorriu de canto.
- Alika... vo-você... você é um monstro!
- Obrigada pelo elogio, querida. Agora se retire da minha casa! – a garota abriu a porta do escritório e me expulsou de dentro daquela coisa que ela chama de casa.
- EU TE ODEIO! – gritei, enquanto caminhava para não sei onde.
- SE VOCÊ FOR INTELIGENTE O BASTANTE, ENTENDERÁ O RECADO! – ela gritou de volta e então, eu não pude escutar mais nada.
SAKURA’S POV.
Cheguei na escola quando todo mundo já estava lá.
- Ohayo*, minna-san! – sorri e todos me cumprimentaram.
- Onde será que a Hinata anda uma hora dessas? – Neji disse impacientemente.
- Talvez ela deva estar dando aulas de como não machucar uma garota, pro Naruto – Tenten provocou-o, não entendi o porquê.
- Verdade, né? O Naruto, nem a Hinata, nem o Kiba e nem a Alika vieram. O que será que aconteceu? – Suigetsu lançou um olhar mortal pro Neji.
- Perdi alguma coisa? – sussurrei pra Ino.
- Eles estão assim faz tempo. Também não entendi – sussurrou de volta.
- Vai que eles saíram em casal – Kankurou riu.
- Poxa! E nem chamou o Neji e a Va, ops, Karin? – Tenten disse indiferente.
- Tenten... – Neji a ameaçou com o olhar.
- Venha, Ten! – Suigetsu a puxou enquanto ninguém entendia nada.
- Povo está tão estranho hoje! – Matsuri riu. Olhando pra Temari que encarava o Shikamaru de uma forma maliciosa.
- Concordo – Gaara se pronunciou.
- Sakura. Posso falar com você? – de novo o Sasuke...
- Eu preciso conversar com a In-
- Venha – ele nem me deixou terminar de falar e então me puxou para um canto. – Só quero perguntar se posso usar o seu nome em uma história que eu estou fazendo.
- Hm. Coloca – dei de ombros e caminhei até a Ino. – Ei, você não me contou sobre você e o Gaara! –sorri.
- Ai! Foi um desastre – ela riu. – Além de estar doente, eu paguei tanto mico que pelo amor de Deus!
- Eu quero saber de tudo!
- Ok... foi assim... – ela começou a contar tudo nos mínimos detalhes, enquanto eu ouvia pacientemente.
SUIGETSU’S POV.
Eu estava com muita raiva. Muita mesmo. Poderia pegar a espada que nosso sensei Jiraya guarda e matar um. Principalmente aquela garoto-cinderela.
- Tenten... eu odeio seu amiguinho – eu sorri de lado. Como ele ousava a gostar da minha Karin? MINHA?
- Eu também... e a sua amiguinha também – ela disse impacientemente.
Ficamos em silencio alguns minutos...
- Namora comigo? – eu olhei pro vago, enquanto a Mitsashi me encarava, pasma.
- C-como?
- Quem sabe dá certo? Casais trocados – eu ri. Tenten não me deu tempo, ela ficou na ponta do pé e me beijou. No começo, fiquei paralisado, mas depois fui retribuindo.
- Ora, ora! Que pegação é essa? – a voz que eu conheço muito bem, nos interrompeu.
- Somos namorados agora. Se não se incomoda, eu vou pra outro lugar. Vai lá com a sua bonequinha de porcelana, vai – Tenten disse para a Karin, se referindo a Neji de um modo nada educado, enquanto me puxava para um canto qualquer.
- Segredo? – sorri.
- Total! – ela sorriu novamente e então foi pra fila, ficar junto com o Shino.
«Será mesmo que pode dar certo? »
NARUTO’S POV.
Eu estava trancado em meu quarto. Não sabia que horas eram e nem queria saber, mas provavelmente todos já deveriam ter saído da escola há umas duas horas. Eu não via nada, meu quarto estava com as janelas e portas fechadas e luzes apagadas, enquanto eu descansava minha mente e minha raiva, esparramado na cama. Minha mãe fora me visitar várias vezes, porém, não a deixei entrar e muito menos dar-me alimento.
Escutei o irritante barulho do meu celular que eu também deveria ter desligado. Olhei na tela. Sasuke.
- Moshi Moshi*? – tentei sorrir, em vão.
- Naruto! – Sasuke disse urgente. – Posso, pelo amor de Deus, ficar na sua casa por alguns dias?
- Estou bem também – disse sarcasticamente. – Por que, cara?
- Te explico depois. Posso? – qualquer um podia ouvir a súplica atrás daquela voz fria e indiferente de Uchiha Sasuke.
- Pode – revirei os olhos.
- Tua mãe? Teu pai...?
- Se eles não deixarem, eu fujo de casa junto com você – sorri ironicamente e desliguei o celular, mas não antes de escutar um “cara, você é muito gay”.
Arrumei rapidamente o meu quarto, abri as janelas e desci as escadas. Não tinha ninguém em casa. Ótimo.
Comi alguma coisa e sentei no sofá da sala, ligando a TV e procurando pacientemente por um filme de terror, ação ou qualquer coisa que não tivesse romance. Nada, ótimo.
Subi novamente, tomei um banho e depois procurei um remédio para dor de cabeça.
Logo o Sasuke chegou, com uma cara nada agradável e malas semi-prontas. Digo assim, pois ele levava mais coisas na mão do que nas próprias malas.
- Afinal, o que aconteceu? – arqueei uma sobrancelha, enquanto o Sasuke jogava suas malas em um canto qualquer do quarto de hóspede.
«Hinata... Quarto de hóspedes... Amor...»
Engoli o nó na garganta e encarei o moreno a minha frente.
- Itachi! – respirou fundo. – Já disse que o odeio?
- Sasuke, Sasuke, Sasuke... só você mesmo – revirei os olhos e me direcionei ao meu quarto, sentando em um pufe preto. Sasuke fez o mesmo.
- Só eu mesmo não – grunhiu. – Eu odeio aquele... aquele... filho de um pai retardado!
- Sasuke! – dei um sorriso forçado.
- Aliás, o que aconteceu com você, a Hinata, o Kiba e a Alika, hoje?
- É... – respirei fundo.
Expliquei pra ele sobre a Hinata... e ele me obrigou também, explicar sobre a Fuuka e meus pais terem voltado apenas hoje.
- Eu não posso te ajudar, dobe – ele deu um sorriso triste. – Porque estou numa situação quase tão chata quanto a tua.
- Mas então, o que aconteceu? Desembucha, criatura!
- Bom...
FLASHBACK ON / SASUKE’S POV.
Cheguei em casa junto com o Itachi, que resolveu me dar carona. Ou melhor, me obrigar a aceitar a carona dele.
Entrei, tomei banho e desci para assistir TV. Meu pai e meu irmão estavam lá, discutindo sobre algo que não me interessou de imediato.
- Itachi! Você tem que fazer isso! – meu pai quase gritava.
- Não, pai! Eu não quero fazer isso! Eu cansei de sempre ter que viajar, viajar, viajar... Chega!
- Oh meu Deus! É por um dia. UM DIA! E além do mais, você vai pros Estados Unidos! Não está bom assim pra você?
- Peça pro Sasuke! Ele nunca foi. Você nunca nem sequer pediu pra ele!
- O Sasuke não tem competência! Você sabe disso!
- Não, eu não sei. Você nunca tentou.
- Ei, ei! Dá pra parar de falar de mim como se eu não tivesse aqui? – desviei meu olhar da TV e encarei os dois.
- Sasuke! Diga pro seu irmão ir!
- Sasuke! Diga pro pai que ele nunca te perguntou nada!
- Vamos parar os dois aí? Saco! Itachi, você sempre foi! Sempre. Por que esta frescura agora? E papai, eu não sou incompetente! Dá pra parar de sempre me humilhar? Saco!
- Filho... Fugaku! Itachi! – mamãe apareceu descendo as escadas e me abraçando.
- Você! Você também, mãe! Sempre mandou eu fazer tudo! Por que não pede pro pai deixar o Sasuke, agora?
- Ele é muito novo, Itachi! Para!
- Novo? Com a idade dele eu já ia até ficar um mês longe de casa!
- Você sabe que é diferente a situação! Não force as coisas, meu filho.
-Sasuke! O que você diz sobre ir aos Estados Unidos? É um dia só, mas você pode aproveitar.
- Eu-
- NÃO! EU JÁ DISSE QUE QUEM VAI É VOCÊ E PONTO FINAL! – meu pai gritou, fazendo minha mãe se encolher em meus braços.
- Pai... – Itachi balbuciou. – Por quê...?
- Eu já te expliquei as coisas! Você é mais competente que ele. E aliás, Sasuke só tem 16 anos!
- Itachi! Seu pai tem razão! Pare de forçar a barra.
- Mas isso nunca foi motivo pra...
- CHEGA VOCÊS DOIS! CHEGA TODO MUNDO! QUE SACO! ITACHI É SEMPRE O MELHOR, SEMPRE O MAIS ADORADO, SEMPRE O MAIS COMPETENTE! É SEMPRE ELE. E AGORA ESSA COISA QUE ME DENOMINA IRMÃO QUER ME HUMILHAR DANDO UMA DE NÃO QUERER IR? QUER SABER! CHEGA. VOCÊS NÃO PREFEREM TANTO O ITACHI DO QUE EU? QUE FIQUEM SÓ COM ELE!
Desvencilhei-me da minha mãe e subi correndo as escadas. Fiz minhas malas as pressas e sai de casa, pela janela do meu quarto mesmo.
FLASHBACK OFF / NARUTO’S POV.
- E foi assim... – se eu não conhecesse tão bem o Sasuke, poderia jurar que ele estava quase chorando.
- Não acha que foi demais, não?
- Naruto... você... você não entende. Você é filho único, tem toda a atenção dos seus pais. Eu só tive da minha mãe... e nem era tanto assim!
- Ciúmes?
- Não digo que é ciúmes... é falta mesmo. Sabe...
Sasuke pareceu refletir um pouco. Eu já estava um pouco alterado, por lembrar-me dos meus problemas... por ver o meu amigo naquele estado...
- Naruto... você é um idiota – ele disse sério. – Será que não consegue ver? – não entendi de imediato o que ele quis falar, só depois me veio à mente o meu caso.
- Idiota, Sasuke? IDIOTA? Você não sabe a dor que eu estou sentindo.
- Desculpa meu amigo, mas eu sei que não é pior que a minha. Porém, não posso dizer que não doa igual.
- SASUKE! SERÁ QUE DÁ PRA VOCÊ PELO MENOS UM DIA PARAR DE SER TÃO EGOÍSTA? SERÁ QUE ATÉ NA DOR, VOCÊ QUER GANHAR? – eu não entendi ao certo o porquê me descontrolei, mas o Sasuke me irritara.
- Naruto... você...?
- CHEGA! QUER SABER DE UMA COISA? VOCÊ É UM CEGO QUE NÃO VÊ O QUANTO TEU IRMÃO TE AMA! VOCÊ É UM IDIOTA QUE NÃO SABE VER AS COISAS BOAS DA VIDA, É UM IDIOTA, EGOÍSTA E BURRO! SIM, SASUKE, VOCÊ É BURRO! DÁ UMA DE INTELIGENTE, MAS NÃO CONSEGUE VER UM PALMO NA SUA FRENTE, DAS COISAS QUE VOCÊ NÃO QUER! SABIA QUE O PIOR CEGO É O QUE NÃO QUER VER? POIS ENTÃO, É O SEU CASO! SEU IDIOTA. NÃO VÊ O QUANTO TEU IRMÃO TE POLPOU? NÃO VÊ O QUANTO TEU IRMÃO PODE SOFRER? CLARO QUE NÃO, NÉ? AFINAL, VOCÊ SÓ PENSA EM VOCÊ! VOCÊ SÓ VÊ O QUE ELE FEZ DE RUIM! – suspirei. – POR QUE VOCÊ NÃO CONSEGUE VER QUE ELE NÃO É O ERRADO DA HISTÓRIA, HEIN? É RUIM NÃO SER RECONHECIDO SASUKE! APOSTO QUE ELE DEVE ESTAR PENSANDO NISSO AGORA. APOSTO QUE ELE DEVE ESTAR TRISTE! MAS VOCÊ LIGA? CLARO QUE NÃO, AFINAL, A SUA DOR É SEMPRE PIOR QUE O DOS OUTROS!
- AÉ, NARUTO? E VOCÊ, QUE NÃO CONSEGUE VER O QUÃO BURRO VOCÊ FOI DE NÃO TER IDO PROCURAR A HINATA? E VOCÊ NÃO CONSEGUE VER O QUÃO IDIOTA VOCÊ FOI DE TER ACREDITO NAQUELE BEIJO RIDÍCULO? SERÁ QUE VOCÊ É TÃO TAPADO QUE NÃO SABE QUE O KIBA... – ele parou de falar e refletiu um pouco. – POR QUE VOCÊ NÃO VAI PROCURAR ELA E DEIXA DE IDIOTICE? POR QUE VOCÊ NÃO VAI LOGO RESOLVER ISSO? VAI MESMO DEIXAR TUDO DESSE JEITO, SEM PÉ NEM CABEÇA? DEIXAR ASSIM, POR UM ORGULHO IDIOTA SEU? NÃO VAI DEIXÁ-LA NEM EXPLICAR? É ASSIM, NARUTO? É ASSIM QUE PRETENDE NAMORAR UMA GAROTA TÃO DOCE QUANTO A HINATA? SE FOR DESSE JEITO, QUE HOMEM É VOCÊ PRA MERECÊ-LA?
- Sasuke...
- Naruto...
- M-me desculpe...
- Você também...
Sasuke e eu simplesmente descontamos um no outro... mas não posso dizer que ele não tenha razão...
- Vem aqui, irmão – ele sorriu e me puxou para um abraço.
- Sasuke... eu não sei o que seria de mim sem você, irmão... – sorri e chorei ao mesmo tempo.
Pra alguns, seria uma cena gay... dois garotos abraçados, chorando um no ombro do outro. Pra nós... era uma cena de amizade. De amizade eterna.
- Eu te amo, cara – dissemos juntos.
PRÉVIAS
- Pain? Por que diabos um cara tem nome de “dor”?
...
- Hinata... por quê? – ele balbuciou.
- Falou comigo? – arqueei uma sobrancelha e fitei-o. Como eu ainda conseguia amar aquele filho de uma... mãe maravilhosamente fofa?
...
- Kiba, Naruto... o Kiba foi a prova de tudo! – eu sorri e olhei em seus olhos.
...
- Deidara, sai de cima dele, baka! – Sasori empurrou ele. – Olá, Sasuke.
...
- Deidara-senpai, Tobi quer escutar! Deidara-senpai precisa ficar quieto!
...
- Epa, epa, epa! Que bagunça é essa na minha casa? – uma voz feminina veio da porta.
- Hanabi-san! Tobi is a good boy! Tobi estar fazendo montinho – Tobi sorriu. – Quer participar?
...
- Você deveria tomar mais cuidado, Hyuuga – ele riu e me abraçou. – Então? – subiu as escadas da casa da Natsumo, ainda me abraçando.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Ohayo = bom dia.
Moshi Moshi = alô.
Pedi pra não ficarem com raiva da Karin. u_u AUHSASUHASUH
Bom, a minha opinião é que esses personagens estão dramáticos demais. Digo, muito u.u
E SIM, A AKATSUKI VAI APARECER O ~TODOS DANÇAM.~