Não Me Ames assim Tanto escrita por R_Che


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Hey... Back!
Muito obrigada pelos vossos comentários, e pelas ideias, a minha ideia inicial era que me ajudassem de capitulo para capitulo, que dessem ideias para o próximo e não em geral... mas ainda assim, todas elas são muito bem vindas!
Para desenvolver o estilo de vida que elas levam eu tentei dar um bocadinho de "vida banal" neste capitulo, de modo a conseguir abrir passo a algumas das ideias que vocês deram... Espero que gostem, caso contrário peço desculpa.
Leiam e encontramo-nos nas notas finais! :)

Be Happy*



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21 de Setembro de 2013

15:18

Passaram dois dias desde que Rachel prometeu a si mesma tornar a vida de Quinn num inferno e desde então que ela não conseguia prestar atenção total em mais nada. A morena estava convencida que devido ao facto de Quinn ter acalmado com os piropos e as indirectas, estava a “tramar alguma” e não descansava enquanto não resolvesse dar o troco ou simplesmente escapar aos planos de Quinn. No entanto, era sábado e como o sábado normalmente é o dia das limpezas, então teriam de haver algumas tréguas…

Mas nunca um descuido! Ontem ela chegou a casa cansada disse “boa noite” com aquela voz doce irritante e aproximou-se de mim. Lógico que eu fugi né?! Quer dizer, ela é maior do que eu e se ela acerta no meu nariz, tenho a certeza que a força de braços da Quinn o deixava num estado irreparável. Eu não entendo, eu passei a minha aula de história de arte inteira sem prestar atenção nenhuma enquanto escrevi todos os pontos do comportamento dela no meu caderno… quando eu disse que ia descobrir o que ela anda a tramar, eu falei a sério… mas voltando ao ponto, não cheguei a conclusão nenhuma, mas sinto no meu mais profundo interior que eu estou perto da armadilha e eu não posso cair nela. Eu preciso de falar sobre isto com alguém, mas a única pessoa que conhece a história é a louca da latina, e convenhamos que Santana acredita na barbaridade de que a Quinn está apaixonada por mim e vice-versa. É que mais facilmente eu me apaixonava por Jacob Ben Israel do que por Quinn Fabray, e certamente que ao contrário a mesma coisa. Portanto… eu preciso de uma nova amiga! Duas cabeças a pensar ajuda mais do que uma só. Ainda que a minha inteligência seja muito mais avançada do que qualquer pessoa que eu possa arranjar como amiga…

É agora! Tu vais lá e soltas de uma vez o que queres dizer, afinal ela está há 2 horas a varrer o chão de três azulejos, ela é estranha, vá pronto ok, ela é surreal. Vamos lá Q, tu consegues!

“Rach…” – ...Não pode ser ninguém do Glee Club, nós somos as únicas três pessoas em Nova Iorque, além do mais eu…  “RACHEL!”

“Hã? O Quê?”

“Eu queria falar contigo uma coisa…”

“Já lavaste o chão da cozinha?”

“Sim… os azulejos todos, graças a deus.”

“Então começa com a casa de banho.”

“Bom, eu queria falar contigo o seguinte…”

“A casa de banho precisa de um detergente especifico…”

“Cala-te!” – disse Quinn em desespero. Rachel calou-se de repente. Foge Rachel, foge já! Ela vai-te bater, pensa rápido…

“Tenho bilhetes para um musical na Broadway esta noite, queres vir?” Nunca pensei que ela usasse um golpe tão baixo, ela sabe que eu vou dizer que sim…

Ok, respira Fabray, já basta o facto de ela estar a conter a respiração por vocês as duas. Será que ela vai morrer em pé?

“Não posso.”

“… mas obrigada ainda assim pelo convite, Quinn!” – respondeu a loira em tom irónico.

“Obrigada porquê? Por me quereres levar para uma armadilha no meu sitio preferido no mundo? Eu sabia que não eras boa pessoa, mas nunca ponderei que fosses tão má.” Ou talvez sim.

“Pronto, começou a paranóia. Qual armadilha? Quantas vezes é que preciso de te dizer…”

“Nenhuma mais, alias nem tens de falar mais comigo sequer, poupavas as tuas palavras e ainda os meus ouvidos, era ouro sobre cor de rosa.”

“Azul.”

O som do telefone de Rachel tocou e ela ignorou a discussão. Quinn desapareceu para a casa de banho e decidiu esperar mais algumas horas para voltar a insistir com a morena, enquanto isso Rachel leu a mensagem que recebera.

-Diz à Q que eu hoje à noite não posso ir convosco ao teatro. Ela tem a merda do telefone desligado. Aproveita que não é todos os dias que a Fabray tem momentos de simpatia e generosidade.  Beijos para ela, para ti não. S. –

Odeio esta latina também. Mas espera lá… se a Satan não pode, então se ela estava a preparar uma armadilha já não tem a sua cúmplice. Eu podia aceitar ir logo à noite, eu podia aguentar um par de horas a Quinn se fosse na Broadway.

20:43

Faltava cerca de meia hora para o inicio da peça, ambas estavam paradas em frente à porta de entrada e Quinn não parava de olhar para o relógio.

“A Santana não vem, escusas de esperar.” – disse Rachel com ar interrogativo enquanto afirmava seguramente o que dizia, mas não demorou muito até que a mente dela começasse a trabalhar de novo e um nervoso miudinho se despertasse no seu corpo. “A não ser que vocês me tenham enganado e ela vem mesmo. Eu sabia que não podia confiar em ti, e ela na mensagem disse para eu aproveitar a generosidade, eu fui tão estúpida como é que só agora é que eu me dei conta que é uma armadilha inteligente? Eu vou-me embora.” Quinn ouviu tudo o que a morena disse sem acreditar que ela pudesse estar a falar a sério, só se deu conta desse facto quando ela se moveu em sinal de que se ia embora. A loira agarrou-lhe o braço de modo a fazê-la parar.

“Tu estás louca? Estás a falar do quê? A Santana não vem, foste tu que me disseste e agora estás a dizer que ela vem? Já não percebo nada.”

“Vocês as duas não me enganam. Estás a olhar para o relógio a cada 10 segundos porquê?”

“Estou à espera da Brooke, uma colega minha da faculdade que adora musicais e a quem eu liguei quando soube que afinal tinha o terceiro bilhete livre.”

“Tu convidaste alguém que eu não conheço e não me contaste?”

“Há algum problema nisso?”

“Eu tinha o direito de saber, assim podia ter optado por não vir.”

“E porque é que não vinhas? Rachel, não achas que já chega de tanta paranóia? Começas a ficar cansativa. Eu não planeei para hoje, nem para nenhum dia da minha vida, qualquer armadilha para a tua pessoa. Satisfeita? É ridícula essa tua obsessão.”

“Então porque é que de repente passaste da líder de torcida que me insultava para alguém extremamente sociável? Convenhamos que é uma mudança radical.”

“Preferias que eu continuasse a humilhar-te agora que vivo contigo?”

“Essa foi a mais triste ideia que os nossos pais tiveram.”

“Eu gosto.” Quinn esboçou um sorriso simpático.

“Vês? Isso é estranho!”

“Eu lamento que eu na escola secundária fosse tão má para ti, mas tu sabes que não podia ser diferente, eu tinha uma reputação a manter.”

Ela realmente acredita que eu acredito naquela conversa fiada? Ela é má, ela não gosta de ninguém. Mas eu podia tirar algum proveito desta situação toda… ora vejamos… esta noite eu vou ser “amiga” de Quinn, vou conhecer a tal amiga dela, e amanhã vou pôr veneno na comida dela. Rachel gargalhou sozinha deixando Quinn confusa. Não pode ser veneno, eu sei, mas pode ser alguma coisa que a faça passar mal sem realmente a matar. Talvez um laxante, só uma vez não faria mal nenhum, só incomodava. És efectivamente um génio Rachel Berry, e ainda para mais ela não vai saber que foste tu. Depois de tantos Slushies durante a escola secundária, que equivale à minha vida inteira, eu tenho de ter o prazer de me vingar. Os fins justificam os meios, se ela passar mal não vai ter forças para utilizar o método que está a tentar de ser nojentamente simpática. Se ela acha que ganha, então está enganada… ela indisposta vai sacar o pior dela, e assim eu vou saber se é verdade esta mudança de atitude.

“Brooke, esta é a Rachel, minha companheira de apartamento.” Rachel reagiu com simpatia ao cumprimento da rapariga, mas também um pouco surpresa pela sua presença devido ao facto de que estava afundada em pensamentos e nem a viu chegar.

“A Quinn disse que gostas de musicais?”

“Sim, sou louca pela Broadway, se eu soubesse cantar certamente tinha concorrido a Julliard.” Respondeu a rapariga.

“A Rach está em Julliard.”

“Pois, já me contaste.”

“Um dia vou ser eu um dos nomes destes enormes reclames que existem à entrada dos teatros.”

“É muito importante seguir os nossos sonhos…” Brooke sorriu com a confiança da morena.

“E tu?”

“Design de moda, eu sempre adorei esta área.”

“E como é que vocês se conheceram? A Quinn está em fotografia… têm aulas juntas?”

“Uma na realidade. Temos técnicas de cor juntas.” Brooke sorriu novamente e desta vez Rachel conseguiu perceber que existia muita beleza por detrás daquele olhar simpático.

“A Brooke desenha super bem Rach, tens de ver alguns desenhos que ela me mostrou…” Quinn tentava ser o mais agradável possível, mas na realidade ela estava tensa.

Não sei se isto foi uma boa mistura… quer dizer, eu achei a Brooke tão parecida com a Rach que pensei que elas se pudessem dar bem, e pelos vistos estão a dar-se bem… até demais. Aquele olhar delirante da Rach é tão parecido com o que ela usava com o St James que me assusta. Bom… ao menos a Brooke não vai partir ovos na cabeça dela.

Gosto da Brooke, quero dizer, é simpática e tem algum brilho aquele olhar. Pergunto-me como é que a Quinn a conseguiu enganar?! Se ela desenha bem ela pode vir a ser um bom contacto para o meu futuro, imagina que ela se torna alguém famoso na área dela? Eu poderia vestir algo criado por ela na passerelle e saiamos as duas a ganhar. Mas sendo amiga da Quinn é provável que depois de amanhã ela já tenha opinião distorcida de mim.

A peça terminou e a rapariga despediu-se de Rachel e Quinn indo na direcção contrária delas. As duas raparigas apanharam um táxi para casa e foram todo o percurso caladas. Quando chegaram a casa estava Santana sentada no tapete da entrada do apartamento num pranto infernal. Rachel assustou-se e petrificou à saída do elevador, Quinn por sua vez correu em direcção à latina e levantou-a do chão. As três raparigas entraram no apartamento e sentaram-se no sofá da sala, Rachel de um lado da latina e Quinn do outro.

“Quem morreu? Diz rápido que eu estou assustada.” E foi Rachel quem puxou o assunto.


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Notas finais do capítulo

Ok minha gente, eu pensei em matar o Finn, assim era escusado eu ter de falar nele mais para a frente… LOL, mas se ninguém estiver de acordo a que ele morra, eu posso simplesmente matar alguém próximo da Santana ou arranjar outro motivo qualquer para ela estar em prantos.

NÃO, não há nenhum tipo de amizade a começar já entre aquelas duas… pelo menos no meu ponto de vista, mas esta história não é minha, é nossa… vocês decidem! Beijo*