O Único Amor de Alice escrita por LaisaMiranda


Capítulo 8
Capítulo 7 - Flash-Back




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Alice pegou o primeiro vôo para Seattle, então chegou cedo em Washington. Sua mãe, Anne Brandon foi buscá-la no aeroporto. As duas conversaram o caminho inteiro para casa.

- E o Thiago não veio, por quê? - ela perguntou depois que as duas já haviam chegado em casa. Estavam tirando as malas do carro.

- Não deu para ele vir. Mas te mandou um beijo.

Alice abriu a porta e viu uma sala mobiliada com conforto e bom gosto. No fundo, à direita, a porta da saleta, à esquerda a do escritório de seu pai, Carl Brandon. Entre essas duas portas, um piano. Ao pé da janela uma mesa redonda, poltronas e um divã pequeno. Na parede da direita, um pouco mais atrás, estava a cadeira de balanço de Alice. Estava tudo do mesmo jeito desde quando ela se mudara.

Seu pai não estava em casa, sua mãe lhe contará que ele fora nomeado diretor do banco. Então passava a tarde inteira trabalhando.

Alice foi direto para seu quarto que ficava no andar de cima. Seu quarto também estava do mesmo jeitinho que deixara, sua mãe não mexera em nada enquanto esteve fora.

Seu armário de espelho estava encostado na parede esquerda, na parede onde havia a janela, estava sua mesinha com suas coisas e o notebook em cima, do lado direto estava sua cama, arrumadinha com um lençol rosa e branco. E suas fotos na parede em cima dela.

Ela colocou suas malas em cima da cama, e depois desceu correndo. Sua mãe estava na sala.

- Nossa, é tão bom estar em casa - Alice sentou-se no sofá onde sua mãe estava. E abraçou-a - E o papai, está bem?

- Está trabalhando como eu te disse - Anne ficou estranha e mudou de assunto. Alice percebeu mas não disse nada - E o Jasper? Você disse que ele está estudando lá também - agora Alice que ficará estranha - Faz tempo que eu não o vejo. Ele está bem?

- Esta sim. Muito bem.

- Que bom. Fico feliz - Anne fitou-a - Filha preciso falar com você, uma coisa muito séria.

- O que, mãe? Aconteceu alguma coisa? - Alice ficou preocupada.

- Aconteceu, quer dizer. Vai acontecer - ela estava séria, e Alice começou a ficar confusa.

- Fala, mãe! O que vai acontecer?

- Eu e seu pai, vamos nos separar.

- O quê? Por quê? - Alice não entendia.

- Filha agente não é mais como antes. Seu pai foi nomeado diretor do banco e agora passa mais tempo trabalhando do que aqui em casa comigo. Eu me sinto sozinha às vezes.

- E por que você não me disse isso, mãe? Eu vinha pra cá...

- E seus estudos? Não filha você precisa estudar. E também seu pai ainda está morando aqui. Nós só estavamos esperando você chegar para resolver tudo isso direito.

Alice nunca esperava que isso fosse acontecer com seus pais, ou melhor com ela, a família dela.

Depois da conversa com sua mãe ela foi para a cama mais cedo estava com a cabeça estourada. Seu pai havia chegado mais cedo - era domingo - então ela conseguiu falar com ele antes de descansar.

Deixou a luz acesa. Alice sentia não sei que prazer em contar as estrelas de plásticos que brilhavam no teto do seu quarto, em olhar para a lâmpada. Desejava que nenhuma dessas coisas que sua mãe lhe contará lhe afetasse.

Sua mãe fechara a porta e agora se movia, devagar, calada, fiel ao seu hábito de fazer arrumações tardias em seu quarto. A quietude da casa parecia triste e ficava mais nítida com os poucos ruídos aos quais fixava lhe: manso arrastar de chinelos, cuidadoso abrir e lento fechar de gavetas, o tique-taque do relógio.

Por fim, ela foi ao quarto de Alice, curvou-se:

- Acordada ainda?

- Não consigo dormir - Anne apanhou o lençol e cobriu-a (gostava disto, desde que ela era criança, quando estava frio, vinha lhe cobrir) Alice beijou sua mão e ela sorriu.

- Descansa, você deve estar cansada - Anne se levantou e antes de sair apagou a luz.

Alice tentou, mas não conseguiu dormir, a insônia a dominava. Sentou-se na cama, as têmporas batendo, o coração inchado. As horas passavam cantavam grilos, escutava os relógios. Sua mãe já havia dormido, e seu pai também - no escritório - Alice deitou-se e tentou dormir.

Passava da meia-noite quando escutou sua mãe levantando da cama. Abriu de leve a porta de seu quarto e de leve entrou no de Alice, foi chegando e ficou de pé junto a ela. Olhando-a.

Alice se perguntava o que ela estaria fazendo ali, naquela hora da noite. Cobrir-lhe ainda mais? Ela já estava bem aquecida. Alice fingiu que dormia, não queria conversar agora, então esperou que ela saísse.

Ela beijou sua testa e se afastou e depois Alice adormeceu. Mas, acordou pela madrugada. A princípio com tranquilidade, e logo com obstinação, mas quis novamente dormir.

Alice acordou cedo, ainda com sono pela noite ruim, mas não queria ficar na cama, queria passar o tempo com sua mãe.

O resto das férias foi tranquila pelo menos até a ceia da véspera de natal.

Alice passou os dias organizando a ceia com sua mãe. Era férias, mas mesmo assim seu pai estava trabalhado meio periodo no banco. Então Alice ficava mais tempo com sua mãe. Anne parecia feliz agora que não estava mais sozinha.

Chegará o dia vinte quatro de dezembro e Alice resolveu colocar seu vestido vermelho, simples, com uma sandalha de salto alto prata, com o cabelo preso num coque alto, dando lhe alguns sentimetros a mais. Sua mãe usava um vestido bege. Já seu pai resolveu usar seu velho/novo terno de sempre.

A família foi pouco a pouco chegando. Os que vieram do Texas estavam muito bem vestidos. A nora de Olaria apareceu de azul-marinho. O marido não veio por razões óbvias: não queria ver os irmão. Mas mandara sua mulher para que nem todos os laços fossem cortados. E tia Miriam (viuva) vinhera com seu melhor vestido para mostrar que não precisava de nenhum deles, acompanhada dos três filhos; duas meninas já de peito nascendo, infantilizadas em babados cor-de-rosa e o menino acovardado pelo terno novo e pela gravata.

Logo os outros convidados chegaram. Mais tios, primos e incluindo os amigos de Alice, que deram uma passadinha para reve-lá. Seus pais sorriam, riam e as vezes se abraçavam. Eles pareciam felizes, com seus familiares e seus amigos mais próximos.

Alice ficou feliz naquela noite, seus pais estavam se dando bem, e ela estava com seus velhos amigos. Ela combinou de passar a virada de ano com eles. Sua mãe não se importou então ela foi.

Passou os restos dos dias que ainda tinha de férias, para dar uns ajustes no seu vestido. Sua mãe adorara o vestido que Alice fizera e disse que estaria lá no dia do concurso, lhe apoiando.

As férias já estavam acabando e Alice tinha que voltar para Harvard. Não queria deixar sua mãe sozinha, afinal ela e seu pai decidiram realmente se separar. Alice queria que ela fosse morar em Boston, perto dela. Mas Anne preferiu ficar por lá mesmo, mas prometeu que iria visitá-la.

Alice pegou o avião lá pela madrugada. Estava sem sono, então começou a lhe dar um aperto no coração e a surgir várias coisas em sua cabeça. Estava muito mal pelo seus pais, não queria que eles se separecem. Alice sempre teve a visão dos dois envelhecendo juntos, até a morte.

Percebeu que era ela que não queria aceitar o fim do relacionamento dos seus pais. Era ela, somente ela. Mas sabia que o reatar deles não dependia dela.

Thiago iria chegar um dia depois de Alice, avisará a ela por sms. Estava confusa sobre ele também, isso tudo de "separação" afetará de vez a cabeça dela. Então começou a pensar de uma vez por todas em seu relacionamento com ele. E que não pensará nele nenhum minuto durante toda as férias.

Ao chegar Alice guardou suas coisas - era estranho - estava se sentindo em casa. Revendo as atitudes quando veio para Harvard, reconheceu que mudou bastante. E que estava amadurecendo sem a ajuda de seus pais. O que era uma coisa boa, pois dali para frente, só iria ser ela e o mundo.

Era bom estar de volta em Harvard, ela estava com saudades de seus amigos, principalmente de Bella. Resolveu mandar uma mensagem para saber se já tinha chegado. A resposta não demorou muito e Alice logo foi se encontrar com a amiga.

Bella esperava por ela fora do prédio.

- Hey! - Alice lhe deu um abraço apertado.

- Que saudades! - ela disse - Como que está sua mãe? Ela está bem?

- Ahn... Sim. Ela ficou feliz em me ver. Gostei de ter um tempo com ela. Foi bom ter um tempo de "mãe e filha" - as duas riram - Mas e as suas férias, como foram?

- Foi legal. Passei o Natal na minha casa, depois Ed e eu, Emmett e Rose fomos para praia. É uma pena que você não foi com agente. Mas eu entendo.

- Desculpa não ter ido. Mas obrigado por ter se lembrado de mim.

- Magina! Vamos sair, então? Precisamos aproveitar o pouco tempo que nos resta.

As duas foram para o shopping, aproveitaram para ver a nova coleção de inverno.

- E você o Thiago? - Bella fez a pergunta, quando elas estavam à frente de uma vitrine de sobretudos.

Alice pensou muito antes de responder, pensou no tempo em que ficaram separados. Viu que não podia mais se enganar, seu coração pertencia a outro.

- Nós trocamos alguns e-mails, sms. Mas só! Nada de mais.

- Nossa! Nem parece que ele é seu namorado, falando desse jeito.

- Bem eu estava pensando nisso. Ele é legal, me fez bem, não posso negar. Mas acho que é só isso. Sabe? Não sei se vale a pena ficar me enganando dessa maneira, e a ele também. Isso não é certo.

- Tenho certeza que você vai achar o jeito certo para resolver isso.

Quando Alice caiu em si notou que já estavam em Harvard, nos corredores da Universidade.

Hilary já estava no quarto, quando Alice chegou.

- Oi amiga! - Hilary lhe deu um abraço.

- E as férias?! - perguntou Alice.

- Foram ótimas, eu o Jasper...

- Vocês viajaram juntos?  - Alice ficou surpresa - Pra ondê?

- Nós fomos para a casa do Jasper, em Texas. Os pais dele são incriveis. Fiquei lisonjeada deles terem me convidado.

Alice não queria mais ouvir Hilary falando de suas férias maravilhosas com Jasper. Até que ela mudou o tom de voz. E Alice resolveu prestar atenção.

- ... Só teve uma coisa lá que não me agradou muito. Jasper me levou para o fundo da casa, pareceu o lugar onde ele mais gostava. E lá havia algumas plantas, e uma árvore enorme. Onde tinha um coração com duas iniciais dentro. Não consegui ver as letras, mas tinha certeza que eram duas. Depois disso ele ficou meio estranho e não quis contar a história.

Nesse momento Alice viajou nas lembranças do passado...

" Ela e Jasper estavam pequenos, Jazz fazeria doze anos dali a alguns dias. Ele estava com uma camiseta de sua banda favorita na época 'ACDC', calça jeans e All Star. Alice estava com seu vestido preferido, era rosa com detalhes brancos. Quando pequena Alice sempre tivera cabelos compridos, com franja.
Alice estava na casa de Jasper em Texas. Ela regava umas plantinhas com ele, quando percebeu uns pingos de água em seu cabelo.
- Jasper? - Alice virou-se e não viu ninguém - Cadê você, não tem graça!
- Estou aqui!
Jasper veio correndo ao seu encontro. Ele corria com aqueles cabelos louros, encaracolados, sobre os ombros.
- Vem aqui! Quero te mostrar uma coisa. Mas antes feche os olhos - Mandou Jasper.
Ele conduzio-a não muito longe.
- Pronto! Vou contar até três e você pode abrir seus olhos. Ok?
- Está bem!
- Um... Dois... - nesse momento o coração de Alice estava acelerando, foi a primeira vez que ela sentira algo assim - Cinco!
- Jazz! Não tem graça! - ele deu uma risada alta e enfim disse.
- Três! Pode abrir! - disse ele entusiasmado.
Alice abriu os olhos e estava em frente à uma árvore enorme. A mais alta que tinha, a mais linda, era uma eucalipto. Jasper amava essa árvore - não era tão alta assim, já que fora plantada a pouco tempo, mas para os dois, que na éspoca eram de baixa estatura, era.
No chão havia lascas do tronco da árvore e um pouco acima haviam duas letras em torno de um coração mal-feito.
( J e A ).
- Ai! que "nindo" Jazz! - Alice levou as mãos ao rosto - Foi você quem fez?
- Claro que foi né, Alis! - Alice o olhou bem nos olhos - Só que eu tive uma ajudinha, de uma banquinho ali - os dois riram - Bem... Eu quis fazer uma coisa bem legal, para simonizar a nossa amizade.
- É Simbolizar Jazz.
- Tá bom, "ninda".
Alice fez uma careta estranha e depois deu lhe um tapa.
- Tá com você - berrou Alice e saiu correndo..."

Alice voltou ao presente, levando todo o passado junto.

No dia seguinte Alice acordou e tomou um belo banho para esperar Thiago voltar. Alice não parava de pensar o que iria fazer em relação a ele. Ela não podia mais continuar com aquilo. Thiago ligou e eles foram se encontrar.

Ele estava bronzeado, tinha viajado para America do Sul com a família. Os dois estavam andando pelo campo de mãos dadas em silêncio. Depois que ele terminou de contar sobre suas férias, Alice aproveitou a deixa e decidiu falar de uma vez:

- Bem... Hãm... Eu fiquei a noite pensando como dizer isso pra você. Nesse tempo que nós ficamos separados, eu percebi que o que agente senti um pelo outro, é carinho e respeito e não... Amor.

- Alice eu sei o que eu sinto, por você.

- Você é uma pessoa maravilhosa, Thiago. Me fez bem ficar com você, na hora em que eu mais precisei você apareceu. E você pode ter toda a certeza que eu nunca vou esquecer isso!

- O que está acontecendo? É outro cara, não é?

- Sou eu. Não aguento mais mentir para mim mesma.

- Então o que eu fiz de errado, eu devo ter feito algo.

- Sim, mais não de ruim. Existe uma razão pela qual nós nos conhecemos e estou agradecida por isso ter acontecido. Mas quando nós nos separamos, nas férias, consegui de volta a parte de mim que realmente sentia falta - Thiago paraceu não entender - Não estou dizendo que você me deixou para baixo o tempo que ficamos juntos. Pelo contrário, eu acho que nós poderíamos ter dado certo, se meu coração já não tivesse dono.

- Então é outro mesmo - isso não foi uma pergunta. Thiago parecia desapontado.

- Não vou mentir. Eu só desejo a você alguém que possa fazer o que eu não pude. Você é um cara muito especial, e merece alguém melhor que eu.

Depois da conversa Alice achou melhor ficar um tempo sem ver Thiago, deixar ele processar tudo isso. Uma hora ele iria entender. Só não queria que ele ficasse mal por causa dela, ele não merecia isso.

As aulas começaram depois de uma semana. Todos já haviam chegado de suas viagens maravilhosas e voltado a estudar de novo.

Depois de uma tarde inteira revisando algumas lições, Alice foi andar um pouco sozinha, precisava pensar. O concurso era para daqui a alguns dias e seu vestido já estava pronto. Sua mãe ligara mais cedo para confirmar que estaria lá:

- Vou sim filha.

- Que bom mãe, e o papai?

- Se mudo antes de ontem. Não para muito longe, pois o banco fica no centro da cidade. Mas disse que vai tentar ir.

- Hm... E como você está?

- Estou bem. Filha não precisa se preocupar, eu vou ficar bem. Te vejo daqui alguns dias. Te amo.

Foi isso que Anne dissera a Alice antes de desligar o telefone. Ela sabia que não estava tão bem assim, conhecia sua mãe, e ela não estava tão bem como aparentava estar.

Alice começou a ficar realmente preocupada. Tentou ligar para sua mãe novamante, mas não conseguiu, caia toda hora na caixa postal. Resolveu esperar um pouco. Sentou-se num banquinho que havia no campus.

Estava tentando mais uma vez, quando escutou uma moto parando na sua frente e olhou.

- Oi, gata! - disse Jasper zombando. Alice riu.

- O que é isso, Jasper?

- Uma moto! - Jasper se fez de idiota, Alice o olhou nervosa - É do Johnny, ele me emprestou para dar uma volta.

- Não sabia que você andava de moto - Alice levantou-se e caminhou até a moto.

- Na verdade comecei agora. Quer dar uma volta?

Alice riu.

- Eu não! Esqueceu? Você acabou de começar. Eu não quero morrer!

- Nossa! - Jasper se fez de ofendido e, Alice riu mais - É assim é?

- Você sabe que eu estou brincando. Mas hoje não, Jazz. Não estou muito com cabeça para passear.

- Por isso mesmo. Assim você não pensa em problemas.

- E a Hilary?

- Ela está toda preocupada com o esse concurso. Está estérica. Prefiro ficar longe quando isso acontece. Então, vai aceitar, um passeiozinho de moto, com seu amigo gatão aqui?

Alice pensou muito antes de responder. Achou que Jasper estava certo. Talvez um passeio poderia lhe relaxar um pouco. Ela sorriu e depois levantou uma perna, sentando-se junto a Jasper.

- Segura em mim.

Alice fez o que ele lhe mandou. Colocou seus braços em torno da barriga de Jasper. Sentindo um frio na barriga.

- Segura! - Jasper gritou e saiu em disparo.

Ele levou-a a um lugar lindo, bem no alto. De lá dava para ver a cidade de Boston inteira, os prédios. O céu estava em um azul bem claro, misturado com um laranja, entre o pedaço do sol que já estava desaparecendo. O crepúsculo. Devia ser fim da tarde.

- Que lugar lindo! - comentou Alice prazerosa.

- Lindo, né? Ainda mais nessa hora.

- É - Alice olhava para o crepúsculo e sentiu o braço de Jasper encostado no dela - Muito lindo.

Alice olhou para Jasper, ele olhou-a sério, mas com sorriso nos olhos.

- Eu não devia estar aqui - disse olhando bem nos olhos de Jasper. Ela queria estar ali, e muito.

- Você quer estar aqui - Jasper fitava Alice, ele a conhecia muito bem para saber que era verdade - Então, quer desabafar?

- Quê?

- Desabafar. Eu sei que tem alguma coisa te atormentando ou machucando você. Não quer me contar?

"Como ele sabe?"

- Eu queria poder ajudar, mas você tem que confiar em mim primeiro. Você confia?

- Você sabe que sim - Alice deu um longo suspiro e depois finalmente disse - É que... Meus pais se separaram. E eu não entendo. Simplismente não entendo.

- Vai ver os dois acham que é o melhor a se fazer.

- Eu sei, mas... Eu sei que eles se gostam, entende? Eu não vejo o por quê de tudo isso.

- Alice, você não é responsável pela infelicidade dos seus pais.  Você tem bons amigos, e eu sou um deles. Você sabe que pode contar comigo não sabe?

- Sei - Alice sorriu. Impressionante como ele era o único que conseguia tirar isso dela. Jasper simplismente tinha o dom de tranquilizá-la, ela não podia negar - Obrigado. Por tudo.

Jasper puxou Alice para um daqueles abraços apertados. Os dois ficaram abraçados por um bom tempo. E Jasper disse:

- Gosto de você. Eu me importo muito com você. Na verdade, eu... - Jasper parou de falar e olhou para Alice. Ela só esperou, não ousaria falar nada naquele momento - Você é tão linda.

Os dois ficaram se olhando. O crepúsculo foi embora e a noite veio trazendo uma lua cheia. O céu escuro se encheu de estrelas. Ali, no alto da pedra ainda quente era só eles e o universo. Ambos estavam muito próximos. Os olhos de Jasper não desgrudavam dos de Alice nem por um segundo, então ele disse suavemente:

- Me dá um beijo?


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Notas finais do capítulo

Próximo Capitulo: O Grande Dia | Alice finalmente teve o que sempre desejou, Jasper.
Chega o dia do concurso, mas só que nada do que estava planejado vai acontecer.



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