Uma Prova de Amor escrita por Lauren Reynolds, Jéh Paixão


Capítulo 23
Capítulo 21 - Prisão




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Capítulo 21 – Prisão

Existem duas maneiras de ver a vida. Uma é pensar que não existem milagres e a outra é pensar que tudo é um milagre.” (Albert Einstein)

Talvez pensar que Jasper não estivesse doente ajudasse, ou talvez não. Alice gostava de pensar que estava tudo bem, como sempre fez em toda sua vida; mesmo quando estava no orfanato e via crianças, pouco a pouco, darem adeus às outras, ela continuava pensando que tudo poderia ficar bem. Então, mesmo agora, resolveu adotar essa medida. Não era justo com ela, mas também não era justo com Jasper.

Assim que ela saiu da aula de desenho, encontrou-o próximo a porta, esperando-a, encostado numa das colunas de madeira trabalhada, com uma bolsa transpassada em seu corpo. Os cabelos louros estavam brilhando, com ondas pequenas que caiam até suas orelhas. Como ela não percebera que ele cortara o cabelo?

- Oi, de novo – Ele sorriu. – Está melhor?

- Sim. Eu... Eu passei por muita coisa, sabe. E agora, saber que você... bem, saber que você está doente não é fácil. – Ela desabafou. Jasper caminhava de mãos dadas com ela. – E depois que nós nos tornamos amigos, eu ficaria imensamente triste por saber que poderia perder você de alguma forma. Sinto como se...

- Estivesse me esperando há muito tempo?!

Ele sorriu com o canto dos lábios, pousando seus olhos verdes sobre ela. Seu coração acelerou de uma forma incrível, tão incrível que a fez suspirar.

- Exatamente assim. – Concordou ela. – Como sabe?

- Porque me sinto assim. – Ele falou sem desviar o olhar do seu caminho. Nesse momento, ambos atravessavam os jardins centrais do campus, onde um grande grupo de estudantes começava a se reunir. A praça de alimentação ficava pouco mais a frente, onde Edward e Emmett já os esperavam. – Não quero ficar longe de você, Alice.

- Não vai ficar. Prometo.

Alice sorriu e deu as mãos à Jasper. Ele sorriu ao sentir o calor da pele fina e delicada da baixinha, sorriu ainda mais quando pensou que seus sentimentos por ela eram recíprocos.  Entretanto, o fato de saber que seu coração poderia não resistir por muito tempo era aterrador; mas pior que isso era fazer Alice sofrer. Mas seria pior se ela não soubesse, certo?

- O que vai acontecer com ele, Emm? – Rosalie andava abraça com Emmett, quando este a encontrou na saída do campus de Design.

- Os pais do Jasper, aliás, a família Whitlock é famosa por ser dona de várias empresas e de ter um império empreendedor. E, alguns membros são ex-agentes do governo e fizeram carreira militar. – Emmett explicava. – A família dele vai espalhar a notícia, depois todos vão colocá-lo numa lista de espera e procurar doadores. Não só em Londres, mas na Escócia e Espanha.

- Então ele tem mais chances que uma pessoa comum. – Rosalie concluiu. - Isso é um pouco injusto...

- Sim. É. Agora vamos, gatinha rockeira, estou faminto!

- Você sempre está faminto!

Eles saíram rindo pelo corredor e encontraram com Edward e Bella na porta do refeitório. Era estranho que naquele momento, os seis pensavam sobre como as coisas haviam mudado entre eles. Emmett deixara de ser o mulherengo canalha, Rosalie era menos estressada; Edward era mais educado e Bella tinha um pouco mais de esperanças; e Jasper encontrara um motivo para viver.

(...)

Na sala de reuniões do hospital, na ala da administração, havia cerca de quinze pessoas reunidas na sala, esperando que Carlisle desse a palavra.

Eric Yorkie, o jovem investigador econômico do hospital, trabalhou quatro horas a fio, terminando o relatório que seu superior lhe pedira. Quando terminou, ele correu pelos corredores para entregá-lo. Encontrou Carlisle ainda em seu escritório, preparando-se para ir ao julgamento.

Após isso, uma reunião com os principais administradores de cada setor foi organizada e marcada exatamente para as dez horas da manhã. Porém, além dos administradores, que somavam um total de dez pessoas, outras cinco foram convidadas. Esses cinco membros adicionais eram os investidores do hospital; Roger havia repassado o que estava acontecendo no hospital e eles concordaram em participar da reunião para acabar com a fraude.

- Bom dia, senhores. – Carlisle dissera. – Convidamos os senhores e senhoras, para discutirmos com extrema urgência um novo investimento que a Corporação A.B. está planejando para o hospital.

A reunião seguiu-se como de costume. Um dos investidores falou sobre o “novo” investimento, os médicos opinaram, finalizaram e assinaram a pauta, e então voltaram aos seus respectivos andares e setores. Na teoria o plano de Eric era falar sobre o investimento e então fazer um depósito num valor alto, porém, dessa vez, eles veriam os setores que estavam usufruindo demasiadamente do dinheiro e então conseguiriam passar um “pente fino” neste setor.

Quase instantaneamente, assim que o dinheiro fora depositado, ao meio dia em ponto, Eric Yorkie acompanhava as movimentações nos setores de neonatal, neurologia, radiologia e na própria administração. O mestiço observava atentamente as movimentações e fazia uma checagem de ligações, quando surgiam algumas em sua tela. Ele não esperava que o fraudador fosse agir rapidamente, então, encostou-se e ficou apenas observando.

- Senhora Denali, uma ligação. O senhor Eleazar deseja conversar. – A secretária ligou para o escritório da executiva.

- Obrigada, Irina. Boa tarde, Eleazar, em que posso ajudá-lo? – Tanya sorriu e encostou-se em sua poltrona estofada. – Não se preocupe, está tudo sob controle. E ainda posso lhe garantir que irei adiantar mais alguma quantia. Sim, entendo obrigada. Nos vemos no sábado.

Tanya Denali era uma mulher elegante e sensual; trajava uma saia lápis até os joelhos e blazer pretos, por baixo uma camisa rosa bebe com botões e babados. Seus cabelos louros estavam caindo em ondas perfeitas pelas costas. Em seu currículo constava Harvard, uma das mais conceituadas universidades do mundo e uma pós-graduação completa em Oxford. Não era para qualquer um.

Entretanto, nada disso escondia completamente seu caráter ganancioso e, às vezes, egoísta.

- Mande chamar Benjamin, por favor. – Tanya pediu a secretária.

Minutos depois, quando ela ainda observava a paisagem urbana de Londres, do 25º andar do hospital, Benjamin entrou em seu escritório.

- Bom dia, senhora. Em que posso ajudá-la?

- Preciso que faça uma limpeza neste computador. Já salvei em um HD externo os arquivos importantes. O que restou poderá ser deletado.

- Sim senhora. – Benjamin assentiu e aproximou-se do CPU, retirou os cabos e saiu carregando-o pelo corredor.

Tanya, sem hesitar, pegou sua bolsa e fechou a porta. Ela foi em direção ao elevador privativo, entrou, desceu até o segundo subsolo e entrou em seu carro. Saiu rapidamente e dirigiu até o centro da cidade, numa das avenidas mais movimentadas, onde se encontravam as sedes dos principais bancos. Ela entrou em outro estacionamento, saiu do carro com a bolsa e entrou no banco.

- Quero fazer um saque. – Disse ao caixa.

- A conta, por favor. – Pediu o homem engravatado.  Após alguns minutos, ele dirigiu-se a mulher novamente. – Preciso que me acompanhe, senhora.

Tanya assentiu- tornou a passar a alça da bolsa pelo braço e seguiu-o pelo saguão do banco. Ela andava numa postura ereta, como uma verdadeira executiva. O homem abriu a porta da sala da gerência e ela entrou.

- Aguarde por favor.

Ao sair, o bancário andou rapidamente até a sala da segurança e discou alguns números.

- Setor administrativo, por favor. Gostaria de falar com o senhor Eric Yorkie. – Ele pedira a recepcionista.

“Transferindo, aguarde na linha.”

“Eric falando. Quem gostaria?”

- Senhor Eric, sou bancário caixa do banco central de Londres. Recebemos um alerta sobre a tentativa de saque da conta 16.789.367.

“Oh, que bom. Você ainda está com a pessoa?”

- Sim, foi nos ordenado pela gerencia do banco que a mantivesse aqui e entrássemos em contato com o hospital. Recomendaram o senhor. – O caixa dizia.

“Continue com ele aí. Vou chamar meu superior e nós iremos com a polícia. Invente qualquer coisa, mas não deixe ele ir embora!”

- Sim, senhor. Faremos o possível. Quanto tempo?

“Quinze minutos, no máximo!”

Eric desligou o telefone, pegou sua bolsa e correu para o escritório de Roger. Enquanto no outro lado, o bancário voltava à sala da gerência, onde Tanya Denali estava.

- Sinto pela demora, senhora Denaly. Estávamos verificando suas credenciais.

- Não sinta. – Ela sorriu. – Então, o meu saque? Os quero em títulos também.

- O gerente está a caminho. Ele está resolvendo algumas pendências pessoais, mas em quinze minutos estará aqui. Posso lhe oferecer um café? Chá?

- Chá, por favor. Dois torrões.

Tanya Denali tomava seu chá distraidamente na sala repleta de móveis escuros, do gerente do banco. Ela mal se dava conta de que Eric, Roger e Carlisle estavam a poucas quadras do banco, juntamente com a polícia.

Cerca de quinze minutos depois, um grupo de cinco pessoas entrava no banco e subiam para a sala da gerencia.

- Oh, que demora foi essa?! – Ela exclamou ao ver a porta se abrir.

- Permita-me explicar, senhora Denaly. – O gerente sorriu. – Recebemos esta manhã, após a reunião, um alerta sobre as possíveis transações entre as contas do Hospital de Londres.

- E há algum tempo temos observado as movimentações e o déficit que o hospital tem entrado. – Roger lhe dissera. – A senhora nunca pensou que todo esse dinheiro era destinado a salvar vidas? Justamente a senhora, que tem um currículo e uma carreira excelente, foi acabar com ela dessa forma.

- Senhora Tanya Denali. A senhora está presa por estelionato, roubo e compra ilegal de bens materiais. A senhora deve ficar calada, pois tudo o que disser, poderá ser usado contra a senhora no tribunal. – O policial puxou os braços dela para trás e algemou-a.


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Notas finais do capítulo

Oi meninas!
E então, o que acharam do capítulo?
Vou dizer algo... vocês suspeitam demais do Eric, coitado.. XD Imagina que ele iria roubar o hospital. Isso seria mais a cara da Tanya... E eu sei, sorry me, que é bem clichê a Tanya ser uma "mulher da vida" (para não darmos outro nome mais vulgar) e que é bem normal ela ser a "ruim" da história... mas não eu podia perder essa oportunidade né?! ;P
Bem, quanto ao próximo capítulo, creio que ele vá demorar para ser postado. Como eu disse anteriormente, estou em casa, de férias, mas estou trabalhando com meu tcc, o que me exige tempo para escrever exclusivamente nele, ler muito, ouvir muita musica zen para inspirar, e tempo para fazer a parte prática dele, que são 20 receitas... (Para quem não sabe eu faço gastronomia, então.. O tema do tcc é um livro de receita :3) E, tem mais. A Jeh, beta reader, está dodói >'-'< com uma gripe fortíssima; então, daremos tempo ao tempo... E, por fim... Eu estou EM CASA, então preciso do meu tempo, uma vez que tenho muitas coisas pára fazer aqui tbm..
Sei que me entenderão... (eu espero XD)
mas também não vou demorar muito, ok?
Well, por enquanto é só.
Ahh, se alguém quiser um forum sobre twilight: www.twilightworld.forumeiros.com
Eu sou uma das fundadoras de lá e sempre gostamos de ter mais gente por perto. :3
Bem, beijinhos,
@ninaxaubet