Pai e filho falaram ao mesmo tempo. E eu desaparatei para a floresta de Deon onde eu sempre ia com os meus pai. Ela estava exatamente com eu me lembrava. Andei ate uma arvore onde estava marcado a faca “Granger”. Me lembro do dia em que fizemos essa marca.

“Eu estava com a minha mãe perto da barraca. Papai tinha saído para buscar alguns galhos para ascender à fogueira. Estava muito escuro e muito frio, já estávamos ficando preocupadas, ele tinha saído depois do almoço e ainda não tinha voltado. Eu era muito pequena, mas já gostava de ler, e no momento estava lendo “Hogwarts, uma história”. Logo iria para Hogwarts, teria minha primeira varinha e finalmente começaria meus estudos como bruxa. De Repente minha mãe me chamou e apontou para um pequeno foco de luz que se aproximando de nós. Era meu pai chegando! Fizemos a fogueira e depois de varias historias fomos finalmente dormir.”

Não pude deixar de sorrir com a lembrança. Eu realmente estava com saudades deles, mas por enquanto é muito arriscado visitá-los. Preciso me concentrar no lord. Eu estou ficando paranóica com essa historia, não vejo a hora de tudo isso acabar. Foi só pensar nele que minha cabeça começa a doer, porem a dor foi aumentando ate beirar o insuportável. Era claro que eu sabia o que estava acontecendo, uma vez que já vi isso acontecer com o Potter também. Com certeza era o Lord tentando entrar na minha cabeça e eu não era nem louca de não deixar. Ao longe comecei a ouvir sua voz.

-Granger! Preste atenção, pois serei breve. Como você sabe, tem uma parte de mim vivendo em você e eu preciso que a liberte! Rápido!

-Mas, como eu... -Não consegui terminar a frase.

-Só faça!

A dor foi diminuindo até que se foi completamente. O que eu faço agora! Por Merlin, no que eu fui me meter?

Eu voltei para a mansão e convoquei todos os comensais, incluindo os que estavam em alguma missão. Draco não tinha me visto chegar e se assustou quando a sua marca começou a arder. Em menos de uma hora já estavam todos reunidos em volta de uma mesa gigante. Eu estava na ponta com Draco do meu lado direito. Todos pareciam curiosos, provavelmente se perguntando o porquê daquela reunião. Essa era a primeira vez que eu reunia todos e tão urgentemente.

-Eu chamei vocês aqui porque tenho algo muito importante para falar. - O silencio chegava a ser sufocante ninguém se atrevia a mexer um músculo sequer. - O Lord das Trevas ainda vive!

Todos fizeram uma cara de espanto e começaram a cochichar entre si. O barulho foi aumentando até alguns vermes começarem a gritar. Isso já estava me irritando, quem deixou eles falarem?

-Silencio!- todos se calaram- Agora, se me permitem... Severo, já descobriu algo útil?

-Sim, porem tem alguns detalhes que eu não consegui resolver.

-Sendo assim, mais tarde conversamos. - me virei para todos-b Acho que todos sabem sobre as Relíquias da morte, eu as quero para mim. Vão!

Todos saíram e quando Draco e Bella fizeram menção de sair eu os parei.

-Vocês não! Preciso de vocês aqui. - Eles voltaram a se sentar- Severo, no que esta pensando?

-Mi Lady, sua decisão de recuperar as relíquias foi de grande sabedoria, pois eu andei pesquisando e podemos usar a pedra da ressurreição. Antes, porém, temos que terminar de matar o Lord.

-E como podemos fazer isso Severo? -A Bella parecia se interessar no assunto.

-Temo que termos que destruir o lugar onde a alma esta, ou seja, seu corpo Mi Lady.

-Não!- Draco bate a mão na mesa e assusta a todos, menos eu. Já esperava esse tipo de reação dele. Já tinha uma noção de que eu não poderia continuar viva por muito tempo.

-Acalme-se Draco. _ Voz da Bella era calma e compreensiva. Não era segredo para ninguém que ela era apaixonada pelo lord, talvez até mais que isso. Eu diria que chega a ser um mor doentio. E eu realmente não faço idéia do que ela viu nele, mas...

-Você quer que eu me acalme como?- As lagrimas começaram a cair e seu desespero era visível. - Mione, você não pode fazer isso comigo.

-Podem nos deixar a sós, por favor?- Os dois se retiraram e eu fui ate o Draco. Ele estava com a cabeça baixa e as lagrimas não paravam de cair. Coloquei minhas mãos no seu rosto e fiz com que ele levantasse a cabeça e olhei bem dentro dos sues olhos.

-Draco...

_Não! Nem pense nisso, eu não vou deixar. - Ele começou a gritar comigo e se desesperar de novo. Eu apensa o abracei forte e esperei ele se acalmar. Aos poucos seu corpo parou de tremer e de soluçar. Continuamos abraçados por mais um tempo até ele parar de chorar completamente. Perguntei se ele estava mais calmo e ele apenas balançou a cabeça em afirmação.

-Draco me escuta, eu sei que vai ser difícil. Não é algo que eu possa dizer “vai ficar tudo bem”, mas entenda que é necessário. Eu sou fraca e não vou conseguir acabar a guerra sozinha. - Ele continuou calado- Por tente entender, por mim.

Eu dei um selinho nele e me levantei. Fui para o jardim, eu precisava pensar e me acalmar também. Não é todo dia que você recebe a noticia de que vai morrer a qualquer hora. Para falar a verdade eu estava desesperada por fora eu podia parecer forte, mas eu estava me sentindo como uma criança que a mãe não esta por perto para pedir colo. Quando eu paro para pensar nas minhas escolhas que me trouxeram até aqui não consigo me arrepender de nenhuma. Eu criei uma vida perfeita para mim e a melhor coisa que aconteceu foi o Draco ter pego meu diário a primeira vez em Hogwarts.

“Querido Diário,

Já se passaram duas semanas desde a reunião. Essa pode ser a ultima vez que eu escrevo em você. Queria poder aproveitar esse tempo com o Draco, mas parece que ele está muito nervoso, até mesmo para conversar. No momento estou esperou esperando Severo achar uma maneira de ressuscitar o Lord. Se eu morrer, não poderá ser por nada e esses vermes não podem ficar sem um líder. Estou ouvindo um tumulto la embaixo, vou ver o que esta acontecendo.

Adeus”