Segundo Passo escrita por Gyane


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Um pouco de romance hehehehe



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E eu acho que eu gosto mesmo de você bem do jeito que você é. (Equalizar)

—TA QUERENDO SE MATAR. — O motorista do carro gritou abrindo a porta com tudo. —O que deu em você... Luiza?—A expressão do rosto do Michel mudou furioso para surpreso imitando o meu. —esta tudo bem com você?— Ele perguntou parando ajoelhando ao meu lado no instante seguinte. 

Eu poderia responder ele facilmente se eu soubesse como se movimentava a boca.

—Você se machucou? Esta doendo em algum lugar? —Ele disse olhando para minha mão ralada enquanto alterava o tom da sua voz. —Pelo amor de Deus Luiza, me responde?— Ele implorou desesperado segurando meu rosto entre as mãos.

 —Esta doendo muito. — Minhas palavras sairam mais fracas do que um sussurro.

 —Aonde?— Ele perguntou olhando para o meu copo rapidamente então seus olhos se voltaram para o meu rosto.

— Meu coração, esta quebrado...

Será que era impressão minha ou eu realmente tinha o visto sorrir. Ele abaixou a cabeça e encarou por um momento meu joelho

—Eu vou te levar para o Hospital? —ele disse se levantando.

—Não, Eu acho que eles não vão colar meu coração. — eu resmunguei de volta me levantando também.

Ficamos em silencio, apenas nos olhando, eu estava tentando adivinhar o que ele estava pensando, e ele parecia lutar contra algum impulso seu. Eu não resisti mais aquele momento, e quebrei o silencio torturante.

—Será que podemos conversar? —Eu deixei de lado meu orgulho. Ele era mais importante.

Ele mordeu os lábios inferiores, isso não era um bom sinal. Eu abaixei meus olhos.

—Vem. —ele disse me pegando no colo. Eu passei a mão nos seus ombros relutante, seu cheiro me invadiu. Eu senti vontade de beijá-lo, e naquele momento eu percebi que nenhuma magoa seria maior do que a falta dele.

—Eu posso andar sabia. —Eu protestei.

—Não reclama. —Ele sorriu. —Eu estou querendo salvar a sua vida.

—Belo super herói, e eu esperando o Super Mem. —Eu tentei brincar para disfarçar as batidas aceleradas do meu coração.

—É o melhor que você tem. —ele disse piscando para mim.

Meu joelho esta sangrando, não que eu tivesse um sério problema coisa... Cara será que eu ia morrer.

O Max abriu a porta do carro do passageiro para nós.

Mas de que buraco o Max tinha saído. Agora sim estava perfeito.

—Eu vou levar a Luiza pra casa. —O Michel disse se virando para o Max.

—Tudo bem. —O Max disse olhando para o meu joelho, ah eu ia morrer mesmo...

—Entra. —Ele disse fazendo um sinal para o Max com a cabeça.

Eu olhei para o Michel. Tudo bem ele só estava querendo ser educado...

—Não cara, eu vou ficar por aqui mesmo, eu gosto do ar puro de ir embora caminhando...

Pelo menos uma vez na vida o Max tinha ligado o desconfiometro dele. E eu achando que ele nem tinha um.

—Max. —O Michel disse sem deixar espaço para protesto. O Max deu de ombros e entrou no carro.

Aquilo era de rachar o cano ( Na cabeça dele). Ele não queria falar comigo.

O caminho para casa foi totalmente silencioso. O Michel fingia que prestava atenção na rua eu olhava para mim mão e o Max olhava atrás da janela como se não estivesse no mesmo carro que a gente.

—Sua mãe esta em casa?—Ele disse abrindo a porta do carro para mim. Eu neguei com a cabeça enquanto esticava a minha perna para fora do carro, eu não ia implorar por uma conversa. Não mesmo. Eu tinha o meu valor.

O Michel não me ajudou dessa vez.

—Você vai ficar bem? —Ele perguntou me acompanhando até a porta de casa.

Não eu não ia ficar bem.

—Eu vou sobreviver. —Eu garanti colocando a chave na porta e não querendo abri-la com medo dele ir embora. O Max ficou dentro do carro.

Depois de alguns instantes em silencio, eu percebi que não poderia ficar ali o dia inteiro com a chave na fechadura. Então eu abri a porta e me arrastei para dentro.

—Se cuida. —Ele disse se virando e indo embora.

—Michel. —Eu não resisti chamando o de volta. Cara que boca era essa.

Ele se virou para mim.

Fala alguma coisa que preste Ana Luiza. Eu ordenei mentalmente.

—eu vi você no clube, mas cedo aquele dia. —Pronto estava ai uma coisa idiota de se falar.

—boa desculpa. —nossos olhos se encontraram.

Que tal acionar o cérebro antes de abrir a boca Ana Luiza.

—Eu agi por impulso... Por que... Você passou tantos dias sem nem ao menos me ligar... E de repente eu te vejo. —Merda eu nem conseguia formular uma frase direito. Belo pedido de desculpa.

—Sabe qual a impressão que eu tenho. —Ele disse por fim. —Que não importa o que eu faça você sempre vai esperar o pior de mim...

Meu celular começou, o Michel parou de falar. Eu lancei um olhar para ele, ele fez um sinal para que eu atendesse.

—Oi. —Eu disse olhando para o Michel,

—Aonde você esta? —A Nice gritou do outro lado do telefone. A culpada estava me ligando agora.

—Agora eu não posso falar. — Eu disse para Nice mais o Michel já tinha se virado para ir embora.

—Porque não? —A Nice perguntou assustada. —ele te pegou não pegou?

—Não Nice eu estou em casa. — Eu resmunguei fechando a porta e me encostando-se ao batente. —E você aonde esta?

—Procurando aonde eu perdi meus pulmões.

—Nice a gente se fala mais tarde.

—Esta tudo bem?

—Não. —eu não esta com vontade de falar.

—se você não me falar eu vou até ai. —Ela me ameaçou.

—Foda-se. —Eu disse desligando o telefone.

Eu pensei por um instante no Michel, ele estava exagerando as coisas, na verdade ele estava fazendo um grande exagero. Mas ele tinha razão não é... Isso era a pior parte admitir que ele estivesse certo.  Cara como eu era idiota. Eu era tão idiota que se alguém dissesse “olha o passarinho morto” eu ia olhar pro céu e perguntar cadê?

A Nice ligou novamente, eu não atendi, apenas desliguei meu celular, pensando se realmente ela viria ali, eu esperava que não.

Cara eu estava ficando emo??? Eu hem. Eu me levantei e tentei fazer um curativo na minha mão. Mas definitivamente eu não tinha a menor vocação para medicina... Era bem capaz de o paciente ter uma hemorragia com isso. Será que eu ia morrer. Eu deitei no sofá e olhei para o teto meu celular tocou novamente e eu tive absoluta certeza que era Nice. Qual a parte de eu não quero falar ela não entendeu.

Cinco minutos depois alguém bateu na porta, na verdade eu não posso dizer que era alguém, deste de quando a Nice era considerada alguém, e porque inferno-a nunca atendia meu apelo. A culpa de aquilo tudo estar acontecendo era dela, só dela e de mais ninguém. Eu não quero falar.

Eu abri a porta com raiva.

—EU NÃO QUERO FALAR COM VOCÊ. —Eu gritei e me arrependi..

—Desculpa. —A Emilia disse dando dois passos para trás.

Eu arregalei meus olhos.

—Não com você eu quero. —Eu disse quase pulando no colo dela.

—Eu estava ficando preocupada. —Ela disse dando aquele sorriso doce dela.

—Eu te perdoei. —Eu disse dando espaço para ela entrar.

—Não eu só vim aqui te buscar. —Ela disse fazendo sinal para o carro parado na frente de casa. —Eu e o Max alugamos uns

Filme e a gente aproveita para colocar o papo em dia.

Parecia uma ótima pedida. E eu não vi porque aceitar, na verdade eu estava precisando em não pensar em nada, Cara eu não queria gastar meu ultimo neurônio pensando de graça.

—Chegamos. —Emilia disse abrindo a porta da sua casa.

—Até quem fim, eu estava achando que você tinha ido***

—Eu também te amo. —A Emilia disse para o Max. —Ah Lauren esta aqui, espero que você não se importe.

E só agora ela pergunta isso.

Eu sorri, e o Max balançou a cabeça, aposto que ele leu meus pensamentos cruéis naquele momento.

—Eu escolho qual dos filmes e você fazem a pipoca. —A Emilia disse me puxando pela mão.

—Eu achei que éramos um casal unido.

—E somo. —A Emilia gritou para ele. —Eu mando e você obedece. —

—É o amor. —Eu cantei para o Max.

—Me conta. Como anda você e o Michel? —Ela perguntou se sentando no sofá e me puxando também.

—Não anda. —Eu admiti. —Acho que eu peguei pesado. —Eu confessei o que vinha evitando fazer.

—Sinceridade?

—Humm... Não. —Eu e ela rimos. —Ele te falou alguma coisa? —Claro que eu tinha que brincar de investigação.

—Eu estou meia confusa a respeito disso. —ela disse pensando.

—Mas eu tenho uma intuição que vocês não ficar muito tempo afastado. —Eu precisava ter medo?

Como se fica confusa com isso? Claro que tinha que ser loira. Não que eu tenha preconceito.

—Bom o que nós vamos assistir. —O Max disse aparecendo com uma bacia de pipoca.

—Eu ainda não decidi. —A Emilia disse entregando os DVDs para o Max.

—Eu realmente tenho que fazer tudo.

Eu e a Emilia balançamos a cabeça.

—Ah legal. —ele disse jogando a mão para cima.

—Ah eu sabia que vocês estavam sentindo a minha falta.

Eu senti minha bunda gelar quando ouvi essa frase. Mas então eu ergui minha cabeça e senti como se tivesse ido para o inferno quando meus olhos encontraram com o Michel.

—Luiza? —Ele desviou o rosto dele para Emilia então voltou novamente para mim. —Eu não sabia que você estava aqui?

Traduzindo: O que você pensa que esta fazendo aqui?

Eu senti uma verdadeira celebridade porque todo mundo se virou para mim.

—Não se preocupa eu já estou indo. —Eu disse levantando do sofá.

A Emilia abriu a boca para protestar, mas então fechou. Eu realmente esperei que o Michel me impedisse de ir.

Tipo um pedido de fica, mas quando eu passei ao seu lado ele simplesmente deu um passo para o lado me dando espaça para passar. Eu senti vontade socá-lo, mas eu fiz melhor eu o ignorei, mesmo que por dentro eu estava me coçando para fazer algo maior. Tipo um assassinado.

—Luiza. —Eu ouvi o Michel me chamar enquanto eu caminhava pela porta, eu acelerei meus passos, pois não queria mostrar como estava magoada.

—Luiza. —Ele disse segurando meu braço antes que eu pudesse sair para liberdade. —Eu não pedi para você ir embora. —Ele disse me puxando e me encostando-se à parede.

—Mas não pediu para que eu ficasse. —eu disse tentando ignorá-lo.

—E isso faz alguma diferença agora. —Ele disse desviando o olhar do meu.

Eu respirei fundo. Aquilo estava sendo mais difícil do que eu havia imaginado.

—Pra mim faz. —Eu admiti.

Nossos olhos se encontraram novamente.

—Não foi o que pareceu... —ele disse finalmente as palavras cruzais.

—Porque pode falar. —Eu pedi.

Ele parou por um longo momento em silencio.

—Eu esperei muito para que minhas férias acabassem e de repente eu desejei que isso não tivesse acontecido.

Eu sabia que precisava dizer algo.

—Eu posso explicar. —Eu comecei.

—Eu não quero uma explicação... —ele me cortou friamente

—Eu sei que geralmente ago por impulso, e que na maioria das vezes eu me arrependo por isso. —Eu procurei por seus olhos e ele me dizia exatamente ao contrario do que suas palavras. —Eu sei que sou uma idiota e minha tendência para idiotice sempre aumenta quando estou com você... —ele levantou as sobrancelhas. —Quer dizer, eu tenho a estranha tendência de estragar tudo, mas eu posso mudar se você deixar ou pelo menos tentar.  —Isso estava ficando meio confuso, eu não era boa com as palavras. Então eu tentei de novo — O que eu estou querendo—te dizer é que... Eu amo você e ponto.

Eu suspirei aliviada quando finalmente as palavras saíram para fora. Só que meu alivio durou apenas um piscar de olhos, eu prendi a respiração e encarei o Michel. Ele abaixou a cabeça e se deu dois passos para trás.

—Não. —Ele disse baixinho. —Não dá.

Eu senti como se tivesse levando um chute na bunda. Na verdade eu estava levando um.

—Não da pra você mudar. —Ele disse deslizando suas mãos pela minha cintura e me puxando de encontro ao seu corpo. —Porque eu acho que gosto de você bem do jeito que você é.

Então seus lábios capturaram o meu em uns beijos dez vezes melhores do que eu me lembrava.


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