Segundo Passo escrita por Gyane


Capítulo 4
Culpada!


Notas iniciais do capítulo

Bom gent as coisas vão começar a mudar depois desse cap...



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Não me diga eu te disse isso não vai resolver.

(Brinquedo torto, Pitty)

 Hã... Eu ergui minha cabeça e encontrei quadros pares de olhos me encarando como se eu tivesse com a doença da vaca louca, ou será que tudo isso era apenas para ver meu almoço.

—Eu tive que ver pra acreditar Luiza. —Ele disse dando um passo a mais, ficando  apenas alguns centímetros de mim, nossos olhos se encontraram e eu podia ver toda a sua decepção bem ali. —E agora estou me sentindo um idiota por ter pensado em você por todo esse tempo. —Ele sussurrou apenas para mim, então ele se virou e sumiu entre as pessoas.

Eu queria gritar e dizer que o único culpado ali era ele, que ele havia me ignorada por todo aquele tempo, e que ele estava se divertindo com os amigos enquanto eu pensava nele mas ao invés disso eu apenas  fiquei vendo ir.

—Onde paramos mesmo?—O Fred disse se aproximando novamente.

—Fred a gente conversa depois. —Eu disse o empurrando para longe e caminhando na mesma direção que o Michel havia ido. Eu não parei para ver a reação do Fred, eu apenas queria dizer tudo que estava engasgado na minha garganta para o Michel, mas a única coisa que pude fazer foi vê-lo partir cantando os pneus.

—Será que ele esta bem? —A Emilia perguntou parando do meu lado preocupada.

—Ele vai sobreviver. —O Max disse dando de ombros.

—Quem ele pensa que é? Pra vir aqui e falar tudo o que quer como se eu fosse à única culpada, como se eu tivesse estragado tudo. —eu explodi colocando toda a minha raiva para fora.

O Max e a Emilia se entreolharam.

—Falo eu ou fala você? —O Max perguntou olhando para a Emilia.

—Iza dessa vez foi você que pisou na bola.

Quem? Eu? Impossível. Eu não faço isso... Tá às vezes.

—Vocês estão defendendo ele. —Pronto agora tinha virado um complô contra mim.

—Encontrar sua namorada na balada, quase bêbada e dançando com outro. —O Max enumerou lentamente para mim me fazendo me sentir mais mal do que a bomba atômica dentro do meu estomago.

Eu prendi a respiração. Será que eles tinham razão? Não. Eu não ia passar de vitima para vilão assim.

—Desculpa Max, mas foi seu amigo que estava tão ocupado em suas férias que não pensou em ligar para mim um minuto sequer. —Eu disse me controlando para não chorar.

—Quem sabe ele ligaria, se ele não tivesse perdido o telefone dele na viagem. —O Max rebateu no mesmo instante defendo o Michel.

Uau. Aquilo me deixou mais tonta do que eu estava. Agora eu estava me sentindo uma idiota por completo.

O Dia havia amanhecido uma grande merda. Minha cabeça estava parecendo do tamanho do Piu-Piu. E eu não sabia que bebida era salgada.

—Tudo bem com você Ana Luiza. —Minha mãe perguntou enquanto eu me deliciava com mais um copo de água. —Até parece que bebeu. —Ela disse me olhando com os cantos dos olhos.

Isso era uma indireta ou ela estava me acusando. Quem havia sido o dedo duro? Quem?

—Bebendo água cedo. —Ela disse sorrindo. —Ressaca geralmente é assim. —Ela explicou.

—Ah isso. —eu disse apontando para o meu copo. —Dieta nova.

Ela franziu a sobrancelha, que ver ela fazer a maldita pergunta “deste de quando você faz dieta?” Que ver.

—Ah deixa eu te mostrar algo. —Ele disse abrindo um enorme sorriso e saindo da cozinha, será que eu aproveito esse tempo pra fugir de casa e nunca mais voltar?

No instante seguinte ela entrou com uma bolsa nova nas mãos e mais dentes na boca ainda.

—Uau é linda mesma. Comprou onde?

—Ganhei de presente. — Ela disse empolgada.

Para tudo. Era o aniversario dela e eu tinha esquecido. Aff... Agora sim eu não ia saber o que era mesada.

—Michel realmente é um amor. Lá naquele lugar lindo e ainda se lembrou de mim.

Acho que eu não tinha entendido direto.

—Michel?

—É ele veio ontem à tarde aqui, mas você estava no shopping com a Nice, você não o encontrou? Pois ele foi ontem à noite à lanchonete e disse que ia vir aqui te ver. A onde você vai? —Minha mãe me perguntou quando eu me virei para sair da sala.

—Err... Dar um tiro na minha cabeça. —Resmunguei subindo as escadas.

Cara eu realmente era uma grande idiota. Uma idiota enorme, aquele tipo de idiota que se alguém falasse “olha o passarinho olha o passarinho morto”, e eu olhar para cima e perguntar. Cadê?

Eu tinha nítida sensação que tinha feito uma grande idiotice, e o pior ainda é que nem sabia como resolver, tudo porque eu agi por impulso, tudo porque eu achei que sabia a verdade. Mas no fundo eu sabia que isso tinha mais haver com a insegurança que eu sentia sobre o Michel do que com o mundo.

—Ele não vai me procurar. —Eu constatei dois dias depois enquanto caminha com a Nice pelas ruas do parque. Na verdade eu já havia devorado todas as minhas unhas, e batido a cabeça na parede até meu cérebro entender a merda que eu havia feito.

—Acho que você deveria fazer isso. — Às vezes eu achava que a Nice não pertencia a esse mundo.

—Eu ainda não te perdoei. —Eu revidei imediatamente. Afinal se tem alguma pessoa que é culpada nessa historia, era a Nice. —Afinal o que aconteceu com sua campanha contra o Michel?

—Prefiro ver você com ele, a ver você chorando por ele.

—Eu não estou chorando por ele. —Eu protestei.

—Ainda

—Isso é tudo é graça a você.

—A culpa foi toda a sua, eu disse pra você se divertir, não pra dançar com outro bêbado. —Senhor me de um motivo pra eu não matar essa pessoa.

—Se a culpa é minha eu coloco em quem eu quiser. Então ela é sua. —Rá ganhei.

—Se você quer saber acho que ele não vai te procurar, ele vai esperar por você. —eu tinha medo de ouvir a opinião da Nice.

—Eu já tentei.

—O que você fez? —A Nice sempre curiosa demais. Eu sabia por que a Nice estava tão preocupada... Remorso.

—Rezei pra santo Antonio.

A Nice revirou os olhos.

—Porque você não liga pro Max e tenta descobri algo. —Eu parei de andar.

—O que foi? —A Nice perguntou parando também.

—Eu não consigo arrastar meu queixo é muito pesado. —A Nice ás vezes se superava, mais eu tinha medo de seguir um conselho dela, e tinha toda razão para isso.

—Mas o que eu falo?— Eu perguntei olhando para o aparelho. Eu não queria parecer desesperada.

—Vamos descobrir agora. —A Nice disse pegando o celular da minha mão e discando.

—Eu não disse que ia ligar. —Eu peguei o aparelho de novo.

—Eu já sabia que você não ia ligar.

—Pena que agora é tarde demais. —Eu já contei que vou matar a Nice lentamente?

—Oi. — O Max atendeu no próximo toque. Eu olhei para Nice.

—Iza?

—Oi Max.

—Oi. —Ele podia facilitar pelo menos.

—Err... Então Max como você esta? —A Nice começou a me cutucar, eu olhei para ela e fechei a cara.

—Você quer saber do Michel né? —Ele foi direto ao ponto.

—É... Ele não me procurou... Eu queria falar com ele. —Que merda de sinal era aquele que a Nice estava fazendo na minha frente.

—E acho que não vai Iza. — Parecia que O Max tinha me dado um soco no estomago.

—É tão mal assim? —Perguntei com medo da resposta. Será que a Nice estava tentando fazer a dança da chuva.

—Você não é um assunto em que ele fala muito... Na verdade ele não falou absolutamente nada sobre você.

—Max eu preciso falar com ele. —Agora eu estava parecendo uma desesperada por ajuda.

—Eu estou indo pro parque pra encontrar com ele. Quem sabe você de sorte.

—Hum Valeu Max. — Eu disse desligando o telefone e olhando para Nice com cara feia.

—O que foi Nice? —Eu perguntei irritada. —Se isso for à dança da chuva é bem capaz de fazer seca por sete anos seguidos.

—Aquele ali não é o carro do Michel? —Ela perguntou olhando para o estacionamento.

Eu estreitei meus olhos também.

—Sim.

—Então vamos procurá-lo. —A Nice disse me puxando pelo braço.

—Não. —Eu tinha uma idéia muito melhor, caminhei até o carro dele.

—Como não, você não pretende ficar aqui esperando ele voltar. —A Nice perguntou abismada.

—Tem um batão ai? —Eu perguntei pra Nice. Ela estreitou os olhos.

—Eu devo ficar com medo.

Eu revirei os olhos.

—Tem ou não tem?

Ela retirou um batão vermelho da bolsa e me entregou.

Eu sei que você pode não entender, mas pelo menos me deixe explicar. Sinto sua falta. Me procura.

Eu escrevi sobre o vidro do carro e virei para a Nice.

—Arrasou. —A Nice disse me abraçando. —Aposto que hoje mesmo ele vai te procurar.—Eu também esperava. —Agora você esta me defendo um batão. —Ela disse olhando para o que tinha sobrado do batão dela.

—MAS QUE MERDA ACONTECEU AQUI. —Um senhor de meia idade apareceu gritando e colocando as mãos na cabeça. —FOI VOCÊS QUE FIZERAM ISSO NO MEU CARRO. —Ele apontou para mim e para Nice. —VOCÊS ME PAGAM SUAS DELINQUENTES.

Eu e a Nice nós entreolhamos. A Nice estava mais branca que fantasma doente.

—E agora... —Suas palavras mal saiam.

—CORRE NICE, CORREU QUE FUDEU. —Eu disse saindo em disparada em seguida, eu não olhei para trás pra ver se a Nice estava me seguindo.

Parecia que meus pulmões iam explodir, e eu não olhei para onde estava correndo, meu medo era tanto que só me dei conta de onde estava quando ouvi o som de pneus de carros se arrastando, e o impacto de algo me jogando no chão.

O Motorista do carro abriu a porta com tudo.

—TA QUERENDO SE MATAR. —Ele gritou enquanto eu me afogava no meu medo total.


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Notas finais do capítulo

Sei que estou demorando a post, mas o próximo vai sair bem rapidinho, prometo.
Como eu disse no começo, as coisa entre o Michel e a Iza vão começar a mudar no proximo cap, ah também devo post no domingo ou na segundo outro cap.



reviwes= combustível.